apostila - Kairós-Cursos de Teologia à Distância, Teologia à

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Título: Introdução à Bíblia
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Autorais no Brasil. É proibida sua reprodução por qualquer meio, sem a autorização por escrito da
Instituição.
KAIRÓS, Instituto Bíblico e Teológico
Título Original: Introdução à Bíblia – Espírito Santo: KAIRÓS, 2012.
ISBN: 978 - 85 – 67034 -22-5
ASSUNTO: BÍBLIA
CATEGORIA: RELIGIÃO
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INSTITUTO BÍBLICO E TEOLÓGICO KAIRÓS
Rua Dionísio Rosendo no. 155 – Centro Vitória – ES
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O ensino à distância é regulamentado pela lei 9.394/96-Artº 80 e é considerado um dos mais modernos sistemas
de ensino da atualidade.
SUMÁRIO
UNIDADE 1
A BÍBLIA COMO LIVRO
A Formação e História do Cânon Sagrado.....................................................................................................2
A Escrita e Estrutura da Bíblia........................................................................................................................3
Materiais utilizado para escrita......................................................................................................................4
Outros materiais que foram usados para escrita..........................................................................................5
Instrumentos para a escrita...........................................................................................................................5
Tipos de escrita...............................................................................................................................................5
As línguas da bíblia.........................................................................................................................................6
Origem do termo "testamento"....................................................................................................................6
O antigo testamento......................................................................................................................................6
Resumo de conteúdo dos livros do antigo testamento...............................................................................8
O novo testamento........................................................................................................................................11
Resumo de conteúdo dos livros do novo testamento................................................................................12
O tema central da bíblia é cristo...................................................................................................................13
UNIDADE 2
O DESENVOLVIMENTO DO CÂNON BÍBLICO
O significado da expressão “cânon”............................................................................................................14
Inclusão de um livro no cânon......................................................................................................................15
O cânon do antigo testamento....................................................................................................................15
O cânon do novo testamento......................................................................................................................16
Os livros apócrifos.........................................................................................................................................17
UNIDADE 3
A BÍBLIA COMO A PALAVRA DE DEUS
A Inspiração da Bíblia....................................................................................................................................19
Significado de inspiração bíblica..................................................................................................................20
Definição teológica da inspiração.................................................................................................................21
UNIDADE 4
A PRESERVAÇÃO DA BÍBLIA E SUAS TRADUÇÕES
A Septuaginta...............................................................................................................................................23
As principais traduções da bíblia para o inglês...........................................................................................25
As principais traduções da bíblia para o português....................................................................................27
A bíblia no brasil...........................................................................................................................................28
BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................................................30
UNIDADE
INTRODUÇÃO À BÍBLIA
1
A Bíblia como Livro
...................................................
............................................................................................................
...................................................
Versículo Chave
“Procura
Procura apresentar-te
apresentar a Deus aprovado, como
obreiro que não tem de que se envergonhar, que
maneja bem a palavra da verdade.”
verdade.
II Tm 2.15
A Formação e História do Cânon
Câno Sagrado
A Bíblia é superior a qualquer outro livro do mundo. O
mundo, com sua sabedoria e vasto acúmulo de
conhecimento nunca foi capaz de produzir um livro que
chegue perto de se comparar a Bíblia. É um livro honesto,
pois revela fatos sobre a corrupção humana, fatos
f
que a
natureza humana teria interesse em acobertar e também é
um livro harmonioso: Pois embora tenha sido escrito por uns
quarenta autores diferentes, por um período de 1.600 anos,
ela revela ser um livro único que expressa um só sistema
doutrinário e um só padrão moral, coerentes e sem
contradições.
Uma porcentagem muito pequena de livros sobrevive além
de um quarto de século, e uma porcentagem ainda menor
dura um século, e uma porção quase insignificante dura mil
anos. A Bíblia, porém, tem sobrevivido
sobrevi
em circunstâncias
adversas.
...................................................
.........................................................................
...................................................
OBJETIVOS DA MATÉRIA
Esclarecer ao aluno porque a Bíblia é dividida
como conhecemos e como se deu essa divisão.
Apresentar ao leitor como a Bíblia chegou até nós,
os aspectos técnicos de sua formação, como divisão
de versículos capítulos e etc.
Despertar o aluno a amar e estudar ainda mais
esse manual de instruções para uma vida plena, que é
a Bíblia Sagrada.
FRASE PARA REFLEXÃO
"O maior presente que Deus deu ao homem foi a Bíblia
e a pureza das suas palavras."
Abraham Lincoln
Em 303 A.D. o imperador Dioclécio decretou que todos os exemplares da Bíblia fossem queimados. A Bíblia é hoje
encontrada em mais de mil línguas e ainda é o livro mais lido do mundo.
As Bíblias mais antigas não eram divididas em capítulos e versículos. Essas divisões foram feitas para facilitar a
tarefa de citar as Escrituras. Stephen Langton, professor da Universidade de Paris e mais tarde arcebispo da
Cantuária, dividiu a Bíblia em capítulos em 1227. Robert Stephanus, impressor parisiense, acrescentou a divisão em
versículos em 1551 e em 1955. Felizmente, estudiosos judeus, desde aquela época,
adotaram essa divisão de capítulos e versículos para o Antigo Testamento.
A Bíblia é uma verdadeira biblioteca de 66 livros, divididos em duas prateleiras,
iguais em valor, não obstante uma contenha 39 livros e a outra 27.
Chamamos estas prateleiras de Velho Testamento e Novo Testamento.
Nesses 66 livros notamos o trabalho de quarenta pessoas de diversas vocações. Ao
escrever, cada escritor manifesta o seu próprio estilo e características. 0 trabalho de
todos levou uns 1.600 anos — desde 1500 antes de Jesus Cristo, quando Moisés começou a escrever (Êx. 17:14),
entre as trovoadas do Sinai, até 97 A.D., quando o apóstolo João, ele mesmo um filho do trovão (Mar. 3:17),
escreveu o seu Evangelho na Ásia Menor. Todos os autores escreveram inspirados pelo Espírito Santo. Entretanto,
há na Bíblia um só plano, que de fato mostra que havia um só autor divino, guiando os humanos. Isto garante a
unidade de revelação e ensino.
A Bíblia foi um dos primeiros livros importantes a ser traduzido (Septuaginta: tradução em grego do Antigo
Testamento hebraico, por volta de 250 a.C). A Bíblia tem sido traduzida, retraduzida e parafraseada mais do que
qualquer outro livro existente. A Enciclopédia Britânica informa que "até 1966 a Bíblia completa havia aparecido...
em 240 línguas e dialetos... um ou mais livros da Bíblia em outros 739 idiomas, num total de 1.280 línguas".
O estudo da Bíbliologia auxilia grandemente no entendimento dos fatos bíblicos e estuda a Bíblia sob os seguintes
aspectos:
 Sua estrutura: considerando sua divisão, classificação dos livros, capitulos, versiculos, particularidades e tema
central.
 A Bíblia como livro divino.
 O Cânon sagrado: sua formação e transmissão até nós.
 A preservação e tradução do texto bíblico: considerando as linguas
originais e os manuscritos bíblicos.
 Os elementos da historia geral da Bíblia, inclusive o periodo
interbíblico, e auxilios externos no estudo da Bíblia: geografia bíblica,
usos e costumes orientais, sistemas de medida, peso e moeda,
historia das nações antigas, estudos dos personagens biblicos e
dificultades biblicas.
A ESCRITA E ESTRUTURA DA BÍBLIA
Estudaremos neste ponto a estrutura ou composição da Bíblia, isto é, a sua divisão em partes principais e seus livros
quanto à classificação por assuntos, divisão em capítulos e versículos e, certas particularidades indispensáveis.
O nome “Bíblia” vem do grego e foi usado pela primeira vez por Crisóstomo no século IV. É derivado de “Biblos”,
uma palavra grega que significa livros. Um rolo de papiro de tamanho pequeno era chamado “Biblion”, e vários
destes eram uma “Bíblia”. Portanto, literalmente, a palavra Bíblia quer dizer “coleção de livros pequenos”.
Originalmente a Bíblia foi escrita em rolos, que eram folhas de papiro coladas uma ao lado da outra, formando
longas tiras, e, então, enroladas num bastão. O tamanho do rolo era limitado por causa da dificuldade de seu uso.
Geralmente se escrevia só de um lado. Um rolo escrito dos dois lados tem o nome de "opistógrafo" (Apocalipse 5:1).
Conhecem-se alguns rolos com 43 metros de comprimento, mas em geral, os rolos tinham entre seis e dez metros.
Não é de surpreender que Calímaco, pessoa cuja função consistia em catalogar os livros da biblioteca de Alexandria,
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tenha dito que "um livro grande é um grande transtorno". A fim de tornar a leitura mais fácil e menos desajeitada,
as folhas de papiro foram montadas em forma de livro, sendo escritas em ambos os lados. Greenlee afirma que o
cristianismo foi o principal motivo para o desenvolvimento de formato do códice, ou volume manuscrito antigo. Os
escritores clássicos escreveram em rolos de papiro até aproximadamente o século três depois de Cristo.
Divisões da Bíblia
“A Bíblia divide-se em duas partes principais: Antigo e Novo Testamento, tendo ao todo 66 livros: sendo 39 no AT
e 27 no NT.” Estes 66 livros foram escritos num período de 16 séculos e tiveram cerca de 40 escritores. Aqui está um
dos milagres da Bíblia. A Bíblia é dividia em livros, capítulos e versículos. As primeiras divisões de capítulos foram
feitas em 586 a.C, quando o Pentateuco
foi dividido em 154 partes (sedarim).
Cinquenta anos depois foi secionado
em mais 54 divisões (paraslú-yyoth) e em
A primeira tradução da Bíblia
669 segmentos menores, para
facilitar a localização de referências.
Essa divisão era usada num ciclo
de leitura durante um ano.
hebraica foi para o grego, a
Septuaginta (LXX), que mais
Os gregos fizeram divisões por
volta de 250 A.D. O mais antigo
tarde se tornou o textus
sistema de divisão de capítulos
data de aproximadamente 350 A.D.,
receptus do Antigo
nas
margens
do
códice
"Vaticano". Geisler e Nix informam
Testamento na Igreja e na
que "não foi senão no século
treze que essas seções foram
base do seu cânon.
mudadas... Estêvão Langton, um
professor da Universidade de Paris e,
posteriormente,
arcebispo
de
Cantuária, dividiu a Bíblia no atual
sistema de capítulos (cerca de 1227
A.D.)". Os primeiros sinais indicativos de
versículos variavam desde espaços entre
palavras até letras ou números. As primeiras
divisões padronizadas de versículos sugiram por volta de 900 A.D. A Vulgata Latina foi a primeira Bíblia a incorporar
tanto a divisão de versículos como a de capítulos, tanto no Antigo como no Novo Testamento.
MATERIAIS UTILIZADO PARA ESCRITA
Papiro
Dentre os antigos materiais de escrita, o mais comum era o papiro, feito da planta do mesmo nome. Esse junco
crescia nos rios e lagos de pouca profundidade, existentes no Egito e na Síria. Grandes carregamentos de papiros
eram despachados através do porto sírio de Byblos. Supõe-se que a palavra grega para livro (biblos) tenha origem
no nome desse porto. A palavra portuguesa "papel" vem da palavra grega papyros, isto é, papiro. The Cambridge
History ofthe Bible (A História da Bíblia, de Cambridge) relata como se preparava o papiro para a escrita:
“Retiravam-se as películas que envolvem o caule. Essas películas eram cortadas no sentido longitudinal em fitas
estreitas, sendo então socadas e prensadas em várias camadas, sendo que cada camada era disposta
perpendicularmente em relação à camada de baixo. Quando seca, a superfície esbranquiçada era polida com uma
pedra ou outro objeto. Plínio menciona diversos tipos de papiro que foram achados, de diferentes espessuras e
superfícies, produzidos antes do período do Novo Império, quando as folhas eram frequentemente bem delgadas e
translúcidas". O mais antigo fragmento de papiro de que se tem notícia é de 2400 a.C. Os mais antigos manuscritos
foram escritos em papiro, e era difícil a preservação de qualquer um desses papiros, exceto em regiões secas, como
as áreas desérticas do Egito, ou em cavernas semelhantes às de Qumran, onde foram achados os rolos do mar
Morto. O uso do papiro era bem comum até por volta do século terceiro depois de Cristo.
Pergaminho
Essa palavra designa “peles preparadas de ovelhas, cabras, antílopes e outros animais”. Essas peles eram “tosadas e
raspadas” a fim de se obter um material mais durável para a escrita. F.F. Bruce escreve que “a palavra pergaminho
tem origem no nome da cidade de Pérgamo, na Ária Menor, pois a produção desse material para escrita esteve,
numa certa época, especialmente associada ao local”.
Velino
Era o nome dado à pele de filhotes de diversos animais. Frequentemente o velino era atingido de púrpura. Alguns
dos manuscritos que temos hoje em dia são velino cor-de-púrpura. Geralmente os caracteres escritos sobre o velino
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purpúreo eram prateados ou dourados. J. Harold Greenlee informa que os mais antigos rolos de peles de animais
são de aproximadamente 1500 a.C.
OUTROS MATERIAIS QUE FORAM USADOS PARA ESCRITA
Ôstraco: Fragmento de cerâmica não-esmaltada, bastante usado entre o povo em geral. É mencionado em Jó
38.14; Ezequiel 4.1. Foi muito usado em Babilônia.
Pedras: que eram escritas com canetas de ferro. (Êx 24.12; Js 8.30-32).
Tabletes de argila: inscritos com um instrumento pontiagudo e, então, secados a fim de se ter um registro
definitivo (Jeremias 17:13; Ezequiel 4:1). Eram os mais baratos e um dos mais duráveis materiais para escrita.
Madeira: Madeira trabalhada.
Linho: Que tem sido encontrado nas descobertas arqueológicas.
Tabletes de cera: Um estilete de metal era usado para escrever num pedaço plano de madeira recoberto com
cera (Is 8.1; Lc 1.63).
INSTRUMENTOS PARA A ESCRITA
Cinzel:
Estilete de Metal:
“Usava-se o estüeto, um
instrumento triangular com uma cabeça
Um instrumento de ferro para entalhar as pedras.
Pena:
Era feita de “juncos (juncus maritimis)
com 15 a 40 centímetros de
comprimento, sendo que uma das
extremidades era cortada de modo a
produzir o formato de cinzel
achatado, a fim de que se pudesse
fazer traços grossos ou finos com as
beiradas largas ou estreitas.
plana, para fazer marcas nos tabletes
de argila e de cera
”.
A pena de junco esteve em uso na
Mesopotâmia desde o início do
primeiro milênio (a.C), sendo que é
bem possível que tenha sido adotada
em outros lugares, enquanto que a
ideia de uma pena de ave parece ter
vindo dos gregos, no século três a.C.”
A pena era usada para escrever em velino, pergaminho e papiro.
A tinta geralmente era uma mistura de “carvão, cola e água”.
Pena de Junco
TIPOS DE ESCRITA
Há dois tipos de caligrafia ou forma gráfica nos manuscritos
bíblicos, o que os divide em unciais e cursivos. A escrita Uncial são
letras maiúsculas e sem separação entre as palavras. Cursivo é o
de letras minúsculas, tendo espaço entre as palavras. Tal
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“Vós sois a nossa carta, escrita em nossos
corações, conhecida e lida por todos os
homens.”
2-Coríntios 3:2
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diferença na forma gráfica deu-se no século X. Palimpsesto é um manuscrito reescrito, isto é, a escrita primitiva era
raspada e novo texto escrito por cima. Isso ocorria devido ao alto preço do pergaminho. Inutilizava-se assim uma
escrita para se usar o mesmo material. Os manuscritos originais também não tinham sinais de pontuação. Estes
foram introduzidos na arte de escrever em época recente. É claro, pois, que a pontuação moderna não é inspirada, e
por isso não dá, às vezes, sentido às palavras do original.
AS LÍNGUAS DA BÍBLIA
Originalmente a Bíblia fora escrita em três línguas, a saber: hebraica, aramaica e grega. Esta era a língua do Novo
testamento. Alguns comentadores dizem que provavelmente Abraão deixou de usar a velha língua semítica — A
caldaica — a qual era a da sua própria terra (Gên. 12:1-5), quando saiu de Ur, e adotou a língua dos cananeus, em
cujo meio foi morar. A sua descendência — os hebreus — mais tarde,
durante o cativeiro em Babilônia, deixou de falar a língua hebraica e
adotou a caldaico-aramaica, a qual continuou a ser falada até os
tempos de Jesus Cristo.
Esta língua Cananéia, que Abraão usou, era, provavelmente, a mesma
ou alguma forma dela, que foi conhecida mais tarde como hebraica.
Parece que a língua hebraica foi chamada “a língua de Canaã” (Is.
19:18). Algumas das tabuinhas de Tel-el-Amarna, descobertas em 1887
no Egito, assim chamadas pelo nome do lugar em que foram achadas,
com data de 400 anos mais ou menos depois de Abraão, são escritas
em boa língua Cananéia ou língua hebraica.
ORIGEM DO TERMO "TESTAMENTO"
A palavra testamento vem do termo grego "diatheke", que significa: a) Aliança ou concerto, e b) Testamento, isto é,
um documento contendo a última vontade de alguém quanto à distribuição de seus bens, após sua morte. Esta é a
palavra empregada no Novo Testamento, como por exemplo, em Lucas 22.20. No
Antigo Testamento, a palavra usada é "berith" que significa apenas concerto. O duplo
sentido do termo grego nos mostra que a morte do testador (Cristo) ratificou ou selou
a Nova Aliança, garantindo-nos toda a herança com Cristo (Rm 8.17; Hb 9.15-17). O
termo "testamento" surgiu através do latim, quando a primeira versão latina do Velho
Testamento grego traduziu diatheke por testamentum. São Jerônimo, revisando esta
versão latina, manteve a palavra testamentum, equivalendo ao hebraico berith —
"aliança", "concerto", quando a palavra não tinha essa significação no grego (ver:
Vulgata). Afirmam alguns pesquisadores que a palavra grega para "contrato", "aliança" deveria ser suntheke, por
traduzir melhor o hebraico berith.
O ANTIGO TESTAMENTO
De acordo com evidências internas, o Antigo Testamento foi escrito durante um período de aproximadamente mil
anos (cerca de 1400 a 400 a. C), por pelo menos trinta autores diferentes. A autoria de certo número de livros é
desconhecida. O idioma original da maior parte do Antigo Testamento é o hebraico, um ramo da grande família de
línguas semitas, que incluem o fenício, o assírio, o babilônico, o árabe e outros idiomas. Até os tempos de exílio o
hebraico continuava sendo a língua falada na Palestina. Com o passar do tempo, o aramaico se tornou a língua
franca do Crescente Fértil, pelo que porções de Esdras (4:8 - 6:18; 7:12-26), de Jeremias (10:11) e de Daniel (2:4 7:28) foram escritas nesse idioma.
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A Língua do Antigo Testamento
O Antigo Testamento foi redigido no hebraico dito “clássico”. O hebraico é uma língua semítica pertencente à
família das línguas afro-asiáticas. Embora hoje em dia seja uma escrita foneticamente impronunciável, devido a não
existência de vogais no alfabeto hebraico clássico, os judeus têm-na sempre chamado Lashon haKodesh (“A Língua
Sagrada”) já que muitos acreditam ter sido escolhida para transmitir a mensagem de Deus à humanidade. Por volta
da primeira destruição de Jerusalém pelos babilônios em 586 a.C., o hebraico clássico foi substituído no uso diário
pelo aramaico, tornando-se primariamente uma língua franca regional, tanto usada na liturgia das sinagogas como
também no comércio.
Devido a esta mudança de língua, os versados na língua hebraica podem descobrir três períodos em que se divide a
história do desenvolvimento dela. Cada período é distinguido pelo seu estilo e idioma.

O primeiro período em que foi escrito o Pentateuco, que foi escrito na língua
hebraica falada no tempo de Moisés.

O segundo período em que a língua alcançou o ponto do seu maior
desenvolvimento em pureza e refinamento. Neste período foram escritos os
livros de Juízes, Samuel, Reis, Crônicas, Salmos dê Davi, Provérbios e os
demais livros de Salomão e as profecias de Isaías, Oséias, Joel, Amós, Obadias,
Jonas, Miquéias, Naum e Habacuque.

O terceiro período em que foram escritos os demais livros de profecias,
assim como os de Ester, Esdras e Neemias. Durante esta época, palavras, frases e
idiotismos de línguas estrangeiras tinham sido incorporados à hebraica da
segunda época, em consequência da comunicação dos judeus com as nações
vizinhas.
As passagens do Antigo Testamento que não são escritas em hebraico são as
seguintes: Esdras 4:8 a 6:18 e 7:12-26, Jeremias 10:11 e Daniel 2:4 a 7:28. Estas são
escritas no dialeto caldaico. Este fenômeno se explica pela residência de Daniel e
Esdras na Babilônia e as suas relações com os governadores desses países.
As Divisões do Antigo Testamento
Tem 39 livros, e foi escrito originalmente em hebraico, com exceção de pequenos trechos que o foram em
aramaico. O aramaico foi a língua que Israel trouxe do seu exílio babilônico. Há também algumas palavras persas.
Seus 39 livros estão classificados em 4 grupos, conforme os assuntos a que pertencem:
 LEI
 HISTÓRIA
 POESIA - O grupo ou classe poesia também é conhecido por devocional.
 PROFECIA
Vejamos os livros por cada grupo:
Livros da Lei
Que São cinco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio. São comumente chamados o Pentateuco. Esses
livros tratam da origem de todas as coisas, da Lei, e do estabelecimento da nação israelita.
Livros Históricos
Que São doze: Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias, Ester. Ocupam-se da
história de Israel nos seus vários períodos:
a) Teocracia, sob os juízes,
b) Monarquia, sob Saul, Davi e Salomão,
c) Divisão do reino e cativeiro, contendo o relato dos reinos de Judá e Israel, este levado em cativeiro para a Assíria,
e aquele para Babilônia,
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d) Pós-cativeiro, sob Zorobabel, Esdras e Neemias, em conjunto com os profetas contemporâneos.
Os Livros Poéticos
Que são cinco: - Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão. São chamados poéticos, não porque
sejam cheios de imaginação e fantasia, mas devido ao gênero do seu conteúdo. São também chamados
devocionais.
Os Livros Proféticos
Que são dezessete: Estão subdivididos em:
Profetas Maiores (cinco): Isaias, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel, Daniel.
Profetas Menores (doze): Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu,
Zacarias, Malaquias. Os nomes maiores e menores não se referem ao mérito ou notoriedade do profeta mais ao
tamanho dos livros e à extensão do respectivo ministério profético.
As Divisões em Hebraico
A classificação dos livros do Antigo Testamento como conhecemos, por assunto, não levando em conta a ordem
cronológica dos livros, vem da Septuaginta. Calcula-se, por exemplo, que Jó seja o mais antigo dos livros da Bíblia.
Na Bíblia em hebraico (chamada Tanach) a divisão dos livros é bem diferente:
 LEIS
 ESCRITOS
 PROFETAS
Abaixo encontramos a divisão dos livros do Antigo Testamento na Tanach.
Lei (Em hebraico TORAH)
Que compreende os cinco primeiros livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico,
Números, Deuteronômio.
Profetas (Em hebraico NEBIIM)
Agrupados em:
Profetas anteriores: Josué, Juízes, I e II Samuel, I e II Reis;
Profetas posteriores: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque,
Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
Escritos (Em hebraico KETUBIM)
Jó, Salmos, Provérbios, Rute, Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Lamentações, Ester, Daniel, Esdras, Neemias, I e II
Crônicas.
O título referido, Lei, Profetas e Escritos, aparece reduzido em ocasiões como a Lei e os Profetas (Mt 5.17) ou, de
modo mais singelo, a Lei ( Jo 10.34).
RESUMO DE CONTEÚDO DOS LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO
A Lei (Pentateuco) – 5 livros
1.
Gênesis - Este livro, que mostra como era "no princípio", faz uma narrativa da criação, da relação de Deus
com o homem e da promessa de Deus a Abraão e seus descendentes.
2.
Êxodo - O nome Êxodo significa "saída". Este livro conta como Deus livrou os israelitas de uma vida de
penúrias e escravidão no Egito. Deus fez um pacto com eles e lhes deu leis para ordenar e governar sua vida.
3.
Levítico - O nome do livro se deriva do nome de uma das doze tribos de Israel. O livro registra todas as leis e
regulamentos a respeito de rituais e cerimônias.
4.
Números - Os israelitas vagaram pelo deserto durante quarenta anos, antes de entrar em Canaã, "a terra
prometida". O nome do livro se deriva dos censos promovidos durante esse tempo no deserto.
5.
Deuteronômio - Moisés pronunciou três discursos de despedida pouco antes de morrer. Neles recapitulou,
com o povo, todas as leis de Deus para os israelitas. O nome do livro expressa essa "recapitulação" ou "segunda lei".
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Históricos – 12 livros
1.
Josué - Josué foi o líder dos exércitos israelitas em suas vitórias sobre seus inimigos, os cananeus. O livro
termina descrevendo a divisão da terra entre as doze tribos de Israel.
2.
Juízes - Os israelitas constantemente desobedeciam a Deus e caíam nas mãos de países opressores. Deus
constituiu juízes para livrá-los da opressão.
3.
Rute - O amor e a dedicação de Rute à sua sogra, Noemi, são o tema deste livro.
4.
I Samuel - Samuel foi o líder de Israel no período compreendido entre os Juízes e Saul, o primeiro rei.
Quando a liderança de Saul falhou, Samuel ungiu a Davi como rei.
5.
II Samuel - Sob o reinado de Davi, a nação se unificou e se fortaleceu. No entanto, depois dos pecados de
Davi, adultério e assassinato, tanto a nação como a família do rei sofreram muito.
6.
I Reis - Este livro inicia com o reinado de Salomão em Israel. Depois de sua morte, o reino se dividiu em
consequência da guerra civil entre o Norte e o Sul, resultando no surgimento de duas nações: Israel no Norte e
Judá no Sul.
7.
II Reis - Israel foi conquistada pela Assíria em 721 a.C. Judá, pela Babilônia, em 586 a.C. Estes
acontecimentos foram considerados como um castigo ao povo pela desobediência às leis de Deus.
8.
I Crônicas - Este livro inicia com as genealogias de Adão até Davi e, em seguida, conta os acontecimentos
do reinado de Davi.
9.
II Crônicas - Este livro abrange o mesmo período que II Reis, mas com ênfase em Judá, o reino do Sul, e
seus governantes.
10.
Esdras - Depois de estar cativo na Babilônia por algumas décadas, o povo de Deus retornou a Jerusalém.
Um de seus líderes era Esdras. Este livro contém a admoestação que Esdras fez ao povo para que este seguisse e
honrasse a lei de Deus.
11.
Neemias - Depois do templo, também foi reconstruída a muralha de Jerusalém. Neemias foi quem dirigiu
esse empreendimento. Ele também colaborou com Esdras para restaurar o fervor religioso do povo.
12.
Ester - Este livro relata a história de uma rainha judia da Pérsia, que denunciou um complô que visava
destruir seus compatriotas. Com isso ela evitou que todos fossem aniquilados.
Poéticos – 5 livros
1.
Jó - A pergunta "Por que sofrem os
inocentes?" é tratada nesta história bíblica.
2.
Salmos - Estas 150 orações foram usadas
pelos hebreus para expressar sua relação com Deus.
Abrangem todo o campo das emoções humanas,
desde a alegria até o ódio, da esperança ao
desespero.
3.
Provérbios - Este é um livro de máximas de
sabedoria, de ensinamentos éticos e de senso comum
acerca de como viver uma vida reta.
4.
Eclesiastes - Na sua busca por felicidade e
pelo sentido da vida, este escritor, conhecido como
"filósofo" ou "pregador", faz perguntas que
continuam presentes na sociedade contemporânea.
5.
O Cântico dos Cânticos - Este poema descreve
o gozo e o êxtase do amor. Simbolicamente tem sido
aplicado ao amor de Deus por Israel e ao amor de
Cristo pela Igreja.
Instituto Bíblico e Teológico Kairós
Os livros Poéticos
Foram
escritos,
em sua
maioria,
em linguagem
poética,
fazendo
uso de
metáforas,
e têm um
ensinamento
sobre a
Sabedoria.
9
Proféticos – 17 livros
Os Livros Proféticos subdividem em 2 grupos: o dos primeiros 5-livros profetas (maiores) e o dos 12-livros profetas (menores).
Profetas Maiores – 05 Livros
Os chamados Profetas Maiores são o conjunto dos mais
extensos dos livros proféticos, nota que o termo "maior"
refere-se ao tamanho, não à importância, O termo "profeta
maior" é de origem cristã, visto que a Bíblia Hebraica não
agrupa esses livros em sequência.
1.
Isaías - O profeta Isaías trouxe a mensagem
do juízo de Deus às nações, anunciou um rei futuro,
à semelhança de Davi, e prometeu uma era de paz e
tranquilidade.
2.
Jeremias - Muito antes da destruição de
Judá pela Babilônia, Jeremias predisse o justo juízo
de Deus. Embora sua mensagem seja
majoritariamente de destruição, Jeremias também
falou do novo pacto com Deus.
3.
Lamentações - Tal qual Jeremias havia
predito, Jerusalém caiu cativa da Babilônia. Este livro
registra cinco "lamentos" pela cidade caída.
4.
Ezequiel - A mensagem de Ezequiel foi dada
aos judeus cativos na Babilônia. Ezequiel usou
histórias e parábolas para falar do juízo, da
esperança e da restauração de Israel.
5.
Daniel - Daniel se manteve fiel a Deus,
mesmo enfrentando muitas pressões quando cativo
na Babilônia. Este livro inclui as visões proféticas de
Daniel.
Profetas Menores – 12 Livros
1.
Oséias - Oséias se vale de sua experiência conjugal, em que ele era dedicado à sua esposa, mesmo sabendo
que ela lhe era infiel, para ilustrar o adultério que Israel tinha cometido contra Deus e para mostrar como o fiel
amor de Deus pelo seu povo nunca muda.
2.
Joel - Depois de uma praga de gafanhotos, Joel admoesta o povo para que se arrependa.
3.
Amós - Durante um tempo de prosperidade, este profeta de Judá pregou aos ricos líderes de Israel sobre o
juízo de Deus; insistia em que pensassem nos pobres e oprimidos, antes de pensarem em sua própria satisfação.
4.
Obadias - Obadias profetizou o juízo sobre Edom, um país vizinho de Israel.
5.
Jonas - Jonas não queria pregar para a gente de Nínive, que era inimiga de seu próprio país. Quando,
finalmente, levou a mensagem enviada por Deus, seus habitantes se arrependeram.
6.
Miquéias - A mensagem de Miquéias para Judá era de juízo, em vez de perdão, esperança e restauração.
Especialmente notável é um versículo em que resume o que Deus requer de nós (6.8).
7.
Naum - Naum anunciou que Deus destruiria o povo de Nínive por sua crueldade na guerra.
8.
Habacuque - Este livro apresenta um diálogo entre Deus e Habacuque sobre a justiça e o sofrimento.
9.
Sofonias - Este profeta anunciou o Dia do Senhor, que traria juízo a Judá e às nações vizinhas. Esse dia, que
haveria de vir, seria de destruição para muitos, mas um pequeno remanescente, sempre fiel a Deus, sobreviveria
para abençoar o mundo inteiro.
10.
Ageu - Depois que o povo voltou do exílio, Ageu o admoestou para que dessem prioridade a Deus e
reconstruíssem em primeiro lugar o templo, mesmo antes de reconstruírem suas casas.
11.
Zacarias - Como Ageu, Zacarias instou o povo a reconstruir o templo, assegurando-lhes a ajuda e bênçãos
de Deus. Suas visões apontavam para um futuro brilhante.
12.
Malaquias - Após o retorno do exílio, o povo voltou a descuidar de sua vida religiosa. Malaquias passou a
inspirá-los novamente, falando-lhes do “Dia do Senhor”.
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O NOVO TESTAMENTO
A Língua do Novo Testamento
Os livros do Novo Testamento foram escritos originalmente na língua grega, conhecida como helênica, porque os
gregos eram chamados helenos ou o povo de Helas. Depois da grande conquista de Alexandre Magno, rei da
Macedônia, filho de Filipe e de Olímpia, a língua grega, numa forma helênica, espalhou-se em toda parte do Egito e
do Oriente, e tornou-se a língua vernácula dos hebreus que residiam nas colônias de Alexandria e outras partes.
O grego helenístico ou koiné, literalmente “koiné helenístico”, ou
grego que emergiu na pós-Antiguidade clássica (c.300 a.C – 300d.C).
“koiné grego”, é a forma popular do
Outros nomes associados são alexandrino, patrístico, comum, bíblico ou grego do Novo Testamento. Os nomes
originais foram koiné, helênico e macedônio (macedônico). O koiné desenvolveu-se a partir do dialeto ático,
falando na região da Ática (onde se encontra Atenas), embora tenha grande influência de elementos do jônico. O
koiné foi o primeiro dialeto comum suprarregional na Grécia, e chegou a servir como uma língua franca no
Mediterrâneo Oriental e no antigo Oriente Próximo ao longo do período romano. Foi também a língua original do
Novo Testamento da Bíblia e da Septuaginta (tradução grega das escrituras judaicas). O koiné é o principal
ancestral do grego moderno.
As Divisões do Novo Testamento
O Novo Testamento é composto de 27 livros, ao contrário do Antigo Testamento, o Novo foi produzido em um
curto espaço de tempo, durante menos de um século. Esses livros eram respeitados, colecionados e circulavam na
igreja primitiva como Escrituras Sagradas.
O fato de esses livros terem sido lidos, citados, colecionados, e passados de mão em mão dentro das igrejas do
início do cristianismo, assegura que a Igreja Primitiva tinha os livros como proféticos ou divinamente inspirados
desde o começo.
A divisão do Novo Testamento em seções e versículos é atribuída a Amônio de Alexandria, do século III, e à Eutálio
de Alexandria, no século V d.C., que continuou o trabalho de Amônio. Os livros do N.T. também não estão em
ordem cronológica de escrita e seus 27 livros são divididos em:
 Biográficos que são quatro evangélicos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Os primeiros três também são
conhecidos como sinópticos, devido ao seu paralelismo.
 Histórico: É o livro de Atos dos apóstolos. Registra a história da igreja primitiva, sua vida e a propagação do
evangelho.
 Epístolas: As Epístolas também chamadas de cartas são 21 e nelas contém a
doutrina da igreja.
Nove delas são dirigidas às igrejas: Romanos, I e II Coríntios, Gálatas. Efésios,
Filipenses,
Colossenses,
I
e
II
Tessalonicenses.
Quatro delas são dirigidas a indivíduos: I e II Timóteo, Tito, Filemom.
Uma
é
dirigida
aos
hebreus
cristãos:
Hebreus.
E sete são dirigidas a cristãos indistintamente: Tiago, I e II Pedro, I, II e III João e Judas. As últimas sete
também são chamadas universais, católicas ou gerais.
 Profético: É o livro de Apocalipse.
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RESUMO DE CONTEÚDO DOS LIVROS DO
NOVO TESTAMENTO
Evangelhos – 4 livros
1.
Mateus - Este Evangelho cita muitos textos do Velho Testamento. Ele se destinava primordialmente ao
público judeu, para o qual apresentava Jesus como o Messias prometido nas Escrituras do Velho Testamento.
Mateus narra a história de Jesus desde seu nascimento até sua ressurreição e põe ênfase especial nos
ensinamentos do Mestre.
2.
Marcos - Marcos escreveu um Evangelho curto, conciso e cheio de ação. Seu objetivo era aprofundar a fé e
a dedicação da comunidade para a qual ele escrevia.
3.
Lucas - Neste Evangelho é enfatizado como a salvação em Jesus está ao alcance de todos. O evangelista
mostra como Jesus estava em contato com as pessoas pobres, com os necessitados e com os que são desprezados
pela sociedade.
4.
João - O Evangelho de João, pela sua forma, se coloca à parte dos outros três. João organiza sua
mensagem enfocando sete sinais que apontam para Jesus como Filho de Deus. Seu estilo literário é reflexivo e
cheio de imagens e figuras.
Históricos – 1 livros
1.
Atos dos Apóstolos - Quando Jesus deixou os seus
discípulos, o Espírito Santo veio habitar com eles. Este livro foi
escrito por Lucas para ser um complemento ao seu Evangelho.
Ele relata eventos da história e da ação da igreja cristã primitiva,
mostrando como a fé se propagou no mundo mediterrâneo de
então.
Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que
há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas,
tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e
Samaria, e até aos confins da terra.
Atos 1:8
“Deus NÃO está mais a procura de um HOMEM que seja BOM, Ele já encontrou: Jesus Cristo.
O que Ele procura agora é alguém que se arrependa ”
Epístolas – 21 Cartas
Foram escritos à medida que o cristianismo era difundido no mundo antigo, refletindo e servindo como fonte
para a teologia cristã.
Dirigidas às Igrejas – 9 - Cartas
1.
Romanos - Nesta importante carta, Paulo escreve aos romanos sobre a vida no Espírito, que é dada pela fé
aos que creem em Cristo. O apóstolo reafirma a grande bondade de Deus e declara que, através de Jesus Cristo,
Deus nos aceita e nos liberta de nossos pecados.
2.
I Coríntios - Esta carta trata especificamente dos problemas que a igreja de Corinto estava enfrentando:
dissensão, imoralidade, problemas quanto à forma da adoração pública e confusão sobre os dons do Espírito.
3.
II Coríntios - Nesta carta o apóstolo Paulo escreve sobre seu relacionamento com a igreja de Corinto e as
dificuldades que alguns falsos profetas haviam trazido ao seu ministério.
4.
Gálatas - Esta carta expõe a liberdade da pessoa que crê em Cristo com respeito à lei. Paulo declara que é
somente pela fé que as pessoas são reconciliadas com Deus.
5.
Efésios - O tema central desta carta é o propósito eterno de Deus: Jesus Cristo é a cabeça da Igreja, que é
formada a partir de muitas nações e raças.
6.
Filipenses - A ênfase desta carta está no gozo que o crente em Cristo encontra em todas as circunstâncias
da vida. O apóstolo Paulo a escreveu quando estava encarcerado.
7.
Colossenses - Nesta carta o apóstolo Paulo diz aos cristãos de Colossos que abandonem suas superstições
e que Cristo seja o centro de sua vida.
8.
I Tessalonicenses - O apóstolo Paulo dá orientações aos cristãos de Tessalônica a respeito da volta de
Jesus ao mundo.
9.
II Tessalonicenses - Como em sua primeira carta, o apóstolo Paulo fala do retorno de Jesus ao mundo.
Também trata de preparar os cristãos para a vinda do Senhor.
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Dirigidas às (Pessoas) Indivíduos – 4 - Cartas
1.
I Timóteo - Esta carta serve de orientação a Timóteo, um jovem líder da igreja primitiva. O apóstolo Paulo
lhe dá conselhos sobre a adoração, o ministério e os relacionamentos dentro da igreja.
2.
II Timóteo - Esta é a última carta escrita pelo apóstolo Paulo. Nela lança um último desafio a seus
companheiros de trabalho.
3.
Tito - Tito era ministro em Creta. Nesta carta o apóstolo Paulo o orienta sobre como ajudar os novos
cristãos.
4.
Filemom - Filemom é instado a perdoar seu escravo, Onésimo, que havia fugido. Filemom deveria aceitálo de volta como a um amigo em Cristo.
Dirigida aos Hebreus (Cristãos) – 1 – Carta
1.
Hebreus - Esta carta exorta os novos cristãos a não observarem mais rituais e cerimônias tradicionais,
pois, em Cristo, eles já foram cumpridos.
“Origem O nome "hebreus" vem do hebraico "Ivrim", que significa "descendentes de Héber". O livro de Gênesis,
capítulo 10, a partir do versículo 21 nos diz que Noé gerou a Sem; este gerou a Arfaxade, que gerou Salá, que gerou
HÉBER; este gerou a Pelegue, que gerou Reú, que gerou Serugue, que gerou Naor, que gerou Tera, que então gerou
a ABRÃO(que significa "pai exaltado, mais tarde tendo seu nome mudado pra ABRAÃO, que significa "pai de muitas
nações), sendo este considerado o patriarca do povo de Israel.”
Dirigidas a Cristãos (Indistintamente) – 7 – Cartas
1.
Tiago - Tiago aconselha os cristãos a viverem na prática sua fé e, além disso, oferece ideias sobre como
isso pode ser feito.
2.
I Pedro - Esta carta foi escrita para confortar os cristãos da igreja primitiva que estavam sendo
perseguidos por causa de sua fé.
3.
II Pedro - Nesta carta o apóstolo Pedro adverte os cristãos sobre os falsos mestres e os estimula a
continuarem leais a Deus.
4.
I João - Esta carta explica verdades básicas sobre a vida cristã com ênfase no mandamento de amarem
uns aos outros.
5.
II João - Esta carta, dirigida à "senhora eleita e aos seus filhos", adverte os cristãos quanto aos falsos
profetas.
6.
III João - Em contraste com sua Segunda Carta, esta fala da necessidade de receber os que pregam a
Cristo.
7.
Judas - Judas adverte seus leitores sobre a má influência de pessoas alheias à irmandade dos cristãos.
Profético – 1 livro
1.
Apocalipse - Este livro foi escrito para encorajar os cristãos que estavam sendo perseguidos e para firmálos na confiança de que Deus cuidará deles. Usando símbolos e visões, o escritor ilustra o triunfo do bem sobre o
mal e a criação de uma nova terra e um novo céu.
O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA É CRISTO
A Bíblia é Cristocêntrica, o AntigoTestamento teria perdido o seu valor, se Cristo não tivesse chegado, e sem Ele não
haveria necessidade do Novo Testamento. A linha escarlata do sangue redentor encontra-se em toda parte das
Sagradas Escrituras. Portanto, Jesus tinha razão quando disse: “Examinais as Escrituras, porque são elas que de mim
testificam” (João 5:39). Por elas sabemos que “convinha que o Cristo padecesse a morte e entrasse na sua glória”
(Luc. 24:26). E, quando o temos como a chave da revelação, arde em nós o nosso coração enquanto o Espírito Santo
nos abre as Escrituras. Por meio de tipos, ele é anunciado, e a respeito dele dão testemunho todos os profetas. No
Antigo Testamento ele é o Messias, e o Novo o revela como Salvador.
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