O MAMBEMBE 50 anos após a montagem histórica de “O Mambembe”, marco na trajetória do Teatro dos Sete, Almir Telles dirige o musical de Artur Azevedo, que estréia dia 3 de junho no Teatro Sesc Ginástico Dezoito atores e atrizes mais três músicos compõem o elenco da comédia musical “O Mambembe”, que estréia dia 3 de junho no Teatro Sesc Ginástico, com direção de Almir Telles, que também assina a adaptação do texto, e conta com os atores convidados Marcos Breda e Xando Graça. A equipe de artistas criadores é composta pelo diretor musical Alexandre Elias, a bailarina e coreógrafa Ana Vitória faz a direção de corpo, Felipe Habib a preparação vocal, Dani Sanchez a iluminação, Rafael Silva o cenário e figurinos. Claudio Botelho assina a supervisão musical do espetáculo. A temporada de estréia de “O Mambembe” acontece até o dia 11 de julho. Para esta montagem Almir Telles está recuperando as partituras originais (perdidas) com ajuda da gravação da histórica montagem de 1959, pelo Teatro dos Sete, que a atriz Fernanda Montenegro presenteou ao diretor. E, ainda, para comemorar os 20 anos de existência do Grupo Sarça de Horeb, criado e dirigido por Telles, o diretor convidou vários atores e atrizes que nessas duas décadas integraram o Grupo. “O Mambembe” é uma burleta – comédia satírica de costumes acompanhada de números musicais – escrita e estreada em 1904 pelo maior dramaturgo brasileiro no gênero dos musicais, Artur Azevedo, em colaboração com José Piza. O enredo é centrado nas personagens Laudelina (Fernanda Thuran), mocinha que deseja ser atriz, Frazão (Marcos Breda), o empresário do grupo mambembe, e Pantaleão (Xando Graça), coronel que financia as despesas do grupo com o intuito de conquistar o coração da jovem atriz. A causa do sucesso deste texto – considerada uma das melhores comédias do teatro brasileiro – reside na graça e simplicidade com que o autor aborda o teatro dentro do teatro, contando a história de uma trupe de atores e atrizes que se aventuram em uma excursão por lugarejos do interior, enfrentando todo tipo de dificuldade para realizar seus espetáculos e atrair o público. O Mambembe e o Teatro dos Sete Há 50 anos, um grupo de jovens artistas, entre eles Fernanda Montenegro, Sérgio Britto e Ítalo Rossi, resolveram fundar no Rio de Janeiro uma companhia teatral de alto nível, o Teatro dos Sete. Para a estréia, escolheram “O Mambembe”, que estreou na noite inesquecível de 12 de novembro de 1959, com uma encenação que marcou a história do teatro brasileiro. Era o resgate de um texto carioca, mas sobretudo, era um texto do grande idealizador e incentivador da campanha para a criação de um Teatro Municipal no Rio de Janeiro, o jornalista e dramaturgo maranhense, radicado no Rio de Janeiro, Artur Azevedo. O Mambembe e o Grupo Sarça de Horeb A ideia em montar “O Mambembe” não é nova, vem da fundação do Sarça de Horeb, em 1989, “é uma peça que o grupo sempre quis montar, um texto que o Almir sempre gostou, e foi ele quem me sugeriu o tema para a minha pesquisa feita pelo Programa de Bolsa de Iniciação Científica da FAPERJ, em 1995, intitulada: Artur Azevedo e O Mambembe - o abre-alas do teatro brasileiro”, declara Gustavo Guenzburger, ator e produtor do Grupo Sarça de Horeb. Ao contar esta história o Grupo Sarça de Horeb (www.sarcadehoreb.com.br) está contando um pouco dos 20 anos de sua própria história: a tradição de mambembar, as dificuldades do fazer teatral, a insegurança da profissão, a falta de apoio, o amor incondicional ao Teatro. As motivações que levam o grupo a produzir a “O Mambembe” na comemoração dos 20 anos de atividades, são as mesmas que o orientam desde sua criação: a busca de um teatro brasileiro e essencial, um entretenimento artístico que contribua na evolução do homem através do auto-conhecimento, do resgate e compreensão de suas raízes culturais. Ao mergulhar na pesquisa sobre aquela época, “o Sarça de Horeb descobriu um quadro não muito diferente de boa parte do teatro atual, principalmente entre grupos que viajam. Um teatro semi-profissional, carente de apoio, que tenta acompanhar as mudanças de seu tempo e, principalmente, impulsionado pela paixão cega de artistas abnegados, que sacrificam a vida pelo palco”, afirma Bernardo Cerveró, produtor do espetáculo. Direção musical Almir Telles e Claudio Botelho cultivam uma longa amizade desde os tempos em que Botelho frequentava as aulas de Almir no Teatro do Colégio São Vicente de Paulo. Em entrevista recente à revista Veja, Botelho revelou o modo como iniciou seu interesse pelos musicais “o professor Almir Telles me emprestou um LP do filme Oliver”, daí surgiu o seu primeiro musical O menino do dedo verde, nas escola usando as canções do LP. Em 1992 Almir Telles dirigiu com seu Grupo Sarça de Horeb uma adaptação musical de Botelho para o conto O Alienista, de Machado de Assis. Para “O Mambembe”, Botelho convidou o diretor musical Alexandre Elias para fazer parte da equipe. Três vezes indicado ao Prêmio Shell (2005, 2007 e 2009), Elias assinou direção musical de espetáculos como: “Um Certo Van Gogh”, “As aventuras de Zé Jack e seu pandeiro solto na buraqueira no país da feira”, “A hora e vez de Augusto Matraga” e “A Farsa da Boa Preguiça”. Com “O Mambembe”, no mês de junho Claudio Botelho estará em cartaz no Rio de Janeiro simultaneamente com três espetáculos, os outros são “Gypsi” e “Avenida Q”. FICHA TÉCNICA Elenco: Marcos Breda, Xando Graça, Joana Cabral, Fernanda Thuran, Gustavo Guenzburger, Clara de Andrade, Lucas Ponzi, Jean Beppe, Victor Garcia, Alexandre Salviano, Lucas Gutierrez, Sylvinha Miranda, Mariana Baldi, Monique Debouteville, Ray Lucas, Rodrigo Oliveira, Iury Kruchewsky e Paulo Menezes. Marco Antonni (Stand In) Direção e adaptação do texto original: Almir Telles Texto: Arthur Azevedo e José Piza Músicas: Assis Pacheco, Manoel Lopes e Alexandre Elias Direção Musical: Alexandre Elias Supervisão Musical: Claudio Botelho Direção de Corpo: Ana Vitória Iluminação: Dani Sanchez Figurinos e Cenários: Rafael Silva Preparação Vocal e Assistência de Direção Musical: Felipe Habib Pesquisa Musical: Gustavo Guenzburger Pianista Ensaiadora: Evelyne Garcia Músicos: Evelyne Garcia (teclado), Bezaleel Gomes (sopros) e Di Lutgardis (percussão) Assistente de Coreografia: Luciana Ponso Direção de Produção: Bernardo Cerveró Supervisão de Produção: Marília Milanez Design: Rico Vilarouca Ilustrações: Mario Alberto Produção de Cenários e Figurinos: Renata Lamenza Administração: Studart Dória Assistente de Produção: Jean Beppe Contra-Regra: Luciano Caldas Fotografia: Mauro Kury Internet: Lucas Ponzi Assessoria de Imprensa: Ney Motta SERVIÇO Teatro Sesc Ginástico Av. Graça Aranha 187, Centro. Tel. 2279-4027 Pré-Estréia (para convidados): 2 de junho às 19 horas Estréia (para público): 3 de junho às 19 horas Capacidade de público: 513 lugares Temporada: de quinta a domingo às 19 horas Duração: 100 minutos Ingressos: R$ 20,00 (inteira), R$ 10,00 (meia entrada) e R$ 5,00 (comerciários) Bilheteria: Terça-feira a domingo, das 13h às 20h. Venda antecipada até 18h. Classificação indicativa: Livre Duração: 90 minutos Até 11 de julho ATENDIMENTO À IMPRENSA Ney Motta | Arte Contemporânea Assessoria de Imprensa e-mail/skype: [email protected] tels. (21) 2539-2873 e 8718-1965