criptozoologia e história das ciências no Brasil do século

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NAS SELVAS AMERICANAS UM MONSTRO CHAMADO LANDOCTOPUS:
CRIPTOZOOLOGIA E HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS NO BRASIL DO SÉCULO XIX.
Christian Fausto Moraes dos Santos1
Será no século XIX, em especial, que as sociedades científicas, caracterizadas então nos
vários museus e Institutos Históricos e Geográficos regionais, irão se multiplicar por todo o
Brasil. Nesse contexto, assistiremos a um intenso intercâmbio de notícias e artigos acerca de
descobertas de seres até então desconhecidos das Ciências. Entre tais notícias destacam-se as
veiculadas na Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia que informam, entre
outros fatos curiosos, a descoberta de homens com rabo no oriente, trogloditas caucasianos na
África e plantas carnívoras gigantes na América Central. O que pretendo discutir é, não
somente o quão verídicas essas notícias podiam ser consideradas, mas, principalmente, as
teorias e concepções que à época as endossavam. Neste sentido, uma questão teóricometodológica também é colocada: para além das discussões e métodos investigativos em
História que privilegiam um olhar do Imaginário ou das Representações, creio que tais fontes
documentais poderão trazer à baila novas informações acerca das sociedades científicas e dos
objetos de pesquisa das mesmas no Brasil do século XIX, quando investigadas a partir de uma
abordagem interdisciplinar presente na Historiografia das Ciências e Biologia Evolutiva.
Palavras-chave:
1
História das Ciências;
Interdisciplinaridade.
Século
XIX;
Teorias
da
História;
Historiador, Graduado em História e Mestre em Geografia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM),
Doutor em História das Ciências pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ) e Pós-Doutorando em História
Social Pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professor do Departamento de História, Pesquisador
do Laboratório de Arqueologia, Etnologia e Etno-História e professor convidado dos Cursos de mestrado em
Ciências da Saúde e Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
email: [email protected]
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