Jubileu das Cooperadoras Fátima, 31 de Maio de 2015 Reverendo Pe. Abílio Pina Ribeiro, Pe. Devendra (SVD), queridas Cooperadoras que estais a terminar o vosso retiro anual e demais Cooperadoras presentes, Jubiladas e seus familiares e amigos; caros Jovens Focos de Esperança que vos encontrai na reta final do vosso encontro dinamizado pelo tema: Com Maria levanta-te e anda. A todos saúdo com alegria e afeto no Senhor Jesus e agradeço a vossa presença amiga e estimulante. O Instituto Secular das Cooperadoras da Família, tem a alegria de celebrar, em pleno ano da Vida Consagrada e na Solenidade da Santíssima Trindade os 25 anos de Consagração das Cooperadoras Mª Antónia Sousa Leal, Maria Auzenda Duarte Pedrosa, Mª da Conceição Fernandes Pereira, Mª do Rosário Lopes Jordão, Mª José de Jesus Carvalho, Mª Pereira Antunes e Teresa de Jesus Abreu Silva Afonso e os 50 anos de Angelina Ferreira da Rocha, Eugénia de Jesus, Joaquina dos Santos Silva, Mª Amélia Gomes, Mª Ângela Pimentel Aguiar, Mª Arminda Gomes da Costa, Mª da Conceição Fernandes Pinheiro, Mª dos Prazeres Macedo Teixeira Rodrigues, Mª Manuela Nunes Caldeira e Margarida Martins de Almeida. Especialmente à jubiladas, recordo o desafio que São João Paulo II lançou às pessoas consagradas, agora reiterado pelo Papa Francisco: «Vós não tendes apenas uma história gloriosa para recordar e narrar, mas uma grande história a construir! Olhai o futuro, para o qual vos projeta o Espírito a fim de realizar convosco ainda grandes coisas» (VC 110). Celebrar o jubileu de 25 e 50 anos de consagração não é apenas fazer memória das maravilhas que Deus realizou em vós e convosco; não é apenas reavivar uma sequência de etapas onde Deus Pai, em Seu Filho Jesus, foi tecendo uma relação e construindo uma história de AMOR, mas é também e sobretudo, retomar forças para se relançarem na aventura de continuar a realizar esta vocação maravilhosa de Cooperadora da Família, construindo um Instituto mais conforme à sua identidade e missão, na Igreja e no mundo. É dia de ação de graças, mas também dia de responsabilidade acrescida. A fidelidade, que por graça de Deus vos conduziu até este dia, há-de, se fordes dóceis ao Espírito Santo, reflectir-se na vossa vida, no Instituto e na Igreja, num novo dinamismo missionário. Deixaivos re-apaixonar por Jesus Cristo, sentido da vossa vida e pela evangelização da Família, o coração da missão que Deus vos confiou. Neste ano tão especial, senti dirigida a vós (a todas nós) o pensamento do Papa Francisco, que nos desafia a “recriar e a saborear alegria do momento em que Jesus poisou sobre nós o Seu olhar de eleição e predileção”. Há-de ser a força d’Esse Olhar, re-saboreado, a impelirvos(nos) a uma entrega mais comprometida, em cada dia. Este momento celebrativo, desafia-nos a viver da fé, da esperança e do Amor, quais pedras basilares da vossa (nossa) vocação. Desafia-nos a viver numa permanente atitude de ação de graças pelo dom da vocação, este mistério indizível que trazemos dentro de nós, em vasos de barro. “Quem traz em si a memória de Deus, deixa-se guiar pela memória de Deus 1 em toda a sua vida, e sabe despertá-la no coração dos outros». Memória de ser chamado aqui e agora.» (Carta Circular aos Consagrados nº4) Deus é Amor… Deus é família… Esta certeza fundamenta e sustenta a nossa vocação de Cooperadoras da Família. Jesus Cristo o enviado do Pai torna-nos participantes deste grande mistério de Amor, convidando-nos a estar no coração do mundo com o coração de Deus, ao serviço da família”, para aí sermos expressão visivel da alegria, da ternura, da proximidade e da consolação de Deus, ou seja, como referem as nossas constituições, “protótipos da unidade familiar, que se pretende implantar na sociedade” (cf. Art. 8-a). Imersas num mundo agitado, distraído, consumista, e por vezes indiferente à Voz de Deus, celebrar 25 e 50 anos de vida consagrada, é sinónimo de coragem, doação, compromisso e testemunho de fidelidade criativa! É afirmar que a consagração é possível, como caminho de realização; pois cada uma destas Cooperadoras soube, como Maria, deixar-se surpreender pela novidade de Deus, acolher e responder ao Seu projecto de Amor, colocando as suas vidas de modo simples e discreto, ao serviço da Igreja no Instituto, segundo o carisma herdado do nosso Fundador “o cuidado da santificação da família” (art.6). Queridos Jovens Focos de Esperança!... Sêde jovens alegres e felizes, comprometidos com a vida, com a Igreja e com o mundo. Deixai-vos surpreender pela Eterna Novidade – Jesus Cristo o Senhor. Deixai-vos atrair por Ele! Dai-lhe o direito de Ele vos falar… Deixai que o Seu olhar ilumine e oriente as vossas escolhas!...Vivei a experiência do encontro com Ele!... Deixai-vos amar por Ele e sereis as testemunhas de que o mundo tanto precisa. Em nome das Cooperadoras que fizeram retiro e em nome do Instituto agradeço reconhecida, ao Reverendo Pe. Abílio Pina Ribeiro a orientação deste retiro, presidindo também a esta celebração tão simples quão plena de significado; ao Reverendo Pe. António Vidal pela sua discreta e generosa colaboração no atendimento às Cooperadoras e bem assim às Cooperadoras deste grupo que deram o melhor de si, para que o ambiente exterior fosse propício à interioridade e ao verdadeiro encontro com o Mestre. Às famílias das Cooperadoras e ao Jovens Focos de Esperança que quiseram partilhar connosco a alegria deste momento celebrativo, um sincero obrigada. Robustecidas no amor de Cristo, faço votos de que no final do dia tenhais um bom regresso a casa e aos locais de trabalho onde desempenhais a vossa profissão, qual espaço privilegiado para a realização da missão. Desejo que vivais felizes testemunhando a fé, a esperança, a grandeza, a bondade e a beleza da Trindade divina. Termino, parafraseando as palavras do Venerável Pe. Joaquim Alves Brás “Ouvi este grito! Há almas que esperam por vós, e não serão salvas sem que vós as ajudeis. A parte da vinha que nos foi marcada por Deus, para ser cultivada, ficará inculta se cada uma de vós não for fiel ao chamamento divino”. Maria Alice Marques Cardoso Fátima, 31 de Maio de 2015 2