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UMESP – Curso de Gestão Ambiental – EAD
Planejamento Semanal: Atividade 2.6 – Conhecendo os desafios da rede
(Fórum “Conhecendo os Desafios”)
Prezados alunos,
Agradecemos o envio do trabalho, 2.6 - Conhecendo os desafios da rede. Este
é o relatório final com as características de cada cidade, conforme enviado no
Fórum “Conhecendo os Desafios”.
ALTAMIRA - PA
(De 51 alunos, apenas 20 responderam)
Localizado no oeste do Pará, Altamira tem uma população de
aproximadamente 85.901 habitantes e faz parte de um grupo de municípios
que sofre com a questão da poluição ambiental.
Essa região sofre com questões que vão desde as queimadas de áreas
para criação de pasto até derrubadas de árvores para a comercialização da
madeira, que é um ponto forte na economia da região. Esses fatores
empobrecem o solo, prejudicando o habitat natural da fauna e flora locais.
Dessa maneira tornou-se comum ouvir falar de poluição de ecossistemas,
extinção de animais, alterações climáticas, catástrofes ambientais, degradação
dos rios, igarapés e mares entre tantos outros.
Um dos assuntos mais discutidos nos últimos tempos na região é a
implantação da Hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingu.
A poluição da água tem causado sérios problemas ecológicos. É comum
o rio Xingu e suas nascentes serem “agredidos” pelo homem de forma
inconsciente, com lixo, esgoto despejado abertamente, sem nenhuma
preocupação e responsabilidade pela deteriorização da água nessas vias
fluviais e fertilizantes usados na lavoura que, quando arrastados pela água da
chuva, podem poluir rios e lagos, uma vez que a água é fonte de vida e
indispensável para o sustento dos ribeirinhos. Hoje, muitos destes igarapés e
lagos onde corria água estão se transformando em bancos de areia.
Um exemplo na nossa região além do rio Xingu, é o igarapé Altamira,
que sofre transformações ambientais causadas pela ocupação desordenada
em suas margens e seus arredores, com construções de pontes, aterros,
microdrenagem e outros.
Na figura 1 vemos na Orla do Cais de Altamira, na Av. João Pessoa,
reflexo da crescente população de urubus atraídos pelo mau cheiro, que vem
aumentando assustadoramente:
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Figura 1: Orla do Cais de Altamira
Lamentável o que vemos na figura 2, abaixo, na Orla CAIS, o descaso
dos setores ambientais na cidade, que traz uma triste impressão aos visitantes
de Altamira. Assim é despejado o esgoto da cidade no ainda belo Rio Xingu:
Figura 2: Despejo de esgoto no Rio Xingu. Fonte: Jornal AMATA
Em vários pontos do cais, as tubulações que são de águas pluviais
recebem esgoto em ligações clandestinas efetuadas por moradores e
comerciantes Até mesmo os restaurantes e bares da orla do Xingu jogam seus
esgotos
no
leito
do
Rio.
A ocupação por famílias sem renda vem sendo o principal motivo da
degradação deste igarapé. Outro problema que vem afetando o rio é o lixo
doméstico e os entulhos jogados na margem do rio, causando a redução do
leito em cerca de 80%, conforme figuras 3 e 4:
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Figura 3: Imagem do igarapé, com deposição de lixo e entulho em sua
margem. Fonte: Mines Rafael de Souza
Figura 4: Imagem de trecho da margem do igarapé Altamira. Fonte: Mines
Rafael de Souza
Os problemas ambientais são visíveis em nossa região, tanto é que
temos um igarapé que foi assoreado por falta de planejamento de urbanização,
causando um grande impacto a este rio. Restou somente um pequeno córrego
que, se não forem tomadas as devidas providências, irá desaparecer
completamente, afetando até o lençol freático. Assim, muitas famílias que
residem no local poderão sofrer por falta d’água futuramente. Acompanhe na
figura 5:
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Figura 5: Assoreamento do igarapé Ambé. Fonte: Mines Rafael de Souza
Mesmo que nossa região possua uma grande riqueza hídrica, boa parte
dela tem sido comprometida devido à poluição causada pelo acúmulo de lixo e
pelos esgotos que estão indo direto para os rios. Mesmo havendo uma grande
quantidade de água, muitas famílias consomem água do poço. É sempre bom
lembrar que a água também pode matar, se estiver contaminada.
A falta de cultura e consciência ambiental tem deixado a área central da
cidade de Altamira sem nenhuma floresta, quer seja em praças ou em
reservas. Esse descuido pode ser observado na figura 6, que segue:
Figura 6: Desmatamento registrado na cidade.
Mesmo havendo várias ações como o Arco de Fogo e Guardiões da
Amazônia, não tem sido suficiente para impedir tamanha destruição.
A região de mata densa atraiu os pequenos produtores, que desmatam
para o plantio de lavouras para o sustento da família (agricultura de
subsistência) e também para pastagens.
Observa-se outro grande problema: a pescaria ilegal, um crime
ambiental muito executado devido à falta de fiscalização nos rios dessa região.
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Não só os pescadores profissionais o fazem, mas também muitos outros
indivíduos praticam essa pesca sem respeitar as leis, principalmente na época
da desova, e a consequência é que muitas espécies acabam entrando em
extinção.
São por questões como as citadas acima que devemos considerar
certas atitudes em benefício das gerações futuras como, por exemplo, exigir
mais fiscalização do governo à esses casos de irregularidades que ainda vêm
ocorrendo. Algumas medidas podem ser tomadas para tornar o problema do
lixo menos agressivo aos seres humanos, como o tratamento que pode ser
dado aos resíduos sólidos orgânicos e não orgânicos oriundos das redes
comercial e residencial. Existem algumas comunidades que optam pela
reciclagem, pois a venda do material pode servir de sustento para muitas
pessoas.
BAURU - SP
Bauru é um município brasileiro do estado de São Paulo. É hoje centro
de um território de 673,5 km², onde vivem 355.675 habitantes.
Os dados dessa região são alarmantes. A poluição está descontrolada, o
lixo se acumula em terrenos baldios, as pessoas não fazem a coleta do lixo e
reciclagem e também não tem apoio do município para isso, existem esgotos a
céu aberto, um volume muito grande de carros e poucas áreas arborizadas.
As usinas de cana de açúcar ocupam cada vez mais espaços com suas
plantações, desmatando áreas verdes, sem pensar muito em responsabilidade
ambiental e social, despejando a vinhaça em rios e córregos, contaminando as
águas e os seres que vivem nelas, além de tirar o habitat de muitos animais
como pássaros, cobras, raposas, etc.
Há exploração irresponsável da natureza por todos os lados: a água
sendo mal utilizada, o solo sendo usado indevidamente em culturas e plantios
de grãos, ocasionando erosões, várias outras coisas.
O aqüífero Guarani está "sob" essa região, mais especificamente do
centro-oeste paulista. O que se vê é que grande parte da água que é captada
desse reservatório é desperdiçada. A maior parte da água fornecida pelo DAE Departamento de água e Esgoto de Bauru é captada em poços artesianos
perfurado no aqüífero em questão. A população local tem os velhos e maus
costumes de lavar calçadas, carros sem esguicho de contenção, tomar banhos
demorados, fazer barba ou escovar os dentes com torneira aberta, etc.
Considerando o cultivo agrícola da região pode-se apontar sem dúvida o
cultivo de cana de açúcar como o maior responsável pelo “impacto ambiental”
na biodiversidade da região, quando um produtor decide expandir sua área de
exploração, sua ação gera vários impactos não só na implantação como na
condução e na geração de resíduo.
Na preparação de um solo para o plantio de cana de açúcar, que na
maioria das vezes ocorre sem planejamento, além da devastação da vegetação
local (essa ação causa alteração na biodiversidade local), podem ocorrer
erosões alteração na estrutura do solo e lixiviação de nutrientes.
Sem contar que a condução exige o uso de agrotóxico que quando mal
administrados podem trazer uma série de conseqüências para a fauna e flora
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local além desses efeitos poderem em alguns casos contaminar solo, água, ar
e homem.
Na colheita da cana é feita a sua queima, que diretamente contribui
com a liberação GEE na atmosfera, além de ter muitos outros impactos
indiretos. Com tudo ainda temos seus resíduos, e apesar de ser reutilizado
como energia renovável deixa seu rastro na região.
Se por um lado essa ação trouxe alguns benefícios para região, por
outro também trouxe inúmeros problemas e conseqüências com prejuízos
ambientais.
BRASÍLIA - DF
Criada como capital federal em 1956 e inaugurada em 1960, Brasília
cresceu em função de um plano urbanístico (Plano Piloto) extremamente
rigoroso, mas sem prever espaços de moradia para as populações modestas,
visto terem como preceito que os trabalhadores, construtores da cidade,
voltariam aos seus locais de origem. Hoje, além do Plano Piloto, o conjunto
urbano conta com 29 localidades urbanas, sedes das regiões administrativas.
Além dos limites do Distrito Federal, vários núcleos e sedes de municípios
goianos fazem parte da aglomeração urbana de Brasília. Algumas destas
localidades se situam a mais de 40 quilômetros do Plano Piloto, centro vital da
aglomeração urbana. A população total aproxima-se de 3 milhões de habitantes.
A cidade é muito limpa e organizada (ao menos no Plano Piloto), mas
falta uma proposta de urbanização sustentável onde sejam previstas e
regulamentadas ações de crescimento com controle pluvial, energético e de
resíduos, caso contrário logo teremos os mesmos problemas que São Paulo e
outras metrópoles. Falta também um programa de gestão dos resíduos sólidos:
as pouquíssimas empresas de reciclagem existentes são somente captadoras,
os resíduos são prensados e enviados para SP, BH e outras cidades. Tendo em
vista a utilização de petróleo e outros materiais para o transporte, são
necessárias políticas públicas, incentivos e investimentos para a construção de
usinas de reciclagem dos materiais que são utilizados na área.
Devido à crescente demanda de atividades relacionadas à construção
civil (que gera grande quantidade de entulho e outros resíduos), observou-se a
necessidade de usinas de reciclagem. Uma usina para esse fim foi criada,
porém não suporta a demanda. Resultado: depósito irregular de entulho no
cerrado circunvizinho à cidade.
Brasília teve um crescimento maior do que a expectativa, em todos os
aspectos. A quantidade de carros nas ruas é imensa, o que tem causado
congestionamentos, mais poluição e outros transtornos. Hoje a cidade tem
temperaturas mais altas do há alguns anos. Devido ao clima extremamente
seco, foi construído o Lago Paranoá, mas, mesmo assim, o clima vem se
tornando mais seco a cada ano que passa. Outro ponto é o grande crescimento
populacional, que gera instalações irregulares residenciais sem as mínimas
condições estruturais. Essas instalações ocorrem também em regiões de
cerrado, o qual tem extrema importância e biodiversidade ecológica, até mesmo
medicinal e alimentar. O Parque Nacional de Brasília é constantemente
ameaçado pelo avanço das construções em sua direção. Com a nova e tão
cobiçada expansão na área noroeste da cidade, as casas e prédios serão
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vizinhos do Parque, finalizando assim, uma importante área de escape para os
animais na época das queimadas.
Não é só a Amazônia que sofre as consequências da produção em
grande escala de biocombustíveis no Brasil. Estudo divulgado pelo Instituto
Sociedade, População e Natureza (ISPN) mostrou que o desmatamento anual
no cerrado, que chega a ser duas vezes maior do que na região amazônica,
acontece, entre outras causas, devido à proliferação das lavouras de cana-deaçúcar para abastecer o mercado promissor de produção de etanol.
O desmatamento avança no cerrado de forma assustadora: é estimado em
1,1% ao ano, ou 22 mil quilômetros quadrados, e já atingiu pelo menos 39% da
região. Segundo Donald Sawyer, professor do Centro de Desenvolvimento
Sustentável da Universidade de Brasília (UnB) e assessor do ISPN, o
desflorestamento no cerrado é proporcionalmente bem maior do que na
Amazônia. “Enquanto na região amazônica 700 mil km2 já foram desmatados,
no cerrado, que ocupa uma área de aproximadamente a metade da extensão da
Amazônia, esse número chega a pelo menos 800 mil km2.”
Segundo maior bioma do país, o cerrado tem mais de dois milhões de
quilômetros quadrados. É a paisagem dominante de Goiás, Distrito Federal,
Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e de parte do
Maranhão, da Bahia, de São Paulo e do Paraná, além de ocorrer em áreas em
Roraima, Amapá e Pará.
Também se pode observar como problemas ambientais da cidade:
transporte público precário e caro e desemprego.
Goiânia e Brasília foram criadas nos anos em que a questão ambiental
urbana se limitava à degradação das águas de superfície em termos de
quantidade e qualidade. Não havia preocupação com os detritos urbanos e sua
destinação apropriada que, em diversos momentos e por diferentes razões,
eram então lançados sem tratamento nos rios ou em lixões.
Brasília evidencia que a realidade é muito mais complexa, caso a
produção do espaço urbano seja controlada estritamente pelo poder político
segundo as necessidades conjunturais; o espaço urbano tornou-se palco do
jogo de diferentes atores e a urbanização do conjunto de localidades urbanas
não planejadas conhecem um destino semelhante aos de outras cidades do
país.
CAMPINAS - SP
Campinas é um município do interior do estado de São Paulo. Está
localizado a noroeste da capital do Estado, distando desta cerca de 90
quilômetros e ocupa uma área de 795,697 km². Sua população, estimada em
2008, era de 1.056.644 habitantes.
Assim como diversas outras cidades do Brasil, sobretudo da região
sudeste, Campinas é assolada pelo grave problema de enchentes e
alagamentos, principalmente no verão, período no qual predominam as chuvas
na região.
Sem dúvida, a ocorrência de enchentes e alagamentos é a evidência de
que outros problemas de ordem ambiental existem nesse local.
Um exemplo de problema é o crescimento desordenado da população, o
que faz com que cada vez mais espaços na cidade sejam ocupados e de forma
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não planejada, aumente a demanda por serviços de saneamento muito além da
capacidade de gestão do município, aumente a ocupação de espaços
irregulares, aumente a impermeabilização do solo (o que aumenta o risco de
enchentes), dentre outros fatores. Para se ter uma idéia, o município de
Campinas é o terceiro mais populoso do estado de São Paulo, ficando atrás
apenas de Guarulhos e da capital paulista.
Outro exemplo de problema evidenciado é a exigüidade da rede de
saneamento e esgoto. Há a carência de uma estrutura de saneamento mais
adequada, que atenda melhor a população do município e que, ao mesmo
tempo, consiga escoar mais satisfatoriamente o volume de chuva que cai na
região, evitando enchentes e a propagação de doenças, e conseqüentemente,
melhorando a qualidade de vida dos moradores da região. O que se percebe é
que faltam obras públicas para desobstrução de galerias de águas pluviais,
limpeza de bueiros, desobstrução de córregos e outras medidas que combatam
diretamente as enchentes.
Entretanto, o combate do problema das enchentes também é
responsabilidade dos cidadãos. Não jogar lixo nas ruas, diminuir a produção de
lixo, fazer a seleção e a reciclagem do lixo, não depositar materiais de
construção civil e móveis velhos em locais irregulares e em cursos d’água,
ajuda e muito a diminuir a ocorrência desses eventos, ou, pelo menos, a
minimizar suas proporções. Nesse âmbito, realizar a conscientização e a
educação ambiental da população também é da alçada dos gestores do
município e de seus próprios cidadãos.
Certamente, enchentes e alagamentos são um grande desafio ambiental
na cidade de Campinas atualmente, desafios estes que necessitarão de
grandes esforços do poder público e da sociedade civil para serem suplantados
e que podem ser agravados a cada ano se forem ignorados.
CERES - GO
Ceres é um município brasileiro do estado de Goiás. Sua população
estimada em 2007 era de 18.637 habitantes. Sua área é de 213,497 km².
Localizado no Vale do São Patrício, teve sua origem na Colônia Agrícola de
Goiás. É cortado pelo Rio das Almas que o separa de Rialma apenas por uma
ponte.
Suas principais atividades econômicas são a agricultura (milho, soja e
arroz) e a pecuária leiteira e de corte. O município é também grande produtor
de abacaxi, banana, melancia, mandioca, cana-de-açúcar, batata, cará, laranja
e produtos hortifrutigranjeiros. Em Ceres, localiza-se também um grande
criatório de bicho da seda do estado de Goiás e o município possui ainda
indústrias de farinha, móveis, carroças e serralherias, fábricas de queijo,
cerâmica, torrefadoras de café e cerealistas.
As praias artificiais do Rio das Almas e o Complexo turístico foram as
principais tristezas do povo ceresino. Se tratam de obras que custaram muito
aos cofres públicos e hoje se encontram em estado de abandono, construídas
para serem as principais atrações turísticas da cidade. O rio é um atrativo à
parte que, infelizmente, devido aos maus tratos do poder público e da
população, se encontra severamente poluído. O rio foi, durante muito tempo,
fonte do despejo final do esgoto da cidade e do escoamento de agrotóxicos por
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parte de agricultores.
Ceres possui belezas naturais como cachoeiras,
localizadas no Córrego do Alegrete e a no Morro do São Pedro. O Vale do São
Patrício, que já foi considerado uma das regiões mais férteis do
Estado, possuía vastas áreas florestais, rios e lagos.
Entretanto, a prática da agricultura muito forte na região trouxe com ela
várias alterações e modificações na paisagem. Muitas áreas ocupadas por
mata nativa foram destruídas para que em seu lugar fossem implantados
cultivos de monocultura (que é quando se planta apenas uma variedade de
planta), com isso, a diversidade de plantas foi sendo bastante diminuída e a de
animais também, uma vez que eles morrem ou migram para outras áreas
quando perdem seu habitat.
O uso de fertilizantes químicos e de agrotóxicos em larga escala
também é outro fator que contribui para a degradação ambiental da região.
Como já dito, o uso desses insumos ajudou a contaminar o principal rio do
município, mas também colabora para o enfraquecimento e contaminação do
solo, o aumento do número de pragas agrícolas e da resistência delas, dentre
tantos outros malefícios.
Junto com tudo isso, Ceres também viu o desmatamento e a queimada
de suas áreas vegetais nativas, a erosão e o empobrecimento do solo por
conta da aragem excessiva em diversas áreas do município, o estreitamento
das margens de vários rios e córregos e o assoreamento deles.
Mas, a exploração de terras nativas para a agricultura e outras atividades
correlatas não foram as únicas responsáveis pela degradação de Ceres. Já em
1750 há registros de desequilíbrios ambientais, época em que o município,
juntamente com outros da região, foi alvo da exporação de ouro. Com isso,
diversas áreas de mata ciliar do município foram desmatadas, houve perda de
materia organica do solo em grande escala, assoreamento de rios e
contaminação por mercúrio no solo e na água de diversos locais.
GUAIANAZES (bairro da cidade de São Paulo) - SP
Segundo índices oficiais o distrito de Itaquera, zona leste da cidade de
São Paulo, dentre todos os outros distritos Guaianazes é um dos piores em
termos de qualidade de ambiental. São Miguel Paulista, um distrito ainda maior
sofre do mesmo mal.
Apesar de Itaquera ainda ter alguma reserva ambiental (a do Carmo) e
São Miguel ter uma área onde antigamente era um lixão que está se tornando
um parque, os recursos são insignificantes.
Já houve tempo em que ambos os bairros tinham árvores, minas de
água e espaços verdes, mas o adensamento populacional, principalmente de
baixa renda, e a ocupação desordenada fez com que casas se amontoassem
umas às outras impermeabilizando severamente o solo, deixando poucos
espaços para áreas de escoamento de águas pluviais. Os poucos recursos em
vegetação natural ainda existentes estão constantemente ameaçados.
Nesta região periférica urbanizada se vê pouca atividade de reciclagem e
nada de coleta seletiva de forma geral.
Polo Guaianazes: José de Mendonça Neto e Wagner Sales de Castro
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ELDORADO – SP
A Estância Turística de Eldorado é o quarto maior município do estado
de São Paulo, com uma área de 171.200 hectares, sendo aproximadamente
30% desse território ocupado por Unidades de Conservação como o Parque
Estadual do Jacupiranga e o Parque Estadual Intervales, que são áreas
destinadas a preservação da Floresta Atlântica.
O relevo do município é como em quase todo o Vale do Ribeira,
montanhoso, com vales profundos, quase sempre tomados por pequenos
córregos e ribeirões de águas cristalinas e quedas de água de grande beleza.
Por isso hoje o município conta com a atividade que vem crescendo em todo o
país, que é o Ecoturismo e Turismo de Aventura (FONTE:
http://www.ecoviagem.com.br/brasil-viagem-turismo/sao-paulo/eldorado/.
ACESSO EM: 30/03/09).
Numa pesquisa realizada no Vale do Ribeira sobre as áreas de proteção
permanente (APP) da Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape, o qual
abrange também a cidade de Eldorado, foram identificados os seguintes
problemas ambientais:
• A monocultura de banana que acaba sendo responsável, em
grande parte, pela falta de matas ciliares na região. Ela também
ocupa uma parte das AAP’s;
• A falta de cobertura vegetal nas áreas de APP deixa o solo
exposto e suscetível a intempéries, o que ocasiona o
desbarrancamento de grandes trechos de terra para dentro da
calha do Rio Ribeira, provocando assim o assoreamento do
mesmo;
• Em consequência, observa-se o aumento das enchentes na
região;
•
Processo de erosão já identificado em trechos importantes das
margens do Rio Ribeira/Eldorado, dentre outros problemas.
(FONTE: http://www.sosribeira.org.br/projetos/app/textos/Ambiental_sem.doc.
ACESSO EM: 30/03/09).
GUARATINGUETÁ – SP
Situada geograficamente no cone paulista, vale do Paraíba, região da
Mantiqueira, Guaratinguetá está no coração econômico do Brasil. Possui
umidade relativa do ar de 40% e índice pluviométrico 1262 mm ao ano.
Guaratinguetá une qualidade de vida e excelente localização, com fácil acesso
à São Paulo e Rio de Janeiro, além das oportunidades de lazer, cultura, esporte
e turismo.
O Vale do Paraíba começou a sofrer impactos ambientais no século XVIII
com a exploração da cana-de-açúcar, quando sua vegetação nativa foi
substituída por esta monocultura. Anos depois chegou ao Vale outro tipo de
monocultura: a cafeeira, que devastou ainda mais a vegetação nativa. Com o
declínio destas atividades, os fazendeiros da região introduziram o gado leiteiro,
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que gerou a compactação de um solo que já estava desgastado pelos plantios
anteriores.
Foi quando as indústrias automobilísticas e de outros segmentos como
químicas, petroquímicas, aeronáuticas e metalúrgicas chegaram à cidade. Com
o êxodo rural, hoje cerca de 85% da população é urbana.
A rigor são dois principais problemas da região: a industrialização e a
poluição do Rio Paraíba do Sul. Para conter a industrialização desordenada é
necessário que o zoneamento municipal seja elaborado considerando os
interesses ambientais, os quais precisam ser compatíveis com a capacidade da
região.
O rio Paraíba do Sul recebe água de diversas regiões, porém só algumas
delas tratam a água que se devolve à ele, sendo que o restante devolve água
de esgoto.
Outros problemas identificados são as pastagens e plantações de
eucaliptos em morros, que causam grande impacto na biodiversidade da região;
extração ilegal de palmito; fragmentação da Mata Atlântica; falta de coleta
seletiva que abranja toda a cidade; poluição atmosférica oriunda das indústrias
químicas, entre outros.
Deixamos aqui um protesto pela proteção animal, em especial à capivara
e à garça branca, que são símbolos da cidade. Elas vêm sofrendo com a falta
de alimento e, consequentemente, com sua extinção.
GUARULHOS - SP
Nota: Devido à proximidade da cidade de Guarulhos com o bairro da Penha, na
cidade de São Paulo, as descrições a seguir são relativas a este bairro.
Reconhecem-se como problemas ambientais do bairro da Penha:
• Poluição sonora;
• Baixa umidade do ar devido à grande circulação de veículos nas
proximidades;
• Acidentes com animais peçonhentos;
• Falta de áreas verdes e crescimento desordenado do bairro;
• Grande densidade populacional, que gera falta de moradia;
• Ocupação ilegal de áreas de proteção ambiental;
• Grande quantidade de veículos;
Apesar de tudo, a megalópole ainda conta com 22 locais de área verde,
que são mantidos pela prefeitura e muitas vezes com o apoio da comunidade,
ONGs e iniciativa privada. Dentre os mais conhecidos, o Parque do Ibirapuera,
Parque do Morumbi, Parque do Carmo, Parque Villa Lobos, o Parque da
Previdência, Parque da Aclimação, o Horto Florestal, o Jardim Botânico, Parque
Anhanguera, a Serra da Cantareira, o Parque Ecológico do Tietê, Parque da
Luz, O Parque Trianon ou Siqueira Campos, O Centro Campestre do SESC
localizado à beira da Represa Billings, entre outros.
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IMPERATRIZ – MA
Em Imperatriz os problemas parecem ser imensos. Além da
natural temperatura elevada do clima nordestino, a cidade é pouco arborizada
e na época do verão a população tem que conviver com as queimadas que
ocorrem nas florestas e fazendas da região.
A população, em contrapartida, não respeita os riachos que passam por
dentro da parte urbana da cidade, e despeja todo e qualquer tipo de dejeto
dentro deles. Na região existe o belíssimo rio Tocantins, que também deveria
merecer uma atenção especial, pois, além de lindo, é fonte de abastecimento
d’água de dezenas de cidades e é fonte de alimento e renda para pescadores e
ribeirinhos. Em Imperatriz, por conta do desenvolvimento impensado e da
poluição que isso gera, o rio Tocantins está sendo degradado, assim como a
sua mata ciliar sendo desmatada.
Imperatriz está localizada na região da Amazônia legal. Segundo relatos
das pessoas mais antigas na região, o governo há 40 anos atrás dava
incentivos a fazendeiros da região sul e sudeste para colonizarem a região da
pré Amazônia. O governo dava a posse das terras para quem conseguisse
desmatar, cultivar ou criar animais, simplesmente para incentivar o crescimento
da região. Naquela época a idéia não era tão desastrosa, pois ainda não havia
uma consciência ambiental, hoje podemos avaliar todos os aspectos negativos
que esta ideologia causou para a região.
Para realizar a abertura das áreas foi necessário o emprego do fogo que
muitas vezes atingiam áreas não programadas causando enormes perdas tanto
para a floresta quanto para os animais e o próprio solo. O crescimento
aconteceu de forma desordenada com o surgimento de cidades sem nenhuma
estrutura. Podemos avaliar ainda que as chuvas não acontecem mais nas
épocas corretas e nem em quantidades como no passado, quando existia a
mata preservada. A temperatura subiu muito, e o crescimento das cidades
também contribuiu gerando poluição e agredindo ainda mais o ecossistema da
região .
A região Sul do Maranhão passa por diversas conseqüências nocivas ao
ambiente devido à ação devastadora do homem. Dentre elas está a escassez
da fauna do rio Tocantins, um dos maiores rios em volume de água e extensão
que atravessa quatro estados do país. Mesmo sendo tão grande na região do
Maranhão, é raro se encontrar algumas espécies de peixes como: pirarara,
piraíba, pintado, e até mesmo piranha. O aumento da temperatura, a destruição
da mata ciliar e a poluição das águas fez com que essas e outras espécies
migrassem para a região norte.
As estações do ano que são quatro, nessa região com o grande
desmatamento das florestas e a poluição do ar pelo dióxido de carbono, tornouse apenas duas: verão com elevadas temperaturas e secas prolongadas,
inverno com escassez de chuva, prejudicando a agricultura e a pecuária e,
principalmente, os pequenos produtores, que tem que elevar muito seus os de
suas produções até que chegue ao consumidor final. Todos esses e
outros fatores fazem com que nossa região sofra, mesmo sendo considerada
"portal da Amazônia”.
Também existe a poluição sonora; fumaças provocadas pelo grande
índice de queimadas para a produção de pastagens, roças, canaviais, entre
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outros; mudança climática muito brusca, com períodos de estiagem muito
prolongada, provocando um clima com baixa umidade de ar, chuvas em
períodos que geralmente não ocorriam; perda do habitat natural por conta de
assoreamento dos rios, provocado pela destruição das matas ciliares,
crescimento desordenado das cidades, destruição de matas naturais para o
cultivo de roças e destruição do cerrado para a plantação de soja, cana de
açúcar e pastagem; extinção e esgotamento de recursos naturais provocado,
principalmente, pela pesca predatória no período da piracema; grande
desperdício de água e grande quantidade de extração de madeira para a
construção civil, indústrias moveleiras e carvoarias.
ITANHAEM - SP
A Baixada Santista é composta por nove municípios, sendo
eles, Bertioga, Cubatão, Guarujá, Santos, São Vicente, Praia Grande,
Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.
A região sofre com a falta de infra-estrutura, saneamento básico, além da
questão ambiental. As áreas mais degradadas correspondem à vegetação
afetada por desmatamento e por poluição atmosférica, os manguezais são
alterados por diversas atividades, há áreas de lixões, favelas e minerações,
sendo que na região ainda existem áreas sujeitas à contaminação por fontes
potencialmente poluidoras e já há diversas áreas contaminadas por produtos
químicos tóxicos.
•
A água distribuída não atende aos padrões de potabilidade definidos em
lei;
•
As perdas de água atingem níveis muito altos nos municípios de
Itanhaém, Mongaguá e Praia Grande;
•
A situação é grave em relação à destinação dos resíduos sólidos, sendo
que nenhum dos municípios se enquadra em condições adequadas;
•
As águas superficiais, em média apresentam um elevado grau de
contaminação; são necessários mais pontos para monitoramento das águas;
•
As maiorias das praias apresentam balneabilidade inadequada. O estado
de degradação das praias é decorrente da má qualidade dos cursos d’água que
afluem em sua direção;
•
O Porto de Santos, um centro de atividades socioeconômicas, possui um
grande potencial de gerar e descarregar poluentes no meio ambiente marinho e
costeiro causando a contaminação do estuário;
•
O problema do lixo é muito grande, a preocupação não deve ser somente
com o local do depósito do mesmo, mas também com a diminuição da geração
desse resíduo.
ITAPEVA - SP
Na região de Itapeva existem vários problemas ambientais que
infelizmente as autoridades locais fingem não ver. Seguem exemplos:
•
Não existem aterros sanitário dentro da legislação;
•
Mananciais são assoreados e poluídos;
•
Há desmate da Mata Ciliar;
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Planejamento Semanal: Atividade 2.6 – Conhecendo os desafios da rede
(Fórum “Conhecendo os Desafios”)
•
Indústrias não destinam seus resíduos finais adequadamente,
resultantes do processo de produção;
•
Há falta de conhecimento da população e conscientização sobre as
conseqüências da degradação ambiental.
Como todos já sabem o desequilíbrio das estações do ano, por causa
das mudanças climáticas, vem alterando pouco a pouco o interior também
como o restante do mundo. Por Itapeva ser uma região agrícola, os produtores
dependem de boas condições climáticas para obterem um bom lucro em seus
investimentos.
Um grande problema atual é a imensa quantidade de lixo produzido a
cada dia em todo o mundo. Em Itapeva, interior do Estado de São Paulo, o
Bispo da Diocese local Dom José Moreira de Melo teve a idéia de criar uma
cooperativa de catadores de materiais recicláveis. Como na época já havia
vários catadores na cidade, bastou somente um “empurrãozinho” para que
essas pessoas pudessem de forma mais organizada, criar uma Associação de
catadores em Itapeva e que recebeu o nome de APAMARE (Aparas e Materiais
Recicláveis). Como todo inicio de atividade as pessoas encontram algumas
dificuldades, pois em Itapeva não existia um programa de coleta seletiva e
alguns catadores foram discriminados devido à falta de informação e
propaganda do trabalho que era realizado pelos mesmos. Partindo disso,
trabalhos de divulgação foram feitos em igrejas, clubes, empresas, jornais,
comércio local e na rádio local e, após esta divulgação, a associação começou
a colher bons frutos deste trabalho. A população itapevense iniciou um novo
ciclo na cidade, pois passou a separar o que antes era simplesmente
descartado, para a coleta seletiva e dar um novo rumo a estes materiais.
Hoje, a Associação APAMARE conseguiu muitos recursos: caminhões
para a coleta, prensa para a compactação dos materiais, credenciamento de
todos os filiados e principalmente o apoio da população, que mantêm em suas
casas placas que indicam pontos de coleta. Com este grande trabalho diversas
famílias encontraram no “lixo” a possibilidade de mudarem suas vidas e assim
poder desfrutar com mais dignidade.
Este trabalho contribui em muito na redução dos materiais descartados
nos lixões, mas a cidade ainda está caminhando em passos lentos, já que sua
população está a cada ano aumentando mais e mais, e com isso aumentando
sua produção de lixo sem a devida preocupação ou instrução sobre a coleta
seletiva por uma parte da população.
LONDRINA - PR
É um município brasileiro localizado ao norte do estado do Paraná, a
369 km da capital paranaense, Curitiba. Importante pólo de desenvolvimento
regional, Londrina exerce grande influência sobre todo o Paraná e região Sul.
Com uma população estimada de 505.184 habitantes, é a segunda cidade mais
populosa do Paraná e a terceira mais populosa da região Sul do Brasil.
Apesar de ser considerado um município com relativa qualidade
ambiental e de vida da sua população e de ser considerada uma boa cidade
para se morar, Londrina possui desafios ambientais como qualquer centro
urbano. Nos muitos fundos de vale existentes na região, são necessárias
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medidas de conservação e manejo permanente. Um problema que também
merece destaque é combate à dengue nessas localidades.
Observa-se que a maioria dos empreendimentos da cidade se consolida
de acordo com as normas ambientais.
Uma questão que tem se revelado um desafio é a superpopulação de
pombos (estima-se que existam mais de 170.000 aves). Distribuídos em duas
espécies, o pombo europeu e uma outra espécie nativa, as aves vivem na
cidade e se alimentam de quase tudo, até de lixo. A espécie nativa, que utiliza
a cidade apenas como dormitório e é a maioria, tem ainda o hábito de defecar
no lugar em que dorme, trazendo problemas de saúde pública para os
moradores de Londrina. Não há predadores na região para esses animais, e a
produção o acúmulo de lixo na região faz com que eles tenham alimento
abundante e conseqüentemente aumentem a sua população. A solução para o
problema exigirá um trabalho multidisciplinar, com o poder público e a
sociedade atuando em conjunto. Esse planejamento só trará resultados a
médio e longo prazo. Este foi um consenso obtido num seminário, promovido
pela 17ª Regional de Saúde, em fevereiro de 2008.
Na cidade existe o rio Pirapó, que abastece toda a região de Maringá e
está em uma situação crítica de poluição, pois tem sofrido nas últimas décadas
imensa degradação ambiental por conta da instalação de fábricas ao longo de
seu curso. Existem nas suas margens imensos locais de erosão devido a
eliminação da mata ciliar e também contaminação da sua água por produtos
químicos provenientes da agricultura (os agricultores não obedecem os limites
máximos de APP´s). Em uma situação de descaso, na nascente do rio Pirapó,
que fica em uma cidade próxima à Londrina, instalaram-se frigoríficos, diversas
indústrias químicas e até um lixão! Todo o efluente gerado dessas atividades é
despejado no rio e ,obviamente, esta carga de contaminantes é maior do que o
suportado pelo rio suporta, ensejando assim em sua completa inutilização
daqui a algum tempo.
É preciso agir! Leis que regulamentam todas estas práticas existem, mas
precisam ser aplicadas de forma melhor, juntamente com o uso de mais
fiscalização (deveria ser aumentada para que os agentes poluidores fossem
multados e se adequassem às normas ambientais estabelecidas, para que não
se torne inviável a utilização da água do Pirapó para fins de abastecimento da
cidade de Maringá).
MACAÉ - RJ
Macaé é um município localizado no estado brasileiro do Rio de Janeiro.
Possui uma área total de 1.215,904 km².
A partir de 1974, com a descoberta de petróleo na Bacia de Campos, o
Município que permanecia rural, começou a sofrer profundas mudanças em
sua economia e cultura, recebendo grande quantidade de pessoas de várias
partes do país e do mundo, a fim de atender a crescente demanda desta
cidade por mão-de-obra especializada, até hoje ainda não suprida totalmente,
tornando os salários oferecidos na cidade bem atraentes.
Apesar de receber grande quantidade de mão-de-obra especializada,
também é grande a quantidade de pessoas não especializadas que procuram a
cidade em busca da promessa de emprego, nem sempre atendida pelo
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exigente mercado de trabalho. Muitas destas pessoas acabam ficando na
cidade, e sem conseguir o tão sonhado emprego, acabam populando cada vez
mais as favelas da cidade, que aumentam assustadoramente a cada dia. A
inaptidão governamental, ou falta de uma política pública para criação de
moradias populares, reformar o sistema de transporte público, assim como
reforçar a segurança na cidade, também colabora para a falta de qualidade de
vida da maior parte da população Macaense.
Devido ao crescimento desordenado e rápido da população se observam
vários tipos de degradação ambiental. Podemos destacar o caso da Laguna de
Imboassica, que já foi considerada um verdadeiro santuário ecológico, e hoje
recebe dejetos de esgoto domiciliar de alguns bairros que surgiram em seu
entorno. É muito procurada para as atividades de lazer e para a prática
esportiva. Tem uma área de 5 quilômetros quadrados, fazendo limite com o
município de Rio das Ostras e está a 11,5 quilômeros do centro da cidade.
Outro desafio da cidade é lidar com problemas causados pelas chuvas.
Nessa época em que os níveis de pluviosidade são maiores, são constatados
diversos deslizamentos, embora sem grandes proporções, na serra macaense.
Tais deslizamentos podem ter sido agravados pelo denso povoamento,
desmatamento da região, alta impermeabilização do solo, dentre outros fatores.
Também figuram como desafios do município a conscientização das
pessoas da importância de preservar o manguezal do estuário do rio Macaé, os
problemas causados pelo lixo lançado diretamente no rio, e a importância da
reciclagem.
A área de estuário de Macaé é frágil. Áreas estuarinas são frágeis,
porque são áreas de baixa energia, onde tem baixa circulação de água. Em
Macaé, o maior problema é a falta de coleta e tratamento de esgoto. Tudo
acaba no rio. Isso tem repercussões dramáticas nas espécies marinhas que
vivem lá. O estuário do rio Macaé e lugar de reprodução e de alimentação de
muitas espécies marinhas, de peixe e camarão. Vários tipos de peixe precisam
do rio para se reproduzir e buscar comida: bagre africano, parati, corvina, traira,
madi... E claro que a quantidade destes peixes no rio esta diminuindo, e vários
estão em extinção agora. Então, a poluição do estuário tem um impacto grande
sobre o estoque pesqueiro. Hoje em dia é muito mas difícil pegar peixe do que
há cinco anos atrás, mudou muito.
A Petrobras (empresa instalada na região), por exemplo, tem muita
culpa nos problemas de poluição em Macaé. Onde se instala exploração
mineral vira um caos ambiental. Então a Petrobras tem responsabilidade na cogestão dessa cidade.
A poluição aumentou devido à população que cresceu cada vez mais
desde a instalação da Petrobras em Macaé. Desde essa época muitas pessoas
têm vindo para cá em busca de emprego. Isso, associado à falta de
investimento da prefeitura em infra-estrutura na cidade, tem sido a principal
causa da poluição em Macaé.
Poluição da água não significa só falta de peixe para pescar, significa
também falta de higiene básica, e doenças. Poluição da água pode causar
doenças de pele, rinite alérgica, disfunções gastrointestinais, e doenças muito
mas sérias como cólera, febre amarela, hepatite, esquitossomose...
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MAÚA
É um município do estado de São Paulo, da Região Metropolitana de
São Paulo, pertencente à região do ABC paulista. A densidade demográfica é
de 6.463,7 hab/km². Porém, a densidade urbana é bem maior, já que um terço
do município é área industrial e 10% pertence à área rural e ao Parque
Estadual da Serra do Mar.
A cidade enfrenta vários problemas, muitos deles de infraestrutura. A
saúde pública, por exemplo, está precária na cidade, pois não há remédios
nem médicos suficientes para atender à população e o atendimento é péssimo.
O setor de transportes também passa por muitos problemas: poucos carros
coletivos para atender os munícipes, pouca pontualidade e manutenção do
serviço. No setor de segurança os problemas são inúmeros, mas destacam-se
a falta de iluminação em muitos bairros, o que aumenta o número de crimes, e
o contingente baixo de policiais e viaturas na cidade. No setor de saneamento,
o que se observa é que há precariedade no sistema de esgotos, proliferação de
animais vetores de doenças, dentre outros fatores.
A poluição do ar, gerada principalmente por carros e ônibus, é um
indicador da falta de manutenção dos veículos, com enormes prejuízos para o
meio ambiente. A poluição atmosférica causada pelos veículos é responsável
por até 70% do total das emissões atmosféricas poluentes. Combinar
desenvolvimento sustentável com tráfego urbano é um grande desafio dessa
região. Para melhoria da qualidade do ar, combinar a redução da poluição com
incentivo ao uso de transportes públicos seria ideal, assim que o sistema de
transportes também fosse melhorado. Com investimentos em transportes
rápidos e não poluidores, como o trem ou metrô, seria possível subsidiar
condições para a migração de grandes contingentes de motoristas para a rede
pública. Metas estabelecidas como: racionalizar os deslocamentos, fazer com
que a velocidade média de viagem diminua, incentivar o uso de transporte não
motorizado, incentivar o uso de veículos de baixo impacto poluidor, promover a
gestão ambiental urbana, entre outras medidas , devem ser tomadas em
conjunto com as autoridades que lidam com o tráfego urbano e a sociedade
como um todo, a fim de que a médio e longo prazo se diminua o impacto
ambiental causado pelos deslocamentos urbanos e se racionalize e melhore as
condições de vida da população, traduzidos em melhora da qualidade do
ambiente também.
A coleta seletiva em Mauá, assim como em outras cidades da região,
deveria atender a todos os lares e não só a condomínios, empresas e escolas,
como vem acontecendo. Se isso fosse realizado, os aterros sanitários teriam
mais tempo de vida útil, menos lixo seria gerado, haveria menos gasto de
recurso natural e o reaproveitamento de muitos materiais.
A implantação do trecho sul do Rodoanel também é um desafio na
região. Sabe-se que essas obras já causaram muitos impactos ambientias,
com prejuízos grandes para a fauna e a flora e também para a população.
Em termos de poluição, pode-se citar como exemplo a situação dos
córregos da região que, em geral, exalam odores fortes, são poluídos, da
mesma forma que os aterros sanitários, que são manejados de forma
inadequada causando a diversos problemas de saúde pública.
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O crescimento de Mauá, também ocorreu de forma desordenada e
irregular, resultando no desmatamento da mata Atlântica, mudanças nos
habitats naturais dos animais e das plantas, muitas vezes causando extinção
de espécies.
Destaca-se no município um ponto positivo em relação à Gestão
Ambiental e outro, infelizmente, negativo:
POSITIVO: Projeto AGIR, voltado para a qualidade de vida e meio
ambiente de Mauá por meio da coleta seletiva e disposição final adequada de
resíduos, promovendo, ao mesmo tempo, trabalho e renda. Para conhecer
mais, acesse http://www.maua.sp.gov.br/agir/agir.asp. O projeto além
de ambientalmente saudável promove a ação social, a sociabilidade e
educação ambiental da população que nem sempre teve acesso a estas
informações.
NEGATIVO: Descaso das autoridades e responsáveis em relação ao
condomínio Barão de Mauá, construído sobre "lixão" e hoje contaminado com
44 substâncias tóxicas. Lamenta-se o descaso das autoridades que desde a
autorização para construção e até o momento não definiram uma forma de
resolver a questão e nem quem vai arcar com as conseqüências desse caso.
Lá vivem hoje crianças, idosos e mulheres grávidas além dos demais, com
risco de adquirirem vários tipos de câncer por conta da contaminação do solo.
Na cidade também existem poucas áreas verdes, ainda existem muitos
esgotos a céu aberto, favelas, poluição causada pelo Pólo Petroquímico e de
outras.
Antes, era incomum ocorrerem enchentes em Mauá, porém, com as
chuvas, vê-se muitas reportagens da cidade de pontos que ficam alagados e o
prejuízo desses alagamento para as pessoas. Isso se deve ao mau uso dos
corpos de água, poluição dos mesmos, falta de manejo da rede de esgoto e
muita produção de lixo.
A questão ambiental hoje em Mauá não é tratada com total seriedade, a
população não recebe as informações básicas sobre o assunto. Segundo
informações imprecisas, hoje o município não trata quase nada dos 213,6
milhões de litros de esgoto produzidos diariamente e cerca de 25% desse total
sequer é coletado. O sistema de saneamento está sob a responsabilidade da
iniciativa privada, mas apenas 3% dos dejetos passam por tratamento.
Com a poluição gerada pelo Pólo Industrial os moradores dos bairros
próximos a divisa de Mauá, Santo André e São Paulo têm cinco vezes mais
chances de contrair a doença auto-imune conhecida por tireoidite crônica do
que a população em geral. Esta foi uma das constatações de três estudos
feitos pela endocrinologista Maria Ângela Zaccarelli Marino, da Faculdade de
Medicina do ABC. O resultado vai ao encontro da preocupação de moradores
de Mauá que, no ano passado, denunciaram serem vítimas da poluição
industrial. Em reportagem apresentada pela CBN São Paulo, donas de casa e
trabalhadores disseram que a região ficava coberta por uma fuligem escura
que cobria os carros, as roupas nos varais, móveis e o piso das casas. O medo
deles era o efeito da poluição na saúde das famílias que vivem no local
próximo ao pólo petroquímico.
Em Mauá pouco se fala ou se faz sobre a nossa estrutura ambiental.
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Em algumas áreas, as mais afastadas do centro, nos deparamos com
problemas como o lixo e esgoto a céu aberto. Córregos transbordando e lixos
nas encostas.
O levantamento dos problemas ambientais da região de Mauá nos
fazem perceber que o nosso estado, o nosso país, o nosso planeta, da micro à
macro escala, enfrentam as mesmas dificuldades, "estamos num mesmo
barco", e começar a resolvê-los depende de cada um de nós.
PERUS (Bairro da cidade de São Paulo) - SP
Os bairros Perus e Jaraguá estão localizados entre as regiões Norte e
Oeste da Capital Paulista, na Serra da Cantareira, com várias espécies nativas
que ainda não foram descobertas pelo homem, apresentando um panorama
menos degradado e nocivo em comparação à Capital.
Com essa localização privilegiada, foi a primeira região escolhida para a
construção do RODOANEL. Vários estudos ambientais foram realizados para
que a natureza sofresse o menor impacto possível. Porém, se sabe que os
estudos foram exclusivos para os limites da construção, deixando a região que
já era usada para explorações de minerais (pedras), madeiras (direcionada à
construção civil e industrial), local de descarga de entulhos, moradias
construídas sem nenhum planejamento e, somado a isso, o término das
atividades do lixão de Perus, aliada a ausência do Poder Público em todas as
esferas, resultando em uma região periférica do grande centro econômico da
Capital. Os problemas acima resultaram na perda do habitat natural dos
animais, vegetação e recursos minerais.
Há descaso das autoridades para com a população de Perus. Os esgotos
sanitários são despejados em um córrego que corta a Praça Inácia Dias,
principal do Bairro, a céu aberto, sem tratamento algum. As pessoas que ali
trafegam e as que trabalham ao redor reclamam dos odores e de alterações de
saúde devido a essa poluição.
Anteriormente, no bairro existia um lixão sem controle ambiental, onde
hoje se estuda construir um parque.
Bem antes, a população sofria com a poluição do ar por conta de uma
fábrica de cimento. Nas décadas de 60 e 70 a fábrica de cimento comandava a
economia no bairro. Em uma época que não se ouvia falar em ecologia, Perus
teve uma das primeiras manifestações ecológicas do Brasil, quando sua
população se mobilizou para obrigar essa fábrica a instalar filtros em suas
chaminés, diminuindo o lançamento de partículas no ar que causavam diversas
doenças e problemas respiratórios na população. Essa briga se arrastou
durante alguns anos, a fábrica acabou não instalando os filtros, mas veio a
fechar.
Mal o bairro se recuperou das calamidades deixadas pela Fábrica de
Cimento, outro grave problema ambiental se apossou do bairro, no ano de
1976, uma grande área passa a servir de aterro sanitário para a cidade de São
Paulo. Apesar de várias manifestações e muita resistência, o lixão se instalou
recebendo cerca de 14 mil toneladas de lixo por dia, causando mal cheiro e
péssima qualidade de ar para seus habitantes.
Em maio de 1995 outra grande manifestação popular foi realizada, dessa
vez para protestar contra uma usina de lixo (para incineração e compostagem),
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mas desta vez com sucesso. Um grupo denominado Perus Unido, aliados à
instituições de meio ambiente, conseguiram que não instalassem a usina.
Outro aspecto que mudou a rotina de Perus foi seu crescimento
desordenado, causado por invasões e apropriações de áreas públicas, o que
culminou em uma grande população sem urbanização e infra-estrutura.
Dessa forma, concordamos que são muitos os desafios para melhorar
essa região, mas como conta a sua história de lutas e sucessos, isso pode ser
possível.
Nessa região foram construídos muitos empreendimentos e casas em
pouco tempo, para isso muitas áreas foram desmatadas, sendo que este local é
uma área montanhosa. Houve um planejamento para a construção do bairro,
porém o sistema de captação de esgoto não foi muito planejado e é despejado
em um rio ao lado do bairro com vegetação natural, não muito longe de sua
nascente, e isto não foi levado em conta na construção das casas. O município
não realizou um planejamento adequado quanto à conservação do meio
ambiente na construção das casas, não se preocupou com impacto ambiental
que poderia causar ao construir casas e estradas. Já se passaram mais de 50
anos e a população sente com problemas como enxurradas, erosões,
inundações e etc.
A maior parte das árvores da região são de eucaliptos que pertencem à
empresa Melhoramentos, para fabricação de papéis. Habitats naturais
praticamente não existem mais, pois a maior parte das matas já foram
derrubadas; existem pequenas ilhas de matas naturais mas sem espécies
nativas; o município foi muito omisso quanto à preservação do meio ambiente,
pois próximo ao bairro está o Parque do Juquiri, uma imensa área verde que já
foi bastante explorada e que para se recuperar vai exigir muito esforço e
planejamento.
A região de Perus e adjacências tem muito a oferecer e a se
desenvolver. Os problemas desta região não são muito diferentes das demais,
mas tudo pode mudar com educação e conscientização.
PETRÓPOLIS - RJ
Petrópolis localiza-se na região serrana do estado do Rio de Janeiro.
Área cujo bioma predominante é a mata atlântica, sendo parte integrante de
uma Área de Proteção Ambiental do Parque Nacional da Serra dos Órgãos e
possuindo a reserva biológica de Araras.
Cidade de clima agradável, Petrópolis sofre com o crescimento
populacional sem controle ou planejamento. Seus principais problemas são a
ocupação desordenada de áreas de vegetação, principalmente encostas. Deste
modo, sofre-se, durante a época de chuvas, com deslizamentos e enchentes,
que causam prejuízos materiais e de vidas. Além disso, a especulação
imobiliária é crescente.
Longe do recém-reinaugurado centro histórico, no entanto, crescem
populações sem acesso a direitos básicos como tratamento de água e esgoto.
Outro grande problema aqui de Petrópolis é a ocupação da Mata
Atlântica por construções irregulares, desmatamentos para loteamentos,
mesmo que com autorização, sem uma análise mais profunda do impacto
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ambiental. O número de engenheiros florestais é insuficiente na região.
Protege-se, às vezes, as nascentes, mas se esquecem do curso destas águas.
Na região também existe o problema de comércio ilegal, tráfico de
animais. O comércio de animais indiscriminadamente é uma prática muito
comum, o que colabora com a extinção de muitas espécies e prejudica
imensamente a fauna e a biodiversidade.
SANTOS - SP
Os problemas que existem em São Vicente, são inúmeros como em
muitas cidades. Podemos citar os esgotos que existem na área continental que
correm a céu aberto, local onde as pessoas jogam também vários tipos de
detritos; diques que são feitos de palafitas de madeira onde não existe
saneamento básico e o esgoto proveniente dos banheiros é jogado na água,
que, conseqüentemente, é levada para as praias, quase sempre impróprias
para o banho de mar.
Poluição
Em Santos, existem alguns problemas relacionados à poluição
decorrente do Porto, causados pela queima de combustíveis dos caminhões e
dos navios, das águas de lastro dos navios cargueiros, problemas esses que já
vem sendo discutidos pelas autoridades responsáveis. Essas discussões já
levaram à elaboração de um plano de desenvolvimento e zoneamento do Porto,
visando minimizar os impactos das atividades ocorridas nele ao meio ambiente.
Outro problema é a balneabilidade das praias, que nos últimos anos tem
piorado muito devido aos esgotos lançados nos canais por deficiência da rede
de saneamento ou por conta das emissões clandestinas, que vão parar na praia
tornando imprópria para banhistas e provocando a morte de várias espécies
marinhas. Esses problemas têm previsão de serem resolvidos através de um
programa desenvolvido pela Sabesp e a prefeitura do município (para resolver
também questões referentes à água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem).
Mudanças climáticas
Nessa região, como em outras cidades, já existem problemas
provenientes das mudanças climáticas, que resultam em calor excessivo e
chuvas fortes que acabam provocando alagamento de ruas e enchentes. Esse
problema é agravado pela falta de consciência da população que joga lixos nas
ruas, entupindo bueiros. Também é agravado pela falta de políticas públicas na
limpeza da rede de esgoto e na ampliação dessa rede.
Quanto à perda de habitat e esgotamentos de recursos naturais
Como outras regiões, Santos já sofreu muito em relação a esses fatores
devido à degradação humana. Entretanto, ainda possui água potável, terra
fértil, outros serviços ambientais. Há muito trabalho a ser feito na
conscientização da população para que haja mudança de hábitos e de
comportamento em prol da preservação o que ainda resta.
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SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SP
São José do Rio Preto é um município brasileiro do estado de São
Paulo. Sua população estimada em 2008 foi de 414.272 habitantes. É a maior
cidade do noroeste do estado, com economia baseada no comércio, prestação
de serviços, indústrias diversas e agricultura.
Nessa região quase não se visualizar vegetação natural. Os rios tem
cada vez menos condições de abrigar animais. A mata ciliar que é a casa de
muitas espécies esté cada vez mais reduzida e perdendo a sua biodiversidade
em plantas e animais.
A poluição é algo que parece não ter fim, está em todas as partes
(plásticos, latas, pilhas, etc.). Na região existem plantações que ocupam quase
todo o solo, descarregando nos rios os seus agrotóxicos e resíduos.
Outro desafio é manter a qualidade da água do município. Uma perícia
sobre a qualidade da água dos córregos Borá e Canela e do rio Piedade, em
São José do Rio Preto, além de constatar a presença de poluentes e a
ausência de mata ciliar em grande parte da extensão desses mananciais,
detectou o desvio de esgoto não tratado de Mirassol para o município
riopretense. Na análise físico-química foram observadas as características da
água e a presença de substâncias que podem indicar a ocorrência de poluição
e de práticas agressivas ao meio, como o despejo de esgoto e dejetos; em
todos os mananciais constatou-se a presença de esgoto doméstico e industrial.
Essa poluição funciona como uma barreira química que impede que os peixes
subam o rio para a colonização de outras áreas, ou mesmo para a busca de
abrigo ou alimento e para fins reprodutivos, tornando-as inabitadas.
Outro problema detectado pela perícia é o desvio de esgoto não tratado
de Mirassol para a cidade riopretense. São José do Rio Preto vive a
expectativa de tratar 100% de seu esgoto, porém, se não tomar as medidas
necessárias com o rio Piedade, esse esforço será em vão. Mirassol está
localizada em uma porção mais elevada da região, numa área em que o desvio
do esgoto in natura para qualquer direção contaminaria outras bacias, como a
do rio São José dos Dourados, o que torna o tratamento de seus efluentes
imprescindível.
O crescimento desordenado de São José do Rio Preto, a ausência de
mata ciliar em diversos trechos de todos os mananciais dentro da área urbana
e a falta de consciência de moradores que depositam lixo e entulho às margens
das fontes também são fatores determinantes para a má qualidade e
conservação das águas riopretenses. O que compromete a conservação dos
córregos do município, especialmente o Borá e o Canela, e do rio Piedade é a
ocupação do solo urbano de forma desordenada e voltada, principalmente,
para o lucro imobiliário.
Rio Preto tem 400 mil habitantes e lotes para abrigar mais de 1 milhão
de moradores, o que torna desnecessária a continuidade do parcelamento do
solo, com agravos para os mananciais, uma vez que o seu entorno sofre com a
impermeabilização do solo, prejudicando-o e, ao mesmo tempo, promovendo
as indesejáveis enchentes no período das chuvas.
A erosão e a ausência da mata ciliar comprometem a sobrevivência dos
rios e dos peixes que o habitam e podem causar danos às edificações
construídas próximas ao local. A mata ciliar oferece alimento e abrigo aos
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peixes, formando uma cobertura sobre o rio e depositando galhos, folhas e
frutas sobre o espelho d'água. Sem esses recursos, o meio de vida oferecido
às espécies torna-se pobre e muitas destas desaparecem.
Já a erosão é motivada pela ausência da mata ciliar. Sem as raízes das
árvores para protegê-lo, o solo se esvai. O terreno ao redor do manancial vai
cedendo, podendo comprometer as estruturas ali edificadas. O córrego Canela,
por exemplo, apresenta uma forte erosão em suas margens e, a médio prazo,
isso poderá comprometer a avenida em que ele nasce, a José Munia. A erosão
também seria responsável pelo assoreamento das águas, que, aos poucos,
provoca a morte dos rios.
Destacando, outro problema grave é a destinação final do lixo gerado
por casas, empresas, comércio, indústrias e outros. No município há uma usina
de reciclagem e compostagem. Entretanto, recentemente a população
descobriu que a empresa, paga pela administração da cidade para reciclar e
compostar os resíduos, além de não estar reciclando tanto quanto poderia, não
está realizando o trabalho de compostagem.
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP
São José dos Campos tem problemas ambientais bem comuns a várias
cidades do país. Um que se destaca é a ampliação da refinaria Henrique Lage
(Revap), que desde a sua construção vem causando acidentes e prejudicando
a saúde da população, principalmente nos bairro próximos, causando poluição
e degradação dessa área, principalmente por esta ser localizada em uma área
onde há pouca incidência de ventos para a dispersão de poluentes
atmosféricos.
Nessa região existe o Rio Paraíba, que corta o meio da cidade. Há uma
preocupação muito grande, porque quase todo esgoto da cidade está sendo
lançado neste rio e quase já não se vê mais vida neste rio. Antigamente,
quando as pessoas passavam por sua ponte ou por suas margens, viam
muitas pessoas pescando. Hoje, este rio está sendo transformado em esgoto a
céu aberto. Temos que ter a consciência que um dia iremos precisar desta
fonte preciosa que é a água doce, aí pode ser tarde demais, porque não
cuidamos quando tínhamos condições.
A extração de areia para a construção civil está cada vez maior devido à
demanda. Os danos causados ao meio ambiente com essa extração são
enormes. Usam-se motores para sugar a água do lençol freático e quanto mais
se aprofunda a extração no subsolo, maior fica o buraco que é conhecido como
cava. O resultado ao final do processo, quando não existe mais areia no
subsolo, é um enorme lago, ou seja, uma enorme ferida aberta no solo e que
expõe a água que estava armazenada em profundidade. A quantidade de
vapores que vão para a atmosfera deve ser enorme. Isto deve trazer algum tipo
de efeito ambiental. Não se deve esquecer que as cavas abandonadas não tem
recuperação. Este tipo de extração é tão predatório e prejudicial como o do
ouro, porém pouco se fala sobre isto.
Hoje vemos que a consciência ambiental está mudando na região de
Taubaté, que fica próxima ao Pólo, através da educação e comprometimento
de empresas, organizações e pessoas empenhadas a buscarem metas que
amenizem a degradação do planeta, acreditando que para crescerem precisam
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também investir em um plano ambiental, identificando e minimizando os
impactos ambientais. Empresas de construção civil tomaram iniciativas de
plantar árvores, outras estão economizando em matéria-prima, insumos e
reciclando materiais, ou estão avaliando os aspectos e impactos das suas
atividades e estão comprometidas com a melhoria contínua. Esperamos que
este trabalho esteja só começando, pois a vida pede consciência e
responsabilidade no uso do ecossistema em que vivemos e dependemos para
existir.
Na região do Vale do Paraíba, também próxima ao Pólo, encontramos
vários
problemas
ambientais:
*
Falta
de
aterros
sanitários
em
algumas
cidades;
* Indústrias lançando gases e líquidos poluentes no meio ambiente;
* Falta de infra-estrutura em bairros clandestinos, depositando esgoto em rios e
córregos;
* Pouco recurso e investimento em áreas consideradas de reservas naturais;
* Pouca conscientização na coleta seletiva e reciclagem de lixo;
*
Crescimento
tecnológico
desenfreado;
* Consumo excessivo de água e energia.
Na região do Vale do Paraíba há uma parte do buraco da camada de
ozônio, que pesquisas afirmam estar estável. Porém, sabe-se que por tal fato,
os raios UV (Ultravioletas) são altos nesta região e atingem o meio ambiente, a
população.
Nos últimos dias, ocorreram enchestes em algumas regiões do vale do
Paraíba como em Aparecida. Muitas casas foram alagadas, ocorreram
desmoronamentos e muitas perdas. A Defesa Civil da área pediu colaboração
e deu orientações, pois por mais que o Rio esteja inundando áreas, nós
também somos culpados por deixarmos lixos e dejetos pelas ruas e bueiros. A
orientação foi: “Os principais cuidados para evitar esses problemas são manter
desobstruídas bocas de escoamento e caixas de captação de águas pluviais
(água da chuva); examinar em casa bueiros e saída de água, livrando as
mesmas de folhas, galhos e objetos que possam impedir a passagem da água;
Não jogar lixo em córregos e rios.”
Em São José dos Campos existe uma área de proteção ambiental com
mais de 4 milhões de metros quadrados, que fica junto ao Centro da cidade. O
problema é que, mais uma vez, por falta ou ineficácia do poder público parte
desta reserva tornou-se "favela" e está irregularmente ocupada. O "Banhado",
um dos mais bonitos cartões postais da Cidade, vê-se agora ameaçado com
estas construções irregulares e o aumento gradual destas.
Em contrapartida, existem informações que dizem que essas ocupações
não tem aumentado na região, porque a prefeitura municipal tem agentes que
fiscalizam esta área para monitorar o crescimento inadequado, uma vez que os
ocupantes resistem desocupar estas áreas.
Vale lembrar também que já está sendo construída uma via terrestre
muito importante para a cidade, que irá contornar o Banhado. Trata-se da Via
Norte. Seu projeto tem por finalidade além de interligar a região norte com o
centro e também criar uma espécie de cinturão, ajudando a preservar o
Banhado. Este projeto foi aprovado e licenciado pela Secretária Estadual de
Meio Ambiente.
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O aterro sanitário (área preparada para receber o lixo comum) de São
José dos Campos é um bom exemplo para as cidades que não se preocupam
com o lixo gerado. Existe um sistema implantado na cidade, com serviços de
varrição, coleta, triagem dos recicláveis e disposição final no aterro. Este tem
uma tecnologia moderna e avançada, aliada a constantes fiscalizações por
parte de órgãos de controle ambiental. Ter um Aterro Sanitário significa pensar
na saúde e qualidade de vida das pessoas, além de se preocupar com o meio
ambiente. Contudo, São José dos Campos continua em busca de novas
tecnologias, metodologias que causem menores impactos ambientais.
SOROCABA - SP
Sorocaba é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo.
Possui uma área de 456,0 km², sendo 249,2 km² de área urbana e 206,8 km²
de área rural. Sua população estimada em 2008 é de 576.312 habitantes.
Nos últimos anos estão surgindo grandes empreendimentos imobiliários
em Sorocaba, nas áreas residenciais, comerciais e até mesmo na industrial.
Esse crescimento faz com que grandes áreas verdes sejam derrubadas, e com
isso o habitat de pequenas espécies é destruído, deixando-as sem fonte de
alimentação e abrigo.
Outro problema comum com o crescimento é o aumento da poluição que
já é bem visível (nos fins de tarde, principalmente, observa-se poluição do ar) e
o aumento da produção de lixo, que já esta quase sem lugar de destino.
O rio da cidade em alguns trechos é aparentemente limpo, mas sabe-se
que existem muito esgotos sendo lançados nele.
Sabe-se também que nos bairros nobres e no centro da cidade as
condições de limpeza e saneamento são melhores que na periferia, um
problema comum em algumas cidades.
Na verdade, como em todo lugar, o crescimento acaba causando
problemas no meio ambiente, os dois sempre acabam se chocando, e daí os
problemas surgem.
Quem conhece Sorocaba sabe que a qualidade de vida na cidade
melhorou muito dos últimos 12 anos para cá. Um dos motivos da melhora foi a
despoluição do Rio Sorocaba; a qualidade do ar também melhorou muito.
Entretanto ainda existem os problemas citados acima, e muitas coisas para
melhorar e problemas a sanar.
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