Abertura à misericórdia e à sabedoria e à confissão de nossas misérias e pecados Estamos agora no capítulo 4 do Livro do Eclesiástico. “... não recuses tua esmola àquele que está na miséria.” (versículo 3). Dos versículos 1 a 11, o tema abordado é a misericórdia para com o pobre. Lembramos aqui das palavras: “Quem possuir bens deste mundo e vir o seu irmão sofrer necessidade, mas lhe fechar o coração, como pode estar nele o amor de Deus?” (1 João 3,17). Eis o convite, eis o chamado: abrirmos ao amor de Deus, para que, em atos, amarmos os nossos irmãos, socorrendo aqueles que estão na miséria e que estão ao nosso alcance. Continuando a nossa leitura pelo capítulo 4, deparamos agora, nos versículos 12 a 22, com o amor à sabedoria. “A sabedoria inspira a vida aos seus filhos …” (versículo 12). A vida aqui é vida em abundância, vida eterna, como falou Nosso Senhor Jesus Cristo em João 10,10. Ele é a própria Sabedoria! Terminamos a nossa jornada com os versículos 23 a 36. Aqui encontramos sábios conselhos, como este: “Não te envergonhes de confessar os teus pecados …” (versículo 31). Nós podemos lembrar de quê? Quem é católico vai se lembrar! É o sacramento da Penitência, também conhecido como sacramento da Confissão. Veja o que diz a Igreja, no Catecismo: “Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa a Deus e ao mesmo tempo são reconciliados com a Igreja que feriram pecando, e a qual colabora para sua conversão com caridade, exemplo e orações.” (CIC 1422) Também trazemos agora as palavras de Nossa Senhora de Angüera: “Aproximai-vos do confessionário! Ide ao encontro da graça. Confessai-vos e não escondais os vossos pecados! Esforçai-vos para viverdes na graça de Deus!” (trecho da Mensagem nº 1041, de 05/12/95 ) Percebem que riqueza é a leitura e a meditação da Palavra de Deus? Só lendo um capítulo, passeando por ele, somos chamados ao amor aos pobres (a caridade), a não desprezarmos a Sabedoria Divina (geradora de vida) e, por fim, como dito acima, a não nos envergonhamos da nossa condição de pecadores e buscarmos o remédio: a Confissão sacramental (disponível na Igreja Católica). Até o nosso próximo encontro com o capítulo 5. Não percam! Grupo Mensageiros de Nossa Senhora de Anguera. Piedade filial, doçura, humildade e bondade, sim. Dureza, duplicidade de coração, não! “Humilha teu coração espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria.” (Eclesiástico 2,2) Paz e Bem a todos! E assim começamos a leitura do capítulo 3, do Livro do Eclesiástico. O que colocamos aqui não é para apenas ser lido, mas ouvido e acolhido. Peçamos a Deus que, pela intercessão de Nossa Senhora, possamos assim fazer. Por que devemos ouvir e acolher? “A fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça.” (Eclo 2,3) Nesse capítulo, o Eclesiástico fala da piedade filial. Aqui vemos uma menção clara a Nossa Senhora. Os filhos de Deus (“filhos da sabedoria”) são os que compõem o seu povo e o novo que o versículo fala é Jesus Cristo, pois somente Ele é Amor e Obediência. O Eclesiástico recomenda que o sigamos para sermos salvos! Também deixa bem claro para todos nós que Ele (Deus) “quis honrar os pais pelos filhos e cuidadosamente fortaleceu a autoridade da mãe sobre eles.” Quem é essa mãe? “Quem honra sua mãe é semelhante àquele que acumula um tesouro.” (Eclo 3,5) Aquele que teme ao Senhor honra pai e mãe (conforme Eclo 3,8). Aqui vemos novamente falar de pai e de mãe, mas agora fala dos pais terrenos; ou seja, o Eclesiástico faz alusão aos dez mandamentos, dentre os quais, está esse. E fala que o filho que cumpre esse mandamento será abençoado e a presença de Deus estará com ele até o último dia. O Eclesiástico, em sua sabedoria vinda do Céu, faz um pedido aos filhos: “Meu filho, ajuda a velhice de teu pai, não o desgoste durante a sua vida.” (Eclesiastico 3, 14). Aqui o autor fala que toda caridade feita aos pais não será esquecida por Deus (versículo 15) e os filhos serão recompensados por isso (versículo 16), tendo a casa próspera na justiça! (versículo 17) Mas quem não faz isso, será penalizado por Deus! (versículo 18) Mais a diante, o Eclesiástico fala da doçura e humildade, sabemos que esses são os primeiros passos para se caminhar nessa terra e caminhar rumo ao Céu. E quanto maior for a posição que ocupes em alguma coisa, mais te humilharás em tudo. Por que ele fala isso? Porque o que nos levará ao Céu serão as nossas obras diante de Deus, pois tudo nessa terra passa e os altos cargos também! Não se preocupe em lembrar, marcar ou saber a quantidade de suas obras, porque isso é vaidade. O homem, dócil e humilde às coisas de Deus, achará misericórdia Nele. Em outra parte, o Eclesiástico fala da dureza de coração e sua duplicidade. O que fala com isso? Ele fala que um coração duro, maldoso não triunfará em seus caminhos e corromperá a alma, fazendo que ele fique cheio de tristeza, pois são nesses corações que se enraíza o caule do pecado. O coração do sábio se afasta do pecado e através dele se manifesta as obras da justiça. Para terminar a bondade com os infelizes é uma coisa difícil para muitos. A caridade enfrenta o pecado e aquele que faz obras de misericórdia tem o olhar de Deus voltado para ele e, no dia da sua infelicidade, em Deus achará seu apoio. Grupo Mensageiros de Nossa Senhora de Anguera! Origem impenetrável sabedoria da Continuando o estudo bíblico, damos sequência, iniciando o Livro do Eclesiástico. Hoje no capítulo primeiro, vamos saber a origem impenetrável da sabedoria. O Eclesiástico nos fala que toda a sabedoria vem de Deus, a mesma estava sempre com Ele e foi através dela que tudo foi criado. “O verbo de Deus nos Céus é fonte de sabedoria, seus caminhos são mandamentos eternos.” (Eclesiástico 1,5) Até aí, tudo bem, mas como obter essa sabedoria? Qual o caminho a seguir para chegar até ela? O Eclesiástico também nos ensina! E é uma coisa simples de se alcançar, é uma coisa que muitos têm desprezado. É o TEMOR AO SENHOR! É isso mesmo!!! Temor ao Senhor. Temer a Deus é fonte de alegria, é regozijo e longa vida. Quem teme obedece, e obedecendo a Deus, segue fielmente seus mandamentos e com isso ganha a vida eterna! “O temor ao Senhor é a plenitude da Sabedoria, a plenitude de seus frutos, (para aquele que possuir).” (Eclesiástico 1,20) Amados. o temor ao Senhor é a plenitude da vida, concedendo a quem a tem, dando a plenitude da paz e frutos de salvação, distribuindo a ciência e a prudência. Não se enganem, meus amados irmãos. A ciência e a religião estão no tesouro da sabedoria e é dom de Deus também! No Salmo 24, 14, o salmista Davi fala que o Senhor se torna íntimo dos que o temem, e lhes manifesta a sua aliança. Com isso, Davi nos fala que, quem teme a Deus de todo o coração, a cada dia Deus se aproxima mais e mais e a sua misericórdia se estende por toda a vida. Isso que estamos falando está no Evangelho de São Lucas, no capítulo 1, 50. “Sua Misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem.” (Lucas 1, 50) Irmãos, o temor a Deus expulsa o pecado, é fidelidade, doçura e encherá o celeiro dos que a possuem. Em conclusão: observar os preceitos de Deus e o temor a Ele é o dever de todo homem, pois o homem de bom senso guarda a suas palavras (Eclesiastes 12,13 e Eclesiástico 1, 30). E no final, o Eclesiástico nos dá um ensinamento valioso: “Não sejas rebelde ao temor do Senhor, não vás a Ele com um coração fingido.” (Eclesiástico 1, 36) Grupo Mensageiros de Nossa Senhora de Anguera. O papel História da Sabedoria na Vamos encerrar o estudo sobre o Livro de Sabedoria, com a meditação sobre os capítulos restantes: 10 a 19. Nos capítulos anteriores (1 a 9), vimos o que é a Sabedoria ao ponto de a desejarmos e orarmos a Deus, pedindo por ela. Agora, vamos ver o papel da Sabedoria na história. Basicamente, é o seguinte: quais os efeitos da presença e da ausência da Sabedoria Divina, sobretudo, na vida humana? Para entendermos melhor, vamos inicialmente trazer um comentário extraído da Bíblia Ave-Maria: “O autor refere-se à Sabedoria, envolvendo-a num atributo divino personificado: uma pessoa que pensa, que fala e que age. É Ela que criou o mundo e que, como conselheira de Deus, dirige, providencialmente, o universo inteiro.” Então, lendo os capítulos 10 a 12, vemos a ação da Sabedoria Divina na vida dos justos (Noé, Abraão, Ló, José, Moisés) e na vida do povo de Deus. E essa Sabedoria Divina pode tudo? No versículo 21, do capítulo 11 está a resposta: “Sempre vos é possível mostrar vosso poder imenso, e quem poderá resistir à força de vosso braço?” Tem mais: “Tendes compaixão de todos, porque vós podeis tudo.” (Sb 11,23) Compaixão! Misericórdia! Aqui podemos já lembrarmos de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Ele é a Misericórdia de Deus. Quando falamos em Misericórdia Divina, estamos falando em Jesus, o Filho Único de Deus. Toda a Bíblia fala de Jesus. Podemos, então, pensar que a Sabedoria Divina é o próprio Jesus, o Verbo de Deus que iria se encarnar no seio da Virgem Santíssima Maria? Veremos! Continuemos! Vejamos essas palavras: “Vosso espírito incorruptível está em todos. É por isso que castigais com brandura aqueles que caem, e os advertis mostrando-lhes em que pecam, a fim de que rejeitem sua malícia e creiam em vós, Senhor.” (Sb 12,1-2) E mais: “… castigando-os pouco a pouco, dáveis tempo para o arrependimento.” (Sb 12,10) Poder e misericórdia! “Senhor de vossa força, julgais com bondade, e nos governais com grande indulgência, porque sempre vos é possível empregar vosso poder, quando quiserdes.” (Sb 12,18) “… tudo governais com misericórdia.” (Sb 15,1) Lembremos de que “Cristo crucificado é ‘poder de Deus e sabedoria de Deus. Pois o que é loucura de Deus é mais sábio do que os homens, e o que é fraqueza de Deus é mais forte dos que os homens’ (1Cor 1,25). Foi na Ressurreição e na exaltação de Cristo que o Pai ‘desdobrou o vigor de sua força’ e manifestou ‘que extraordinária grandeza reveste seu poder para nós, o que cremos’ (Ef 1,19-22)” (CIC 272) O próprio Catecismo da Igreja Católica, como vimos acima, aponta, com base nas Escrituras Sagradas, que é Cristo Crucificado é “poder de Deus e sabedoria de Deus”. São os atributos de Deus. Deus é todo-poderoso e Ele é sábio. E Ele “revelou sua onipotência da maneira mais misteriosa no rebaixamento voluntário e na Ressurreição de seu Filho, pelos quais venceu o mal.” (CIC 272) Depois disso tudo, qual deve ser nossa atitude? A resposta está em Sb 12,19: “… inspirastes a vossos filhos a boa esperança …“. É isso: ESPERANÇA. “A esperança é o aguardar confiante da bênção divina e da visão beatífica de Deus.” (CIC 2090) Podemos esperar em Deus. Podemos esperar em Seu poder, em Sua sabedoria, em sua Misericórdia. Para termos esperança, precisamos ter fé. Precisamos acreditar que “Deus está no controle de tudo” (trecho da mensagem de Nossa Senhora de Anguera, de nº 3.578). “Parai – disse ele – e reconhecei que sou Deus; que domino sobre as nações e sobre a terra.” (Salmo 45,11). É o que a Sabedoria Divina quer fazer em nós. É o efeito de sua presença em nossas vidas. Que efeito? A graça de reconhecer a Deus em todas as coisas e proclamar com fé: “Sabemos que, para os que amam a Deus, tudo concorre para o bem.” (Rm 8,28) (CIC 313) Isso é ser sábio aos olhos de Deus. Essa é sabedoria que Deus dá a seus filhos, em Nome de Jesus, pela ação do Espírito Santo! E aqueles que não são sábios aos olhos de Deus? Esses são insensatos, como diz Sb 13,1: “São insensatos por natureza todos os que desconheceram a Deus e, através dos bens visíveis, não souberam conhecer aquele que é, nem reconhecer o artista, considerando suas obras.” Lembramos de quem nos dias de hoje? Lembramos dos que orgulhosamente se declaram ateus. Tem mais. Os efeitos da ausência de sabedoria são terríveis. “Como se não bastasse terem errado acerca do conhecimento de Deus, embora passando a vida numa longa luta de ignorância, eles dão o nome de paz a um estado tão infeliz.” (Sb 14,22) Vejam que cegueira espiritual. Vivem em pecado (conforme Sb 14,23-27), fazendo, portanto, toda espécie de mal, e se acham em paz. Mas eis o alerta para esses obreiros perversos: “... ainda há pouco, nasceu da terra, e em breve voltará a ela, de onde foi tirado, quando lhe serão pedidas as contas de sua vida.” (Sb 15,8) Todos nós seremos julgados. “No entardecer de nossa vida, seremos julgados sobre o amor.” (CIC 1022) Para que serve a nossa vida? Como devemos viver? Para os tolos, a “vida é um divertimento e nossa existência um mercado lucrativo…” (Sb 15,12). E para os sábios, a vida é o quê? Em poucas palavras, podemos responder assim: a vida é conhecer, amar e servir a Deus. “Pois se o homem existe, é porque Deus o criou por amor e, por amor, não cessa de dar-lhe o ser, e o homem só vive plenamente, segundo a verdade, se reconhecer livremente este amor e se entregar ao seu Criador.” (CIC 27) Vamos lá? Olhemos para Cristo Crucificado e reconheçamos o amor de Deus por nós e nos entreguemos a esse amor. E assim, poderemos viver a nossa vida de maneira sábia, gastando-a em conhecer, amar e servir ao nosso Criador, que podemos chamá-lo de Pai! Nossa Senhora de Anguera, socorrei-nos! Grupo Mensageiros de Nossa Senhora de Anguera! Rezar pedindo a sabedoria que vem de Deus Paz e Bem! Vamos a nossa meditação de hoje: Livro de Sabedoria, capítulo 9. Convido a você, se possível, acompanhar a leitura com a sua Bíblia, de preferência a versão Ave-Maria. O Rei Salomão reza pedindo a Deus sabedoria. No primeiro versículo, Salomão reconhece que Deus é Senhor de Misericórdia e que sua palavra tem poder de criar tudo, reconhece que “qualquer homem, mesmo sendo perfeito, entre os homens, não será nada, se lhe falta a Sabedoria” que vem de Deus (vide Sb 9,6). Por que Salomão pede a sabedoria? Ele pede a mesma para ter condições de governar o povo com justiça e com retidão, sobretudo governar de acordo com a vontade divina. Deus o escolheu para ser rei perante seu povo e ele sabia que era uma tarefa difícil. Salomão poderia ter pedido qualquer coisa, mas o que pediu foi a sabedoria que vem do trono de Deus (conforme Sb 9,4). Irmãos, devemos entender que, se queremos agradar a Deus, precisamos conhecer suas intenções. Salomão, em sua oração, proferiu a seguinte verdade: “Quem conhece vossas intenções, se vós não lhe dais sabedoria, e se do mais alto dos Céus vós não lhe enviais o Espírito Santo?” (Sb 9,17) Então, o que estamos esperando? Vamos também fazer o que fez Salomão. Vamos atender ao pedido de Nossa Senhora de Anguera: “Pedi antes de tudo o Espírito Santo, pois quem tem o Espírito Santo tem tudo.” (trecho da Mensagem nº 855, de 29/09/1994). Quem tem o Espírito Santo, tem tudo, inclusive, a sabedoria. Nossa Senhora de Anguera, socorrei-nos! Grupo Mensageiros de Nossa Senhora de Anguera. Doutrina de Salomão sobre a sabedoria Vamos meditar os capítulos 7 e 8 do Livro de Sabedoria, examinando a doutrina de Salomão sobre a sabedoria. Primeiramente, vemos que Salomão reconhece que é uma pessoa como outra qualquer, não tem diferença dele para as outras pessoas. O que ele conseguiu das mãos de Deus, ele deixa claro que qualquer um pode também desde que obedeça ao Senhor. “Eu também, desde meu nascimento, respirei o ar comum; eu caí, da mesma maneira que todos, sobre a mesma terra, e, como todos, nos mesmos prantos soltei o primeiro grito.” (Sabedoria 7,3) Mas, então, Salomão diz que que todos os reis nascem da mesma forma. O diferencial dele para os outros reis e para as outras pessoas é que ele implorou pela inteligência. Ele pediu a Deus. Observemos que ele preferiu a sabedoria do que a riqueza e a glória terrena, tendo em vista que ele avaliou a riqueza como um nada perto da sabedoria. Irmãos, Salomão amou a sabedoria mais que a própria saúde, mais do que a própria beleza, ele a aproveitou mais que a claridade do sol; ou seja, ele usou-a em todos os momentos de sua vida. E ele explica o motivo, porque se utilizou tanto da sabedoria. “Eu a amei mais do que a própria a saúde e a própria beleza, e gozei dela mais do que a claridade do sol, porque a claridade que dela emana jamais se extingue”. (Sb 7, 10) Com a sabedoria que Deus deu a Salomão, este obteve muitas riquezas e, com tudo que ele conseguiu, alegrou-se, porque era a sabedoria que o guiava. Agora, observe bem: Ele a estudou lealmente. Isso quer dizer que ele nunca parou de buscar a sabedoria e tudo que ele aprendeu, ele reparte sem se engrandecer sem ter inveja! E faz uma grande revelação: “Ela é para os homens um tesouro inesgotável; e os que a adquirem, preparam-se para se tornar amigos de Deus.” (Sb 7, 14) Mas que amizade é essa? Será que é uma amizade qualquer? Não! É uma amizade íntima, pois Deus revelará coisas que só quem é sábio, no Espírito Santo, poderá compreender. Salomão reconhece que tudo está nas mãos de Deus, a nossa inteligência, os discursos, a verdadeira ciência.. enfim, tudo! Das riquezas que traz a sabedoria, uma delas é a imortalidade. “Por meio dela obterei a imortalidade.” (Sb 8,13) Estão lembrados das palavras daquele que é a personificação da Sabedoria, Nosso Senhor Jesus Cristo? Ele disse: “Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá jamais a morte.” (Jo 8,51). Nosso Senhor promete a vida eterna (cf. 1Jo 2,25). Vamos fazer como Salomão? Vide Sabedoria 8,9. Tomar a sabedoria por companheira de nossas vidas, cuidando para que ela seja para nós uma boa conselheira? A sabedoria é “um sopro do poder de Deus, uma irradiação límpida da glória do Todo-poderoso; uma efusão da luz eterna.” (conforme Sb 7,25-26). Salomão termina dizendo que ela é “dom de Deus” (Sb 8,21) Vamos ter sede da sabedoria e pedi-la? “Se alguém de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus – que a todos dá liberalmente, com simplicidade e sem recriminação – e será lhe dada.” (Carta de São Tiago 1,5) Quem necessita, pede e quem pede recebe. Grupo Mensageiros de Nossa Senhora de Anguera! Exortação sabedoria para desejar a Estamos agora no capítulo 6 do Livro de Sabedoria. Eis o desejo de Deus: “Ansiai, pois, pelas minhas palavras, reclamai-as ardentemente e sereis instruídos.” (Sb 6,11). Deus quer que tenhamos fome de Sua Palavra contida nas Sagradas Escrituras, pois “elas têm o condão de te proporcionar a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em Jesus Cristo.” (2Tm 3,15) Sabedoria! Eis o que precisamos. Que sabedoria é essa? Sabedoria que conduz à salvação, pela fé em Jesus Cristo. Onde encontramos? Nas Sagradas Escrituras. Aos lermos nos versículos 17 a 20 do capítulo que estamos estudando, percebemos o que foi dito acima. Deus inspirou aos autores sagrados a escreverem com o desejo de nos instruir, de nos dar a sabedoria. Saber viver segundo a vontade de Deus é o que a Bíblia quer nos ensinar. E quem passa a amar a sabedoria contida na Bíblia começa a obedecer à suas leis “e obedecer às suas leis é a garantia da imortalidade. Ora, a imortalidade faz habitar junto de Deus; assim o desejo da sabedoria conduz ao Reino!” Como católicos, não podemos esquecer o seguinte: “A fé cristã não é uma ‘religião do Livro’. O Cristianismo é a religião da ‘Palavra’ de Deus, ‘não de uma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo’. Para que as Escrituras não permaneçam letra morta, é preciso que Cristo, Palavra eterna de Deus vivo, pelo Espírito Santo nos ‘abra o espírito à compreensão das Escrituras’”. (Catecismo da Igreja Católica -CIC 108) “Deixai-vos, pois, instruir por minhas palavras, e nelas encontrareis grande proveito.” (Sb 6,25) “É tão grande o poder e a eficácia encerrados na Palavra de Deus, que ela constitui sustentáculo e vigor para a Igreja, e, para seus filhos, firmeza da fé, alimento da alma, pura e perene fonte da vida espiritual.” (CIC 131) Grupo Mensageiros de Nossa Senhora de Anguera. O sofrimento causado perseguição dos ímpios Leitura do Livro de Sabedoria, capítulo 5. pela Nessa leitura, vemos que os ímpios perseguiram e julgaram falsamente o povo de Deus, fazendo que eles sofressem uma pena injusta. Os ímpios acreditavam que os justos estavam condenados; porém, Deus apareceu fazendo justiça e a realidade que os ímpios imaginaram foi totalmente oposta aos seus pensamentos. Essa realidade acontece sempre com quem procura servir a Deus de maneira correta. São inúmeras perseguições, muitas dificuldades e muito sofrimento, mas Deus está a velar por seu povo. “Então, com grande confiança o justo se levantará em face dos que o perseguiram e zombaram dos seus males aqui embaixo.” (Sb 5, 1). Por causa da Palavra de Deus, seremos perseguidos e maltratados pelos ímpios. Não se espante quando lhe caluniarem e contarem grandes mentiras ao vosso respeito. Não adianta achar que não, mas todos os que procuram servir a Deus serão perseguidos, mas Deus estará com o povo dele e dará vitória! Por que então acontece tudo isso? No mesmo Livro de Sabedoria, no capítulo 2, versículo 12, está escrito: “Cerquemos o justo, porque ele nos incomoda; é contrário às nossas ações …” Nesse versículo e nos seguintes (13 a 22), do referido capítulo, vemos a resposta à pergunta. Vemos o porquê do sofrimento que passam os justos ao serem perseguidos pelos ímpios. “Eles [os ímpios] desconhecem os segredos de Deus, não esperam que a santidade seja recompensada, e não acreditam na glorificação das almas puras.” (Sb 2,22) Mas diante do sofrimento devemos ter uma postura firme e entender que o sofrimento e as dificuldades nunca devem ser encaradas como um castigo ou uma punição vinda da parte de Deus, o sofrimento deve ser visto como um caminho de cura, purificação, amadurecimento espiritual e a chave que abre o caminho para o entendimento que sem Deus, não somos e nunca seremos nada! Em um trecho da mensagem nº 1096, Nossa Senhora nos diz: “Queridos filhos: Enfrentai com coragem as provações e todas as dificuldades do vosso dia a dia. Tende paciência e entregai ao Senhor a vossa vida! Somente Ele é o vosso Senhor e Salvador.” E na mensagem de nº 1159, Ela nos diz assim: “Mesmo nas horas de prova permanecei firmes. É exatamente aí que deveis mostrar que sois homens e mulheres de fé. Acreditai firmemente que tudo passará, mas o amor de Deus permanecerá convosco.” Queridos, conforme Sb 5,14-15, a esperança do ímpio é igual a poeira que se levanta com o vento e que logo em seguida é dissipada, é como a espuma que que segue por diversos caminhos em meio a tempestade, mas os que vivem no Senhor a sua esperança é como a casa fincada na rocha que por maior que seja a tempestade nunca será abalada. Então vamos pedir a Deus e a Nossa Senhora que nos ajude a viver o nosso sofrimento e as nossas dificuldades com alegria, fé, coragem e esperança! Grupo Mensageiros de Nossa Senhora de Anguera. Diferente sorte dos justos e dos ímpios Vamos meditar os capítulos 3 e 4 do Livro de Sabedoria, que falam sobre o destino dos bons (os justos) e dos maus (os ímpios). Ambos terão o mesmo fim? Não! Não terão! Isso nos faz lembrar da parábola do rico e do pobre Lázaro (Lc 16,19-31) contada por Nosso Senhor Jesus Cristo. Ambos morreram, mas tiveram destinos diferentes. A alma do rico foi para o Inferno, enquanto a do pobre Lázaro foi para o Céu. Voltando ao texto do Livro de Sabedoria. Vamos ver a diferença entre os justos e os ímpios, sob o aspecto da esperança. A esperança dos justos é portadora de imortalidade (versículo 4), já a dos ímpios é vã (versículo 11). Para melhor entendermos, vejamos o que diz Hb 11,1: “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê.” Os justos têm fé em Deus, daí que sua esperança é a vida eterna, o Céu. Já os ímpios, uma vez que “se separaram do Senhor” (versículo 10), não têm fé em Deus, então, a esperança deles é vã, desprezaram o Céu e acabaram por acolher o Inferno. “Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo […]” (Hb 9,27), precisamos parar para pensarmos sobre a nossa vida. O que estamos fazendo com a vida que Deus nos confiou? Quais são as nossas obras? Pois, em Ap 20, 12-13, o julgamento será segundo as nossas obras. Tenhamos fé e esperança em Jesus. Ele é a videira e nós somos os ramos. Unidos a Ele poderemos dar frutos (conforme Jo 15,1-8). Não separemos Dele, pois, como um galho que se separa do tronco e acaba secando, e seco é lançado ao fogo, bem assim acontecerá com cada um que insiste em ficar longe da Árvore da Vida (vide Ap 22,14): não terá o destino do pobre Lázaro e sim o do rico. Nossa Senhora de Anguera, socorrei-nos! Grupo Mensageiros de Nossa Senhora de Anguera.