15 de junho de 2012 // Sexta-feira // Semanário Sardinha Captura cai 50%, preços disparam e pescadores desesperam Pág.22 OFERTA s grátis Bilhete estival para o F Party, Family Batalha lão Exposa 244 819 950 Praia do Pedrógão adia festival para ter melhor sardinha Pág.11 // Prémio Gazeta Imprensa Regional 2010 Ligue já , ssinante tes por a e h ) il te b n is (do existe ao stock limitado Pág.43 Produtividade Saiba o que fazem os deputados 6 do distrito Pág.6 www.regiaodeleiria.pt PUBLICIDADE Família A vida dos descendentes dos pastorinhos de Fátima Pág.34 83 Ofertas de emprego nesta edição Crise Luís Amado diz que ricos e poderosos estão perdidos Pág.8 Farmácias Bichos Classificados Necrologia 1 euro (IVA 6% incluído) // Diretor Francisco Rebelo dos Santos // Diretora Executiva Patrícia Duarte // Ano LXXVII // N.º 3926 Pág. 38 Pág. 40 Pág. 43 Pág. 45 PORTE PAGO REGIÃO DE LEIRIA ganha Prémio Diversidade Cultural Última Futebol AC Milão abre academia em Regueira de Pontes Pág.19 Monte Redondo Salinas da Junqueira são património ao abandono Pág.9 Turquel Aldeia do hóquei eufórica com percurso de sucesso da equipa Pág.18 Iniciativas REGIÃO DE LEIRIA P&R Manuel Mendes, vogal da nova Câmara de Comércio Luso-Colombiana Fotos: Joaquim Dâmaso A sexy Colômbia é mercado cada vez mais na moda Cláudio Garcia A Colômbia, uma economia de mercado em democracia há mais de 60 anos, é o único estado latino-americano que nunca entrou em incumprimento perante os credores. Com a corrupção e a criminalidade em queda, estudos internacionais consideram que se trata do quinto país no mundo que mais protege os investidores. E tudo isto pesa na estratégia da Jerónimo Martins, que escolheu a Colômbia, entre 43 possibilidades, para prosseguir a sua expansão internacional. “Não detetámos um risco superior àquele que encontrámos na Polónia em 1995”, diz Nuno Abrantes, chief strategy officer do grupo que detém a cadeia Pingo Doce. Nos próximos cinco anos, o governo colombiano quer investir 60 mil milhões de euros em estradas, portos, aeroportos e linhas férreas, o que constitui uma oportunidade para as empresas de construção, lembrou o embaixador em Portugal, Germán Santamaría Barragán, na segunda conferência “O nosso mercado é o mundo”, realizada terça-feira, em Monte Real, com organiza- 24 ção do REGIÃO DE LEIRIA e da LPMG consultores. Entre os dois estados, “as relações políticas e económicas nunca estiveram tão bem”, salientou o diplomata. O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho está na Colômbia a 23 e 24 deste mês e o presidente colombiano visitará Portugal ainda este ano. Mais: já em 2012, a AICEP abriu um escritório em Bogotá e nasceu a Câmara de Comércio Luso-Colombiana. A partir de setembro, as trocas com o país do café, onde vivem 47 milhões de pessoas, ficarão facilitadas graças a um tratado de livre comércio com a União Europeia. Não se trata do El Dorado, que algumas lendas localizam na Colômbia, mas de um mercado “extremamente interessante” para as empresas à procura de diversificação, notou Teresa Fernandes, da AICEP. Um caminho que a Adelino Duarte da Mota, de Pombal, já descobriu. “É um país com estabilidade que pode funcionar como plataforma para quem quiser vender na América Latina”, descreveu o diretor comercial Paulo Vigário. claudio.garcia @regiaodeleiria.pt Região de Leiria — 15 junho, 2012 Perfil População 47 milhões de habitantes num país tão grande como Portugal, Espanha e França em conjunto. Maiores cidades: Bogotá (9 milhões), Medellin (3,6) e Cali (2,9) e Barranquilla (2,1). Economia A quarta maior economia da América Latina, e uma das 30 mais fortes no planeta, cresceu 5,9% em 2011 e deverá acelerar 6% este ano. Exportações, importações e investimento estrangeiro têm subido. A inflação e o desemprego vão descendo, as taxas cambiais seguem estáveis e a dívida pública é reduzida. O salário mínimo ronda agora 258 dólares mensais. Mas as exportações de Portugal são incipientes: a Colômbia é apenas o nosso 57º cliente em 2012. Oportunidades Os motores do desenvolvimento colombiano são os minérios, as infra-estruturas, a agricultura, a inovação e a construção (há um défice de 500 mil casas). Outras razões para investir são a fiscalidade favorável , o mercado aberto, a tradição industrial e a qualificação da mão-de-obra. A Colômbia é um mercado alvo extremamente interessante (...) encontra-se numa fase positiva de mudança do seu patamar económico de desenvolvimento” Teresa Fernandes Chefe de gabinete do presidente da AICEP Portugal Global “Exportamos produtos para a indústria de louça sanitária (...) Nenhum problema de recebimento, muita seriedade, potencial de desenvolvimento” Paulo Vigário Diretor comercial internacional da Mota Ceramic Solutions “Não detetámos que a corrupção seja um problema em termos de investimento no país e há evidências concretas que essa é uma situação claramente sob controlo” Nuno Abrantes Chief Strategy Officer do Grupo Jerónimo Martins Germán Santamaría Barragán “Bogotá é mais segura do que Nova Iorque” O embaixador da Colômbia em Portugal garante que o país fez grandes progressos no combate à criminalidade A ideia de uma Colômbia insegura está ultrapassada? O problema da criminalidade existiu na Colômbia no passado como em muitos países sul-americanos, mas nos últimos dez anos tem havido uma política do Estado muito severa e a situação melhorou muitíssimo. Bogotá é uma cidade mais segura do que Chicago e Nova Iorque. Os portugueses sabem que a Colômbia é o quinto país no mundo que mais protege os investidores? Essa informação vem de organismos internacionais como o Banco Mundial e a OCDE em duas coisas fundamentais: o direito à propriedade e à não expropriação e a garantia de repatriamento de mais-valias e capitais. Quais as regiões com maior dinamismo na Colômbia? A Colômbia é um país muito grande, em que 80 por cento da população vive nas cidades. O maior dinamismo está em Bogotá, em segundo lugar Medellin, uma cidade industrial, depois Barranquilla, na costa caribenha, de onde se pode exportar para os Estados Unidos, e Cali, na costa do Pacífico, que permite as exportações para o Perú, Equador, Argentina e Chile. Que sectores oferecem melhores oportunidades? Eu creio que a construção de infra-estruturas, tecnologias de informação, serviços, turismo e hotelaria, cerâmica, vinhos e produtos agro-pecuários.