Colégio Adventista de Esteio EDUCAÇÃO ADVENTISTA Física – III Bimestre Material Suplementar Professor Tiago Walescko Chimendes O CAMPO MAGNÉTICO 1. Ímãs No século VI A.C., numa região da Grécia chamada Magnésia, parecem ter sido feitas as primeiras observações de que um determinado tipo de pedra tinha a propriedade de atrair objetos de ferro. Tais pedras foram mais tarde chamadas de ímãs e o seu estudo foi chamado de magnetismo. Fig. 1 Na Figura 1 temos um ímã em forma de barra atraindo pregos de aço. Hoje em dia são fabricados ímãs de várias formas mas as mais comuns são a forma de barra (Fig.1) e a de ferradura (Fig.2). Fig. 2 Um fato importante observado é que os ímãs têm, em geral, dois pontos a partir dos quais parecem se originar as forças. Quando pegamos, por exemplo, um ímã em forma de barra (Fig.3) e o aproximamos de pequenos fragmentos de ferro, observamos que esses fragmentos são atraídos por dois pontos que estão próximos das extremidades. Tais pontos foram mais tarde chamados de pólos (mais adiante veremos porque). Fig. 3 Inseparabilidade dos pólos Logo que se percebem a existência dos pólos de um ímã, os pesquisadores tiveram a idéia de quebrar o ímã, para separar os dois pólos. No entanto, não tiveram sucesso. No ponto onde houve a quebra, apareceram dois novos pólos (Fig.b), de modo que os dois pedaços são dois ímãs. Por mais que se quebre o ímã, cada pedaço é um novo ímã (Fig.c). Portanto, não é possível separar o pólo norte do pólo sul. Fig. 9 No caso de um ímã em forma de ferradura, os pólos estão próximos dos extremos como ilustra a Fig. 10. Fig. 10 Magnetismo da Terra A partir dessas observações, percebemos que a terra se comporta como se no seu interior houvesse um enorme ímã em forma de barra (Fig.8). Porém, os pólos desse grande ímã não coincidem com os pólos geográficos, embora estejam próximos deles. Fig. 8 Portanto: - o pólo norte da bússola é atraído pelo sul magnético, que está próximo do norte geográfico; - o pólo sul da bússola é atraído pelo norte magnético que está próximo do sul geográfico. 2. O campo magnético Para interpretar a ação dos ímãs, dizemos que eles criam em torno de si um campo denominado indução magnética ou, simplesmente, campo magnético. Esse campo é representado por e tem sua direção determinada usando um pequeno ímã em forma de agulha (bússola). Colocamos essa bússola próxima do ímã. Quando a agulha fica em equilíbrio, sua direção é a do campo magnético (Fig.11). O sentido de aquele para o qual aponta o norte da agulha. Fig. 11 é Mais tarde veremos como determinar o módulo de Para visualizar a ação do campo magnético, é usado o mesmo recurso que vimos no caso do campo elétrico: as linhas de campo. Essas linhas são desenhadas de modo que, em cada ponto (Fig.12), o campo magnético é tangente à linha. O sentido da linha é o mesmo sentido do campo. Observe que a linha sai do pólo norte e vai para o pólo sul. Fig. 12 Vale aqui uma propriedade semelhante à do caso do campo elétrico: o campo é mais intenso onde as linhas estão mais próximas. Assim, no caso da Fig.12, podemos dizer que o campo magnético no ponto X é mais intenso do que no ponto Y. As linhas de campo do campo magnético são também chamadas de linhas de indução. 3. Atração de um pedaço de ferro Quando um pólo de um ímã é aproximado de um pedaço de ferro que não é ímã (Fig.13) o pedaço de ferro transforma-se momentaneamente em um ímã (não natural) de modo que há uma atração entre o ímã natural e o ferro. Fig. 13 Em geral, quando o ímã natural é afastado, o pedaço de ferro deixa de ser ímã. Podemos observar isso considerando a situação ilustrada na Fig.14. O ímã atrai um prego o qual, por sua vez, é capaz de atrair outro prego. No entanto, um prego não conseguirá atrair o outro. Fig. 14 4- Campo magnético uniforme Quando o ímã tem a forma de ferradura, as linhas de campo têm o aspecto mostrado na Fig.15. Existe uma região em que as linhas de campo são paralelas (região sombreada na figura); isso significa que em todos os pontos dessa região, o campo tem a mesma direção e o mesmo sentido. É possível demonstrar que, nesse caso, o módulo de também é o mesmo em todos os pontos. Dizemos então que o campo magnético na região sombreada é uniforme. Fig. 15 Quando um ímã em forma de barra é colocado numa região onde há um campo magnético uniforme (Fig.16), fica sujeito a um par de forças de mesma intensidade mas, de sentidos opostos. a) b) Fig. 16 Na situação da Fig.16 a tendência das forças é fazer a barra girar no sentido horário até atingir a posição da Fig.16 b, que é de equilíbrio estável. Agradecimento: Professor Emerson Motta (CAPA) pelo material