história p1 i bimestre

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Aluno(a):__________________________________________Nº______
Disciplina: CIÊNCIAS HUMANAS
Professor (a): Barros Antônio Guimarães Dutra
Goiânia, Março de 2017
AVALIAÇÃO DIA 11 DE MARÇO DE 2017
Lista de História
P1. 1º. Bimestre
1ª. Série
01.Cite a divisão da Pré – História.
02. “Já se afirmou ser a Pré-História uma continuidade da História Natural, havendo uma
analogia entre a evolução orgânica e o progresso da cultura”. O que podemos entender como
evolução orgânica e processo de cultura?
03. Examine as três proposições, julgando se são verdadeiras ou falsas. Em seguida, assinale a
alternativa correta.
I. A Pré-História, época compreendida entre o aparecimento do homem sobre a Terra e o uso
da escrita, é dividida tradicionalmente em dois períodos: Paleolítico e Neolítico.
II. A domesticação de animais e o surgimento da agricultura ocorreram apenas após a invenção
da escrita, posterior, portanto, ao Neolítico.
III. A duração do Paleolítico é bem mais extensa que a do Neolítico, envolvendo níveis técnicos
naturalmente mais primitivos.
a) Todas as proposições são verdadeiras.
b) Apenas as proposições I e II são verdadeiras.
c) Apenas as proposições I e III são verdadeiras.
d) Apenas as proposições II e III são verdadeiras.
e) Todas as proposições são falsas.
04. Observando a questão supracitada, transforme a afirmativa falsa em uma assertiva.
05. Sobre a constituição das primeiras estruturas urbanas é correto afirmar:
a) Durante o surgimento das primeiras formações urbanas os homens viviam em cavernas.
b) Nas primeiras formações urbanas apareceram instrumentos rudimentares produzidos pelo
homem.
c) O início das primeiras cidades já indicava um processo de sedentarização do homem,
proporcionado
pela
Revolução
Agrícola.
d) Quando surgiram as primeiras formações urbanas o homem era essencialmente caçador e
coletor.
e) Na formação das primeiras cidades o homem foi ganhando capacidade de agarrar-se em
árvores, tornando-se bípedes.
06. Dê a definição das seguintes terminologias.
A. Nomadismo.
B. Sedentarismo.
C. Politeísmo
D. Monoteísmo.
07. Se compararmos a idade do planeta Terra, avaliada em quatro e meio bilhões de anos
(4,5∙109 anos), com a de uma pessoa de 45 anos, então, quando começaram a florescer os
primeiros vegetais, a Terra já teria 42 anos. Ela só conviveu com o homem moderno nas
últimas quatro horas e, há cerca de uma hora, viu-o começar a plantar e a colher. Há menos de
um minuto percebeu o ruído de máquinas e de indústrias e, como denuncia uma ONG de
defesa do meio ambiente, foi nesses últimos sessenta segundos que se produziu todo o lixo do
planeta!
O texto permite concluir que a agricultura começou a ser praticada há cerca de
a) 365 anos.
b) 460 anos.
c) 900 anos.
d) 10.000 anos.
e) 460.000 anos.
08. (Fuvest 2012) Há cerca de 2000 anos, os sítios superficiais e sem cerâmica dos caçadores
antigos foram substituídos por conjuntos que evidenciam uma forte mudança na tecnologia e
nos hábitos. Ao mesmo tempo que aparecem a cerâmica chamada itararé (no Paraná) ou
taquara (no Rio Grande do Sul) e o consumo de vegetais cultivados, encontram-se novas
estruturas de habitações. Quais seriam as principais mudanças do processo cultural do
homem para intensificação da mudança proposta no texto?
09. (Fuvest 2012) Há cerca de 2000 anos, os sítios superficiais e sem cerâmica dos caçadores
antigos foram substituídos por conjuntos que evidenciam uma forte mudança na tecnologia e
nos hábitos. Ao mesmo tempo que aparecem a cerâmica chamada itararé (no Paraná) ou
taquara (no Rio Grande do Sul) e o consumo de vegetais cultivados, encontram-se novas
estruturas de habitações. André Prous. O Brasil antes dos brasileiros. A pré-história do nosso
país. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 49. Adaptado. O texto associa o desenvolvimento da
agricultura com o da cerâmica entre os habitantes do atual território do Brasil, há 2000 anos.
Isso se deve ao fato de que a agricultura
a) favoreceu a ampliação das trocas comerciais com povos andinos, que dominavam as
técnicas de produção de cerâmica e as transmitiram aos povos guarani.
b) possibilitou que os povos que a praticavam se tornassem sedentários e pudessem
armazenar alimentos, criando a necessidade de fabricação de recipientes para guardá- los.
c) proliferou, sobretudo, entre os povos dos sambaquis, que conciliaram a produção de
objetos de cerâmica com a utilização de conchas e ossos na elaboração de armas e
ferramentas.
d) difundiu-se, originalmente, na ilha de Fernando de Noronha, região de caça e coleta
restritas, o que forçava as populações locais a desenvolver o cultivo de alimentos.
e) era praticada, prioritariamente, por grupos que viviam nas áreas litorâneas e que estavam,
portanto, mais sujeitos a influências culturais de povos residentes fora da América.
10. (UFU-2002) "Todo sistema cultural tem a sua própria lógica e não passa de um ato primário
de etnocentrismo tentar transferir a lógica de um sistema para outro." LARAIA, ROQUE
CULTURA, UM CONCEITO ANTROPOL”GICO, 8. ED, RIO DE JANEIRO JORGE ZAHAR, 1993.
Considerando o texto acima, marque a alternativa correta acerca das afirmações abaixo.
I - As sociedades tribais são tão eficientes para produzir cultura quanto qualquer outra,
mesmo quando não possuem certos recursos culturais presentes em outras culturas.
II - As sociedades selvagens são capazes de produzir cultura, mas estão mal adaptadas ao meio
ambiente e, por isso, algumas nem sequer possuem o Estado.
III - As chamadas sociedades indígenas são dotadas de recursos materiais e simbólicos
eficientes para produzir cultura como qualquer outra, faltando-lhes apenas urna linguagem
própria.
IV - As chamadas sociedades primitivas conseguiram produzir cultura plenamente, ao longo do
processo evolutivo, quando instituíram o Estado e as instituições escolares.
A) I e II estão corretas.
estão corretas.
B) Apenas I estão correta.
C) I e m estão corretas.
D) I e IV
11.Qual fator geográfico possibilitou o desenvolvimento da civilização egípcia na antiguidade?
A - A presença do deserto do Saara que favoreceu o estabelecimento de aldeias na região.
B - A existência de uma densa floresta tropical no nordeste do continente africano.
C - A existência do rio Nilo que possibilitou a prática da agricultura em suas margens, a pesca e
o uso de suas águas para diversas finalidades.
D - O clima subtropical e o alto índice pluviométrico (índice de chuvas) no território egípcio,
favorecendo a agricultura na região.
12. Qual das alternativas abaixo apresenta características da sociedade do Egito Antigo?
A - O poder era concentrado nas mãos do faraó. A sociedade também era composta por
sacerdotes, militares, escribas, comerciantes, artesãos, camponeses e escravos.
B - Os escribas tinham muito poder na sociedade egípcia, mais do que o faraó, pois sabiam ler
e escrever. Os sacerdotes tinham pouca importância social, pois a religião não era muito
valorizada pela sociedade egípcia.
C - A maior parte da sociedade era composta por escravos, que apesar de serem
comercializados como mercadoria tinham vários direitos sociais.
D - O faraó era eleito pelo povo egípcio para um mandato de 4 anos. Nas eleições egípcias
todos podiam participar, menos os escravos e os camponeses.
13. Sobre a religião no Egito Antigo é falso afirmar que:
A - Os egípcios acreditavam na vida após a morte e, por isso, desenvolveram a técnica da
mumificação.
B - Os egípcios não acreditavam na vida após a morte e seguiam uma religião monoteísta
(crença na existência de apenas um deus).
C - Os egípcios acreditavam na existência de vários deuses (religião politeísta).
D - Na religião egípcia muitos animais eram considerados sagrados, como, por exemplo, gato,
jacaré, água, serpente, etc.
14. Na arquitetura do Egito Antigo podemos destacar as pirâmides. Qual era a principal função
das pirâmides?
A - Serviam como residência dos faraós e toda nobreza, por isso eram grandes e luxuosas.
B - Para estocar a produção de grãos e guardar as riquezas do faraó e sua família.
C - Servir de templo religioso, pois nelas eram realizados os rituais egípcios.
D - Proteger e conservar o corpo do faraó mumificado e seus pertences pessoais para a vida
após a morte.
15. Quais os principais legados deixados pela civilização egípcia para a humanidade?
A - Democracia, graças ao sistema político no Egito Antigo (sistema de eleições diretas).
B - Conhecimentos marítimos, em função da construção de grandes embarcações capazes de
navegar por todos os oceanos.
C - Importantes técnicas de Mecânica, graças à criação de diversas máquinas movidas à vapor.
D - Conhecimentos na área da Medicina (graças à mumificação), desenvolvimento de técnicas
de Arquitetura com uso da Matemática (graças à construção de pirâmides).
16. Estabeleça abaixo as principais formas dos deuses do Egito.
17. Cite abaixo as principais atribuições do Faraó no Egito Antigo.
18. FUND. CARLOS CHAGAS) No Novo Império Egípcio (1580 - 525 a. C.), a revolução
promovida por Amenófis IV (também chamado Akhnaton) teve grande significado porque
consistiu na:
a) expulsão dos hicsos, povo semita que dominava o Egito desde o Antigo Império;
b) unificação das diferentes províncias - nomos - evitando assim a fragmentação do Estado;
c) realização de modificações na estrutura social do Egito, para eliminar as oligarquias agrárias;
d) promoção de ampla reforma agrária, de modo a atenuar a miséria dos camponeses;
e) introdução de uma religião monoteísta, a fim de limitar a influência política dos sacerdotes.
19. Relacione os povos antigos assinalados na coluna da direita com os respectivos rios
indicados à esquerda.
1 . Azul e Amarelo ( ) Chineses
2 . Indo e Ganges ( ) Egípcios
3 . Jordão ( ) Hebreus
4 . Nilo ( ) Hindus
5 . Tibre ( ) Mesopotâmicos
6. Tigre e Eufrates
A seqüência numérica correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) 5 . 1 . 2 . 6 . 3
b) 1 . 4 . 5 . 2 . 6
c) 2 . 4 . 6 . 5 . 3
d) 6 . 3 . 4 . 5 . 1
e) 1 . 4 . 3 . 2 . 6
20. (UNISC-2013) A egiptomania se caracteriza pela apropriação contemporânea de elementos
do Egito Antigo. A esse respeito afirma Bakos que “às vezes, sem percebermos, convivemos
diariamente com símbolos e objetos típicos das civilizações dos faraós, elementos que
atravessaram os séculos e que chegaram até nós, adaptados, estilizados ou elementos
simplesmente decalcados de seus antigos modelos originais.” (BAKOS, Margaret. Egiptomania:
o Egito no Brasil. São Paulo: Paris Editora, 2004, p. 10). Essa apropriação contemporânea é
perceptível
a) em representações da deusa Ísis em diversos suvenires.
b) na utilização da deusa Ishtar como amuleto da sorte.
c) em réplicas da deusa Afrodite como símbolo da fertilidade.
d) em ritos de iniciação maçônica onde, de forma estilizada, a deusa Minerva representa a
sabedoria.
e) na utilização do símbolo de Astarte, deusa da Folia, em festividades celebrativas do vinho.
21. No Egito e na Mesopotâmia surgiram algumas das primeiras civilizações da humanidade.
Com relação ao passado e ao presente dessas regiões, todas as alternativas estão corretas,
exceto a:
a) técnicas agrícolas avançadas, cidades sofisticadas e religiões complexas e elaboradas faziam
parte do universo cultural do Antigo Egito e da Mesopotâmia;
b) a maior parte da antiga Mesopotâmia é o atual Iraque, país relativamente novo que sofreu
com a ditadura de Saddam Hussein, com duas guerras recentes e ocupação pelos EUA, desde
2003;
c) um dos maiores problemas do atual Egito é a grande população que vive na estreita faixa do
rio Nilo, onde se encontra a maioria das terras agricultáveis do país;
d) eram civilizações muito antigas, mas já possuíam elementos culturais modernos como uma
religião monoteísta e valores culturais ligados ao individualismo e ao capitalismo;
e) devido à expansão árabe-muçulmana, a partir do séc. VII d.C., o Egito e a Mesopotâmia
foram islamizados e até hoje a maioria de seus habitantes é de origem árabe, professando a
religião islâmica.
22. A religião do Antigo Egito caracterizava-se, entre outros aspectos, pela grande quantidade
de deu-ses e pela forte crença na vida após a morte. Sobre essa religião, é correto afirmar:
a) Os cultos oficiais egípcios não tinham um ca-ráter popular. As cerimônias eram realizadas
em templos aos quais as pessoas comuns não tinham acesso. O povo preferia os rituais de
adivinhação e cura, que respondiam aos pro-blemas de sua vida cotidiana.
b) A grande quantidade de deuses representava a força dos cultos locais. Os egípcios tinham
grande respeito pela diversidade religiosa e sempre procuravam preservar as diferenças entre
os deuses de cada região do país, sem tentar unificá-los para todo o Egito.
c) Os egípcios não possuíam uma religião de fundo moral. Por isso, para se alcançar a vida
eterna, era suficiente realizar, da forma mais correta possível, os ritos de mumificação, que
preparavam o corpo para a vida após a morte.
d) Uma característica importante da religião egíp-cia era o grande valor dado à observação dos
astros e à astrologia. Os sacerdotes eram grandes especialistas em fazer previsões com base
no movimento de estrelas e planetas.
e) O faraó Amenófis IV, no século XIV a.C., rea-lizou uma grande reforma religiosa, com o
objetivo de unificar a religião egípcia em torno do culto de um único deus. Para isso, o faraó
buscou o apoio dos sacerdotes do deus mais importante, Amon-Rá, de forma a impe-dir a
adoração de outros deuses.
23. A religião foi muito importante para a manutenção da ordem existente e, portanto, do
domínio dos camponeses pelo Estado, chefiado por um “deus”, o Faraó.
(Vicentino, Claudio. História para o Ensino Médio: história geral e do Brasil: volume único. –
São Paulo: Scipione, 2001.p, 44.)
O texto acima discutiu o papel da religião no controle dos camponeses no Egito Antigo. Assim
sendo, discorra sobre algumas características importantes da religião na sociedade egípcia.
24. (FAAP) A Astronomia e a Matemática foram os primeiros ramos da ciência que ocuparam a
atenção dos egípcios. Ambas se desenvolveram com fins práticos. Cite dois resultados para os
quais essas ciências deram sua contribuição.
Curiosidades sobre o Egito
Akhenaton
Quando Amenófis IV (Akhenaton) recebeu a coroa, ele se deparou com um excessivo poder clerical. Os
sacerdotes de Heliópolis desejavam que Rá fosse o deus-supremo de seu reinado; os hierofantes de Mênfis, por sua
vez, desejavam Ptah e os de Tebas, Amon.
Amenófis IV, tentando neutralizar o poder religioso dos sacerdotes, não escolheu nenhum dos deuses
sugeridos, mas sim, um deus até então secundário, Aton ("Raios do Sol").
O conflito com os sacerdotes de Amon foi tão grande que Amenófis IV muda a capital do Egito e confisca
todos os bens dos templos de Amon e repassa-os para Aton. Ele próprio muda seu nome, retirando Amon
(Amenófis IV) e colocando Aton (Akhenaton).
As reformas propostas por Akhenaton visavam a implantação do monoteísmo no Egito, em substituição ao
panteão de deuses até então existentes. Imagens e inscrições de outros deuses foram todas destruídas, além do
mais, a transferência da capital do país de Tebas para Akhetaton, foi uma forma de pressionar o povo a abandonar
o politeísmo.
As reformas de Akhenaton não sobreviveram por muito tempo. Todo o tempo dele era dedicado à
implantação das mudanças religiosas ocorrendo, daí, uma desintegração do Egito como império. Isto, combinado
com a oposição dos sacerdotes politeístas, provocou o enfraquecimento de seu reinado.
Depois da morte de Akhenaton, a capital do país voltou a ser Tebas, bem como, os deuses anteriores
restabelecidos.
Cabe ressaltar que Aton, idealizado por Akhenaton, foi o primeiro deus verdadeiramente ecumênico, não
apenas dos egípcios, mas de todos os homens. Em última análise, Akhenaton tinha uma visão mais holística que
Moisés, que pregava um deus único pertencente aos hebreus somente.
Akhenaton é considerado o fundador da Ordem Rosa-Cruz.
Tutankhamon
Ele só tinha 18 anos quando morreu. Tutankhamon (originalmente Tutankhaton) deve sua fama principalmente ao
fato da descoberta de sua tumba completamente intacta em 1922. Os artefatos notáveis da tumba, inclusive a sua
máscara funerária, estão à mostra no Museu Egípcio do Cairo.
Tutankhamon era possivelmente o filho de Amenófis IV e de sua esposa Nefertiti. Tutankhamon se tornou faraó
após a morte do pai (1362 a.C.) e se casou com sua meia-irmã Ankhesenamon, para solidificar a sua ascensão ao
poder.
A morte de Tutankhamon foi súbita e surpreendente, ao deixando nenhum herdeiro. Ele foi enterrado no Vele dos
Reis, em Luxor.
Deuses egípcios
Anúbis: o deus-chacal, protetor do embalsamamento, curandeiros, e cirurgiões; na cura e em cerimônias de
mumificação, Anúbis era a deidade protetora que preparava o morto e curava o vivo. É considerado que Anúbis é o
grande deus-necrópole. Anúbis era uma deidade com a cabeça de chacal, que presidiu em cima do processo de
embalsamamento e acompanhava reis mortos no pós-mundo. Quando os reis estavam sendo julgados por Osíris,
Anúbis colocava os corações deles em um lado de uma balança e uma pena (representando Maat) no outro. O deus
Thoth registrava os resultados que indicaram se o re poderia entrar no pós-mundo. Ele era o "senhor da Terra do
Silêncio de Ocidente, a Terra dos Mortos, o preparador do caminho para o outro mundo".
Osíris: a história de Osíris pode ser interpretada de várias maneiras: primeiramente, nos relatos da criação do
mundo, sua geração é a ultima a nascer e não representa mais elementos materiais do mundo (espaço, luz, terra,
céu...). Osíris é rei, esposo e pai: ele representa a existência das estruturas normais da sociedade humana. Outra
versão: Osíris morto, destruído e ressuscitado evoca o retorno da cheia todos os anos, a morte, o renascimento da
vegetação e dos seres humanos. Por essa razão, ele é o deus dos mortos e do renascimento.
Osíris
Hórus: após encontrar o corpo de Osíris, Ísis tenta restituir-lhe a vida abanando suas asas sobre o marido. Nesta
tentativa, a deusa é fecundada divinamente e fica grávida de Hórus.
Na maioridade, Hórus reúne os fiéis súditos de seu pai e sai à procura de seu tio Seth, assassino de seu pai. Quando
se encontram, lutam por três dias e três noites. Derrotado, Seth arranca o olho esquerdo de Hórus e a Lua deixou
de brilhar no Egito.
Ísis, que era irmã de Seth, pediu que Hórus poupasse a vida de seu tio mas, como resposta, teve sua cabeça
decepada pela ira do filho. Thoth intervém no conflito curando Ísis e Seth, bem como, restituiu o olho perdido de
Hórus. O conflito é resolvido num tribunal presidido por Thoth que durou oitenta anos.
Escaravelho de Hórus
Como sentença final, Thoth deu o Baixo Egito para Hórus e o Alto Egito para Seth.
No solstício de inverno, a imagem de Hórus, sob forma de menino recém-nascido, era retirada do santuário para ser
exposta à adoração da multidão.
Era considerado id6entico e feito "da mesma substância de seu pai, Osíris". Hórus é uma divindade solitária, não
possuindo uma contrapartida feminina. Assim como seu pai, estava relacionado ao juízo das almas no mundo
inferior, apresentando as almas ao Juiz Divino.
Hórus
Uma antiga oração para Hórus:
"Por ele o mundo é julgado naquilo que contém. O céu e a Terra encontram-se sob sua presença imediata. Governa
todos os seres humanos. O Sol dá volta segundo sua vontade. Produz abundância e a distribui pela Terra. Todos
adoram sua beleza. Doce é seu amor em nós"
Hathor: deusa de muitas funções e atributos; representada, freqüentemente, como uma vaca ou uma mulher, ou
como uma mulher com cabeça-vestido cornudo; o "Um Dourado"; era cultuada em Mênfis, Cusae, Guebelein,
Dendera; é a deidade protetora da região mineira do Sinai; identificada, pelos gregos, com Afrodite. Fora enviada
por Rá para limpar a terra. Depois matar todos que são opositores de rá, ela pediu para descansar e se tornou o
equivalente à forma grega de Afrodite, a deusa do amor, fertilidade, mulheres, e também a protetora. Há muitos
mitos que cercam a deusa Hathor.
Maat: deusa da verdade, direito e conduta em ordem; representada como uma mulher com uma pena de avestruz
na cabeça. É dito que no julgamento do morto, ela segura as balanças que pesam o coração humano. Maat é a
deusa da verdade e da justiça.
Maat nos lembra que o que fizermos aos outros, a nós será feito". É Maat, que protege os tribunais.
Néftis: irmã de Ísis; uma das quatro deusas protetoras que defendiam os caixões e o Canopus; com Ísis, agiu como
lamentadora para Osíris e conseqüentemente para outras pessoas mortas; representada como uma mulher. Néftis
é a filha de Nut, irmã de Ísis e esposa de Seth, o deus da desordem. Porém, as lealdades dela se fez inválidas, pois
deitou-se com Osíris, com quem ela teve uma criança, Anúbis.
Quando seth descobriu quem era o pai, ele assassinou Osíris, e Néftis uniu-se a Ísis na procura do corpo de Osíris.
Junto com a irmã dela, Ísis, ela ajuda e protege os mortos. Ela é representada como uma fêmea com um hieróglifo
do nome dela em sua cabeça.
Ptah: era o deus protetor da antiga capital do Egito, Mênfis, sendo o criador das artes. É venerado pelos
trabalhadores manuais, particularmente pelos ourives. Tem como esposa a deusa guerreira Sekmet e por filho o
deus Nefertum. Ptah criou o mundo pela sua palavra após concebe-lo em pensamento.
Rá: o primeiro dos deuses, criado a partir do cós inicial (Num), ele emergiu da escuridão numa flor de lótus. Esta flor
ao abrir-se, liberou toda a luminosidade de Rá, iluminando tudo que existia. Também era conhecido como AmonRá, o deus Sol.
Foi um os deuses mais cultuados no antigo Egito. Amon e considerado o Sol espiritual do mundo, cheio de mistérios
e senhor do Universo.
Amon produziu-se a si mesmo, sendo, portanto, "incriado". Criou a bondade no mundo em contrapartida ao mal
produzido por Seth. Este deus criou o mundo e o mantém vivo com a cama ardente de seu calor solar.
Oração para Rá:
"Senhor dos tronos da Terra... Senhor da verdade, Pai dos deuses, Criador do Homem, Criador dos animais. Senhor
da existência, Iluminador da Terra, que navega tranqüilamente nos céus... Todos os corações se abrandam ao
contemplá-lo, Soberano da vida, da saúde e da força! Adoramos teu espírito, o único que nos criou."
Rá teve dois filhos: Chu e Tefnet. Depois que Rá ficou muito velho, deixou a coroa do Egito para seu filho Chu, que
não teve a mesma capacidade de governar do pai. Chu não tem um papel de destaque na mitologia egípcia.
Chu casou-se com sua irmã Tefnet. Eles tiveram um casal de filhos que estavam predestinados a se apaixonarem,
Nut e Gheb (pais de Osíris, Ísis, Seth e Néftis).
A irmã-esposa de Chu, Tefnet, era uma pálida sombra de seu marido e, freqüentemente, era representada como
uma mulher com a cabeça de um leopardo.
Em um mito, um dos poucos onde ela é caracterizada, Tefnet se torna um leopardo e deixa sua casa divina nos céus
e dirige-se para o Egito. Lá, ela encanta a terra e bebe profundamente o sangue das pessoas; somente a esperteza
de Thoth faz com que ela volte aos céus. O povo do Egito celebrava este dia em um grande festival.
Rá costuma ser representado por um disco solar entre duas serpentes ou entre as asas de um falcão.
Uma lenda relata que Rá reinava num esplendido palácio no Egito iluminando a todos com seus raios solares e, à
noite, brilhava no reino das trevas (Duat). Mas com o passar dos anos, ele ficou cada vez mais velho e sua
popularidade entre seus súditos começou a declinar.
Rá indignado com os egípcios, resolveu punir a todos e convocou uma reunião na qual estavam presentes todos os
deuses de seu panteão. Com medo da ira de Rá, a população fugiu para o deserto; o soberano chamou à sua
presença a deusa Hathor e transformou-a em Sekhmet, deusa da guerra com cabeça de Leão, que iniciou uma
matança geral no Egito.
Sekhmet ficou fora de controle de Rá, temeroso de que ela iria eliminar toda a humanidade, mandou que suas
escravas preparassem uma cerveja com grãos vermelhos. A deusa da guerra pensando que fosse sangue bebeu este
líquido e embreagou-se, não reconhecendo mais os homens. Dessa forma, Rá salvou a humanidade das mãos da
terrível Sekhmet.
Rá, desgostoso de reinar, resolve subir aos céus e chama Num para ajudá-lo. Num transforma a deusa Nut numa
vaca que, sustentada pelo deus do ar Chu, leva Rá para a morada dos deuses.
Rá devia combater todos os dias a serpente do mal Apópis, que representava as trevas e as tempestades; ele
triunfava sempre, entretanto, nos dias que vacilava na luta, acontecia o eclipse solar (domínio de Apópis).
Ísis: Ísis é conhecida como a mãe divina e como esposa de Osíris e mãe de Hórus; Ísis é uma das quatro grandes
deusas da proteção (Bastet, Néftis, e Hathor), guardando caixões e Canopus. Ísis é a irmã de Néftis com quem ela
agiu como um Mourner divino para o morto e é divinamente representado pelo Ankh. No Novo Império, Filae era a
principal região para o seu culto. Ela é também conhecida como a Rainha do Céu (semelhante a Astarde) e
regimenta em cima de todos os assuntos relativos a vida, maternidade e feitiçaria. No mito da origem de Rá e o
mundo, foi escrito que ela descobriu o nome de Rá encantando uma serpente venenosa para morde-lo. A serpente
mordeu Rá e Ísis só poderia cura-lo se soubesse o verdadeiro nome de Rá. Sabendo o nome de Rá, ela teve poder
igual ao dele e era, então, determinado todo o poder mágico dela e era conhecida como a feiticeira divina.
Outros dos mitos relacionam Ísis, Osíris e Hórus. Neste mito, Seth mata Osíris e difunde o corpo dele em dezesseis
pedaços ao redor do mundo. Ísis vai achar estes pedaços enquanto ela está agüentando hórus. Durante este tempo,
Osíris se tornou o senhor dos mortos. Hórus nasceu e foi vingar a morte de seu pai matando seth. Ísis viveu dali em
diante como uma lamentadora divina na terra e no céu.
Seth: o deus das tempestades e violências; identificado com muitos animais, inclusive o porco, asno, e hipopótamo;
representado como um animal do tipo não identificado; o irmão de Osíris e assassino do mesmo; o rival de Hórus;
comparado pelos gregos com Tifon. Seth é o descendente de Gheb e Nut. Como o deus da desordem, ele era
responsável por matar o irmão dele, Osíris. No dualístico conceito egípcio do cosmo, Seth é colocado em
justaposição com Hórus, o deus que regeu a terra com a ordem e estabilidade. Seth é uma deidade animal com uma
conversa curvada, orelhas altas e uma cauda ereta com uma seta na ponta. O animal que ele representa não foi
identificado. Ele às vezes é retratado com um corpo humano e uma cabeça de pássaro comprida, semelhante em
aparecimento com o deus Thoth.
Thoth: é o deus da sabedoria e do mistério. Permanece imutável desde a sua origem, ao contrário dos outros
deuses que sofreram alterações no decorrer das dinastias egípcias.
É o deus escrevente, o juiz, cuja sabedoria e autoridade é marcante sobre todos os outros deuses. Ele anota todos
os pensamentos, palavras e ações dos homens durante a sua vida e as pesa na balança da justiça divina (carma).
Bastet: uma deusa-gato cujo o culto a ela era feito em Bubastis no Delta; no Novo império, era considerada uma
deidade beneficente. Ela foi vista como a protetora dos gatos, de mulheres, e proteção. Uma Deusa-gato, Bastet
representa os aspectos mais protetores da maternidade, comparada com a agressiva deusa-leão Sekhmet. Com um
corpo de uma mulher e a cabeça de um gato, ela é vista segurando, freqüentemente, um sistrum.
Bes: uma deidade-anã com características leoninas. Visto como um deus doméstico. Protetor contra serpentes e
vários terrores; o ajudante de mulheres nos nascimentos de crianças. Este Deus-anão tem uma grotesca face
máscara-igual e lábios protraídos. Ele que leva, freqüentemente, instrumentos musicais, facas ou hieróglifos
representando proteção. Apesar do aparecimento dele, Bes é um protetor da família e é associado com sexualidade
e parto.
Amon-Rá: o grande deus de Tebas de origem incerta; representado como um homem, o sol; é identificado com Rá,
após a união do deus Amon com Rá; os animais sagrados deles eram o carneiro e o ganso.
Amon: chefe dos deuses durante o Novo Império, Amon foi descrito como um homem com duas plumagens altas
que sobem sobre sua cabeça, ou como um carneiro ou um ganso. Ele, a esposa dele, Mut, e o filho deles, Khonsu,
representaram a Tríade Tébana, a família sagrada de Tebas. Amon subiu em proeminência, mas não se tornou uma
deidade estatal. Ele era associado com o deus Rá e venerado como deus Amon-Rá.
Magia
A crença dos egípcios na magia desempenhava um importante papel na maneira como concebiam e praticavam a
religião. De fato, o rigor com que realizavam as inúmeras cerimônias religiosas ou a forma como obedeciam às
regras dos cultos religiosos, tanto quanto a devoção que punham na magia, emprestaram-lhes a reputação de ser, a
um só tempo, os mais religiosos e os mais supersticiosos dos homens.
A "magia" dos egípcios pertencia a duas espécies:
A que se empregava com propósitos legítimos e com a idéia de fazer o bem aos vivos ou aos mortos.
A que se utilizava na promoção de planos e projetos nefários, e se destinava a acarretar calamidades para aqueles
contra os quais se dirigia.
É perceptível nos textos religiosos que a magia era utilizada a serviço da religião. Não havendo dúvida de que o
principal destino dos livros de cerimônias mágicas era fortalecer os que, por um meio qualquer, obtinham
conhecimentos suficientes para fazer uso delas.
Os grandes resultados seriam logrados pelo uso de certas palavras, que, para serem eficazes, precisavam ser
pronunciadas em tom de voz apropriado, por homem devidamente qualificado; tais palavras eram gravadas em
alguma substância, como o papiro, as pedras preciosas e coisas assim, usadas pela pessoa, quando o seu efeito se
transmitia a qualquer distância. É como se quase todo homem, mulher ou criança no Egito, que estivesse em
condição de faze-lo, trouxesse consigo um desses sortilégios ou talismãs, não é de se admirar que os egípcios, em
um período muito primitivo, fossem havidos por uma nação de "mágicos e bruxos".
Muitas vezes nos perguntamos o por quê de se preservar o corpo físico da decomposição, e na maioria das vezes,
nossas respostas não se encaixam em uma época considerada tão "primitiva". Os egípcios acreditavam que a alma
se eleva ao reino dos céus e se juntava aos deuses.
Contudo, é certo que a conservação do corpo, de alguma forma, ou por alguma razão, se fazia absolutamente
necessária, pois a arte da mumificação floresceu por milhares de anos e, a menos de haver uma boa razão, além do
costume, e do uso tradicional, para que assim fosse, faros e sacerdotes, fidalgos e peões, ricos e pobres, nunca
teriam inumado seus parentes e herdeiros com dispendiosas cerimônias fúnebres e a celebração de ritos inúteis.
À primeira vista também nos parece estranho encontrar egípcios estudando co cuidado, a melhor maneira de
fornecer aos mortos um suplemento regular de oferendas sepulcrais pois, quando refletimos no assunto,
percebemos que me se tratando de bem-estar dos mortos, nada era deixado ao acaso.
Um papiro, por exemplo, conterá várias orações e gravuras com fórmulas apropriadas, cada uma das quais tem
como objetivo, fornecer ao falecido comida e bebida; qualquer uma delas teria sido mais do que suficiente para
este fim, entretanto, todos achavam melhor tornar a segurança duplamente segura, pois se houvesse a menor
dúvida acerca da eficácia de um capítulo, lhe era acrescido, um ou mais da mesma classe.
De maneira semelhante, como o corpo após a morte, tende naturalmente a se decompor, tomava-se o máximo
cuidado ao mumificar-lhe os vários membros, a fim de evitar que um deles viesse a ser acidentalmente esquecido e,
já pela omissão das palavras de poder que deveriam ser ditas diante dele, já pela execução negligente de alguma
cerimônia, viesse a decair e perecer.
O egípcio declarava-se imortal e acreditava que gozaria a vida eterna em um corpo espiritual; sem embargo disso,
tentava, mediante a execução de cerimônias mágicas e a recitação de palavras de poder, fazer que o seu corpo
corrutível durasse para sempre.
Acreditava que se alimentaria de comida celestial e imperecível como que se alimentavam os deuses, mas, ao
mesmo tempo, não poupavam esforços nem despesas para que seu túmulo fosse abastecido, em intervalos fixos
durante o ano, de provisões perecíveis, em forma de oferendas de bois, bichos de penas, bolos, pão e coisas assim.
Mumificava os seus mortos e enrolava-os em ataduras de linho e, em seguida, pela execução de cerimônias mágicas
e palavras de poder, procurava devolver-lhes aos membros a força para comer, beber, falar, pensar, e movimentarse à vontade.
Com efeito, todas as provas que agora estão prestes a ser exibidas, parecem confirmar que nunca lhe foi possível
persuadir-se de que os deuses pudessem arranjar-se se sua ajuda, ou que as gravuras ou representações das cenas
ocorridas na vida, na morte, na inumação e na ressurreição de Osíris, em que ele confiava de maneira tão implícita,
deixassem de ser tão eficazes quanto o poder real do próprio Deus.
Os egípcios também costumavam mumificar animas domésticos, pois acreditavam que estes também possuíam vida
após a morte, e os mumificando, poderiam servir os seus donos até mesmo neste noutro plano, popularmente
conhecido como "Mundo dos Mortos".
PANTEÃO DOS DEUSES DO EGITO
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