VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais 25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG A INFLUÊNCIA DA UMIDADE RELATIVA DO AR NA SAÚDE HUMANA EM ITUIUTABA - MG EMMELINE APARECIDA SILVA SEVERINO1 RILDO APARECIDO COSTA2 PAULO CEZAR MENDES³ RESUMO A presente pesquisa buscou investigar a possível influência existente entre a umidade relativa do ar e as internações por doenças respiratórias. Para isso, analisaram-se os dados de umidade relativa do ar mínima e máxima coletados em escala horária da Estação Meteorológica Automática de Ituiutaba/MG pertencente ao INMET- Instituto Nacional de Meteorologia. Para a coleta de dados referentes às enfermidades utilizou-se a Classificação Internacional de Doenças CID- 10ª, abordadas no capítulo X que trata das Doenças do Aparelho Respiratório, especificamente às Outras Infecções Agudas das Vias Aéreas Superiores (J00-J06), disponibilizados no portal DATASUS, para o ano de 2014. Concluiu-se que há a necessidade de se realizar estudos que investiguem a influência entre a umidade relativa do ar e o agravamento das enfermidades respiratórias da população. Palavras-chave: Climatologia Médica. Doenças Respiratórias. Cerrado. ABSTRACT: This research aimed to investigate the possible influence existing between the relative humidity and hospitalizations for respiratory diseases. For this, we analyzed the data on relative humidity of minimum and maximum air collected in hourly scale Automatic Weather Station Ituiutaba / MG belonging to INMET- National Institute of Meteorology. For the collection of data on illnesses used the International Classification of Diseases ICD-10th, addressed in Chapter X dealing with respiratory diseases, specifically to Other Acute infections of the upper respiratory tract (J00-J06), available on the portal DATASUS for the year 2014. It was concluded that there is a need to conduct studies to investigate the influence of the relative humidity and the aggravation of respiratory diseases of the population. Key words: Medical Climatology. Respiratory Diseases. Cerrado. 1 – Introdução As complexas interações existentes entre o ser humano e o meio ambiente são crescentemente abordadas em estudos e pesquisas, a fim de compreender esta relação principalmente, no que concerne às análises entre o clima e a saúde dos indivíduos. 1 Especialista em Ciências Ambientais, Mestranda no Programa de Pós Graduação em Geografia do Pontal/PPGEP, Universidade Federal de Uberlândia, [email protected]. ² Doutor em Geografia, Docente do Curso de Graduação em Geografia e do Programa de Pós Graduação em Geografia do Pontal/PPGEP, Universidade Federal de Uberlândia, [email protected]. ³ Doutor em Geografia do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia, [email protected] 2324 VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais 25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG Devido ao adensamento urbano, o elevado número de veículos circulantes e consequentemente, ao aumento da poluição do ar e degradação ambiental diretamente relacionado ao modelo de produção vigente, observa-se o lançamento na atmosfera de gases poluentes e de efeito estufa, dentre diversos outros impactos ambientais. Como consequência disto, o crescente número de patologias acometidas pela população está cada vez mais preocupante. A Grécia foi o berço de estudos pioneiros que buscavam compreender a influência dos fatores ambientais sobre o surgimento das enfermidades. “A Geografia Médica nasceu com Hipócrates e, portanto, com a própria história da medicina, quando em 480 a. C. aproximadamente, publicou sua famosa obra “Dos ares, das águas e dos lugares” (LACAZ, 1972, p. 9)”. “Um dos ramos da Geografia médica, a chamada Climatologia ou Meteorologia médica, alcançava grande desenvolvimento a partir de 1900, destacando-se o trabalho de PIERY (1934), com Traité du Climatologie Biologique et Médicale, em três volumes” (LACAZ, 1972, p. 10). A Climatologia Médica é um ramo da Geografia Médica, em que analisa o clima e sua relação com a saúde humana. Segundo LACAZ, (1972, p. 14) autores como ANNESDIAS (1884-1943); JOÃO DE BARROS BARRETO (1946-1947) e AFRÂNIO PEIXOTO (1876-1947) (LACAZ, 1972, p. 14), dentre diversos outros pesquisadores, realizaram uma contribuição de grande valor aos estudos de clima e saúde. Maximilien Sorre e Carlos Augusto Figueiredo de Monteiro desenvolveram primorosos trabalhos sobre a Climatologia geográfica. “A contribuição da Geografia, para a análise do ritmo e da variabilidade climática nos estudos de saúde, vem desde o início do século XX” (GROSSO, 2008, p. 41). Oliveira, (2009, p. 10) afirma que, “(...) as relações históricas travadas entre a ciência geográfica e as questões climáticas fazem com que tanto a Climatologia como a Meteorologia se façam presentes em muitos estudos e pesquisas realizados nos diversos programas de pesquisa e pós-graduação presentes no território nacional, bem como em diversas instituições e órgãos de pesquisas do país”. (OLIVEIRA, 2009, p. 10) De acordo com SILVA; MENDES (2012, p. 126), em suas análises realizadas “(...) acredita-se que em ambientes como os de Cerrado existam condições climáticas propícias ao agravamento de problemas respiratórios”. Principalmente, “no período de seca quando a 2325 VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais 25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG umidade relativa do ar atinge índices extremamente baixos e as queimadas ocorrem com maior frequência, comprometendo ainda mais a qualidade do ar”. De acordo com ANJOS; FERREIRA, (2011, p. 56) “as doenças oportunistas como as de ordem respiratória aumentam em períodos climáticos favoráveis, como no outono e inverno”. Os citados autores analisaram através da leitura de trabalhos desenvolvidos que abordam o estudo da “temperatura e a umidade relativa do ar, como causa de efeitos diretos e indiretos na saúde humana” sendo os autores dos referidos trabalhos “Nadal e Vide (1999), Mendonça, Bórax e Paula (2000), Pitton (2000), Lima (2000), Bejarán (2001), Souza (2007)”. SAMPAIO et. al, (2011, p. 8858) afirmam que “O Brasil possui uma grande diversidade climática atribuída dentre vários fatores a sua fisionomia geográfica, a extensão territorial, o relevo e a dinâmica das massas de ar.” Observa-se que essa dinâmica das massas de ar “atua diretamente tanto na temperatura quanto na pluviosidade, provocando as diferenciações climáticas regionais”. A Organização Pan-Americana da Saúde, (2003, p.07), afirma que “as doenças respiratórias também denominadas agravos não-transmissíveis, são responsáveis por 59% dos 56,5 milhões de óbitos anuais registrados”. Devido ao modo de ocupação do território bem como o modo de produção vigente, a poluição ambiental e do ar, a presença de partículas no ar, o agravamento das doenças respiratórias está sendo evidenciado. Diante desses fatores, verifica-se que “as pessoas com doenças respiratórias crônicas e principalmente a parcela infantil e de idosos da população urbana de todas as classes sociais são as mais atingidas por esses males” (DANNI-OLIVEIRA, 2008, p.116). Em seu trabalho, SILVA e MENDES, (2012, p. 126) analisaram que, a partir do “levantamento do número de internações por residência para o município de Patrocínio/MG, o clima pode favorecer o aumento do número de casos de doenças respiratórias”. SOUZA; SANT’ANNA NETO (2008, p. 81) constataram em seu estudo, que “dentro do quadro de enfermidades respiratórias, em Presidente Prudente, a maior causa de internação foi por Broncopneumonia (J180), seguida pela Pneumonia (J189) e a Asma (J459).” E ainda que, “o fator importante para maior gravidade das doenças respiratórias seja o somatório de todas as variáveis climáticas, relacionadas entre si.” E por fim, “que os elementos meteorológicos contribuíram para os agravos das vias respiratórias, porém, cada indivíduo possui singularidades em suas condições de vida e diferentes níveis de vulnerabilidade socioambiental”. 2326 VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais 25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG Em sua pesquisa, SILVA e MENDES, (2012, p. 131) apontam determinados autores, sendo eles Pinheiro e Amorim (2007), Lima e Mota (2011) e Saraiva et al (2012), que fizeram estudos analisando a existência de uma tendência do meio urbano apresentar temperaturas mais elevadas em comparação àquelas registradas no meio rural. Sendo assim, a concentração de poluentes (originários de queimadas e poeira) gerados no meio rural, se concentrarão no meio urbano devido à ação dos ventos, agravando os problemas respiratórios da população. SANTOS, et. al. (2012, p. 751) afirmam, em seu trabalho, que fatores como a “intensificação do adensamento populacional, frotas automotivas, implantação de indústrias, queima de biomassa, entre outros agentes, a poluição atmosférica tem se intensificado, sendo causa de graves problemas na qualidade de vida e, portanto na saúde das pessoas”. Deste modo, as enfermidades respiratórias são aquelas que são mais recorrentes, devido a estes condicionantes. O Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas a Agricultura da Universidade de Campinas/SP - CEPAGRI/UNICAMP - define a umidade relativa do ar, em termos gerais, como o “quanto de água na forma de vapor existe na atmosfera no momento com relação ao total máximo que poderia existir, na temperatura observada. É mais baixa no final do Inverno e início da Primavera, no período da tarde, entre 12 e 16 horas”. Ainda de acordo com o CEPAGRI/UNICAMP, existem diversos problemas que podem ser decorrentes da baixa umidade relativa do ar, sendo eles abordados a seguir: “complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas; sangramento pelo nariz; ressecamento da pele; irritação dos olhos; eletricidade estática nas pessoas e em equipamentos eletrônicos; aumento do potencial de incêndios em pastagens e florestas”. Esta umidade relativa do ar é analisada em valores sendo ela caracterizada de acordo com o CEPAGRI/ UNICAMP: “Entre 20 e 30% - Estado de Atenção; entre 12 e 20% Estado de alerta e Abaixo de 12% - Estado de Emergência”. Este Centro ainda faz um alerta à população de que “no período de Inverno e Primavera são registradas temperatura e umidade do ar, baixas, e aliadas aos ventos frios, provocam o aumento das moléstias respiratórias” e também, “devido à ação de poeiras e ácaros que se desenvolvem junto ao mofo e se acumulam nas roupas, cobertores, guardadas por longo tempo nos armários”. Deste modo, a presente pesquisa buscou investigar a possível influência existente entre a umidade relativa do ar e as internações por doenças respiratórias, utilizando a Classificação Internacional de Doenças CID- 10ª abordadas no capítulo X referente às 2327 VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais 25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG Doenças do Aparelho Respiratório, especificamente no que se referem às outras infecções agudas das vias aéreas superiores (J00-J06), disponibilizados no portal DATASUS. 2 – Material e métodos 2.1 – Localização da Área de Estudo O município de Ituiutaba foi escolhido como área de estudo para a presente pesquisa, sendo este localizado na mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, mais especificamente no Pontal do Triângulo Mineiro. Sua população é estimada no ano de 2015, em 103.333 habitantes em uma área territorial de 2.598,046 km² (IBGE, 2015). Figura 1 - Localização do município de Ituiutaba, MG. Fonte dos dados: GEOMINAS, 2010. Organização: MARTINS; COSTA, (2014). A cobertura vegetal é determinada pela existência de duas estações definidas, o tipo de solo, disponibilidade hídrica e características topográficas. Originariamente, esta cobertura vegetal é composta pelo Cerrado, apresentando características fisionômicas que englobavam formações savânicas e florestais (MENDES; QUEIROZ, 2011). O clima é determinado pela interação entre a dinâmica das massas de ar e os fatores climáticos locais, incluindo a continentalidade, a latitude e o relevo, sendo os registros dos 2328 VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais 25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG elementos climáticos uma resposta da interação entre os mesmos (MENDES; QUEIROZ, 2011). De acordo com a classificação definida por Köppen, o clima desta região é considerado como Aw, ou tropical de savana com a presença de duas estações bem definidas, sendo elas, uma seca e a outra chuvosa. De acordo com SAMPAIO et al. (2011, p.8858) “A classificação Climática de Köppen-Geiger é baseada no pressuposto, de que a vegetação natural de cada grande região da Terra é essencialmente uma expressão do clima nela prevalecente”. A temperatura do ar registrada no período de 1987 a 2009 evidencia que, as médias mínimas estão registradas nos meses de junho e julho, com 20,1°C e 20,7ºC, respectivamente. Já as temperaturas máximas são registradas durante o mês de outubro, com uma média de 26,7ºC (MENDES; QUEIROZ, 2011). 2.2 – Metodologia Com o intuito de analisar a influência da umidade relativa do ar no agravamento das doenças respiratórias no município de Ituiutaba/MG, foram analisados primeiramente os dados da umidade relativa do ar mínima e máxima para o ano de 2014. Esses dados foram coletados em escala horária da estação meteorológica automática de Ituiutaba – MG pertencente ao INMET - Instituto Nacional de Meteorologia. QUEIROZ; COSTA, (2012, p. 349), afirmam que, “A Estação Meteorológica de Ituiutaba, localizada na latitude 18º 57’ 10” S e longitude 49º 31’ 31” W e com uma altitude de 560 metros, distante aproximadamente 5 km da sede do município”. Justifica-se esse ano (2014), devido apresentar os dados mais completos da estação, por esta ser uma análise detalhada, a análise da influência da umidade e o agravamento das doenças respiratórias necessita de dados horários e completos. Logo após, buscou-se os dados referentes às internações por doenças respiratórias, utilizando a Classificação Internacional de Doenças (CID- 10ª) abordadas no capítulo X referente às Doenças do Aparelho Respiratório, especificamente no que se referem às Outras Infecções Agudas das Vias Aéreas Superiores (J00-J06), disponibilizados no portal DATASUS. 3 – Resultados e Discussões As regiões de Cerrado possuem uma variação da umidade relativa do ar significativa, podendo atingir uma amplitude de mais de 50%, em apenas um dia. Essa condição gera um desconforto para a população como um todo, mas principalmente as crianças e os idosos 2329 VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais 25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG são acometidos com uma intensidade maior, devido à vulnerabilidade dos mesmos. A relação saúde-doença é fator primordial nessa análise, pois é fato que essa amplitude e, principalmente, a umidade relativa do ar baixa influencia no agravamento das doenças respiratórias no município de Ituiutaba/MG. Antes de se entrar na discussão propriamente dita, é importante evidenciar a característica climática da região do cerrado do Triângulo Mineiro, que possui duas estações bem definidas, de abril a setembro se caracteriza por um período seco significativo, com índices pluviométricos baixos ou inexistentes. No período de outubro a março, tem-se o período chuvoso que se intensifica entre dezembro a fevereiro. Em relação à umidade, o problema maior está nos meses mais secos (gráfico 1), quando a umidade é muito baixa e sua amplitude não é significativa, alia-se a isso, os ventos moderados que ocorrem no período seco. Gráfico 1- Relação da Umidade Relativa do Ar (% Máxima e Mínima) e internações por Outras Infecções Agudas das Vias Aéreas Superiores em Ituiutaba/MG, no ano de 2014. Fonte: DATASUS. ORG.: COSTA; SEVERINO, 2016. Quando se trata então, de doenças respiratórias em uma região com condições climáticas severas (umidade baixa e ventos moderados, além do material particulado no ar) esses problemas podem ser agravados em uma intensidade maior. É o que se pode verificar no gráfico, em que os meses mais úmidos (novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e março) as internações por doenças respiratórias não foram tão significativas, representando 18,5% do total das internações. Essa quantidade se 2330 VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais 25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG explica, pelo fato de que os indivíduos acometidos por problemas respiratórios podem ficar em estado mais grave, quando se tem uma umidade alta. O período seco (meses de abril, maio, junho, julho e agosto) é responsável por 50,9% das internações, isso se deve por não se ter uma amplitude da umidade significativa, principalmente nos meses de junho, julho e agosto, em que a umidade variou entre 60% a 18%, possibilitando uma condição climática que permite o agravamento das condições respiratórias da população. Os idosos e as crianças são os mais afetados por esse cenário. Nesse trabalho, os meses de setembro e outubro foram separados, pois merecem uma análise. Observou-se que esses dois meses são de transição entre o período seco e o período chuvoso. Portanto, nota-se uma significativa amplitude (variando entre 95% a 11%) e com temperaturas elevadas, porém as chuvas ainda não são significativas (início do período chuvoso). Esses meses são responsáveis por aproximadamente 12% da precipitação do município. Portanto, nessa complexa condição climática tem-se 30,6% dos casos de internação. Podendo-se atribuir a isto, à elevada variação da umidade relativa do ar, à valores muito baixos da umidade mínima (aproximadamente 11%), aos ventos mais intensos, ao material particulado na atmosfera (poeira), à ausência de precipitações significativas e somando-se a isso, à vulnerabilidade da população idosa e a população de crianças. 4 – Considerações Finais Foi possível observar, que realmente as condições climáticas possuem influência nos casos de internações por problemas respiratórios. No cerrado mineiro essa condição, devido à sua complexidade, é significativa, como foi observada nos dados coletados. Embora, se saiba que outras condições climáticas (tais como a temperatura do ar, a precipitação, a pressão atmosférica, dentre outros) influenciem significativamente na condição da saúde do indivíduo. Neste trabalho buscou-se elencar apenas a umidade relativa do ar por acreditar-se que ela, nas condições de cerrado, é mais significante por possuir, além de suas variações, umidades muito baixas em um período em que a precipitação não é significante e a temperatura ser um pouco elevada, ou seja, é uma área de transição. As características como as particularidades de cada indivíduo, tais como a sua condição física, socioeconômica, psicológica, que podem interferir no estado de saúde de cada indivíduo, não foram levadas em consideração devido à sua extensa complexidade de 2331 VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais 25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG análise, mas que é sabido sua contribuição para o agravamento das enfermidades tanto respiratórias, como de modo geral, que afetam o estado de saúde dos indivíduos. Elenca-se, neste trabalho, a necessidade de se desenvolver estudos mais acurados sobre o assunto na região do cerrado. Pois, devido a não existência de uma série de dados horários mais significativos, observou-se a ausência de estudos sobre o assunto. Portanto, verifica-se a necessidade de se estudar a complexidade da influência da umidade relativa do ar no agravamento das enfermidades respiratórias da população. 5 – Referências ANJOS, I. B; FERREIRA, M. E. M. C. Estudo das internações por doenças respiratórias e a variabilidade climática em Maringá-Paraná. Geoingá: Revista do Programa de PósGraduação em Geografia Maringá, v. 3, n. 2, p. 56-81, 2011 ISSN 2175-862X (on-line). Disponível em: <http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/Geoinga/article/view/18485>. Acesso em: 27 abr. 2016. BARROS, Juliana Ramalho. Tipos de tempo e incidência de doenças respiratórias: um estudo geográfico aplicado ao Distrito Federal. 2006. v, 121 f. Tese (doutorado) Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas de Rio Claro, 2006. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/100078>. DANNI-OLIVEIRA, I. M. Poluição do ar como causa de morbidade e mortalidade da População urbana. R. RA´E GA, Curitiba, n.15, p.113-126, 2008. Editora, UFPR. Disponível em:< http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/raega/article/view/14249/9575>. Acesso em: 27 abr. 2016. LACAZ, Carlos da Silva; BARUZZI, Robert G.; SIQUEIRA-JÚNIOR, Waldomiro. Introdução à Geografia Médica do Brasil. São Paulo: Edgard Blücher, Ed. Da Universidade de São Paulo, 1972. MARTINS, F. P.; COSTA, R. A. A compartimentação do relevo como subsídio aos estudos ambientais no município de Ituiutaba-MG. Soc. & Nat., Uberlândia, 26 (2): 317-331, mai/ago/2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sn/v26n2/1982-4513-sn-26-20317.pdf>. Acesso em: 04 set. 2015. MENDES, P. C.; QUEIROZ, A. T. de. Caracterização climática do município de ItuiutabaMG. P.333-353. Geografia do Brasil Central: enfoques Teóricos e Particularidades Regionais. Anderson Pereira Portuguez, Gerusa Gonçalves Moura e Rildo Aparecido Costa. (Org). Uberlândia: Assis Editora, 2011. MINISTÉRIO DA SAÚDE. DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA DO SUS – DATASUS. Disponível em <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sih/cnv/nims.def>. Acesso em: 27 abr. 2016. NUNES. B. B. da; MENDES, P.C. Clima, ambiente e saúde: um resgate histórico. Caminhos de Geografia - Revista On Line. Uberlândia v. 13, n. 42 jun/2012 p. 258–269. Instituto de Geografia UFU. Programa de Pós-graduação em Geografia. Disponível em: 2332 VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais 25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG <http://www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/viewFile/17840/9790>. Acesso em: 06 mar. 2016. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Doenças crônico-degenerativas e obesidade: estratégia mundial sobre alimentação saudável, atividade física e saúde. / Organização Pan-Americana da Saúde. Brasília, 2003. 60 p.: il. Disponível em: <http://docplayer.com.br/3970966-Estrategia-mundial-sobre-alimentacao-saudavel-atividadefisica-e-saude.html>. Acesso em: 27 abr. 2016. QUEIROZ, A. T.; COSTA, R. A. Caracterização e variabilidade climática em séries de temperatura, umidade relativa do ar e precipitação em Ituiutaba – MG. Caminhos de Geografia. Uberlândia v. 13, n. 43 out/2012 p. 346–357. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/viewFile/19555/10537>. Acesso em: 30 Abr. 2016.1 SAMPAIO, M. S.; ALVES, M. C.; CARVALHO, L. C. SANCHES, L. Uso de Sistema de Informação Geográfica para comparar a classificação climática de Koppen-Geiger e de Thornthwaite. Anais XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Curitiba, PR, Brasil, 30 de abril a 05 de maio de 2011, INPE, p.8857-8864. Disponível em: <http://www.dsr.inpe.br/sbsr2011/files/p0988.pdf>. Acesso em: 02 mai. 2016. SANTOS, V. A.; SILVA, C. A. SCHNEIDER, H. Conexões Entre Clima e Saúde: Classificação e Quantificação das Ocorrências de Internações Hospitalares por Deficiências do Aparelho Respiratório dos Habitantes do Município de Dourados/MS de 2008 à 2011. REVISTA GEONORTE, Edição Especial 2, V.2, N.5, p.749 – 760 , 2012. Disponível em: < http://docplayer.com.br/14569453-Vladimir-aparecido-dos-santos-universidade-federal-dagrande-dourados-ufgd-vladimirvas-yahoo-com-br.html>.Acesso em: 02 mai. 2016 SARAIVA, A. L. B. C.; VALE, C. C.; ZANELLA, M. E. Temperaturas na zona urbana e na zona rural no município de Mossoró-RN. Revista Geonorte, v.2, n.5, 2012, p.600-612. Disponível em: <http://docplayer.com.br/9908967-Temperaturas-na-zona-urbana-e-na-zonarural-no-municipio-de-mossoro-rn.html>. Acesso em: 18 abr. 2016. SILVA, E. N. da.; RIBEIRO, H.; SANTANA, P. Clima e Saúde em Contextos Urbanos: Uma Revisão da Literatura. Revista Bibliográfica e Geografía y Ciencias Sociales. Universidad de Barcelona. Vol. XIX, nº 1092, 30 de septiembre de 2014. [Serie documental de Geo Crítica. Cuadernos Críticos de Geografía Humana]. Disponível em: <http://www.ub.edu/geocrit/b3w-1092.htm>. Acesso em: 05 mar. 2016. SILVA, R. E.; MENDES, P.C. O clima e as doenças respiratórias em Patrocínio/MG. Disponível em: http://www.observatorium.ig.ufu.br/pdfs/4edicao/n11/08.pdf. OBSERVATORIUM: Revista Eletrônica de Geografia, v.4, n.11, p. 123-137, out. 2012. Acesso em: 15 abr. 2016. SOUZA, C. G.; SANT’ANNA NETO, J. L. Ritmo climático e doenças respiratórias: interações e paradóxos. Revista Brasileira de Climatologia. 2008. Disponível em: <http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/revistaabclima/article/viewFile/25424/17043>. Acesso em: 28 out. 2015. 2333 VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais 25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG SOUZA, C. G. Ritmo climático e doenças respiratórias: interações e paradoxos. Dissertação. UNESP. Presidente Prudente- SP. 2008. Disponível em: <file:///D:/Documentos/Downloads/souza_cg_me_prud.pdf>. Acesso em: 19 abr. 2016. UNICAMP. CENTRO DE PESQUISAS METEOROLÓGICAS E CLIMÁTICAS APLICADAS A AGRICULTURA. Escala psicrométrica UNICAMP para indicação de níveis de umidade relativa do ar prejudiciais à saúde humana. Disponível em: <http://www.cpa.unicamp.br/artigos-especiais/umidade-do-ar-saude-no-inverno.html>. Acesso em: 27 abr. 2016. 2334