Jornada Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes

Propaganda
Manso e humilde
de coração
Jornada Mundial de Oração
pela Santificação dos Sacerdotes
1 de Julho de 2011 – Solenidade do Sagrado Coração de Jesus
Comissão Episcopal Vocações e Ministérios
Jornada Mundial de Oração
pela Santificação dos Sacerdotes
Manso e humilde de coração
Elementos para a Reflexão e Liturgia elaborados e seleccionados pelos
Missionários Combonianos do Coração de Jesus
1 de Julho de 2011
Solenidade do Sagrado Coração de Jesus
Créditos de imagens:
Capa
Encontro dos Padres com o Papa no encerramento do Ano Sacerdotal. In:
http://coracaosacerdotal.files.wordpress.com/2011/03/encerramento_anosacerdotal021.jpg
Pág. 6
Beato João Paulo II, Papa. In: http://comunidadecatolicagratidao.blogspot.com/2011/05/oracao-para-pedirdeus-gracas-pela.html
Pág. 8
Cartaz da 48ª Semana de Oração pelas Vocações 2011 [detalhe]. Arquivo CEVM
Pág. 9
Cartaz da 47ª Semana de Oração pelas Vocações 2010 [detalhe]. Arquivo CEVM
Pág. 10 São João Eudes. In: http://spedeus.blogspot.com/2009/08/sao-joao-eudes-1601-1680.html
Pág. 10 Santa Margarida Maria Alacoque. In: http://reporterdecristo.com/santa-margarida-maria-alacoque-virgem
Pág. 10 Beato Pio IX. In: http://santopapabentoxvi.blogspot.com/2010/08/viva-pio-ix.html
Pág. 10 Leão XIII. In: http://www.vatican.va/holy_father/leo_xiii/index_po.htm
Pág. 11 Santa Margarida Maria Alacoque. In: http://preceserezas.blogspot.com/2011/05/vida-e-oracao-santamargarida-maria.html
Pág. 13 Terço. Arquivo CEVM
Pág. 19 Jesus, o Bom Pastor. Efrén Ordóñez, 1998 [detalhe]. In: http://www.web-mex.com/efren/escult.html
Pág. 24 O chamamento dos Apóstolos Pedro e André, 1308/1311. DUCCIO di Buoninsegna. In:
http://cgfa.acropolisinc.com/duccio/p-duccio3.htm
Pág. 30 O chamamento dos Apóstolos Pedro e André, 1376-78. Giusto de' Menabuoi. In:
http://easyweb.easynet.co.uk/giorgio.vasari/giusto/pic33.htm
Pág. 38 S. João Maria Vianey. Arquivo CEVM
Última
Da pagela distribuída no Encerramento do Ano Sacerdotal pela Congregação para o Clero.
Elaborado pelos Missionários Combonianos do Coração de Jesus
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Índice
Texto da instituição da Jornada Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes ............. 6
Mensagem do Presidente da CEVM ............................................................................................... 7
Introdução – da mensagem do Papa para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações 2011 ...... 9
Da mensagem do Papa para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações 2010 .......................... 10
Sagrado Coração de Jesus – espiritualidade do sacerdote ......................................................... 11
Preces diárias para a Eucaristia, durante uma semana ............................................................... 13
Rosário Vocacional ......................................................................................................................... 14
Vigília de oração 1 (para grupos de jovens ou grupos em caminhada vocacional) .................. 16
Vigília de oração 2 (para comunidades paroquiais)..................................................................... 21
Vigília de oração 3 (para adolescentes da catequese) ................................................................ 26
Orações pelas vocações ................................................................................................................. 32
João Paulo II – precisamos de santos ............................................................................................ 37
Carta aberta a todos os sacerdotes portugueses ........................................................................ 38
Oração de S. João Maria Vianey.................................................................................................... 39
Reflexões sobre o sacerdócio ........................................................................................................ 39
Acto de entrega e consagração dos sacerdotes ao Imaculado Coração de Maria.................... 40
Jornada Mundial de Oração
pela Santificação dos Sacerdotes
Queira a Virgem Santa lançar o seu olhar carinhoso
sobre todos nós, seus filhos predilectos, nesta festa
anual do nosso sacerdócio. Coloque, em nosso coração,
sobretudo um grande anseio de santidade. Escrevi na
Exortação Apostólica Pastores dabo vobis:
«A nova evangelização tem necessidade de
evangelizadores novos, e estes são os presbíteros
que se esforçam por viver o seu sacerdócio como
caminho específico para a santidade» (n. 82).
A Quinta-feira Santa, levando-nos até às origens do
nosso sacerdócio, recorda-nos também a obrigação de
tender para a santidade, a fim de sermos «ministros de
santidade» para os homens e mulheres confiados ao
nosso serviço pastoral.
Nesta perspectiva, vem a ser muito oportuna a proposta, sugerida pela Congregação
para o Clero, de se celebrar, em cada diocese, um «Dia pela Santificação dos
Sacerdotes», por ocasião da festa do Sagrado Coração de Jesus ou noutra data mais
apropriada às exigências e costumes pastorais do lugar.
Faço minha esta proposta, almejando que tal iniciativa ajude os sacerdotes a
conformarem-se cada vez mais plenamente com o coração do Bom Pastor.
Invocando sobre todos vós a protecção de Maria, Mãe da Igreja e Mãe dos sacerdotes,
afectuosamente vos avenço-o.
Carta do Papa João Paulo II aos Sacerdotes por ocasião da Quinta-feira Santa de 1995
6
Mensagem do Presidente da CEVM
1.A vontade expressa do Santo Padre Bento XVI de fazer coincidir o início do Ano Sacerdotal e
o seu termo com a celebração litúrgica da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus veio
trazer acrescido valor à escolha deste dia como Jornada Mundial de Oração pela Santificação
dos Sacerdotes.
A celebração deste ano reveste-se de particular significado e de grande alegria, porque é o
60.º aniversário da Ordenação sacerdotal do Santo Padre Bento XVI, ordenado presbítero
com o seu irmão George, no dia 29 de Junho de 1951, na Catedral de Freising, na Alemanha.
Ao agradecermos a Deus o dom da missão a que Bento XVI foi chamado como Sucessor de
Pedro e o belo testemunho de fidelidade no ministério que a todos nos dá, rezamos pela
Igreja para que Deus a conduza com a santidade, a fé e a sabedoria daqueles que foram por
Ele escolhidos como pastores do Seu Povo.
Lembramos na oração e na gratidão o Santo Padre, particularmente nestes dias, e
sensibilizaremos as nossas comunidades para esta comunhão orante com o Sucessor de
Pedro, conscientes de que a Igreja de Cristo se eleva sobre a firme rocha da fé de Pedro.
2.Celebramos, também este ano, com sentimentos de igual alegria e gratidão o Jubileu
sacerdotal do senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José da Cruz Policarpo, Presidente da
Conferência Episcopal Portuguesa, ordenado presbítero no dia 15 de Agosto de 1961, e de D.
Manuel Madureira Dias, Bispo emérito do Algarve, ordenado presbítero no dia 25 de Junho
de 1961, e o 60.º aniversário da Ordenação sacerdotal de D. Manuel Franco da Costa Oliveira
Falcão, Bispo emérito de Beja, e de D. Manuel da Silva Martins, Bispo emérito de Setúbal.
Os meses que agora vivemos recordam-nos tantos aniversários de ordenação de muitos
outros bispos e sacerdotes e preparam-nos na fé e na alegria para a celebração de
Ordenações presbiterais em várias dioceses de Portugal.
Unimo-nos em oração, também, à Igreja de Coimbra e ao seu novo Pastor, D. Virgílio do
Nascimento Antunes, que será ordenado Bispo no dia 3 de Julho, na Igreja da Santíssima
Trindade, no Santuário de Fátima.
3. A exemplo dos anos anteriores, a Comissão Episcopal Vocações e Ministérios propõe um
conjunto de elementos e um contributo pastoral para a reflexão e para a oração dos
sacerdotes, das comunidades cristãs e de todo o povo de Deus, a partir das palavras de Jesus:
“Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e
achareis descanso para as vossas almas” (Mt 11, 29-30).
Desde há muitos séculos que na tradição, na espiritualidade e na pedagogia da Igreja, a vida,
o ministério e a santidade dos sacerdotes se vinculam a este amor de Jesus, manso e humilde
de coração.
Mesmo antes de Jesus de Nazaré não faltaram na pedagogia bíblica, ao longo da história do
tempo, belas lições e impressionantes exemplos de humildade e de mansidão, onde o nosso
coração de pastores se pode e deve ir modelando.
Recordemos Abraão, homem de espírito pacificador, ao pedir ao sobrinho Lot para não haver
contendas entre eles, entre os pastores de um e os de outro (Gen 13, 8); voltemo-nos para José,
sereno e reconciliador, que vê Deus transformar em bem o mal urdido pelos irmãos e
habilmente realizado contra ele (Gen 50,20); subamos com Moisés à montanha e
reencontremo-nos aí com este condutor fiel do povo, cheio de zelo pelas coisas sagradas, a
quem Deus pacientemente confia de novo os mandamentos da Lei, para que ele, mesmo
com razões de irritação, os entregue com brandura ao povo libertado e peregrino (Ex 32, 19).
7
Mas é em Jesus Cristo que a mansidão se faz proposta de santificação, caminho de santidade
e pedagogia de missão: «Vinde a Mim» (Mt 11,28). Esta certeza, de que Jesus nos procura, nos
acolhe e cuida de nós, dá-nos alento, fortaleza e esperança. Sempre que percorrermos o
caminho e nos exercitarmos na pedagogia da humildade e da mansidão veremos que o jugo é
suave, sentiremos o seu peso leve e encontraremos em Cristo alento e descanso (Mt 11, 28-30).
4.Todos compreendemos e sentimos que a nossa vida e o nosso ministério de sacerdotes
valem mais pelo que somos do que pelo que fazemos. Percebemos no nosso agir diário, por
entre tantas e acrescidas fadigas e múltiplas actividades, que a eficácia da nossa acção se
deve ao Espírito Santo que é a alma da Igreja e fonte de toda a santidade.
Perceber que os sacerdotes são sinais da presença e da bênção de Deus, em vidas entregues
ao serviço do Evangelho em ordem à edificação da Igreja, diz-nos que Deus continua a
abençoar o Seu povo de muitos modos, mas também de maneira muito bela e necessária
através do dom da vida dos nossos sacerdotes.
E também aqui a oração é lugar de gratidão e de esperança. Conscientes desta certeza, a
oração pelos sacerdotes de hoje abre o nosso coração à generosidade de quem no silêncio da
contemplação ou na atenta escuta de Deus ouve a sua voz e acolhe o seu chamamento:
“Vinde comigo” (Mc 1, 17). “E eles deixaram as redes e seguiram-n’O” (Mt 4, 20).
O sentido primeiro deste convite não é o de ir trabalhar mas o de seguir Jesus. É deste
encontro com Cristo que nasce a força e a graça da resposta e da decisão, o entusiasmo e o
encanto da fidelidade, a alegria e a eficácia da missão.
Ao rezarmos pelos sacerdotes de hoje, estamos a semear gérmenes de vocação no campo
fecundo do testemunho sacerdotal para que daí despontem novas vocações. Sabemos
igualmente ser desejo e dever de todos, acompanhar os que mais sofrem, fragilizados pela
doença ou pelas provações da vida e do ministério. Eles são nossos irmãos.
Queremos recordar e agradecer aqueles que já partiram ao encontro de Deus. Eles são a
nossa herança e a nossa bênção.
5.Deve-se a elaboração do presente texto, que nos serve de guião para esta Jornada, aos
Missionários Combonianos do Sagrado Coração de Jesus, a quem agradeço em nome da
CEVM pela diligente resposta dada e pelo empenhamento colocado nesta iniciativa.
Coincidiu a solicitação feita com o início do Ano Vocacional Comboniano, em que se procura
conhecer melhor o carisma fundador recebido de S. Daniel Comboni e mobilizar meios e
pessoas para a descoberta do projecto de Deus que chama e envia para a missão.
É nesta íntima comunhão de sacerdotes diocesanos e religiosos, de coração voltado para
Deus e de olhos postos em quantos nos nossos Seminários caminham rumo ao presbiterado
que sentimos mais viva a beleza do ministério, mais presente o dom da fidelidade e mais
intensa a alegria da missão.
Não faltam ao povo de Deus razões acrescidas para louvar e pedir, para agradecer e para
confiar. Que todo o povo de Deus transforme estas razões em oração e possa viver esta
Jornada Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes como tempo de gratidão e de
esperança.
Aveiro, 13 de Junho de 2011, Festa de Santo António
+António Francisco dos Santos,
Bispo de Aveiro e Presidente da CEVM
8
Introdução
da mensagem do Papa para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações 2011
Na mensagem para o 48.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, de 2011, celebrado a
15 de Maio, Bento XVI apela às comunidades católicas de todo o mundo para que
assumam o “compromisso de promover as vocações” para o sacerdócio e a vida
consagrada. O Papa admite que esta proposta “pode parecer demasiado difícil” num
tempo em que “a voz do Senhor parece sufocada por ‘outras vozes’”.
Segundo Bento XVI, “é importante encorajar e apoiar aqueles que mostram claros sinais
de vocação à vida sacerdotal e à consagração religiosa, de modo que sintam o
entusiasmo da comunidade inteira quando dizem o seu ‘sim’ a Deus e à Igreja”. “É
preciso que cada Igreja local se torne cada vez mais sensível e atenta à pastoral
vocacional”, escreve o Papa, desejando que os adolescentes e jovens possam
amadurecer “uma amizade genuína e afectuosa com o Senhor, cultivada na oração
pessoal e litúrgica”. “Entrar na vontade de Deus não aniquila nem destrói a pessoa, mas
permite descobrir e seguir a verdade mais profunda de si mesmo”.
A mensagem indica que “a gratuidade e a fraternidade nas relações com os outros” e “a
abertura ao amor de Deus” permitem encontrar “a verdadeira alegria e a plena
realização das próprias aspirações”. Por isso “Propor as vocações na Igreja local significa
ter a coragem de indicar, através de uma pastoral vocacional atenta e adequada, este
caminho exigente do seguimento de Cristo, que, rico de sentido, é capaz de envolver
toda a vida”, pode ler-se. Bento XVI diz que “as vocações ao ministério sacerdotal e à
vida consagrada são fruto, primariamente, de um contacto constante com o Deus vivo e
de uma oração insistente”.
Aos bispos, o Papa pede cuidado na escolha dos “dinamizadores do Centro Diocesano de
Vocações, instrumento precioso de promoção e organização da pastoral vocacional e da
oração que a sustenta e garante a sua eficácia”; e interpela “os queridos irmãos no
Episcopado”, para que «promovam o mais possível as vocações sacerdotais e religiosas,
e de modo particular as missionárias» (Decreto
Christus Dominus, 15)”.
A última edição do “Anuário Estatístico da Igreja”,
publicação oficial da Santa Sé, revelava que entre
2000 e 2008 o número de sacerdotes se manteve
quase estável, com um ligeiro aumento de 0,98%
motivado pela dinâmica da Ásia e África (mais
23,77% e 31,09%, respectivamente). Nesse período,
a Igreja passou a ter mais padres diocesanos (de 265
mil para 274 mil) e menos sacerdotes de ordens e
congregações religiosas (de 139 mil para 135 mil). A
Europa perdeu 15.930 padres (diocesanos e
religiosos) em oito anos, uma quebra de 7,63% que
atinge números mais significativos quanto aos
candidatos ao sacerdócio (menos 21,15%).
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Da mensagem do Papa para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações 2010
Um aspecto da consagração sacerdotal é o dom total de si mesmo a Deus. Escreve o apóstolo
João: «Nisto conhecemos o amor: Jesus deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida
pelos nossos irmãos» (1 Jo 3,16). A figura de Jesus que, na Última Ceia, Se levanta da mesa,
depõe o manto, pega numa toalha, ata-a à cintura e Se inclina a lavar os pés aos Apóstolos,
exprime o sentido de serviço e doação que caracterizou toda a sua vida, por obediência à
vontade do Pai (cf. Jo 13,3-15). No seguimento de Jesus, cada pessoa chamada a uma vida de
especial consagração deve esforçar-se por testemunhar o dom total de si mesma a Deus. A
história de cada vocação cruza-se quase sempre com o testemunho de um sacerdote que
vive jubilosamente a doação de si mesmo aos irmãos por amor do Reino dos Céus. É que a
presença e a palavra de um padre são capazes de despertar interrogações e de conduzir
mesmo a decisões definitivas (cf. João Paulo II, Exort. ap. pós-sinodal Pastores dabo vobis, 39).
Um outro aspecto que, enfim, não pode deixar de caracterizar o sacerdote e a pessoa
consagrada é viver a comunhão. Jesus indicou, como sinal distintivo de quem deseja ser seu
discípulo, a profunda comunhão no amor: «É por isto que todos saberão que sois meus
discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13,35). De modo particular, o sacerdote deve
ser um homem de comunhão, aberto a todos, capaz de fazer caminhar unido todo o rebanho
que a bondade do Senhor lhe confiou, ajudando a superar divisões, sanar lacerações, aplanar
contrastes e incompreensões, perdoar as ofensas. Os jovens, se virem os sacerdotes isolados
e tristes, com certeza não se sentirão encorajados a seguir o seu exemplo. Levados a
considerar que tal possa ser o futuro de um padre, vêem aumentar a sua hesitação. Torna-se
importante, pois, realizar a comunhão de vida, que lhes mostre a beleza de ser sacerdote.
Então, o jovem dirá: «Isto pode ser um futuro também para mim, assim pode-se viver»
(Insegnamenti, vol. I/2005, 354).
«A própria vida dos padres, a sua dedicação incondicional ao rebanho de Deus, o seu
testemunho de amoroso serviço ao Senhor e à sua, a sua concórdia fraterna e o seu zelo pela
evangelização do mundo são o primeiro e mais persuasivo factor de fecundidade vocacional»
(Pastores dabo vobis, 41). Poder-se-ia afirmar
que as vocações sacerdotais nascem do
contacto com os sacerdotes, como se fossem
uma espécie de património precioso
comunicado com a palavra, o exemplo e a
existência inteira.
Fiel à sua vocação, cada presbítero, transmite a alegria de servir Cristo, e convida todos os
cristãos a responderem à vocação universal à santidade. Assim, para se promoverem as
vocações específicas ao ministério sacerdotal e à vida consagrada, para se tornar mais forte e
incisivo o anúncio vocacional, é indispensável o exemplo daqueles que já disseram o próprio
«sim» a Deus e ao projecto de vida que Ele tem para cada um. O testemunho pessoal, feito
de opções existenciais e concretas, há-de encorajar, por sua vez, os jovens a tomarem
decisões empenhativas que envolvem o próprio futuro. Para ajudá-los, é necessária aquela
arte do encontro e do diálogo capaz de os iluminar e acompanhar sobretudo através do
exemplo de vida abraçada como vocação. Assim fez o Santo Cura d’Ars, que, no contacto
permanente com os seus paroquianos, «ensinava sobretudo com o testemunho da vida. Pelo
seu exemplo, os fiéis aprendiam a rezar» (Carta de Proclamação do Ano Sacerdotal, 16/06/2009).
10
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
Espiritualidade do Sacerdote
CONTEXTO HISTÓRICO
Hoje celebramos a festa do Sagrado Coração de Jesus. Os Santos
Padres muitas vezes falaram do Coração de Cristo como símbolo
de seu amor. Na Idade Média começaram a considera-lo como
modelo de nosso amor. No século XVII estava muito expandida
esta devoção. São João Eudes, já em 1670, introduziu a primeira
festa pública do Sagrado Coração.
Santa Margarida Maria
de Alacoque
Em 1673 Santa Margarida Maria de
Alacoque começou a ter uma série de
revelações que a levaram à santidade e ao
impulso de formar uma equipe de
São João Eudes
apóstolos desta devoção. Foram divulgados
inúmeros livros e imagens. As associações do Sagrado Coração
subiram em um século, desde meados do século XVIII, de 1000 a
100.000. Umas vinte congregações religiosas e vários institutos
seculares foram fundados para estender seu culto.
O apostolado da Oração, que pretende conseguir nossa
santificação pessoal e a salvação do mundo mediante esta
devoção, contava já em 1917 com 20 milhões de associados. E
em 1960 chegou ao dobro em todo o mundo.
Em 1856 Pio IX estendeu sua festa a toda
a Igreja. Em 1899 Leão XIII consagrou o
mundo ao Sagrado Coração de Jesus.
11
A FESTA
No dia 16 de Junho de 1675, durante uma
exposição do Santíssimo Sacramento, Jesus
apareceu a Santa Margarida Maria Alacoque e,
descobrindo seu Coração, disse-lhe:
«Eis aqui o Coração que a tal ponto amou os
homens, que nada poupou, até esgotar-se e
consumir-se, para testemunhar-lhes seu amor; e
entretanto só recebo da maior parte deles
ingratidões, pelas irreverências, sacrilégios,
desprezo e tibieza com que me tratam no meu
Sacramento de amor. O que me é ainda mais
sensível, é serem corações que me foram
consagrados, os que assim me tratam. Por isso te
peço que se dedique a primeira sexta-feira depois
da oitava do Santíssimo Sacramento a uma festa
particular com o fim de venerar o meu Coração,
fazendo-lhe ato de reparação, comungando-se
nesse dia em desagravo pelas indignidades
recebidas durante o tempo em que esteve exposto
sobre os altares.»
ILUMINAÇÃO BÍBLICA EM NOSSA VIDA
Lemos em Mateus 11,29-30:
"Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde
de coração, e achareis descanso para vossas almas. Pois meu jugo é suave e
meu peso é leve”.
Manso e humilde de coração, assim é Jesus. Quanta profundidade em poucas palavras!
Na Festa do Sagrado Coração de Jesus, meditemos um pouco sobre esse desejo
manifestado pelo nosso Divino Mestre.
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EUCARISTIA
Preces para cada dia durante uma semana
1º Dia
Por todas as famílias, para que iluminadas por Cristo, Luz do Mundo, se tornem num
espaço onde naturalmente brotam e são acompanhadas todas as vocações
sacerdotais ao serviço da Igreja e da humanidade. Oremos, irmãos.
2º Dia
Pela nossa comunidade (paroquial), para se abra à acção do Espírito do Senhor que
interpela e suscita nela muitas vocações ao sacerdócio. Oremos, irmãos.
3º Dia
Por aqueles e aquelas que entregaram toda a sua vida ao serviço do Evangelho nas
comunidades eclesiais ao serviço dos outros, para que, na leitura dos sinais dos
tempos, sejam resposta generosa às necessidades dos irmãos, e assim a sua vida
brilhe como luz diante da humanidade. Oremos, irmãos.
4º Dia
Por todos os cristãos, para que sejamos no mundo sinal de uma Fé e Esperança
fecunda em Caridade, escutemos o apelo que o Senhor nos dirige e respondamos
com um compromisso cada vez mais intenso e verdadeiro. Oremos, irmãos.
5º Dia
Pelos jovens que procuram na generosidade de coração descobrir um sentido para a
vida, para que na escuta da Palavra de Deus, na celebração da Eucaristia e do
sacramento da reconciliação, descubram que Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida
e O sigam com alegria consagrando-se na Igreja ao serviço da humanidade.
Oremos, irmãos.
6º Dia
Pelos nossos jovens para que na escuta da Palavra, se sintam interpelados por Deus
a seguir Cristo sem medo, doando toda a sua vida ao serviço do Evangelho. Oremos
irmãos.
7º Dia
Pelas nossas famílias, para que, respondendo à sua vocação, sejam lugar de uma
experiência autêntica do Amor de Deus e o espaço onde as vocações sacerdotais
possam nascer e crescer. Oremos irmãos.
13
ROSÁRIO VOCACIONAL
A oração mariana nas nossas comunidades paroquiais pode
ser um dos momentos de convidar e motivar toda a paróquia
à oração pelas vocações sacerdotais.
Com este terço vocacional, queremos seguir o caminho de
Maria, meditando nos diferentes momentos do itinerário
vocacional.
Deste modo, confiamos a Maria todas as pessoas (sobretudo
os jovens), a fim de que experimentem a beleza de uma vida
entregue a Deus e ao próximo, e se mostrem disponíveis para
responder com um SIM generoso ao Mestre que chama e que
envia a anunciar a Sua Boa Noticia.
1º Mistério | A Busca
(Jo 1, 38-39)
Então Jesus voltou-se para eles e, vendo que o seguiam, perguntou-lhes: «A quem
procurais?» Responderam-lhe: «Rabi – que quer dizer Mestre – onde moras?» Ele disse:
«Vinde e vede». Foram, pois, e viram onde morava e ficaram com Ele nesse dia. Eram
quase quatro horas da tarde.
Cada vez mais se vai sentindo que um cristianismo de subsistência e de tradição é
insuficiente. Desde tenra idade somos introduzidos neste dinamismo de seguimento de
Jesus Cristo pelos sacramentos e pela catequese. Mas, será que O desejamos de
verdade?
“Onde moras?” é a pergunta que os discípulos André e João colocavam ao Mestre. Ela
não é mais do que a expressão de uma mesma busca que todos inquietamente fazemos:
“onde está a felicidade?”.
Por isso, vale sempre a pena parar para nos fazermos a pergunta: és feliz?
2º Mistério | O Chamamento
(Mc 1, 17-18)
E disse-lhes Jesus: «Vinde comigo, e farei de vós pescadores de homens». Deixando
imediatamente as redes, seguiram-no.
Os discípulos percebem em Jesus Cristo algo de diferente, algo de autêntico e profundo
e, por isso, aceitam deixar imediatamente as redes e segui-Lo.
Quantas vezes ficamos agarrados àquilo que deixamos ou ao comodismo da
mediocridade!!!
E tu? Já te cruzaste com Cristo pelo caminho? Que tens feito perante o mesmo desafio?
14
3º Mistério | O Seguimento
(Mt 16, 24-25)
Jesus disse, então, aos discípulos: «Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo,
tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas quem
perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la»
Rapidamente a resposta afirmativa ao chamamento que nos é feito por Jesus Cristo traz
consequências: segui-Lo implica amá-Lo, e amá-Lo implica aprender a imitá-Lo.
Assim, como caminho de felicidade (seja como leigos, como ministros ordenados, ou
como religiosos e missionários) é-nos apresentada a cruz como fiel companheira.
Já fizeste a experiência na tua vida de como é dando que se recebe, é perdoando que se
é perdoado, e é morrendo que se alcança a felicidade?
4º Mistério | A Missão
(Cfr. Lc 10, 3-9)
Ide! Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos (…) Quando entrardes numa cidade e
vos receberem, comei do que vos for servido, curai os enfermos que nela houver e dizeilhes: «O reino de Deus está próximo de vós».
Muitas vezes, somos colocados em contextos onde há muito pouca esperança. Porque é
que tantas pessoas não conhecem a alegria de saber que o reino de Deus está perto de
cada um de nós? Como tem sido o nosso testemunho enquanto cristãos?
5º Mistério | A Fidelidade Radical
(Cf. Lc 9, 57-62)
«(…) As raposas têm tocas e os pássaros do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem
onde repousar a cabeça». (…) «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos. (…) «Quem
olha para trás, depois de deitar a mão ao arado não está apto para o Reino de Deus»
Muitas vezes procuramos coisas, seguranças. O apelo atrai-nos, mas não temos coragem
de deixar as amarras que nos prendem ao passado. Temos medo do futuro. Queremos
dizer SIM, mas queremos certezas.
Jesus Cristo, sacerdote único e eterno, faz com que nunca se apague em nós a certeza de
que só permanecendo em Ti encontramos sentido para a vida.
Assim, faz-nos caminhar, escutar e obedecer-Te, na confiança de quem Te sabe presente
no mais íntimo de nós mesmos, e perceber, nas mais pequenas coisas, o quanto nos
amas loucamente.
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VIGÍLIA DE ORAÇÃO 1
(para grupos de jovens ou grupos em caminhada vocacional)
UM SÓ REBANHO E UM SÓ PASTOR – Jo 10,16
Vigília proposta em especial para grupos de jovens já formados, com compromisso
cristão ou em caminhada vocacional. Pode ser adaptada para outros grupos mais gerais
e não homogéneos.
Objectivos:
Tomar consciência de que a nossa caminhada se faz em comunidade/paróquia ou grupo,
tendo Cristo BP como centro, guia e fundamento de tudo.
Comprometer-se na construção do grupo como comunidade/Paróquia e contribuir para
o crescimento de todos.
Crescer na comunhão com Cristo, BP e com os outros.
Ambiente:
Cenário a meia-luz. Um Cartaz com a imagem (desenho simples a preto) do Bom Pastor
com as silhuetas de pessoas à volta. Esferográficas ou marcadores disponíveis. Círio
aceso no centro do cenário. Eventualmente algumas outras velas que se acharem
oportunas. Pode também haver, em destaque, uma frase “um só rebanho e um só
pastor”.
Explicação:
A Vigília consta de 2 partes com diferentes etapas/momentos. As partes são as que o
título já indica: Um só rebanho – Um só pastor. Só que aqui vamos inverter a ordem:
primeiro um só pastor e só depois um só rebanho.
Os diferentes momentos sucedem-se naturalmente. A itálico, possíveis explicações –
monições, dadas pelo animador ou presidente para melhor compreensão dos tempos e
dinâmicas.
As dinâmicas não são indispensáveis. Podem ser opcionais se se achar conveniente.
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1ª parte: Um só pastor
Cântico: O Senhor é meu pastor (ou outro)
Animador: Nesta primeira parte vamos salientar 3 atitudes que devem fazer parte
daquele que segue o pastor: a) escutar a voz do pastor que chama cada um pelo seu
nome (Jo 10,3); b) seguir o Pastor (Jo 104); c) Viver da vida do pastor (Jo 10, 11.15)
A/ Escutar para conhecer:
Depois da introdução anterior feita pelo animador, num ambiente a meia luz, com
música de fundo muito suave alguém proclama esta palavra de Deus.
Leitura da palavra de Deus: Jo 21,15-17
E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me
mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe:
Apascenta os meus cordeiros.
Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor,
tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter
dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo.
Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
Animador: Jesus ressuscitado, experimenta a comunhão do seu discípulo, Simão, para
consigo, chamando-o pelo seu nome próprio e convidando-o uma missão, a continuar a
sua missão no mundo e na comunidade a Igreja.
(Pode-se ler também 1Sam 3, 10-11 se se achar oportuno)
Depois, no mesmo ambiente alguém proclama a palavra dos Homens, neste caso do
Papa:
“Em cada época, também nos nossos dias, numerosos jovens sentem o profundo desejo
de que as relações interpessoais sejam vividas na verdade e na solidariedade. Muitos
manifestam a aspiração de construir relações autênticas de amizade, de conhecer o
verdadeiro amor, de fundar uma família unidade, de adquirir uma estabilidade pessoal e
uma segurança real, que possam garantir um futuro sereno e feliz. Ao recordar minha
juventude, vejo que, na verdade, a estabilidade e a segurança não são as questões que
mais ocupam a mente dos jovens. Sim, a questão do lugar de trabalho, e com ela a de ter
o futuro assegurado, é um problema grande e premente, mas ao mesmo tempo a
juventude segue sendo a idade na qual se busca uma vida maior. Ao pensar em meus
anos de então, simplesmente, não queríamos perder-nos na mediocridade da vida
aburguesada. Queríamos o que era grande, novo. Queríamos encontrar a vida mesma
em sua imensidão e beleza. Certamente, isso dependia também de nossa situação.
Durante a ditadura nacional-socialista e a guerra, estivemos, por assim dizer,
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"encerrados" pelo poder dominante. Por isso, queríamos ir para fora, para entrar na
abundância das possibilidades do ser homem. Mas creio que, em certo sentido, este
impulso de ir mais além do habitual está em cada geração.”
Mensagem de Bento XVI aos jovens
Breves momentos de silêncio para interiorização. Se se quiser este texto pode estar
projectado (ou dá-lo por escrito) de maneira a todos o lerem e relerem se quiserem
durante algum tempo.
Dinâmica: depois do momento de silêncio, cada um se levanta e vai escrever o seu nome
numa das silhuetas do cartaz (uma qualquer). Enquanto isso canta-se:
Cântico: Tua palavra de amor (ou outro relacionado com a palavra)
B/ Conhecer para seguir
Animador: Trata-se neste momento de tomar consciência de que muitos ouvem a voz do
pastor e seguem-no, de diferentes maneiras.
As dinâmicas deste ponto B pode ser substituído por um testemunho de um sacerdote
Projecção do vídeo: O Bom Pastor – Vocações:
(pode ser descarregado daqui: http://www.youtube.com/watch?v=PMFiCJwYnY8)
Animador: Alguns responderam sim. Sentiram a presença do pastor na sua vida e
responderam, arriscaram.
O pastor está presente também na minha vida. Sinto-o? Dou-lhe espaço para que ele se
manifeste? Ele continua a chamar. Quem responde sim? Quem arrisca? Como? E eu? O
que devo fazer? Fica o convite, Cada um responderá com a sua vida.
Cântico vídeo: Faz-te ao largo faz-te ao mar
(pode ser descarregado aqui: http://www.youtube.com/watch?v=dxOD3jTW1j8)
C/ Seguir para viver
Animador: Trata-se neste momento de partilhar o que Jesus, o Bom Pastor é para mim. O
que é que o PB me diz hoje? Qual o meu relacionamento com ele? Sinto-o na minha
presença? Que aprendi com ele? Que atitudes vivo já na minha vida que me mostram que
o sigo?...
Dinâmica: Partilha. Deixar espaço de partilha que pode ser intercalado pelo refrão do
cântico O senhor é meu pastor ou outro refrão não muito longo.
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2ª parte: Um só rebanho
Animador: Salientar dois aspectos deste rebanho: a) a comunhão na comunidade,
construir a comunidade(Igreja); b) a comunhão universal, crescer na solidariedade.
a/ Construir o grupo
Animador: A comunidade somos nós. A comunidade será o que cada um fizer dela e por
ela. Vejamos algumas situações:
Mostrar situação no vídeo: HP Office orchestra
(pode ser descarregado daqui: http://www.youtube.com/watch?v=x9SutyL_uDI)
Animador: Tudo aquilo que temos e somos é um instrumento da grande orquestra. É com
isso que temos de viver e construir a grande sinfonia da comunidade (particular, local,
universal), é com a “prata da casa”. E cada um, se afinar e tocar bem o seu instrumento
poderá contribuir para uma boa harmonia.
Ao diferente que pede para ser acolhido, o que lhe digo? Que olhar lhe dirijo? Que lugar
lhe reservo?
Como gostaria que fossem as nossas comunidades, as suas características? O que estou
disposto(a) a fazer para atingir os objectivos?
Dinâmica: Desejo/compromisso. Deixar uns momentos de silêncio, com música de
fundo, para reflexão. Depois, cada um irá escrever na silhueta com o seu nome o que
cada um gostaria que fosse a sua comunidade/paróquia: “como eu gostaria que fosse a
nossa paróquia”
b/ Solidariedade Universal
Animador: Trata-se de ter o nosso coração sempre aberto e disponível. Se estivermos em
comunhão com a comunidade e com o pastor, então, através do pastor estaremos
também em comunhão com os outros, os de longe. Então também as dificuldades, as
barreiras vão contribuir para fortalecermos a comunhão da comunidade, tomarmos
consciência das dificuldades e divisões da humanidade e nos comprometermos da
comunhão.
Projecção vídeo: Árvore e garoto, atitude diante do problema
(pode ser descarregado daqui:
http://www.youtube.com/watch?v=VD5Rpz9tdY&feature=related)
Oração: Deixar primeiro que cada um a reze individualmente. Depois rezar todos juntos
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“Senhor,
Ensina-nos a não nos amarmos a nós próprios,
A não nos contentarmos em amar os nossos,
E em amar aqueles a quem amamos.
Ensina-nos a não pensar senão nos outros,
A amar primeiramente os que não são amados.
Inquieta-nos com o sofrimento dos outros.
Senhor,
Dá-nos a graça de sentir que
Em cada minuto da nossa vida,
Da nossa vida feliz por ti protegida,
Há milhões de seres humanos que são Teus filhos,
Que são nossos irmãos,
Que morrem de fome e não merecem morrer de fome,
Que morrem de frio e não merecem morrer de frio.
Senhor,
Tem piedade de todos os pobres do mundo
E perdoa-nos por os termos abandonado tanto tempo.
Senhor,
Não permitas que sejamos felizes a sós.
Dá-nos a angústia da miséria universal
E livra-nos de nós próprios, se for essa a Tua vontade.”
Cântico: Eu sinto Senhor que tu me amas
(ou outro vocacional)
Pai Nosso
Bênção final
PS: A exposição do santíssimo é facultativa. Cada um veja se fazer ou não e o momento.
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VIGÍLIA DE ORAÇÃO 2
(para comunidades paroquiais)
PEDI AO DONO DA MESSE Lc 10, 2
Vigília mais tradicional destinada a grandes grupos, comunidades paroquiais.
Cântico de entrada,
Exposição do Santíssimo
Após alguns instantes de silêncio e ainda de joelhos o presidente profere as seguintes
jaculatórias que toda a assembleia repete:
- Bendito sejas, Senhor da Messe.
- Bendito sejas pelos teus apóstolos.
- Bendito sejas pelos teus mártires.
- Bendito sejas pelos teus confessores.
- Bendito sejas pelas tuas virgens.
- Bendito sejas pelos teus sacerdotes.
- Bendito sejas pelos teus diáconos.
- Bendito sejas pelos teus consagrados.
- Bendito sejas pelos teus missionários.
- Bendito sejas pelos teus contemplativos.
- Bendito sejas pelos teus leigos consagrados.
- Bendito sejas pelas famílias em matrimónio.
- Bendito sejas pelos solteiros a viver no mundo.
- Bendito sejas por todos os que chamaste.
- Bendito sejas por todos os que seduziste.
- Bendito sejas por todos os que disseram sim.
Leitura da Palavra de Deus
Do livro do Profeta Jeremias (Jer 20, 7.9)
«Seduziste-me, Senhor, e eu me deixei seduzir! Tu me dominaste e venceste. (…). A mim
mesmo dizia: “Não pensarei mais n’Ele! Não falarei mais em seu nome!” Mas, no meu
coração, a sua palavra era um fogo devorador, encerrado nos meus ossos. Esforçava-me
por contê-lo, mas não podia».
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Comentário
O profeta Jeremias fala-nos da sedução que o Senhor exerceu sobre ele, atraindo a Si o
seu coração, a sua alma e a sua vida. O Senhor chama e seduz e, apesar das resistências
do profeta, que até afirma «não pensarei mais no Senhor, não falarei mais no seu
nome», o Senhor vence e o profeta deixa-se seduzir. A palavra do Senhor era como um
fogo que lhe ardia no coração e que não o deixava sossegado. Daí a necessidade de dizer
sim ao apelo do Senhor, daí o deixar-se seduzir e o entregar-se à obra que o Senhor lhe
queria confiar. Todas as vocações têm algo de parecido com a de Jeremias, pois é
sempre o Senhor a seduzir e o fogo interior como que queima o coração daquele ou
daquela que é chamado. Como Jeremias, muitos e muitas querem apagar esse fogo,
fazerem-se surdos à voz do Senhor, não se entregando para o serviço do Reino, na Igreja,
qualquer que seja a vocação que o Senhor lhes dá. Precisamos de pedir a audácia, a
coragem, a fortaleza para todos aqueles que são chamados. Em silêncio, rezemos pelas
vocações.
Tempo de silêncio
Oração (juntos ou por grupos ou uma frase cada)
Eu desejava esperar por ti, meu Deus, e soube então que já me esperavas.
Eu desejava procurar-te, meu Deus, e vi que andavas à minha procura.
Eu pensava: finalmente encontrei Deus, mas senti-me encontrado por ele.
Eu queria dizer: Amo-te, meu Deus, mas já me tinhas dito: Amo-te muito.
Eu tinha resolvido escrever-te, ó deus, mas entretanto chegou a tua carta.
Eu queria pedir-te perdão, meu Deus, mas soube que já me tinhas perdoado.
Eu queria oferecer-me todo a ti, meu Deus, mas recebi antes o dom gratuito de ti
mesmo.
Eu queria oferecer-te a minha amizade, meu Deus, mas recebi antes a noticia do teu
grande amor.
Eu queria convidar-te para entrares na minha intimidade, mas já antes chegou o teu
convite para estar em ti.
Eu queria fazer festa por te ter encontrado, mas foste tu, a fazer a festa primeiro, tal é o
teu amor.
Cântico vocacional
Leitura da Palavra de Deus
Do Evangelho segundo S. Mateus (Mt 4, 18-22)
«Caminhado ao longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e
seu irmão, André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes:
“Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens.” E eles deixaram as redes e
imediatamente seguiram-No. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho
de Zebedeu, e seu irmão, João, os quais, com o seu pai, consertavam as redes, dentro do
barco. Chamou-os e eles, deixando no mesmo instante o barco e o pai, seguiram-No”.
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Comentário
Este maravilhoso texto coloca diante de nós o chamamento dos quatro primeiros
apóstolos: Pedro e seu irmão André, João e o seu irmão Tiago. Eram todos pescadores.
Ao ouvirem o apelo do Mestre, deixaram tudo e seguiram-No. Jesus seduziu, interpelouos e eles deixaram as redes, os barcos, e foram atrás d’Ele. A palavra sedutora foi: «vinde
comigo e farei de vós pescadores de homens». O convite não é o de ir trabalhar, mas o
de seguir Jesus: «Vinde comigo». Hoje, como há dois mil anos, é isso que importa:
deixar-se seduzir por Jesus, conhecê-lo mais e melhor, querer ir com Ele, para viver como
Ele. Só com uma vida de oração mais séria e comprometida podem nascer vocações de
serviço e de total entrega. Só quem se põe à escuta de Jesus e se deixa cativar por Ele é
capaz de deixar a família, o curso, o namoro, tudo, absolutamente tudo, para seguir
Jesus e entregar-se a Ele. Não é fácil, mas o próprio Jesus dá a força e a graça, o
entusiasmo e o encanto. Seduzidos por Ele, pelo Mestre, somos capazes de optar por
uma vida de consagração ao serviço da messe. O Senhor, que ama a sua Igreja e ama a
Humanidade, não deixará de convidar muitos a segui-Lo e de lhes dar força para isso.
Silêncio
Pode integrar-se aqui o testemunho de um sacerdote Ou projecção de algum vídeo de
testemunhos, por exemplo este que pode ser descarregado daqui:
http://www.myspace.com/vocacoes/videos/fishers-of-men/55310320
Oração:
Elevemos a nossa oração ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua
messe e com toda a confiança digamos:
Dá-nos trabalhadores para a tua Messe
1 – Porque há milhões de homens e mulheres que não Te conhecem nem nunca ouviram
falar de Ti, dá-nos evangelizadores com audácia e fortaleza, sabedoria e encanto, nós Te
pedimos:
2 – Porque há muitos homens e mulheres sem fé e muitos baptizados sem vida de
sacramentos, dá-nos corações apaixonados para Te anunciarem com convicção e
compromisso, nós Te pedimos:
3 – Para que a Igreja seja cada vez mais enriquecida pela vida de oração e de
recolhimento, de austeridade e de mediação dos contemplativos, chama Senhor muitos
e muitas a essa via de entrega e oblação, nós Te pedimos:
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4 – Para que os pobres, os doentes, os marginais, os que não têm pão, casa, emprego
encontrem muitos discípulos teus que os ajudem e se dediquem a eles de alma e
coração, nós Te pedimos:
5 – Para que a Igreja missionária e, tantas vezes, perseguida tenha apóstolos que ajudem
a viver a fidelidade ao Evangelho, nós Te pedimos muitas vocações missionárias:
6 – Para que as famílias sejam cada vez mais «igrejas domésticas», nós Te pedimos que
ajudes os jovens que se preparam para o matrimónio a crescerem em maturidade
humana e cristã:
7 – Para que os teus sacramentos possam ser distribuídos e vividos com frequência e
qualidade, nós Te pedimos muitos sacerdotes bons e santos, homens de oração e de
serviço generoso ao próximo:
Oportunidade para orações espontâneas.
Oração juntos
Filho de Deus, enviado pelo Pai
para junto dos homens de todos os tempos e de todas as partes da terra!
Nós vos invocamos por meio de Maria, vossa e nossa Mãe:
fazei que na Igreja não faltem vocações,
em particular as de especial consagração ao vosso Reino!
Jesus, único Salvador do mundo!
Nós vos pedimos por todos aqueles que responderam 'sim'
ao vosso apelo ao sacerdócio,
à vida consagrada e à missão!
Fazei que as suas existências se renovem no dia-a-dia,
tornando-se Evangelho vivo!
Senhor misericordioso e santo, continuai a enviar
novos trabalhadores para a vossa messe!
Ajudai aqueles que vós chamais para o
vosso seguimento nestes nossos tempos:
fazei que, contemplando o vosso rosto,
eles respondam com alegria à maravilhosa missão,
que Ihes confiais para o bem do vosso Povo
e de todos os homens!
Vós que sois Deus, viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo,
pelos séculos dos séculos!
Amém.
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Cântico vocacional
Bênção do Santíssimo
Despedida:
Precisamos de acreditar que a oração pelas vocações dá frutos excelentes. Foi Jesus que
no-lo disse. Vivemos este momento de oração e adoração a pedir vocações, mas
devemos continuar, todos os dias, esta oração. Todos precisamos do dom de mais
vocações sacerdotais, religiosas e missionárias. Vivamos a esperança de que o Senhor,
que ama a sua Igreja, não deixará de nos conceder mais vocações.
Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.
Graças a Deus.
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VIGÍLIA DE ORAÇÃO 3
(para adolescentes da catequese)
E ELES DEIXARAM AS REDES E SEGUIRAM-NO Mt 4, 20
Introdução
No Antigo Testamento lemos que algumas pessoas tiveram a experiência do
chamamento. Abraão, Moisés, Isaías, Jeremias e outros. Chamados a entrar no projecto
de Deus e a colaborar na salvação dos homens e do mundo. Ao ouvirem a voz do Senhor,
responderam afirmativamente. Ficaram disponíveis para a missão que lhes era pedida.
No Novo Testamento encontramos, logo no princípio, a experiência de Maria de Nazaré,
chamada para ser a mãe de Jesus, o Messias. E Jesus chama também alguns homens a
segui-lo. E esses pescadores do Mar da Galileia deixam o barco e as redes e seguem-no.
Foram os colaboradores directos de Jesus no anúncio do Evangelho.
Também nós somos chamados. Fomos chamados à vida e temos como vocação viver
com categoria, com dignidade, com qualidade. Mas somos também chamados a
reconhecer em Jesus Cristo o enviado de Deus, tornando-nos cristãos e membros da
Igreja. Há, porém, alguns cristãos que são chamados a servir a comunidade como
sacerdotes.
Porque a Igreja precisa de padres, sugerimos esta celebração com adolescentes da
catequese 9º, 10º, crismandos.
Cântico
(Uma gravação de toque de sinos poderia proceder o cântico de entrada, pois os sinos
servem para chamar. São um sinal de Jesus que nos chama à celebração).
Animador: O Senhor esteja convosco.
R/ E contigo também.
(Quatro jovens que foram avisados previamente, serão chamados pelo seu nome, um por
um, para se aproximarem do altar).
Animador: X... Aproxima-te do altar do Senhor.
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Animador: Estes jovens tiveram a experiência muito simples de serem chamados. E
levantaram-se e puseram-se a caminho. Estão aqui.
Todos nós, como cristãos que somos, escutamos no nosso íntimo mais íntimo o convite
de Jesus Cristo a segui-lo incondicionalmente, arriscando no seu projecto salvador e
libertador. Toda a vida cristã é um chamamento e uma resposta.
(Canta-se o refrão do cântico anterior).
Escuta da palavra
(A leitura é feita em forma de jogral, pelos quatro jovens que foram chamados no início
da celebração).
1 - Deus chamou a Abraão:
2 - «Deixa a tua terra, a tua família e a casa de teu pai, e vai para a terra que eu te
indicar!»
3 - E ele pôs-se a caminho, confiando totalmente em Deus.
4 - E assim começou a história de um povo que escuta a voz do seu Senhor.
1 - Deus chamou a Moisés:
2 - «Eu vi o sofrimento do meu povo. Vai, que eu quero libertá-lo da escravidão do faraó.
Vai, e não tenhas medo!»
3 - E ele renunciou a uma vida fácil, e foi lutar pela libertação do povo.
4 - E assim aconteceu a grande epopeia da Páscoa dos judeus.
1 - Deus chamou Isaías, Jeremias e outros profetas:
2 - «Vem, que eu preciso da tua voz para proclamar a minha mensagem de conversão ao
povo infiel!»
3 - Eles aceitaram uma vida de incompreensão e perseguições.
4 - E assim se realizou o projecto de Deus salvador.
T — Palavra do Senhor.
R/ Graças a Deus.
Cântico de meditação (Canta-se um cântico apropriado).
Evangelho segundo S. Mateus 4, 18-22.
Partilha
Um testemunho de um sacerdote pode ser interessante. Se a oração for com gente mais
jovem da catequese por exemplo pode-se realizar o que se segue em forma de entrevista.
As perguntas e respostas são indicativas. Deixa-se à criatividade de cada um.
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(Intervenção de 2 jovens e do celebrante, que será entrevistado).
1 - Toda a vida cristã é vocação. É um chamamento e uma resposta.
2 - Jesus chama-nos a um novo jeito de viver, e nós decidimos livremente.
1 - Mas alguns cristãos são chamados a uma missão especial na Igreja.
2 - São os sacerdotes, e os religiosos e religiosas.
1 - E que sabeis vós da missão dos sacerdotes?
2 - Para isso, iremos entrevistar o sacerdote aqui presente.
P - Qual a missão do padre na Igreja?
R - Os padres têm na Igreja duas actividades muito importantes. A primeira é a de
anunciarem a mensagem de Jesus Cristo, isto é, o Evangelho. Fazem-no pregando,
falando, ensinando, escrevendo livros, dialogando com todas as pessoas. A segunda
actividade é esta: celebrar a Eucaristia e administrar os outros Sacramentos; de modo
particular o perdão dos pecados. Ele, em nome de Cristo, realiza salvação.
P - Os padres sentem alegria nessa sua missão?
R - Sim, sentem alegria. Não é verdade que o segredo da alegria consiste em tornar os
outros felizes? Eles sabem que, ao ensinar e santificar as pessoas, estão a dar-lhes razões
para viver. Às vezes eles podem sentir o cansaço, a solidão e até a perseguição. Mas têm
a promessa de Jesus aos seus discípulos: dar-lhe-á «cem vezes mais e a vida eterna».
P - Porque é que os padres não se casam?
R - Nos quatro primeiros séculos, eles eram casados. Mas entrou o costume, que se
tornou lei, dos sacerdotes serem celibatários. Deste modo eles são mais parecidos a
Jesus Cristo, que não se casou para se dedicar totalmente à sua missão neste mundo.
Além disso, o facto de serem celibatários torna-os mais livres e disponíveis para servir a
comunidade cristã.
P - E porque é que as mulheres não podem ser padres?
R - Uma questão que hoje se põe, e a resposta melhor talvez seja a seguinte: Jesus, ao
escolher os doze apóstolos, escolheu apenas homens. A Igreja continua a fazer o mesmo
actualmente. Além disso, se os padres representam a Jesus, que era um homem, convém
que também ele seja um homem. Assim é mais fácil ver nele a «pessoa de Cristo».
P - Serão necessários mais padres na Igreja?
R - Sim. Cada comunidade cristã tem de pensar a sério na necessidade de colaborar na
formação de futuros sacerdotes. Será mesmo viva uma comunidade que não gera
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sacerdotes, e também religiosos e religiosas para a Igreja? E temos todos também de
rezar a oração que Jesus ensinou: «Enviai, Senhor, operários para a vossa seara!»
Cântico: nas margens do lago (ou outro)
Credo
Animador: Acreditais que sois filhos ou filhas de Deus Pai, que vos chamou à vida e vos
quer felizes nesta e na outra vida?
R/ S im , a c re d ito !
Animador: Acreditais que Jesus Cristo, homem e Deus verdadeiro, vos chama a segui-lo,
vivendo segundo a sua mensagem de amor?
R/ S im , a c re d ito !
Animador: Acreditais que o Espírito Santo, que em vós habita, vos chama a viver em
liberdade e justiça, em alegria e paz?
R/ S im , a c re d ito !
Animador: Acreditais que sois membros da Igreja, como membros de um corpo, e sois
chamados a ser membros activos da vossa comunidade cristã?
R/ S im , a c re d ito !
Animador: Acreditais que não somos cidadãos deste mundo, mas de outro, e somos
chamados a perder a vida, para um dia ressuscitarmos para uma vida nova?
R/ S im , a c re d ito !
Oração universal
Animador: Oremos, irmãos, ao Senhor, que nos chama a segui-lo como nosso bom
pastor.
(Intervenção de alguns jovens).
1 - Senhor Jesus, precisais dos nossos pés.
que levemos a alegria a todos os que sofrem a solidão, por causa da doença, da velhice
ou do abandono dos seus. Oremos.
R/ Ouvi-nos, Senhor!
2 - Senhor Jesus, precisais do nosso coração.
Que levemos o calor da nossa amizade aos que vivem sem afecto, porque ninguém os
aprecia, nem estima, nem ama. Oremos.
R/ Ouvi-nos, Senhor!
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3 - Senhor Jesus, precisais da nossa boca.
Que levemos uma palavra de compreensão e de desculpa a todos, e anunciemos por
toda a parte a vossa Mensagem. Oremos.
R/ Ouvi-nos, Senhor!
4 - Senhor Jesus, precisais das nossas mãos.
Que levemos a ajuda, a serviço fraterno e o gesto de carinho, a todos os que nos
interpelam no nosso quotidiano. Oremos.
R/ Ouvi-nos, Senhor!
5 - Senhor Jesus, precisais dos nossos ouvidos.
Que estejamos sempre prontos para escutar a verdade dos outros, e também disponíveis
para escutar o vosso chamamento. Oremos.
R/ Ouvi-nos, Senhor!
Acção de graças
Animador: A vida cristã é uma vocação. Todos somos chamados. Por isso dizemos:
«Queremos seguir-vos, Senhor!»
(Intervenção de 2 jovens).
1 - Senhor Jesus, chamastes a André e a Pedro.
Dai-nos também a coragem de deixarmos a barca dos nossos sonhos e as redes dos
nossos hábitos, para nos tornarmos vossos seguidores.
R/ Queremos seguir-vos. Senhor!
2 - Senhor Jesus, chamastes a Mateus, o publicano.
Dói-nos também a coragem de deixarmos as mesas onde trocamos dinheiros, vaidades e
modas para nos tornarmos vossos seguidores.
R/ Queremos seguir-vos. Senhor!
3 - Senhor Jesus, dissestes que quem deita a mão ao arado e olha para trás, não é
digno do Reino de Deus. Dai-nos coragem de avançar com decisão e audácia pelo
caminho que nos indicais.
R/ Queremos seguir-vos. Senhor!
4 - Senhor Jesus, dissestes que era preciso levar a cruz todos os dias, para vos podermos
seguir. Dai-nos a coragem de sacrificarmos a vida pelos outros, salvando assim a nossa
vida para a eternidade.
R/ Queremos seguir-vos. Senhor!
30
Cântico de acção de graças ou louvor
Despedida
Oração (todos juntos)
Senhor nosso Deus,
neste momento o nosso coração está convosco,
porque nos amais,
e nos chamais por meio de Jesus Cristo, vosso Filho.
Como Abraão, levantar-nos-emos e começaremos a andar.
Como Moisés, rejeitaremos todos os ídolos, para vos seguir.
Como David, reconheceremos os nossos erros, se formos infiéis.
Como o profeta Jeremias, ouviremos a vossa voz de amigo.
Como Jesus, consagraremos a nossa vida a Vós e aos irmãos,
e seremos felizes com uma felicidade que ninguém nos tirará.
Pelo mesmo Jesus Cristo, Vosso Filho, e nosso irmão, que vive convosco na unidade do
Espírito Santo.
R/ Amen.
Cântico final de envio
31
ORAÇÕES PELAS VOCAÇÕES
I
Deus Pai de amor
que dotastes a Tua Igreja
de inúmeros dons e carismas,
queremos agradecer-Te
pelo chamamento que fazes a alguns jovens
para se consagrarem de modo especial
ao serviço do Reino.
Agradecemos-Te pelos consagrados
que dão testemunho do teu amor
na vivência dos conselhos evangélicos
da castidade, pobreza e obediência.
Enriqueces a Tua Igreja
com todos os dons e carismas.
A vida consagrada é para todos os fiéis
o sinal concreto da vida eterna
para a qual o Senhor nos criou.
Os consagrados nos recordam
pela vivência da sua vocação
que estamos no mundo,
mas não somos do mundo.
Por isso, pedimo-Te, ó Deus,
as graças necessárias para que todos eles
sejam firmes na resposta ao Teu amor
e dóceis ao Teu Espírito.
Que os consagrados e as consagradas
busquem cada vez mais esvaziarem-se de si
para se encherem cada vez mais do Teu amor.
E assim, sejam testemunhas fiéis da vida eterna,
onde todos viveremos como irmãos e irmãs
no louvor e glória do Senhor.
Amém.
32
II
Oração dos pais pelas vocações
Senhor, Jesus Cristo,
chamai para a vossa Igreja
muitos e santos sacerdotes,
religiosos e religiosas, missionários e missionárias.
Se for do vosso agrado chamai também,
desta nossa família, algum filho ou alguma filha,
para que se consagre inteiramente a vós,
no serviço da vossa Igreja.
Dai-nos, assim, o privilégio e a alegria
de poder colaborar convosco
na salvação do mundo inteiro.
Amém.
III
Pai Santo,
olha para esta nossa humanidade,
desejosa de te servir.
A sua vida ainda é fortemente marcada
pelo ódio, pela violência, pela opressão
mas a fome de justiça, de verdade e de graça
ainda encontra espaço no coração de muitos,
que esperam que tragas a salvação realizada
por Ti, por meio de Teu Filho Jesus.
Precisamos de arautos corajosos do Evangelho,
de servos generosos da humanidade sofredora.
Manda à Tua Igreja, nós Te suplicamos,
presbíteros santos que santifiquem o Teu povo,
com os instrumentos da Tua graça.
Manda numerosos consagrados e consagradas,
que mostrem a tua santidade no meio do mundo.
Manda para a Tua vinha operários santos,
que ajam com o ardor da caridade
e, impelidos pelo Teu Espírito,
levem a salvação de Cristo
até aos últimos confins da terra.
Amém.
33
IV
'VAI, EU TE ENVIO!'
Filho de Deus, enviado pelo Pai
para junto dos homens de todos os tempos
e de todas as partes da terra!
Nós vos invocamos por meio de Maria, vossa e nossa Mãe:
fazei que na Igreja não faltem vocações,
em particular as de especial consagração ao vosso Reino!
Jesus, único Salvador do mundo!
Nós vos pedimos por todos aqueles que responderam 'sim'
ao vosso apelo ao sacerdócio,
à vida consagrada e à missão!
Fazei que as suas existências se renovem no dia-a-dia,
tornando-se Evangelho vivo!
Senhor misericordioso e santo, continuai a enviar
novos trabalhadores para a vossa messe!
Ajudai aqueles que vós chamais
para o vosso seguimento nestes nossos tempos:
fazei que, contemplando o vosso rosto,
eles respondam com alegria à maravilhosa missão,
que Lhes confiais para o bem do vosso Povo
e de todos os homens!
Vós que sois Deus,
viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo,
pelos séculos dos séculos!
Amém.
34
V
Oração do jovem
É o momento Senhor, de orientar a minha vida,
É a hora de dar um sentido à minha existência;
Estou a ponto de descobrir novos caminhos.
Estou Senhor, diante de Ti,
aberto como a praia ao mar,
Estou à procura das tuas pegadas,
Quero deixar atrás os meus caminhos
e entrar nos teus caminhos.
Aqui estou Senhor,
Como Maria quando era jovem eu te digo:
“Eis a serva do Senhor,
Que se faça em mim segundo a tua palavra...”.
Estou com um coração disponível e te digo:
quero fazer a tua vontade.
Senhor que queres de mim?
Qual é o teu projecto para a minha vida?
Por onde queres que eu caminhe?
Como me comprometer e ser fiel?
Quero Senhor, escutar-te e dar-te uma resposta.
Quero Senhor, deixar tudo,
ficar livre para te seguir.
Quero arriscar o meu caminho com o teu,
deixar os meus medos,
dar abertura à minha fé jovem.
Quero Senhor ser fiel ao teu projecto.
Tu me olhaste primeiro,
e me queres servidor do teu Reino.
Senhor, quero fazer da tua Pessoa
e do teu Evangelho,
O projecto de vida que dá sentido à minha existência.
Aqui estou para fazer a tua vontade
35
VI
Oração da Pastores Dabo Vobis (pelos sacerdotes)
Maria,
Mãe de Jesus Cristo e Mãe dos sacerdotes
recebei este preito que nós Vos tributamos
para celebrar a vossa maternidade
e contemplar junto de Vós o Sacerdócio
do vosso Filho e dos vossos filhos,
ó Santa Mãe de Deus.
Mãe de Cristo,
ao Messias Sacerdote destes o corpo de carne
para a unção do Espírito Santo
a salvação dos pobres e contritos de coração,
guardai no vosso Coração
e na Igreja os sacerdotes,
ó Mãe do Salvador.
Mãe da fé,
acompanhastes ao templo o Filho do Homem,
cumprimento das promessas feitas aos nossos Pais,
entregai ao Pai para Sua glória
os sacerdotes do Filho Vosso,
ó Arca da Aliança.
Mãe da Igreja,
entre os discípulos no Cenáculo,
suplicastes o Espírito
para o Povo novo e os seus Pastores,
alcançai para a ordem dos presbíteros
a plenitude dos dons,
ó Rainha dos Apóstolos.
Mãe de Jesus Cristo,
estivestes com Ele nos inícios
da Sua vida e da Sua missão,
Mestre O procurastes entre a multidão,
assististe-l'O levantado da terra,
consumado para o sacrifício único eterno,
e tivestes perto João, Vosso filho,
acolhei desde o princípio os chamados,
protegei o seu crescimento,
acompanhai na vida e no ministério
os Vossos filhos,
ó Mãe dos sacerdotes.
Amém!
36
PRECISAMOS DE SANTOS
(Do Papa João Paulo II)
Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças de ganga e sapatilhas.
Precisamos de Santos que vão ao cinema,
ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que colocam Deus em
primeiro lugar, mas que também se ‘esforcem’ na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo para rezar
e que saibam namorar na pureza
e castidade, ou que se consagrem na sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, Santos do século
XXI, com uma espiritualidade inserida no nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e
as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem
no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot-dogs,
que usem jeans, que sejam internautas, que usem walkman.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro,
de música, de dança, de desporto.
Precisamos de Santos que amem apaixonadamente a Eucaristia
e que não tenham vergonha de tomar um ‘copo’
ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos,
alegres e companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo;
e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo,
mas que não sejam mundanos."
37
Carta aberta a todos os Sacerdotes de Portugal
O ano sacerdotal deu-nos oportunidade de conhecermos melhor a vossa
vida e meditarmos sobre a vossa vocação.
Obrigado pelo vosso sim, repetido todos os dias, que resplandece como
sinal de contradição no mundo sedento de verdade.
Obrigado pela vossa adesão livre e comprometida à vontade do Pai, que
nos leva a procurar a paz que liberta e acende em nós o fogo do Amor de
Deus.
Obrigado pela vossa união a Cristo e à Igreja por Ele fundada, que nos
ajuda a reconhecer a grande graça de pertencermos à Igreja e de nos
ancorarmos sobre a rocha da verdade de Cristo, quaisquer que sejam as
tempestades.
Obrigado pelo vosso celibato vivido na alegria e no amor de Deus de
ternura, que nos inspira a nos darmos uns aos outros na generosidade do
dom total.
Obrigado pela vossa devoção à Santa Missa, milagre de eternidade que
todos os dias ilumina e transforma as nossas limitações e nos permite fazer
do Senhor eucarístico o princípio e o fim do nosso viver.
Obrigado por nos acompanharem nos momentos mais importantes da
nossa vida: baptizando-nos, dando-nos o Senhor Jesus, ouvindo cheios de
compaixão as nossas confissões, entusiasmando-nos a receber o Espírito
Santo, juntando as nossas mãos no dia do nosso casamento, e preparandonos para ir ao encontro de Deus.
Por estas razões e tantas outras que não caberiam nesta carta e encheriam
livros, nós queremos expressar publicamente o nosso apreço, carinho e
gratidão por cada um, nossos queridos Padres, pelas vossas vidas e
sacerdócio.
Com toda a estima e lealdade, prometemos acompanhar-vos com a nossa
oração e os nossos sacrifícios para que nenhuma provação vos esmague,
nenhuma dor vos destrua, nenhuma tentação vos vença.
Gostaríamos nós também de vos oferecer essa amizade santa que os
irmãos de Betânia, Marta, Maria e Lázaro testemunharam a Jesus durante
a Sua vida na terra.
Convosco nos empenhamos para que o Reino de Deus, com a alegria da
paz e o esplendor da luz de Cristo, Morto e Ressuscitado, chegue aos
confins do universo.
Pedimos a Deus que renove abundantemente as graças da vossa
ordenação.
E cada um, com as características e os dons que lhe são próprios,
entregamos a Nossa Senhora, Mãe de Deus e nossa Mãe, Rainha de
Portugal e dos Sacerdotes, Virgem de Fátima, pedindo-lhe que vos seja
sempre consolo.
Ao Coração Sacerdotal de Jesus vos confiamos, gratos por nos falarem
desse Amor que dá sentido à nossa existência e "justifica a canseira do
caminho" no dizer do Papa Bento XVI.
Convosco, católicos de Portugal
Maria Bandeira de Mello Mathias Cortez de Lobão
e todos os que quiserem subscrever
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Oração de S. João Maria Vianey
Amo-te,
te, meu Deus, e meu único desejo é amar
amar-Te até
o último respiro de minha vida.
Amo-Te,
Te, ó Deus infinitamente amável, e prefiro morrer
amando-Te
Te do que viver um só instante sem amar
amar-Te.
Amo-Te,
Te, Senhor, e a única graça que peço é a de Te
amar eternamente.
Meu Deus, se a minha lingua não puder dizer a cada
instante que Te amo, quero que meu coração o repita
tantas vezes quantas eu respiro.
Amo-Te,
Te, ó meu Deus Salvador, porque foste
crucificado por mim, e me tens aqui crucific
crucificado por Ti.
Meu Deus, dá-me
me a graça de morrer amando
amando-Te e
sabendo que Te amo.
Amém.
Leitura interessante sobre o sacerdócio:
•
PIO XII - CARTA ENCÍCLICA HAURIETIS AQUAS, sobre o culto do Sagrado
Coração de Jesus, 15 de Maio de 1956
http://www.vatican.va/holy_father/pius_xii/encyclicals/documents/hf_p
http://www.vatican.va/holy_father/pius_xii/encyclicals/documents/hf_pxii_enc_15051956_haurietis-aquas_po.html
•
JOÃO PAULO II - EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PASTORES DABO VOBI
VOBI, sobre a
formação dos sacerdotes nas circunstâncias actuais, 25 de Março de 1992
http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_exhortations/docum
ents/hf_jp-ii_exh_25031992_pastores-dabo-vobis_po.html
vobis_po.html
39
ACTO DE ENTREGA E CONSAGRAÇÃO DOS SACERDOTES
AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
Mãe Imaculada,
neste lugar de graça,
convocados pelo amor do vosso Filho Jesus,
Sumo e Eterno Sacerdote, nós,
filhos no Filho e seus sacerdotes,
consagramo-nos ao vosso Coração materno,
para cumprirmos fielmente a Vontade do Pai.
Estamos cientes de que, sem Jesus,
nada de bom podemos fazer (cf. Jo 15, 5)
e de que, só por Ele, com Ele e n’Ele,
seremos para o mundo
instrumentos de salvação.
Esposa do Espírito Santo,
alcançai-nos o dom inestimável
da transformação em Cristo.
Com a mesma força do Espírito que,
estendendo sobre Vós a sua sombra,
Vos tornou Mãe do Salvador,
ajudai-nos para que Cristo, vosso Filho,
nasça em nós também.
E assim possa a Igreja
ser renovada por santos sacerdotes,
transfigurados pela graça d'Aquele
que faz novas todas as coisas.
Mãe de Misericórdia,
foi o vosso Filho Jesus que nos chamou
para nos tornarmos como Ele:
luz do mundo e sal da terra
(cf. Mt 5, 13-14).
Ajudai-nos,
com a vossa poderosa intercessão,
a não esmorecer nesta sublime vocação,
nem ceder aos nossos egoísmos,
às lisonjas do mundo
e às sugestões do Maligno.
Preservai-nos com a vossa pureza,
resguardai-nos com a vossa humildade
e envolvei-nos com o vosso amor materno,
que se reflecte em tantas almas
que Vos são consagradas
e se tornaram para nós
verdadeiras mães espirituais.
Mãe da Igreja,
nós, sacerdotes,
queremos ser pastores
que não se apascentam a si mesmos,
mas se oferecem a Deus pelos irmãos,
nisto mesmo encontrando a sua felicidade.
Queremos,
não só por palavras mas com a própria vida,
repetir humildemente, dia após dia,
o nosso «eis-me aqui».
Guiados por Vós,
queremos ser Apóstolos
da Misericórdia Divina,
felizes por celebrar cada dia
o Santo Sacrifício do Altar
e oferecer a quantos no-lo peçam
o sacramento da Reconciliação.
Advogada e Medianeira da graça,
Vós que estais totalmente imersa
na única mediação universal de Cristo,
solicitai a Deus, para nós,
um coração completamente renovado,
que ame a Deus com todas as suas forças
e sirva a humanidade como o fizestes Vós.
Repeti ao Senhor aquela
vossa palavra eficaz:
«não têm vinho» (Jo 2, 3),
para que o Pai e o Filho derramem sobre nós,
como que numa nova efusão,
o Espírito Santo.
Cheio de enlevo e gratidão
pela vossa contínua presença no meio de nós,
em nome de todos os sacerdotes quero,
também eu, exclamar:
« Donde me é dado que venha ter comigo
a Mãe do meu Senhor?» (Lc 1, 43).
Mãe nossa desde sempre,
não Vos canseis de nos visitar,
consolar, amparar.
Vinde em nosso socorro
e livrai-nos de todo o perigo
que grava sobre nós.
Com este acto de entrega e consagração,
queremos acolher-Vos de modo
mais profundo e radical,
para sempre e totalmente,
na nossa vida humana e sacerdotal.
Que a vossa presença faça reflorescer o deserto
das nossas solidões e brilhar o sol
sobre as nossas trevas,
faça voltar a calma depois da tempestade,
para que todo o homem veja a salvação
do Senhor,
que tem o nome e o rosto de Jesus,
reflectida nos nossos corações,
para sempre unidos ao vosso!
Assim seja!
Fátima, 12 de Maio de 2010
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