Endócrino - SOL - Professor | PUC Goiás

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Hormônios
Sistema Endócrino
Msc. Ana Maria da Silva Curado
Lins
Eixo hipotalâmico-hipofisário



Substância produzida em diminutas
quantidades, em células especiais (glândulas)
que circulam pela corrente sanguínea (ação
endócrina) e agem em células específicas.
Formas de Ação
hormônios estimulantes hipotalâmicos ativam ou inibem secreção de hormônios hipofisários
que por sua vêz vão até glândulas alvo e estimulam a secreção do hormônio final.O
hipotálamo produz dois hormônios prontos que serão armazenados na neuro-hipófise, sendo
eles o ADH e a ocitocina.
Pineal: produz a melatonina.

Glândulas dependentes do eixo hipotálamo-hipofise:



o
o
Tireóide
Córtex das adrenais
 o
Glândulas sexuais
Glândulas independentes do eixo hipotálamo-hipofise:

o

O
Pâncreas
Paratireóides
o
Medula das adrenais
Natureza química dos hormônios:

Peptídicos: apresentam em sua estrutura molecular a.a. ligados por ligação peptídica.

Derivados de a.a. tirosina, ex: T3, T4, adrenalina e noradrenalina.

Hormônios esteróides: colesterol


1
Principais Formas de
Controle
2
Feedback
Negativo
Glândula Pineal
Principais Glândulas
em Mamíferos
3
Controle HipotalâmicoHipofisário
Fatores Controladores

FET: Fator Estimulador da Tireóide

FEACTH: Fator Estimulador da Adrenal

FEGH: Fator Estimulador do hormônio do Crscimento

FEGnH: Fator Estimulador das Gonadotrofinas

FIP: Fator Inibido da Prolactina
Localização da Hipófise
4
Hormônios produzidos pelo lobo
posterior da hipófise
Neuroipófise
Hormônio Oxitocina

Oxitocina - Age particularmente na
musculatura lisa da parede do útero,
facilitando, assim, a expulsão do feto e da
placenta.

Hormônio antidiurético (ADH) ou
vasopressina - Constitui-se em um mecanismo
importante para a regulação do equilíbrio
hídrico do organismo.
Efeitos da Ocitocina
Na mulher, estimula a contração da
musculatura uterina durante o parto e a ejeção
do leite.
 No homem, provoca relaxamento dos vasos e
dos corpos eréteis do pênis, aumentando a
irrigação sangüínea.

5
Hormônio Antidiurético

Regula o volume de urina, aumentando a
permeabilidade dos túbulos renais à água e,
conseqüentemente, sua reabsorção. Sua
produção é estimulada pelo aumento da
pressão osmótica do sangue e por hemorragias
intensas. O etanol inibe sua secreção, tendo
ação diurética.
Adeno-hipófise ou Hipófise
Anterior
6
Hormônios produzidos no lobo anterior
da hipófise
HORMÔNIO FUNÇÃO Adeno-hipófise ou lobo anterior da
hipófise



Somatotrófico (STH) ou Hormônio do Crescimento (GH)Atua no
crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e estimulando a síntese de
proteínas e o desenvolvimento da massa muscular. Também aumenta a utilização
de gorduras e inibe a captação de glicose plasmática pelas células, aumentando a
concentração de glicose no sangue (inibe a produção de insulina, predispondo ao
diabetes).

Gonadotróficos
(sua produção é estimulada pelo hormônio liberador de
gonadotrofinas - GnRH - secretado pelo hipotálamo)


Tireotrófico (TSH) ou Tireotrofina


Estimula a tireóide a secretar seus principais hormônios. Sua produção é
estimulada pelo hormônio liberador de tireotrofina (TRH), secretado pelo
hipotálamo.

Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) - Age sobre o córtex das glândulas
supra-renais.

Hormônio lactogênico (LTH) ou prolactina - Interfere no desenvolvimento
das mamas, na mulher e na produção de leite.
Os hormônios designados pelas siglas FSH e LH podem ser reunidos sob a
designação geral de gonadotrofinas.
Figura - Mecanismo de controle do hormônio do crescimento e
estimulação da secreção da somatomedina




Folículo estimulante (FSH)
Na mulher, estimula o desenvolvimento e a maturação dos
folículos ovarianos.
No homem, estimula a espermatogênese.
Luteinizante (LH)
Na mulher estimula a ovulação e o desenvolvimento do corpo
lúteo. No homem, estimula a produção de testosterona pelas
células instersticiais dos testículos.
Prolactina ou hormônio lactogênico
Estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias. Sua produção
acentua-se no final da gestação, aumenta após o parto e persiste
enquanto durar o estímulo da sucção.
Efeitos do GH

NANISMO- em geral, os hormônios são produzidos durante a infância e a
adolescência. No entanto, se nesse período ocorrer uma deficiência na taxa de
circulação do hormônio de crescimento (GH), o indivíduo sofrerá uma grave
redução do crescimento. Daí essa anomalia ser denominada nanismo.

GIGANTISMO- o hormônio de crescimento também pode ser produzido em excesso
durante a infância devido à hiperfunção da glândula secretora nesta fase. Isto
resultará na aceleração do crescimento , em especial dos ossos longos , o que levará
o indivíduo a um crescimento excessivo, atingindo alturas de até 2,45m.

ACROMEGALIA- a produção excessiva do GH após a adolescência pode acontecer,
decorrente de uma tumoração das células da hipófise que secretam este hormônio.
Nesse caso, uma vez que já houve o fechamento das cartilagens de conjugação, os
ossos aumentam em espessura e os indivíduos acromegálicos podem apresentar
alongamento de mandíbula e deformidade nos ossos da face, mãos e pés.
7
Nanismo Tireoidiano
Nanismo Tireoidiano: tem
como características face
arredondada, pescoço curto,
nariz largo e língua volumosa,
além de retardamento mental.
A criança da foto é portadora
de hipotireoidismo congênito,
tem 4,7 anos e 71 cm de
altura, quando o normal para
sua idade é cerca de 105 cm.
O teste do pezinhoo teria
permitido evitar as
características que ela
apresenta. (Fonte: Gaelzer,
Departamento de Biologia da
UFAL)
Acrondoplasia
Glândula Tireóide
Acondroplasia: o
nanismo acondroplásico
caracteriza –se pela
desproporção entre os
seguimentos do corpo. Os
braços e as pernas são
curtos e arqueados, a testa
é volumosa e há
acentuada curvatura da
coluna vertebral para
frente (lordose) na região
lombar (Fonte: FreireMaia, Dep de Genética
UFPR)


Tiroxina (T4) e
triiodotironina
(T3)Regula o
desenvolvimento e o
metabolismo geral.
CalcitoninaRegula a
taxa de cálcio no sangue,
inibindo sua remoção
dos ossos, o que diminui
a taxa plasmática de
cálcio.
8
Produção do Hormônio

Corte histológico de uma
tireóide normal:



1 - células parafoliculares
ou células C
(paratireóide);
2 -folículo tireoideano,
rodeado pela células
tireoideanas produtoras
dos hormônios
tireoideanos;
3 - Substância colóide
(depósito de hormônio).
Glândula Tireóide





Para a produção hormonal adequada são necessárias quantidades
suficientes de iodo na alimentação; em adultos a ingestão diária
recomendada é de 150mg. Dieta insuficiente em iodo influencia de
forma importante a atividade tireoideana e representa a principal
causa de bócio endêmico.
A primeira etapa da síntese hormonal é representada pela concentração de iodeto pelo tireócito, contra um gradiente eletroquímico
(20 a 40 vezes o nível plasmático). Este transporte é realizado pelo
co-transportador sódio-iodeto, localizado na membrana basolateral.
Outra fonte de iodo para a síntese hormonal é a desiodação de
iodotirosinas liberadas durante hidrólise da tireoglobulina (Tg).
O iodeto é, então, transportado transcelularmente para a membrana
apical, atingindo o colóide através do transportador cloreto-iodeto,
denominado pendrina. Posteriormente, é oxidado pelo H2O2 e
organificado a resíduos tirosil da Tg, através de reação catalisada
pela tireoperoxidase (TPO). Diferente de outros tecidos capazes de
concentrar iodo, a tireóide consegue acumular de forma prolongada
o iodo, devido à rápida organificação do mesmo à proteínas.
9
Hipertiroidismo
Paratormônio
Paratireoídes:
Paratormônio

Regula a taxa de cálcio, estimulando a remoção
de cálcio da matriz óssea (o qual passa para o
plasma sangüíneo), a absorção de cálcio dos
alimentos pelo intestino e a reabsorção de
cálcio pelos túbulos renais, aumentando a
concentração de cálcio no plasma.
10
As glândulas endócrinas e o
cálcio
Função da Calcitonina

A calcitonina é produzida pelas células parafoliculares ou células C
da tireóide (número 1 da figura). Um aumento na secreção de
calcitonina promove, nos ossos, um aumento da atividade
osteoblástica. Através desta, ocorre uma maior síntese de tecido
ósseo (matriz protéica), o que atrai grande quantidade de íons cálcio
e fosfato do sangue para este novo tecido.

Na matriz, cálcio e fosfato combinam-se entre si e com outros íons,
formando os diversos sais ósseos, que são responsáveis pela rigidez do
tecido ósseo. Valores de referência homens até 12 pg/mL e mulheres até 5
pg/mL.
Componentes minerais dos ossos - Os mais importantes sais ósseos são:
fosfato de cálcio, carbonato de cálcio e hidroxiapatita.
O aumento da atividade osteoblástica, portanto, promove uma redução da
calcemia, pois uma considerável quantidade de cálcio migra do sangue
para os ossos.



Para que ocorra uma boa absorção de cálcio através de nosso
sistema digestório, é necessário que: o cálcio esteja presente no
alimento (DIETA). não haja falta de vitamina D3 em nosso
organismo (para isso é necessária a exposição do corpo aos
raios solares ou uma alimentação rica em fontes desta
vitamina), a presença do hormônio paratormônio (para que
ocorra a conversão de 25-hidroxicolecalciferol em 1,25diidroxicolecalciferol).

A concentração de cálcio no plasma e seus efeitos no organismo

Mais de 99% do cálcio presente em nosso corpo se encontra
depositado em tecidos como ossos e dentes. Sendo assim, o
cálcio na forma iônica dissolvida em nosso plasma corresponde
a menos de 1% do total de cálcio que possuímos. É muito
importante que o nível de cálcio plasmático se mantenha
dentro do normal (valor de referência entre 8,4 e 10,2 mg/dL).
Hormônio melanotrófico ou melanocortinas (MSH) ou
intermedinas

Estimulam a pigmentação da pele (aceleram a
síntese natural de melanina) e a síntese de
hormônios esteróides pelas glândulas adrenal
e gonadal. Ainda interferem na regulação da
temperatura corporal, no crescimento fetal,
secreção de prolactina, proteção do miocárdio
em caso de isquemia, redução dos estoques de
gordura corporal (*) etc.
11
Pâncreas
Histologia Pancreática
Hormônios Pancreáticos

Insulina (Ilhotas de Langerhans - células beta)
Aumenta a captação de glicose pelas células e, ao mesmo
tempo, inibe a utilização de ácidos graxos e estimula sua
deposição no tecido adiposo. No fígado, estimula a
captação da glicose plasmática e sua conversão em
glicogênio. Portanto, provoca a diminuição da
concentração de glicose no sangue.

Glucagon (Ilhotas de Langerhans - células alfa) Ativa
a enzima fosforilase, que fraciona as moléculas de
glicogênio do fígado em moléculas de glicose, que
passam para o sangue, elevando a glicemia (taxa de
glicose sangüínea).
Mecanismos da Insulina
12
Suprarrenais (Adrenais)
OS HORMÔNIOS ADRENOCORTICAIS SUPRA-RENAL




Funções dos Mineralocorticóides –
Aldosterona
São duas as glândulas supra-renais.
- Situam-se no pólo superior de cada rim – aproximadamente 4g
cada.
Córtex: 80% - corticosteróides (esteróides) e andrógenos:

- Zona glomerulosa (15%): mineralocorticóides: aldosterona.

- Zona fasciculada (70%): glicocorticóides: cortisol.

- Zona reticular (15%): andrógenos
-
- Medula: 20% - catecolaminas (adrenalina, noradrenalina e
dopamina).
- Hormônios corticais são derivados do colesterol. São esteróides,
formados a partir da absorção do sangue.
Obs. São também formados (em pequena quantidade) no córtex
adrenal a partir da Acetilcoenzima A.
Funções
dos Glicocorticóides
Como glicocorticóide é fundamentalmente representado


Regula a concentração de potássio e sódio. Sem aldosterona
o potássio sobe muito enquanto o sódio abaixa seu nível.


Desencadeia: débito cardíaco diminuído,
choque e morte.
Efeitos renais e circulatórios da aldosterona:
 nos túbulos renais a aldosterona causa
aumento da absorção de sódio e excreção de
potássio, especialmente no túbulo coletor.
 Quando houver absorção de sódio virá
também água, logo, o volume corporal
(sangue) aumentará = aumento da pressão
arterial (de forma oposta para queda da
pressão arterial haverá diurese por pressão).
Esse mecanismo é denominado escape da
aldosterona.


pelo cortisol = hidrocortisona.
- O receptor para o cortisol e para aldosterona são os
mesmos, logo, quando o cortisol é sintetizado,
imediatamente é convertido em hidrocortisona, não
ligando-se ao receptor da aldosterona.
Efeitos do cortisol sobre os carboidratos
Estimulação da gliconeogênese: aumento das enzimas
para conversão de aminoácidos em glicose no fígado –
via tradução.



Cortisol mobiliza proteínas dos músculos para serem
transformadas em glicose = gliconeogênese.
Inibição da utilização de glicose pelas células Conclusão:
estes dois efeitos citados acima faz com que a glicemia
aumente muito = “efeito diabetogênico” – diabetes adrenal.
Diz-se que: o diabetes hipofisário é fracamente sensível à
insulina enquanto o diabetes adrenal é moderadamente
sensível à insulina e o diabetes pancreático fortemente
sensível à insulina.
13
Efeito do cortisol sobre as
proteínas
Efeito do cortisol sobre as gorduras




Há redução das proteínas celulares – dos
músculos (originando fraqueza) e tecidos
linfóides (imunodepressão).
Aumento das proteínas hepáticas e
plasmáticas – são exceções às depleções
protéicas observadas em quase todo o
organismo.
Conclusão: o cortisol diminui o transporte
protéico para as células extra-hepáticas,
aumenta os aminoácidos no plasma e nas
células intra-hepáticas – aumento da
gliconeogênese (hepática).
Efeitos antiinflamatótios do
cortisol

- O cortisol em casos de inflamações (decorrentes de
infecções, traumatismos) bloqueia o processo
inflamatório.
- Etapas da Inflamação:

1. Liberação do tecido lesado de substâncias químicas que
ativam o processo de inflamação (histamina, bradicinina,
prostaglandinas).

2. Aumento do fluxo sangüíneo local lesado = eritema.

3. Vazamento de plasma puro dos capilares para área
lesada seguida de coagulação do líquido tecidual =
formação de edema não-depressível.

4. Infiltração da área por leucócitos.

5. Proliferação de tecido fibroso.


Mobilização dos ácidos graxos dos tecidos adiposos
(como não entra glicose nestas células adiposas, elas
começam a liberar ácidos graxos).
- Alta taxa de utilização de ácidos graxos pelas
células.
- Apesar da utilização dos ácidos graxos há grande
estímulo para o apetite = obesidade pelo cortisol (“cara
de lua”).
Função do cortisol no estresse e na inflamação
- Qualquer tipo de estresse = aumento da secreção de
ACTH = aumento do cortisol.
- Uma explicação para este fato é que o cortisol
disponibiliza para o tecido lesado muito aminoácido.
Em situações de traumas, fraturas, o cortisol aumenta
muito.
-
O cortisol tem 2 efeitos antiinflamatórios

1. Pode liberar os processos inflamatórios antes
mesmos de começarem:
a) Cortisol dificulta o rompimento das membranas dos
lisossomos (enzimas proteolíticas-inflamatórias são
diminuídas).
b) Permeabilidade capilar é diminuída – não há
vazamento de plasma puro.
c) Diminuição da formação das prostaglandinas =
diminuição da fagocitose e também da migração dos
leucócitos para as áreas lesadas.
d) Depressão do sistema imune, diminuição da
produção de linfócitos T.
e) Inibição das interleucinas-1 (pirogênio leucocitário)
= diminuição do processo febril = diminuição da
vasodilatação.
14
2. Efeito do cortisol sobre o processo de resolução da

inflamação:





aumento da velocidade de cura.
Obs.
Há indicação de cortisol para inflamações
locais graves, quando há efeitos nocivos
não da lesão mas da inflamação.
Outros efeitos do cortisol
- Efeitos sobre a alergia (o mesmo que
bloqueio inflamatório): reduz o efeito da
anafilaxia.
- Altas doses de cortisol podem causar
atrofia do tecido linfóide por todo o corpo
= imunodepressão.
- Alta do cortisol = policitemia.
- Baixo cortisol = anemia.
Andrógenos Adrenais

Secretados pelas porções reticulares do córtex da
glândula supra-renal.
- São responsáveis por parte do desenvolvimento
dos órgãos sexuais masculinos e femininos, com
grande poder masculinizante.


Regulação da secreção de cortisol
- Qualquer tipo de estresse mental ou físico
estimula o CRH devido a sua associação com
o sistema límbico.
- Os glicocorticóides apresentam ritmo
circadiano em sua liberação (24h).
Observações:
- Quando o ACTH é secretado, outros
hormônios também são liberados:
- MSH (hormônio melanócito estimulante);
O MSH forma pigmentos pretos (melanina) na
pele. O MSH em alguns animais é secretado
pela parte intermédia da hipófise.
O MSH é muito sensível à luz (fotosenssível).
Síndrome Adrenogenital –
-

- Tumor adrenocortical com altas
secreções de andrógenos –
características masculinizantes.
- As mulheres tornam-se
masculinizadas, por isso, é mais
fácil fazer diagnóstico nas mulheres
do que nos homens já que nestes, os
sintomas confundem-se com a
própria puberdade.
15
A figura abaixo mostra um menino com 4 anos
de idade e síndrome adrenogenital.
Hormônios Sexuais
Hormônios Gonadotróficos
na Mulher
16
Contraceptivos
Bom Fim de Semana !!!
17
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