Abertura à misericórdia e à sabedoria e à confissão de nossas

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Abertura à misericórdia e à
sabedoria e à confissão de
nossas misérias e pecados
Estamos agora no capítulo 4 do Livro do Eclesiástico. “... não
recuses tua esmola àquele que está na miséria.” (versículo 3).
Dos versículos 1 a 11, o tema abordado é a misericórdia para
com o pobre.
Lembramos aqui das palavras: “Quem possuir bens deste mundo e
vir o seu irmão sofrer necessidade, mas lhe fechar o coração,
como pode estar nele o amor de Deus?” (1 João 3,17). Eis o
convite, eis o chamado: abrirmos ao amor de Deus, para que, em
atos, amarmos os nossos irmãos, socorrendo aqueles que estão
na miséria e que estão ao nosso alcance.
Continuando a nossa leitura pelo capítulo 4, deparamos agora,
nos versículos 12 a 22, com o amor à sabedoria. “A sabedoria
inspira a vida aos seus filhos …” (versículo 12). A vida aqui
é vida em abundância, vida eterna, como falou Nosso Senhor
Jesus Cristo em João 10,10. Ele é a própria Sabedoria!
Terminamos a nossa jornada com os versículos 23 a 36. Aqui
encontramos sábios conselhos, como este: “Não te envergonhes
de confessar os teus pecados …” (versículo 31). Nós podemos
lembrar de quê? Quem é católico vai se lembrar! É o sacramento
da Penitência, também conhecido como sacramento da
Confissão. Veja o que diz a Igreja, no Catecismo: “Aqueles que
se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia
divina o perdão da ofensa a Deus e ao mesmo tempo são
reconciliados com a Igreja que feriram pecando, e a qual
colabora para sua conversão com caridade, exemplo e orações.”
(CIC 1422) Também trazemos agora as palavras de Nossa Senhora
de Angüera: “Aproximai-vos do confessionário! Ide ao encontro
da graça. Confessai-vos e não escondais os vossos pecados!
Esforçai-vos para viverdes na graça de Deus!” (trecho da
Mensagem nº 1041, de 05/12/95 )
Percebem que riqueza é a leitura e a meditação da Palavra de
Deus? Só lendo um capítulo, passeando por ele, somos chamados
ao amor aos pobres (a caridade), a não desprezarmos a
Sabedoria Divina (geradora de vida) e, por fim, como dito
acima, a não nos envergonhamos da nossa condição de pecadores
e buscarmos o remédio: a Confissão sacramental (disponível na
Igreja Católica).
Até o nosso próximo encontro com o capítulo 5. Não percam!
Grupo Mensageiros de Nossa Senhora de Anguera.
Piedade
filial,
doçura,
humildade e bondade, sim.
Dureza,
duplicidade
de
coração, não!
“Humilha teu coração espera com paciência, dá ouvidos e acolhe
as palavras de sabedoria.” (Eclesiástico 2,2)
Paz e Bem a todos! E assim começamos a leitura do capítulo 3,
do Livro do Eclesiástico. O que colocamos aqui não é para
apenas ser lido, mas ouvido e acolhido. Peçamos a Deus que,
pela intercessão de Nossa Senhora, possamos assim fazer. Por
que devemos ouvir e acolher?
“A fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça.”
(Eclo 2,3)
Nesse capítulo, o Eclesiástico fala da piedade filial. Aqui
vemos uma menção clara a Nossa Senhora. Os filhos de Deus
(“filhos da sabedoria”) são os que compõem o seu povo e o novo
que o versículo fala é Jesus Cristo, pois somente Ele é Amor e
Obediência. O Eclesiástico recomenda que o sigamos para sermos
salvos!
Também deixa bem claro para todos nós que Ele (Deus) “quis
honrar os pais pelos filhos e cuidadosamente fortaleceu a
autoridade da mãe sobre eles.” Quem é essa mãe?
“Quem honra sua mãe é semelhante àquele que acumula um
tesouro.” (Eclo 3,5)
Aquele que teme ao Senhor honra pai e mãe (conforme Eclo
3,8). Aqui vemos novamente falar de pai e de mãe, mas agora
fala dos pais terrenos; ou seja, o Eclesiástico faz alusão aos
dez mandamentos, dentre os quais, está esse. E fala que o
filho que cumpre esse mandamento será abençoado e a presença
de Deus estará com ele até o último dia. O Eclesiástico, em
sua sabedoria vinda do Céu, faz um pedido aos filhos:
“Meu filho, ajuda a velhice de teu pai, não o desgoste durante
a sua vida.” (Eclesiastico 3, 14).
Aqui o autor fala que toda caridade feita aos pais não será
esquecida por Deus (versículo 15) e os filhos serão
recompensados por isso (versículo 16), tendo a casa próspera
na justiça! (versículo 17) Mas quem não faz isso, será
penalizado por Deus! (versículo 18)
Mais a diante, o Eclesiástico fala da doçura e humildade,
sabemos que esses são os primeiros passos para se caminhar
nessa terra e caminhar rumo ao Céu. E quanto maior for a
posição que ocupes em alguma coisa, mais te humilharás em
tudo. Por que ele fala isso? Porque o que nos levará ao Céu
serão as nossas obras diante de Deus, pois tudo nessa terra
passa e os altos cargos também! Não se preocupe em lembrar,
marcar ou saber a quantidade de suas obras, porque isso é
vaidade. O homem, dócil e humilde às coisas de Deus, achará
misericórdia Nele.
Em outra parte, o Eclesiástico fala da dureza de coração e sua
duplicidade. O que fala com isso? Ele fala que um coração
duro, maldoso não triunfará em seus caminhos e corromperá a
alma, fazendo que ele fique cheio de tristeza, pois são nesses
corações que se enraíza o caule do pecado. O coração do sábio
se afasta do pecado e através dele se manifesta as obras da
justiça.
Para terminar a bondade com os infelizes é uma coisa difícil
para muitos. A caridade enfrenta o pecado e aquele que faz
obras de misericórdia tem o olhar de Deus voltado para ele e,
no dia da sua infelicidade, em Deus achará seu apoio.
Grupo Mensageiros de Nossa Senhora de Anguera!
Origem
impenetrável
sabedoria
da
Continuando o estudo bíblico, damos sequência, iniciando o
Livro do Eclesiástico. Hoje no capítulo primeiro, vamos saber
a origem impenetrável da sabedoria. O Eclesiástico nos fala
que toda a sabedoria vem de Deus, a mesma estava sempre com
Ele e foi através dela que tudo foi criado.
“O verbo de Deus nos Céus é fonte de sabedoria, seus caminhos
são mandamentos eternos.” (Eclesiástico 1,5)
Até aí, tudo bem, mas como obter essa sabedoria? Qual o
caminho a seguir para chegar até ela? O Eclesiástico também
nos ensina! E é uma coisa simples de se alcançar, é uma coisa
que muitos têm desprezado.
É o TEMOR AO SENHOR! É isso mesmo!!! Temor ao Senhor. Temer a
Deus é fonte de alegria, é regozijo e longa vida. Quem teme
obedece, e obedecendo a Deus, segue fielmente seus mandamentos
e com isso ganha a vida eterna!
“O temor ao Senhor é a plenitude da Sabedoria, a plenitude de
seus frutos, (para aquele que possuir).” (Eclesiástico 1,20)
Amados. o temor ao Senhor é a plenitude da vida, concedendo a
quem a tem, dando a plenitude da paz e frutos de salvação,
distribuindo a ciência e a prudência. Não se enganem, meus
amados irmãos. A ciência e a religião estão no tesouro da
sabedoria e é dom de Deus também! No Salmo 24, 14, o salmista
Davi fala que o Senhor se torna íntimo dos que o temem, e lhes
manifesta a sua aliança. Com isso, Davi nos fala que, quem
teme a Deus de todo o coração, a cada dia Deus se aproxima
mais e mais e a sua misericórdia se estende por toda a vida.
Isso que estamos falando está no Evangelho de São Lucas, no
capítulo 1, 50.
“Sua Misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os
que o temem.” (Lucas 1, 50)
Irmãos, o temor a Deus expulsa o pecado, é fidelidade, doçura
e encherá o celeiro dos que a possuem. Em conclusão: observar
os preceitos de Deus e o temor a Ele é o dever de todo homem,
pois o homem de bom senso guarda a suas palavras (Eclesiastes
12,13 e Eclesiástico 1, 30).
E no final, o Eclesiástico nos dá um ensinamento valioso: “Não
sejas rebelde ao temor do Senhor, não vás a Ele com um coração
fingido.” (Eclesiástico 1, 36)
Grupo Mensageiros de Nossa Senhora de Anguera.
O papel
História
da
Sabedoria
na
Vamos encerrar o estudo sobre o Livro de Sabedoria, com a
meditação sobre os capítulos restantes: 10 a 19. Nos capítulos
anteriores (1 a 9), vimos o que é a Sabedoria ao ponto de a
desejarmos e orarmos a Deus, pedindo por ela.
Agora, vamos ver o papel da Sabedoria na história.
Basicamente, é o seguinte: quais os efeitos da presença e da
ausência da Sabedoria Divina, sobretudo, na vida humana?
Para entendermos melhor, vamos inicialmente trazer um
comentário extraído da Bíblia Ave-Maria: “O autor refere-se à
Sabedoria, envolvendo-a num atributo divino personificado: uma
pessoa que pensa, que fala e que age. É Ela que criou o mundo
e que, como conselheira de Deus, dirige, providencialmente, o
universo inteiro.”
Então, lendo os capítulos 10 a 12, vemos a ação da Sabedoria
Divina na vida dos justos (Noé, Abraão, Ló, José, Moisés) e na
vida do povo de Deus. E essa Sabedoria Divina pode tudo? No
versículo 21, do capítulo 11 está a resposta: “Sempre vos é
possível mostrar vosso poder imenso, e quem poderá resistir à
força de vosso braço?” Tem mais: “Tendes compaixão de todos,
porque vós podeis tudo.” (Sb 11,23)
Compaixão! Misericórdia! Aqui podemos já lembrarmos de NOSSO
SENHOR JESUS CRISTO. Ele é a Misericórdia de Deus. Quando
falamos em Misericórdia Divina, estamos falando em Jesus, o
Filho Único de Deus. Toda a Bíblia fala de Jesus. Podemos,
então, pensar que a Sabedoria Divina é o próprio Jesus, o
Verbo de Deus que iria se encarnar no seio da Virgem
Santíssima Maria? Veremos!
Continuemos! Vejamos essas palavras: “Vosso espírito
incorruptível está em todos. É por isso que castigais com
brandura aqueles que caem, e os advertis mostrando-lhes em que
pecam, a fim de que rejeitem sua malícia e creiam em vós,
Senhor.” (Sb 12,1-2) E mais: “… castigando-os pouco a pouco,
dáveis tempo para o arrependimento.” (Sb 12,10)
Poder e misericórdia! “Senhor de vossa força, julgais com
bondade, e nos governais com grande indulgência, porque sempre
vos é possível empregar vosso poder, quando quiserdes.” (Sb
12,18) “… tudo governais com misericórdia.” (Sb 15,1)
Lembremos de que “Cristo crucificado é ‘poder de Deus e
sabedoria de Deus. Pois o que é loucura de Deus é mais sábio
do que os homens, e o que é fraqueza de Deus é mais forte dos
que os homens’ (1Cor 1,25). Foi na Ressurreição e na exaltação
de Cristo que o Pai ‘desdobrou o vigor de sua força’ e
manifestou ‘que extraordinária grandeza reveste seu poder para
nós, o que cremos’ (Ef 1,19-22)” (CIC 272)
O próprio Catecismo da Igreja Católica, como vimos acima,
aponta, com base nas Escrituras Sagradas, que é Cristo
Crucificado é “poder de Deus e sabedoria de Deus”. São os
atributos de Deus. Deus é todo-poderoso e Ele é sábio. E Ele
“revelou sua onipotência da maneira mais misteriosa no
rebaixamento voluntário e na Ressurreição de seu Filho, pelos
quais venceu o mal.” (CIC 272)
Depois disso tudo, qual deve ser nossa atitude? A resposta
está em Sb 12,19: “… inspirastes a vossos filhos a boa
esperança …“. É isso: ESPERANÇA. “A esperança é o aguardar
confiante da bênção divina e da visão beatífica de Deus.” (CIC
2090)
Podemos esperar em Deus. Podemos esperar em Seu poder, em Sua
sabedoria, em sua Misericórdia. Para termos esperança,
precisamos ter fé. Precisamos acreditar que “Deus está no
controle de tudo” (trecho da mensagem de Nossa Senhora de
Anguera, de nº 3.578).
“Parai – disse ele – e reconhecei que sou Deus; que domino
sobre as nações e sobre a terra.” (Salmo 45,11). É o que a
Sabedoria Divina quer fazer em nós. É o efeito de sua presença
em nossas vidas. Que efeito? A graça de reconhecer a Deus em
todas as coisas e proclamar com fé: “Sabemos que, para os que
amam a Deus, tudo concorre para o bem.” (Rm 8,28) (CIC 313)
Isso é ser sábio aos olhos de Deus. Essa é sabedoria que Deus
dá a seus filhos, em Nome de Jesus, pela ação do Espírito
Santo!
E aqueles que não são sábios aos olhos de Deus? Esses são
insensatos, como diz Sb 13,1: “São insensatos por natureza
todos os que desconheceram a Deus e, através dos bens
visíveis, não souberam conhecer aquele que é, nem reconhecer o
artista, considerando suas obras.” Lembramos de quem nos dias
de hoje? Lembramos dos que orgulhosamente se declaram ateus.
Tem mais. Os efeitos da ausência de sabedoria são terríveis.
“Como se não bastasse terem errado acerca do conhecimento de
Deus, embora passando a vida numa longa luta de ignorância,
eles dão o nome de paz a um estado tão infeliz.” (Sb 14,22)
Vejam que cegueira espiritual. Vivem em pecado (conforme Sb
14,23-27), fazendo, portanto, toda espécie de mal, e se acham
em paz.
Mas eis o alerta para esses obreiros perversos: “... ainda há
pouco, nasceu da terra, e em breve voltará a ela, de onde foi
tirado, quando lhe serão pedidas as contas de sua vida.” (Sb
15,8) Todos nós seremos julgados. “No entardecer de nossa
vida, seremos julgados sobre o amor.” (CIC 1022)
Para que serve a nossa vida? Como devemos viver? Para os
tolos, a “vida é um divertimento e nossa existência um mercado
lucrativo…” (Sb 15,12). E para os sábios, a vida é o quê? Em
poucas palavras, podemos responder assim: a vida é conhecer,
amar e servir a Deus. “Pois se o homem existe, é porque Deus o
criou por amor e, por amor, não cessa de dar-lhe o ser, e o
homem só vive plenamente, segundo a verdade, se reconhecer
livremente este amor e se entregar ao seu Criador.” (CIC 27)
Vamos lá? Olhemos para Cristo Crucificado e reconheçamos o
amor de Deus por nós e nos entreguemos a esse amor. E assim,
poderemos viver a nossa vida de maneira sábia, gastando-a em
conhecer, amar e servir ao nosso Criador, que podemos chamá-lo
de Pai!
Nossa Senhora de Anguera, socorrei-nos!
Grupo Mensageiros de Nossa Senhora de Anguera!
Rezar pedindo a sabedoria que
vem de Deus
Paz e Bem!
Vamos a nossa meditação de hoje: Livro de Sabedoria, capítulo
9. Convido a você, se possível, acompanhar a leitura com a sua
Bíblia, de preferência a versão Ave-Maria.
O Rei Salomão reza pedindo a Deus sabedoria. No primeiro
versículo, Salomão reconhece que Deus é Senhor de Misericórdia
e que sua palavra tem poder de criar tudo, reconhece que
“qualquer homem, mesmo sendo perfeito, entre os homens, não
será nada, se lhe falta a Sabedoria” que vem de Deus (vide Sb
9,6).
Por que Salomão pede a sabedoria? Ele pede a mesma para ter
condições de governar o povo com justiça e com retidão,
sobretudo governar de acordo com a vontade divina. Deus o
escolheu para ser rei perante seu povo e ele sabia que era uma
tarefa difícil. Salomão poderia ter pedido qualquer coisa, mas
o que pediu foi a sabedoria que vem do trono de Deus (conforme
Sb 9,4).
Irmãos, devemos entender que, se queremos agradar a Deus,
precisamos conhecer suas intenções. Salomão, em sua oração,
proferiu a seguinte verdade: “Quem conhece vossas intenções,
se vós não lhe dais sabedoria, e se do mais alto dos Céus vós
não lhe enviais o Espírito Santo?” (Sb 9,17) Então, o que
estamos esperando? Vamos também fazer o que fez Salomão. Vamos
atender ao pedido de Nossa Senhora de Anguera: “Pedi antes de
tudo o Espírito Santo, pois quem tem o Espírito Santo tem
tudo.” (trecho da Mensagem nº 855, de 29/09/1994). Quem tem o
Espírito Santo, tem tudo, inclusive, a sabedoria.
Nossa Senhora de Anguera, socorrei-nos!
Grupo Mensageiros de Nossa Senhora de Anguera.
Doutrina de Salomão sobre a
sabedoria
Vamos meditar os capítulos 7 e 8 do Livro de Sabedoria,
examinando a doutrina de Salomão sobre a sabedoria.
Primeiramente, vemos que Salomão reconhece que é uma pessoa
como outra qualquer, não tem diferença dele para as outras
pessoas. O que ele conseguiu das mãos de Deus, ele deixa claro
que qualquer um pode também desde que obedeça ao Senhor.
“Eu também, desde meu nascimento, respirei o ar comum; eu caí,
da mesma maneira que todos, sobre a mesma terra, e, como
todos, nos mesmos prantos soltei o primeiro grito.” (Sabedoria
7,3)
Mas, então, Salomão diz que que todos os reis nascem da mesma
forma. O diferencial dele para os outros reis e para as outras
pessoas é que ele implorou pela inteligência. Ele pediu a
Deus. Observemos que ele preferiu a sabedoria do que a riqueza
e a glória terrena, tendo em vista que ele avaliou a riqueza
como um nada perto da sabedoria. Irmãos, Salomão amou a
sabedoria mais que a própria saúde, mais do que a própria
beleza, ele a aproveitou mais que a claridade do sol; ou seja,
ele usou-a em todos os momentos de sua vida. E ele explica o
motivo, porque se utilizou tanto da sabedoria.
“Eu a amei mais do que a própria a saúde e a própria beleza, e
gozei dela mais do que a claridade do sol, porque a claridade
que dela emana jamais se extingue”. (Sb 7, 10)
Com a sabedoria que Deus deu a Salomão, este obteve muitas
riquezas e, com tudo que ele conseguiu, alegrou-se, porque era
a sabedoria que o guiava. Agora, observe bem: Ele a estudou
lealmente. Isso quer dizer que ele nunca parou de buscar a
sabedoria e tudo que ele aprendeu,
ele reparte sem se
engrandecer sem ter inveja! E faz uma grande revelação: “Ela é
para os homens um tesouro inesgotável; e os que a adquirem,
preparam-se para se tornar amigos de Deus.” (Sb 7, 14)
Mas que amizade é essa? Será que é uma amizade qualquer? Não!
É uma amizade íntima, pois Deus revelará coisas que só quem é
sábio, no Espírito Santo, poderá compreender. Salomão
reconhece que tudo está nas mãos de Deus, a nossa
inteligência, os discursos, a verdadeira ciência.. enfim,
tudo!
Das riquezas que traz a sabedoria, uma delas é a imortalidade.
“Por meio dela obterei a imortalidade.” (Sb 8,13) Estão
lembrados das palavras daquele que é a personificação da
Sabedoria, Nosso Senhor Jesus Cristo? Ele disse: “Em verdade,
em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não
verá jamais a morte.” (Jo 8,51). Nosso Senhor promete a vida
eterna (cf. 1Jo 2,25).
Vamos fazer como Salomão? Vide Sabedoria 8,9. Tomar a
sabedoria por companheira de nossas vidas, cuidando para que
ela seja para nós uma boa conselheira?
A sabedoria é “um sopro do poder de Deus, uma irradiação
límpida da glória do Todo-poderoso; uma efusão da luz eterna.”
(conforme Sb 7,25-26). Salomão termina dizendo que ela é “dom
de Deus” (Sb 8,21)
Vamos ter sede da sabedoria e pedi-la? “Se alguém de vós
necessita de sabedoria, peça-a a Deus – que a todos dá
liberalmente, com simplicidade e sem recriminação – e será lhe
dada.” (Carta de São Tiago 1,5) Quem necessita, pede e quem
pede recebe.
Grupo Mensageiros de Nossa Senhora de Anguera!
Exortação
sabedoria
para
desejar
a
Estamos agora no capítulo 6 do Livro de Sabedoria. Eis o
desejo de Deus: “Ansiai, pois, pelas minhas palavras,
reclamai-as ardentemente e sereis instruídos.” (Sb 6,11).
Deus quer que tenhamos fome de Sua Palavra contida nas
Sagradas Escrituras, pois “elas têm o condão de te
proporcionar a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em
Jesus Cristo.” (2Tm 3,15)
Sabedoria! Eis o que precisamos. Que sabedoria é essa?
Sabedoria que conduz à salvação, pela fé em Jesus Cristo. Onde
encontramos? Nas Sagradas Escrituras.
Aos lermos nos versículos 17 a 20 do capítulo que estamos
estudando, percebemos o que foi dito acima. Deus inspirou aos
autores sagrados a escreverem com o desejo de nos instruir, de
nos dar a sabedoria. Saber viver segundo a vontade de Deus é o
que a Bíblia quer nos ensinar. E quem passa a amar a sabedoria
contida na Bíblia começa a obedecer à suas leis “e obedecer às
suas leis é a garantia da imortalidade. Ora, a imortalidade
faz habitar junto de Deus; assim o desejo da sabedoria conduz
ao Reino!”
Como católicos, não podemos esquecer o seguinte: “A fé cristã
não é uma ‘religião do Livro’. O Cristianismo é a religião da
‘Palavra’ de Deus, ‘não de uma palavra escrita e muda, mas do
Verbo encarnado e vivo’. Para que as Escrituras não permaneçam
letra morta, é preciso que Cristo, Palavra eterna de Deus
vivo, pelo Espírito Santo nos ‘abra o espírito à compreensão
das Escrituras’”. (Catecismo da Igreja Católica -CIC 108)
“Deixai-vos, pois, instruir por minhas palavras, e nelas
encontrareis grande proveito.” (Sb 6,25) “É tão grande o poder
e a eficácia encerrados na Palavra de Deus, que ela constitui
sustentáculo e vigor para a Igreja, e, para seus filhos,
firmeza da fé, alimento da alma, pura e perene fonte da vida
espiritual.” (CIC 131)
Grupo Mensageiros de Nossa Senhora de Anguera.
O sofrimento causado
perseguição dos ímpios
Leitura do Livro de Sabedoria, capítulo 5.
pela
Nessa leitura, vemos que os ímpios perseguiram e julgaram
falsamente o povo de Deus, fazendo que eles sofressem uma pena
injusta. Os ímpios acreditavam que os justos estavam
condenados; porém, Deus apareceu fazendo justiça e a realidade
que os ímpios imaginaram foi totalmente oposta aos seus
pensamentos.
Essa realidade acontece sempre com quem procura servir a Deus
de maneira correta. São inúmeras perseguições, muitas
dificuldades e muito sofrimento, mas Deus está a velar por seu
povo.
“Então, com grande confiança o justo se levantará em face dos
que o perseguiram e zombaram dos seus males aqui embaixo.” (Sb
5, 1).
Por causa da Palavra de Deus, seremos perseguidos e
maltratados pelos ímpios. Não se espante quando lhe caluniarem
e contarem grandes mentiras ao vosso respeito. Não adianta
achar que não, mas todos os que procuram servir a Deus serão
perseguidos, mas Deus estará com o povo dele e dará vitória!
Por que então acontece tudo isso? No mesmo Livro de Sabedoria,
no capítulo 2, versículo 12, está escrito: “Cerquemos o justo,
porque ele nos incomoda; é contrário às nossas ações …” Nesse
versículo e nos seguintes (13 a 22), do referido capítulo,
vemos a resposta à pergunta. Vemos o porquê do sofrimento que
passam os justos ao serem perseguidos pelos ímpios. “Eles [os
ímpios] desconhecem os segredos de Deus, não esperam que a
santidade seja recompensada, e não acreditam na glorificação
das almas puras.” (Sb 2,22)
Mas diante do sofrimento devemos ter uma postura firme e
entender que o sofrimento e as dificuldades nunca devem ser
encaradas como um castigo ou uma punição vinda da parte de
Deus, o sofrimento deve ser visto como um caminho de cura,
purificação, amadurecimento espiritual e a chave que abre o
caminho para o entendimento que sem Deus, não somos e nunca
seremos nada!
Em um trecho da mensagem nº 1096, Nossa Senhora nos diz:
“Queridos filhos: Enfrentai com coragem as provações e todas
as dificuldades do vosso dia a dia. Tende paciência e entregai
ao Senhor a vossa vida! Somente Ele é o vosso Senhor e
Salvador.”
E na mensagem de nº 1159, Ela nos diz assim: “Mesmo nas horas
de prova permanecei firmes. É exatamente aí que deveis mostrar
que sois homens e mulheres de fé. Acreditai firmemente que
tudo passará, mas o amor de Deus permanecerá convosco.”
Queridos, conforme Sb 5,14-15, a esperança do ímpio é igual a
poeira que se levanta com o vento e que logo em seguida é
dissipada, é como a espuma que que segue por diversos caminhos
em meio a tempestade, mas os que vivem no Senhor a sua
esperança é como a casa fincada na rocha que por maior que
seja a tempestade nunca será abalada.
Então vamos pedir a Deus e a Nossa Senhora que nos ajude a
viver o nosso sofrimento e as nossas dificuldades com alegria,
fé, coragem e esperança!
Grupo Mensageiros de Nossa Senhora de Anguera.
Diferente sorte dos justos e
dos ímpios
Vamos meditar os capítulos 3 e 4 do Livro de Sabedoria, que
falam sobre o destino dos bons (os justos) e dos maus (os
ímpios). Ambos terão o mesmo fim? Não! Não terão!
Isso nos faz lembrar da parábola do rico e do pobre Lázaro (Lc
16,19-31) contada por Nosso Senhor Jesus Cristo. Ambos
morreram, mas tiveram destinos diferentes. A alma do rico foi
para o Inferno, enquanto a do pobre Lázaro foi para o Céu.
Voltando ao texto do Livro de Sabedoria. Vamos ver a diferença
entre os justos e os ímpios, sob o aspecto da esperança.
A esperança dos justos é portadora de imortalidade (versículo
4), já a dos ímpios é vã (versículo 11). Para melhor
entendermos, vejamos o que diz Hb 11,1: “A fé é o fundamento
da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê.”
Os justos têm fé em Deus, daí que sua esperança é a vida
eterna, o Céu. Já os ímpios, uma vez que “se separaram do
Senhor” (versículo 10), não têm fé em Deus, então, a esperança
deles é vã, desprezaram o Céu e acabaram por acolher o
Inferno.
“Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo
em seguida vem o juízo […]” (Hb 9,27), precisamos parar para
pensarmos sobre a nossa vida. O que estamos fazendo com a vida
que Deus nos confiou? Quais são as nossas obras? Pois, em Ap
20, 12-13, o julgamento será segundo as nossas obras.
Tenhamos fé e esperança em Jesus. Ele é a videira e nós somos
os ramos. Unidos a Ele poderemos dar frutos (conforme Jo
15,1-8). Não separemos Dele, pois, como um galho que se separa
do tronco e acaba secando, e seco é lançado ao fogo, bem assim
acontecerá com cada um que insiste em ficar longe da Árvore da
Vida (vide Ap 22,14): não terá o destino do pobre Lázaro e sim
o do rico.
Nossa Senhora de Anguera, socorrei-nos!
Grupo Mensageiros de Nossa Senhora de Anguera.
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