comportamento do consumidor no processo de compra e consumo

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COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR NO PROCESSO DE
COMPRA E CONSUMO DE PRODUTOS SUSTENTÁVEIS
Silvana Saionara Gollo (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFRS - Câmpus Erechim)
e-mail: [email protected]
Angelita Freitas da Silva (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFRS - Câmpus Erechim)
e-mail: [email protected]
Débora Regina Scheneider Locatelli (Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS - Câmpus Erechim)
e-mail: [email protected]
Ana Carolina O. Rangel (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFRS - Câmpus Erechim)
e-mail: [email protected]
Resumo
O artigo trata do tema consumo sustentável, enfatizando-se o comportamento do consumidor no
processo de decisão de compra de produtos sustentáveis. O consumo sustentável é uma nova visão de
consumo, relacionada a um dos pilares do marketing holístico: o marketing socialmente responsável.
Segundo Ribeiro e Veiga (2012) o consumo sustentável refere-se a busca por produtos e serviços
ecologicamente corretos, a economia de recursos naturais, a utilização de materiais e equipamentos até
o fim de sua vida útil, a reutilização sempre que possível e a correta destinação de materiais para
reciclagem no fim do ciclo de vida dos produtos. Em uma visão mais ampla, Tadeu et al. (2012)
afirma que ser sustentável é muito mais do que se referir apenas ao meio ambiente, preocupando-se,
também com os aspectos econômicos e sociais, na busca do bem estar da geração presente e das
gerações futuras. O artigo objetiva analisar o comportamento do consumidor no processo de compra e
consumo de produtos sustentáveis . A pesquisa classifica-se como quantitativa e descritiva e o método
utilizado para coleta de dados foi o de Levantamento do Tipo Survey. Os dados foram analisados de
forma quantitativa, com o uso do sistema estatístico SPSS. Esta pesquisa estudou quatro aspectos
relativos ao consumo sustentável: hábitos de compra e consumo, reciclagem, consciência
ecológica e economia de recursos. Constatou-se que os consumidores precisam repensar suas
práticas de consumo para agirem de forma mais sustentável, especialmente, quanto à
reciclagem, reutilização de embalagens, utilização de materiais não poluentes, economia de
recursos não renováveis, combate ao desperdício, dentre outras práticas, com vistas ao bemestar da sociedade atual e das gerações futuras.
Palavras chave: Comportamento do Consumidor, Sustentabilidade, Consumo Sustentável
Abstract
The article deals the theme sustainable consumption, emphasizing the consumer behavior in the
process of sustainable products buying decision. Sustainable consumption is a new vision of
consumption, related to one of the pillars of holistic marketing: socially responsible marketing.
According to Ribeiro Veiga (2012), sustainable consumption refers to the search for correct
environmentally products and services, preservation natural resources, use of materials and equipment
until the end of its useful life, reusing whenever possible and the correct allocation of materials for
recycling until the end of product life cycle. Tadeu et al. (2012) states that sustainable consumption is
much more than just to the environment, this is connected also with the economic and social aspects,
in pursuit of the welfare of the present and future generations. This study analyzes consumer behavior
in the buying decision process. The research is classified as descriptive and quantitative and the
method used for
collection of data was to the Survey Type Survey . Data were analyzed
quantitatively by using the SPSS system. This research studied four aspects of sustainable
consumption : buying and consumption habits , recycling, environmental awareness and saving
resources . The data indicate that consumers need to rethink their consumption practices to act
sustainable way, especially as recycling, reuse of packaging , the use of non-polluting materials ,
saving non-renewable resources, combating waste , among other practices, to the welfare of current
society and future generations .
Keywords: Consumer Behavior, Sustainability, Sustainable Consumption
1 Introdução
O artigo enfatiza o comportamento do consumidor no contexto do consumo
sustentável. No mercado globalizado e de mudanças de valores, desejos e atitudes dos
consumidores, a produtividade, inovação, competitividade tornam-se fatores diferenciais que
devem ser pensados pela sociedade em prol da melhoria da qualidade de vida no planeta. Para
obtê-los a partir de uma filosofia de sustentabilidade, as empresas e os consumidores
precisam mudar suas estratégias e ações visando o consumo sustentável. Kotler e Keller
(2006) apontam que o consumo sustentável está relacionado a um dos pilares do marketing: o
marketing socialmente responsável, que compreende os contextos econômico, ético,
ambiental, legal e social dos programas de marketing. Para que uma empresa desenvolva esta
ideia de marketing sustentável, precisa conhecer o comportamento do consumidor, visando
criar e lançar produtos e serviços, determinar preços, projetar canais, elaborar propaganda
que propiciem atingir diferentes objetivos, como o econômico, social e ambiental.
O atual modelo de desenvolvimento, caracterizado por práticas individualistas e
consumismo, deve ser redirecionado para uma perspectiva colaborativa e de consumo
sustentável, com benefícios para toda a sociedade. Estudo sobre as tendências de consumo,
coordenado por Ventura (2010), aborda, entre outras variáveis, o consumo responsável,
entendido como o aumento da conscientização social e ambiental do consumidor e a
intensificação das exigências éticas e de eficiência no processo produtivo. Segundo o autor
(p.05), “o consumidor desejará obter cada vez mais informações sobre os produtos oferecidos,
desde a aquisição de matérias-primas, passando pelo processo de fabricação, até o destino
final. Conhecer a composição, as condições de processamento e transporte e os fabricantes
dos componentes do produto são alguns exemplos de informação que serão exigidas”.
O consumo sustentável reflete uma nova consciência de consumo que tem suas bases
na sustentabilidade, considerada uma visão alternativa a um conjunto de transformações
mundiais. As discussões sobre sustentabilidade estão ligadas a ideia de longo prazo, de manter
atividades e disponibilizar recursos com o intuito de melhor trabalhar os aspectos ambientais,
econômicos e sociais e a promover o consumo sustentável. Ribeiro e Veiga (2012, p. 48)
afirmam que o “consumo sustentável envolve a busca por produtos e serviços ecologicamente
corretos, a economia de recursos como água e energia, a utilização cuidadosa de materiais e
equipamentos até o fim de sua vida útil, a reutilização sempre que possível e a correta
destinação de materiais para reciclagem no fim do ciclo de vida dos produtos”.
Investigar quem é o consumidor sustentável, quais são suas atitudes, hábitos e
opiniões em relação ao consumo sustentável, e como o compromisso com a sustentabilidade
impacta nas decisões de compra são pontos importantes a serem avaliados e tem sido
preocupações frequentes em diferentes estudos de marketing, como Tanner e Kast (2003);
Gonçalves-Dias e Moura (2007); Eddine, Vettorazzi e Freitas (2008); Oliveira e Cândido
(2010). Tais estudos reiteram a importância de se estudar o comportamento do consumidor e
o consumo sustentável, o que justifica este estudo.
Neste contexto, o artigo tem por objetivo analisar o comportamento do consumidor de
produtos sustentáveis. Especificamente, busca-se caracterizar os hábitos de compra e
consumo dos consumidores, suas atitudes em relação à reciclagem e à economia de recursos,
e, determinar seus níveis de consciência ecológica. A pesquisa classifica-se como quantitativa
e descritiva, tendo como unidade de análise consumidores de produtos sustentáveis, dos sexos
masculino e feminino, com idade entre 15 a 69 anos, residentes no Município de Erechim/RS.
O artigo está estruturado de forma a apresentar, além desta introdução, uma revisão da
literatura sobre comportamento do consumidor e consumo sustentável. Nos itens seguintes,
apresenta-se a metodologia, analisam-se os dados da pesquisa e faz-se as considerações finais.
2. Revisão da Literatura
Neste item são apresentados conceitos de comportamento do consumidor e fatores que
influenciam no processo de compra e de consumo sustentável.
2.1 Conceito de Comportamento do Consumidor
O comportamento do consumidor é uma área de estudo que reflete a interação entre
consumidores e produtores no momento da compra. Os profissionais de marketing
reconhecem que o comportamento do consumidor é um processo contínuo e não se restringe
ao que acontece no instante em que um consumidor efetua a compra (SOLOMON, 2011).
Comportamento do consumidor é definido por Blackwell, Miniard & Engel (2005, p. 8)
“como o estudo do por que e como as pessoas consomem”. Segundo Mowen (2003, p. 3) “o
comportamento do consumidor é a análise de unidades que compram e envolve o processo de
troca no momento da aquisição, do consumo e da disponibilidade de mercadorias, serviços,
experiências e ideias”.
O comportamento do consumidor busca entender os motivos que levam os
consumidores a comprar certos produtos e não outros e, para isso, os profissionais de
marketing estudam os pensamentos, sentimentos e ações dos consumidores e as influências
que atuam sobre eles e determinam mudanças (CHURCHILL; PETER, 2000). Segundo
Kotler (2009), a área do comportamento do consumidor estuda como pessoas, grupos e
organizações selecionam, compram, usam e descartam produtos, serviços, ideias ou
experiências para satisfazer suas necessidades e desejos. Para Kotler e Keller (2006), uma
vez que o propósito do marketing centra-se em atender e satisfazer às necessidades e aos
desejos dos consumidores, torna-se fundamental conhecer o seu comportamento de compra e
consumo.
2.2. Fatores que Influenciam o Comportamento do Consumidor
Kotler (2009) descreve que o processo de compra é influenciado por quatro fatores:
culturais, sociais, pessoais e psicológicos, os quais serão apresentados a seguir: a) fatores
culturais: a cultura pode ser estudada através de subculturas e de classes sociais. Cada cultura
se divide em grupos menores que formam a subcultura e esses grupos são diferenciados pela
nacionalidade, religião, grupos raciais e regiões geográficas. As classes sociais são divisões
relativamente homogêneas e duradouras de uma sociedade, ordenadas hierarquicamente e
cujos membros compartilham valores, interesses e comportamentos similares (KOTLER,
2009); b) fatores sociais: são representados por grupo de pessoas, cujos membros
influenciam e sofrem influências sociais e psicológicas, constituindo ponto de referência para
a ação. Os fatores sociais são estudados em termos de grupos de referência, família, papéis e
posições sociais. Grupos de referência podem levar as pessoas a mudarem suas percepções,
atitudes, adequando-se para que pertençam ao grupo. A família é a organização de compra de
produtos de consumo mais importante da sociedade, sendo também o grupo primário de
referência mais influente; c) fatores pessoais: estes fatores dizem respeito às características
particulares das pessoas e apontam momentos e vivências pelas quais um indivíduo está
passando, que podem interferir nos seus hábitos e decisões de consumo. Kotler (2009)
apresenta cinco elementos que constituem os fatores pessoais: idade, estágio do ciclo de vida,
ocupação, condições econômicas, estilo de vida e personalidade; d) fatores psicológicos: são
estudados através de quatro fatores psicológicos importantes: motivação, percepção,
aprendizagem, crenças e atitudes (KOTLER 2009).
2.2. Sustentabilidade e Consumo Sustentável
O consumo é condição à sobrevivência do ser humano, ele é inerente às atividades
desenvolvidas individualmente em toda a sociedade. Caso o consumo seja realizado de forma
excessiva e incontrolável, é chamado de consumismo (BAUMAN, 2008). É importante o
direcionamento das ações humanas para uma perspectiva relacionada com o desenvolvimento
sustentável, tornando possível incluir a discussão do consumo como uma apreciação mais
coletiva e preocupada com a continuidade da sociedade no planeta (ASSADOURIAN, 2010).
Ações individuais conscientes, bem informadas e preocupadas com questões ambientais
aparecem como uma nova estratégia para a solução dos problemas ligados ao meio ambiente e
para as mudanças em direção à sociedade sustentável (PAAVOLA, 2001a e 2001b). Estão
surgindo novas preocupações do consumidor, mudando de uma visão individualista para uma
mais ampla em termos de consciência, o que torna o consumo mais responsável
(MICHAELIS, 2000).
Neste contexto, muita importância é dada à sustentabilidade, cujas discussões passam
a ser melhor compreendidas por meio do conceito do tripé da sustentabilidade, que apresenta
a necessidade de equilíbrio entre três dimensões: ambiental, social e econômica. O conceito é
mundialmente conhecido como “Triple Bottom Line” e reflete a busca das empresas por
resultados nas três dimensões de forma equilibrada e não apenas visando o lucro como fim
principal. O referido modelo apresenta um caminho para uma sociedade sustentável, com um
futuro lucrativo, mas sem deixar de lado a responsabilidade ambiental e social (SAVITZ e
WEBER, 2014). De acordo como a United States Environmental Protection Agency - EPA
(2014) sustentabilidade é um conceito baseado em um princípio bastante simples: tudo o que
a humanidade necessita para a sobrevivência e bem-estar são interdependentes de forma direta
ou indireta. Sendo assim, a sustentabilidade cria e mantém as condições em que os seres
humanos e a natureza podem coexistir em harmonia produtiva, permitindo o cumprimento dos
requisitos sociais, econômicos e a continuidade das gerações presentes e futuras. Leite (2009)
ressalta que a sociedade tem se preocupado cada vez mais com os diversos aspectos do
equilíbrio ecológico. Muitas pesquisas apontam o aumento da sensibilidade ecológica na
sociedade atual, que tem sido acompanhado por ações de diversas empresas e instituições
governamentais. Tais ações também têm sido utilizadas como diferenciação estratégica para
produtos e interesses políticos, posicionando-se no mercado por meio de vantagens
competitivas. A dimensão ambiental do desenvolvimento sustentável requer ações que
incluem o comprometimento do coletivo, exigindo colaboração mútua entre as organizações e
seus stakeholders, assumindo papel ativo como agentes sociais (TREVISAN; PEDROZO,
2010).
Tadeu et al. (2012, p. 147) afirma que ser sustentável é muito mais do que referir-se
apenas ao meio ambiente, está ligado também a agregar vantagem competitiva às ações,
preocupando-se com o bem estar da geração presente e das gerações futuras. Acrescenta ainda
que a “sustentabilidade é uma propriedade do todo, não das partes”. O conceito de
sustentabilidade empresarial muitas vezes acaba sendo considerado apenas na dimensão
ambiental ou ecológica, porém Coral (2002) observa que o desenvolvimento sustentável,
considerado no nível da empresa está relacionado à sua competitividade no mercado, sua
relação com o meio ambiente e sua responsabilidade social. Magnaghi (2000) aponta a
sustentabilidade como uma concepção que precisa ser aberta em cinco dimensões:
sustentabilidade política: refere-se a capacidade real de auto-gestão de uma comunidade local
frente às relações que ela possui com sistemas de decisão externa, como a participação dos
cidadãos na política; sustentabilidade social: discorre a respeito da equidade social;
sustentabilidade econômica: capacidade de produzir valor agregado, ressaltando que planos de
desenvolvimento devem abordar atividades que valorizem o patrimônio territorial e
ambiental; sustentabilidade ambiental: destaca o conceito de ecossistema e refere-se aos
sistemas ambientais e as redes ecológicas; sustentabilidade territorial: capacidade de um
modelo favorecer e desenvolver a territorialização, respeitando as condições locais.
O consumo sustentável surge como um novo paradigma de consumo. O consumo
sustentável é uma nova perspectiva em relação às estratégias públicas quanto à esfera do
consumo, às novas formas de produção das empresas, bem como às mudanças
comportamentais dos indivíduos no mercado (PORTILHO, 2005). O consumo sustentável
pode ser considerado como a prática de consumo que utiliza os recursos naturais para
satisfazer as necessidades atuais, sem comprometer as necessidades e aspirações das gerações
futuras (CORTEZ; ORTIGOZA, 2007). Para os autores, o consumo sustentável pode ser
realizado se houver o compartilhamento de responsabilidades em meio a uma nova atuação
em todas as esferas: econômica, social e política, representadas pelo governo, pelas empresas
e pelos demais atores da sociedade, que possua autonomia e entendimento nessa prática. Para
se ter um padrão sustentável de consumo, é necessário observar além das ações desenvolvidas
pelos consumidores, um conjunto de interações sociais que são desenvolvidas de modo tal que
se consiga trabalhar a perspectiva política desenvolvida em meio às relações de consumo em
determinado setor econômico (JACKSON, 2004). Além das empresas, outros atores podem
ser visualizados nesse sistema de consumo sustentável, dentre os quais se identificam os
fornecedores, os competidores, as instituições financiadoras, as universidades, as mídias, o
governo e os indivíduos como membros de uma comunidade (MICHAELIS, 2000; 2003;
SILVA, 2012).
Há necessidade de se buscar soluções inovadoras que auxiliem mais rapidamente ao
alcance do consumo sustentável em função do modelo de desenvolvimento sustentável que se
almeja. A partir desse posicionamento, as empresas poderão buscar formas para satisfazer a
geração de consumo consciente (LARENTIS; GASTAL; SCHNEIDER, 2004) e preservar o
consumo das gerações futuras. Mitchell, Wooliscroft e Higham (2010), sugerem que uma das
formas das empresas agirem é voltar sua orientação de marketing para a sustentabilidade. Isso
envolve um processo de gestão que permita: antecipar e satisfazer as necessidades dos
clientes, através da integração eficaz de inteligência ambiental com os sistemas operacionais e
de marketing; aplicar sistemas de valores economicamente, socialmente e ambientalmente
responsáveis; gerar resultados positivos, de longo prazo, em termos econômicos, sociais e
ambientais que sejam legitimados pelas partes interessadas.
3. Metodologia
3.1 Classificação da Pesquisa
A pesquisa classifica-se quanto a abordagem do tema em quantitativa. Quanto aos
objetivos, a pesquisa classifica-se como pesquisa descritiva, que segundo Malhotra (2011, p.
59), é um tipo de pesquisa conclusiva que possui como principal objetivo a descrição de algo,
geralmente características ou funções do mercado. Quanto ao procedimento, o método é o
Levantamento do Tipo Survey. Para Malhotra (2011), o método de survey envolve um
questionário estruturado dado a uma amostra da população e destinado a obter informações
específicas dos entrevistados.
3.2. Processo de Amostragem
Para a definição do processo de amostragem segue-se 5 etapas propostas por Malhotra
(2011, p. 271): definição da população-alvo, determinação da estrutura de amostragem,
seleção da técnica de amostragem, determinação do tamanho da amostra e execução do
processo de amostragem, como segue: a) Definição da População-alvo: a população-alvo foi
definida em termos de elementos, unidades de amostragem, extensão e intervalo de tempo.
Nesta pesquisa, a unidade de amostragem é o consumidor de produtos sustentáveis. Os
elementos entrevistados foram do sexo masculino e feminino, de 15 a 69 anos; a extensão
geográfica é o município de Erechim, norte do Rio Grande do Sul e o intervalo de tempo foi
outubro de 2014 a março de 2015. O tamanho da população é de 72.302 pessoas, calculado a
partir dos dados do IBGE (2015); b) Técnica de Amostragem: a amostragem é o processo
de retirada de informações dos "n" elementos amostrais, na qual deve seguir um método
adequado. Nesta pesquisa foi utilizada a amostragem não-probabilística; c) Determinação do
Tamanho da Amostra: as pesquisas descritivas e conclusivas, do tipo levantamento, exigem
amostras grandes e significativas.. Para o cálculo da amostra da pesquisa utilizou-se os
seguintes parâmetros estatísticos: Z = número do desvio padrão (1,96 para intervalo 95% de
confiança/margem de segurança); p = estimativa da proporção (50%); q = 1 – p (1 –
estimativa da proporção), sendo (p + q) = 100%, então q = 50%; e = erro amostral (desvio
padrão da proporção, 5%). A população considerada foi de população de 72.302 pessoas. A
fórmula utilizada para o cálculo do tamanho da amostra foi:n = Z² * p * q * N / [e² * (N – 1)
+ (Z² * p * q)]. Neste sentido, obteve-se uma amostra de 382 pessoas.
3.3 Procedimento de Coleta e Análise dos Dados
O instrumento de pesquisa quantitativa foi o questionário. Segundo Kotler e Keller
(2006), o questionário consiste em um conjunto de perguntas que são feitas aos entrevistados,
devido sua flexibilidade, é o instrumento mais utilizado para a coleta de dados primários. O
questionário foi elaborado em 4 blocos de questões: hábitos de compra e consumo (H1 a H4);
reciclagem (questões R1 a R4); Consciência ecológica (C1 a C7); e Economia de Recursos
(E1 a E4). Em todas as questões utilizou-se uma escala de 5 pontos: sempre (5), quase sempre
(4), às vezes (3), quase nunca (2) e nunca (1). Os dados foram analisados quantitativamente,
através de cálculos estatísticos de frequência, média e desvio-padrão das variáveis, com o
uso do Sistema estatístico SPSS .
4. Apresentação e Análise dos Dados da Pesquisa
A pesquisa envolveu o estudo dos hábitos de compra e consumo, atitudes em relação à
reciclagem e à economia de recursos, e os níveis de consciência ecológica dos consumidores.
4.1 Hábitos de Compra e Consumo
Neste item foram realizadas quatro perguntas, respectivamente: H1 = Se na compra de
produtos os consumidores preferiam os que usam embalagens que podem ser recicladas; H2 =
se compram produtos usados; H3 = se compram refil produtos para utilizar recipientes que já
possuem e, H4 = se tentam consertar coisas em vez de jogá-las fora. Os dados obtidos estão
apresentados na Tab. 1.
Fonte: Dados da pesquisa de Levantamento, 2014/2015.
Tab 1 – Hábitos de Compra e Consumo
4.2 Reciclagem de Produtos
As perguntas sobre reciclagem envolveram: R1 = se o consumidor separa objetos de
metal para reciclagem (latas de refrigerantes, enlatados, etc); R2 = se o consumidor separa
vidros para reciclagem (garrafas, frascos, vidros de conservas, etc); R3 = se o consumidor
separa papéis (jornais, revistas, livros, cadernos, etc) para reciclagem; R4 = se o consumidor
separa embalagens de plástico (sacolas, garrafas PET, copos descartáveis, etc) para
reciclagem. Em todos os itens avaliados em relação à reciclagem observou-se que a maioria
dos respondentes apontou que pratica a separação de materiais recicláveis, conforme apontam
os dados da Tab. 2.
Em relação à reciclagem, 75% dos entrevistados possuem esta atitude sempre ou
quase sempre em objetos de metal; 72% seguem esta atitude em relação aos papéis; e 71%
praticam a ação de reciclagem em objetos de vidros e de plásticos. Os dados apontam que na
compra de produtos com embalagens recicladas, 29% dos consumidores nunca ou raramente
compram produtos escolhendo embalagens recicláveis; já 31% apontaram que compram às
vezes e 40% compram sempre ou quase sempre. Na pergunta sobre a compra de produtos
usados, menos de 10% das pessoas entrevistadas compram produtos usados sempre ou quase
sempre; 40% compram às vezes e raramente e 52% nunca compram produtos usados. Quanto
a compra de refis de produtos, em torno de 55% compram sempre ou quase sempre e 28% às
vezes. Quando perguntados se tentam consertar coisas em vez de jogá-las fora 67,8%
responderam sempre e quase sempre possuem esta atitude. No item H3 e H4 não se conseguiu
detectar se os resultados apontam que é uma preocupação com o consumo sustentável ou uma
questão econômica.
Fonte: Dados da pesquisa de Levantamento, 2014/2015.
Tab. 2 – Reciclagem de Produtos
4.3 – Consciência Ecológica
Para identificar a consciência ecológica perguntou-se aos consumidores: C1 = nas
eleições para cargos públicos, prefere votar em candidatos que têm posições firmes em defesa
do meio ambiente; C2 = para de comprar em empresa que mostra desrespeito pelo meio
ambiente; C3 = muda de marca para comprar de empresas que demonstram maior cuidado
com o meio ambiente; C4 = costuma ler os rótulos dos produtos para ver se existem
informações sobre cuidados com o meio ambiente; C5 = procura influenciar as pessoas para
que sejam cuidadosas em relação ao meio ambiente; C6 = interessa-se por notícias relativas
ao meio ambiente; C7 = usa uma bolsa reciclável para fazer compras. Os dados estão
apresentados na Tab. 3.
Fonte: Dados da pesquisa de Levantamento, 2014/2015.
Tab 3 – Consciência Ecológica
Os dados parecem demonstrar que as pessoas estão mais conscientes quanto às suas
preferências eleitorais, preferindo votar em candidatos que tenham posições firmes em relação
ao meio ambiente, pois 32,98% responderam que tem esta atitude às vezes e quase sempre e
sempre 43% dos entrevistados. Quanto a atitude de comprar em empresas que demonstram
desrespeito ao meio ambiente, observou-se que em torno de 25% dos consumidores não
param ou raramente param de comprar, e 32,45% às vezes param de comprar, o que
representa uma ação não sustentável em relação ao consumo. Com relação às marcas, a
situação de compra há melhor consciência ecológica, tendo em vista que 27% nunca ou
raramente mudam de marca, mas 40% procurando comprar de empresas com maior
preocupação ambiental. Os dados apontam que os consumidores leem pouco os rótulos dos
produtos para verificar se há informações relacionadas aos cuidados com o meio ambiente,
pois 43,5% nunca ou quase nunca possuem esta atitude e somente 12,% leem sempre os
rótulos. A maioria dos consumidores entrevistados (58%), procura influenciar sempre ou
quase sempre as pessoas para que sejam cuidadosas em relação ao meio ambiente. Embora as
pessoas não tenham uma prática de consumo sustentável, elas se interessam por notícias
relativas ao meio ambiente, sendo que 61,5% quase sempre e sempre se interessam em ler
algo sobre o consumo sustentável. Os dados apontam que 45% nunca utilizam bolsa
reciclável para fazer suas compras e somente 6,33% as utilizam sempre, o que demonstra que
ainda há pouca consciência ecológica quanto aos malefícios ao meio ambiente em se utilizar
sacolas plásticas.
4.4 Economia de Recursos
Os dados em relação à economia de recursos foram obtidos através das seguintes
perguntas: ER1 = se o consumidor deixa aparelhos eletrônicos (TV, computador) ligados
quando não os está utilizando; ER2 = se os consumidores fecham as torneiras da pia ou do
chuveiro quando estão ensaboando os objetos, o corpo ou as mãos; ER3 = se os
consumidores deixam luzes acessas sem necessidade; e, ER4 = se os consumidores evitam o
consumo de embalagens desnecessárias (por ex. sacolas plásticas, caixas de papel). Os dados
estão expressos na Tab. 4.
Fonte: Dados da pesquisa de Levantamento, 2014/2015.
Tab. 4 – Economia de Recursos
Sobre a economia de recursos, constata-se que 57% afirmaram que nunca ou
raramente deixam aparelhos eletrônicos ligados quando não estão utilizando e, somente
5,54% sempre deixam tais aparelhos ligados. Dos consumidores entrevistados, 57%
afirmaram que quase sempre e sempre deixam as torneiras da pia ou do chuveiro quando
estão ensaboando objetos ou o corpo, contra 6,6% que nunca deixam ligadas. Dos
consumidores, 72% nunca ou raramente deixar luzes acessas sem necessidade e 7,12% quase
sempre ou sempre as deixam. Os dados apontam que existe uma atitude positiva em relação a
economia de energia, entretanto, não há a mesma preocupação em relação a água. Com
respeito ao consumo de embalagens desnecessárias, como sacolas plásticas e caixas de papel,
38% apontaram que às vezes e quase sempre evitam seus usos.
4.5 Análise das Médias e Desvio-Padrão dos dados
A Tab. 5 apresenta as médias e o desvio padrão das respostas a cada uma das
perguntas realizadas aos consumidores. As perguntas relativas aos hábitos de compra e
consumo tinham a mesma lógica, ou seja médias mais altas apontavam hábitos mais
sustentáveis. Neste sentido, o item H4 teve a maior média, com 3,91, apontando que os
consumidores tentam consertar coisas em vez de jogá-las fora, mas o H2 teve a menor média,
apontando que em média os consumidores não compram produtos usados. Em relação à
reciclagem, às médias das respostas ficaram em torno de 3,9, enfatizando que a reciclagem
de metais, vidros, plásticos e papéis é realizada quase sempre pelo consumidores. No bloco
seguinte, as médias apontavam o grau de consciência ecológica dos consumidores. Constatouse que a média ficou em torno de 3,1, o que representa que na escala utilizada as respostas
ficaram concentradas em “às vezes”, apontando que os consumidores precisam aumentar seu
nível de consciência ecológica, em especial, na leitura de costuma ler os rótulos dos produtos
para ver se existem informações sobre cuidados com o meio ambiente (C4), e no uso de
sacolas recicláveis (C7). As médias sobre economia de recursos exigem duas interpretações.
Menores médias para os itens E1 = se o consumidor deixa aparelhos eletrônicos (TV,
computador) ligados quando não os está utilizando e E3 = se os consumidores deixam luzes
acessas sem necessidade. Neste caso, a média E1 ficou em 2,31 e a E3 em 2,02, ou seja
apontaram que quase nunca possuem esta atitude, o que é um resultado positivo em prol da
economia de recursos. Já os itens E2 = se os consumidores fecham as torneiras da pia ou do
chuveiro quando estão ensaboando os objetos, o corpo ou as mãos e E5 = se os consumidores
evitam o consumo de embalagens desnecessárias (por ex. sacolas plásticas, caixas de papel)
deveriam ter médias maiores para mostrar economia de recursos. A média ficou em 3,4
apontando que às vezes os consumidores possuem esta atitude. Os itens H2, H4 e E3
apresentam um menor desvio-padrão em relação aos outros itens, o que permite dizer que em
relação aos produtos usados (H2), conserto de coisa (H4) e luzes acessas sem necessidade e
(E3), os dados apresentaram menos dispersões, ou seja, as respostas dos consumidores foram
muito semelhantes.
Fonte: Dados da pesquisa de Levantamento, 2014/2015.
Tab. 5 – Média e Desvio Padrão dos dados sobre consumo sustentável.
5. Considerações Finais
Diante da importância da sustentabilidade para a melhoria da qualidade de vida das
gerações presentes e futuras é preciso refletir sobre o consumo sustentável. As empresas
expressam que tem integrado preocupações econômicas, ambientais e sociais às operações de
seus negócios, buscando alcançar objetivos sustentáveis. Da mesma forma, os consumidores
estão buscando mais informações em relação a produtos e práticas sustentáveis. Mas até que
ponto esses consumidores possuem uma atitude mais sustentável? Esta pesquisa estudou
quatro aspectos relativos ao consumo sustentável: hábitos de compra e consumo, reciclagem,
consciência ecológica e economia de recursos. Constatou-se que os consumidores precisam
repensar suas práticas de consumo para agirem de forma mais sustentável.
Em relação aos hábitos de compra e consumo, os consumidores, na sua maioria
compram produtos com embalagens que podem ser recicladas e refis para reaproveitamento
das embalagens. Entretanto, a maioria não compra produtos usados e nem manda consertá-los.
Em relação à reciclagem observou-se que a maioria dos respondentes apontou que pratica a
separação de materiais recicláveis, como objetos de metal, papéis, vidro e plásticos. Quanto a
consciência ecológica, alguns aspectos pesquisados apontam que ainda há pouca consciência
em relação ao consumo sustentável. Pode-se citar que em torno de 25% dos consumidores não
param ou raramente param de comprar de empresas que não respeitam o meio ambiente; que
43,5% dos consumidores nunca ou quase nunca possuem leem os rótulos dos produtos para
verificar se há informações relacionadas aos cuidados com o meio ambiente e, 45% dos
consumidores nunca utilizam bolsa reciclável para fazer suas compras. Relativamente à
economia de recursos, observou-se que a maioria dos consumidores quase sempre ou sempre
deixam as torneiras da pia ou do chuveiro ligadas quando estão ensaboando objetos ou o
corpo e somente 38% apontaram que às vezes e quase sempre evitam o uso de embalagens
desnecessárias de papel ou plástico.
O consumo sustentável exige uma nova prática, tanto das empresas como dos
consumidores. O consumidor mais sustentável é aquele que deve fazer sua escolhas de
compra e consumo levando em consideração não somente qualidade e preço, mas o fato de
ser ambiental e socialmente correto. Para este consumidor o produto não pode ser prejudicial
à sociedade, pois o ato da compra e consumo sem levar os aspectos sociais, ambientais e
econômicos em consideração já
determina uma atitude negativa em relação à
sustentabilidade. O consumidor deve, portanto, analisar os benefícios e malefícios que estará
fazendo ao meio ambiente e ao social antes de comprar e consumidor determinado produto.
Da mesma forma é preciso que as empresas criem e ofereçam ao mercado produtos
mais sustentáveis, estimulando a mudança de hábitos de compra e consumo da população. Os
meios de comunicação devem intensificar informações no sentido de que as pessoas
incorporem ações ambientalmente e socialmente corretas, realizando práticas como: a
reciclagem, reutilização de embalagens, utilização de materiais não degradantes, economia de
recursos não renováveis, combate ao desperdício, dentre outras, com vistas ao bem estar da
sociedade atual e das gerações futuras.
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