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Gratidão de Servo
I Timóteo 1: 12-17
Introdução
Nas últimas duas semanas, falamos acerca da motivação de
Paulo ao escrever esta carta para seu amado filho, o jovem
Pastor da igreja de Éfeso chamado Timóteo. Essa igreja estava
passando por dois terríveis problemas.
1. Falsos ensinamentos e heresias, que levavam toda a igreja
ao engano;
2. Um Legalismo terrível que começava a rondar a igreja,
levando Paulo a conduzi-los ao uso da Lei.
A partir de então Paulo começa a dizer coisas importantes
acerca de seu ministério e de sua relação com Deus. O que
podia parecer uma carta de tristeza e dor, então se torna uma
carta de gratidão.
Talvez se estivéssemos recebendo essa carta tratando dos
problemas que enfrentaremos na comunidade, somado as
perseguições romanas, ao perigo de sermos presos ou até
mortos, logo desanimaríamos, sentiríamos medo e tristeza, e
pensaríamos: “Será que vale a pena tamanho esforço, será que
tenho mesmo que agüentar o que vivo no meio da igreja”. São
palavras já usadas por líderes de ministérios, mas tome o líder
apresentado neste texto como modelo.
Vers. 12-14 “Sou grato com aquele que me fortaleceu, a
Cristo Jesus nosso Senhor, que me considerou fiel,
designando-me para o ministério, a mim que em outro
tempo era blasfemo e perseguidor e insolente. Mas obtive
misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade.
Transbordou, porém, a graça de nosso Senhor com a fé e
o amor que há em Cristo Jesus.
Paulo começa falando de sua gratidão, mas gratidão por quê?
Pelas cadeias em que foi jogado? Pelas perseguições? Pelos
abandonos que sofreu e ainda viria a sofrer? Pela igreja de
Éfeso, desentrosada e sem amor?
Ele agradece por ter sido escolhido
A atitude de Paulo nos interessa porque seu agradecimento
surge do reconhecimento de que Cristo o escolheu, e não ele
escolheu a Cristo.
Jesus pôs as mãos sobre nossos ombros e disse: “Segue-me”.
Nos olhou dizendo: “Eu te farei de novo e te revestirei com
minha glória”. As vezes esquecemos disso e chegamos a dizer:
“Por que vim a Te conhecer?” ou “Por que escolhi a Jesus
como meu Senhor e Deus?”; e se as coisas não estão indo
bem, então achamos ser cabível a reclamação.
Mas compreender que Cristo nos transportou das trevas para a
sua maravilhosa luz, assim como fez com Paulo, muda tudo;
permitiu que não sofrêssemos Sua ira, mas obtivéssemos
perdão dos nossos pecados.
Eu sei que todos nós temos que fazer uma escolha, não
podendo perder de vista que Deus poderia ter nos recusado
como Vasos de Desonra, não abrindo nossos olhos e
permitindo que vivêssemos segundo nossos próprios pecados.
Paulo podia ter recusado a Cristo mesmo depois de tê-lo visto
no caminho de Damasco, como fez o Jovem Rico e os leprosos
que não voltaram.
permissão de apenas assistir; não... ele conheceu a grandeza
de servir.
Ele agradece por Deus ter confiado a ele sua obra
Ele agradece porque lhe foi dado poder
Paulo deixa claro que compreendia ser surpreendente ter
alcançado o perdão pelos seus dias de perseguidor, e mais que
isso, Jesus Cristo agora confiava a ele o apostolado.
Deus não apenas escolheu, confiou, permitiu que servisse, mas
ainda derramou poder sobre Paulo. Não importa se você é
suficientemente sábio ou inteligente para servir a Deus, pois
Ele está pronto para lhe dar poder sempre que precisar para
cumprir a Sua obra. Somos dignos desse poder? Somos
merecedores da honra de ministramos ou liderarmos? Muitos
acham que sim, mas a resposta está no versículo seguinte.
Nós dizemos muitas vezes que Deus é fiel. E você é fiel? È
tremendo saber que Jesus confia a nós sua obra, confia que as
pessoas o conheçam através de nossas vidas; Ele não apenas
nos perdoou, mas também nos reservou uma missão.
Conheci alguns cristãos saídos de uma casa de detenção, já
reabilitados, e pude perceber que apesar do povo de Deus
pregar a regeneração, as vezes não acredita nela. Eles saem
de lá procurando alguém que possa confiar neles e Jesus
confia em você para cumprir este papel.
Nós não gostamos de servir porque achamos que é limitado
demais para nós. Quem serve é sempre o menor no contexto
humano, mas no espiritual só pode servir aquele que tem o que
servir.
Vers. 15 e 16 “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação,
que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores,
dos quais eu sou o principal, mas por esta mesma razão
me foi concedida misericórdia, para que em mim, o
principal, evidenciasse Jesus Cristo a sua completa
longanimidade e servisse eu de modelo a quantos ao de
crer nele na vida eterna”.
Ele agradece por sua missão: Servir
Ele não agradece por ter recebido honras, mas por poder servir
ao seu Senhor, por fazer parte da história que Deus está
escrevendo. Agradece também por estar inserido nesse
maravilhoso plano de Deus, não foi deixado de fora com a
O líder que perde o sentimento descrito por Paulo neste trecho,
está em direção oposta a vontade de Jesus, não havendo
graça e nem poder em sua vida.
Paulo descreve que Jesus veio para os pecadores e essa é a
palavra da verdade; não podemos esquecer que apesar de não
vivermos mais no pecado, somos e seremos sempre pecadores
regenerados.
Não temos como nos achegar a Deus mostrando o quanto
somos bonzinhos, mas ao contrário, é preciso termos dentro de
nós um sentimento de impotência, como Paulo que se sentia o
principal dos pecadores. É claro que Paulo não é o principal
pecador do Novo Testamento, mas o reconhecimento da graça
sob a qual vivia é tão profundo e tão abençoador, que o fez
sentir o principal deles, desgostoso com seu pecado e com sua
condição miserável. E é nesse momento que Jesus pode nos
usar como modelo da graça, da misericórdia e do amor.
Paulo não era mais um perseguidor nos caminhos de
Damasco, mas entendia ser um pecador redimido, envolto na
grande misericórdia de Deus. Isso tornou seu coração grato e
como uma explosão espiritual, vivida por aquele que se sente o
principal dos pecadores. Assim ele diz:
“Ao Rei Eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e
glória pelos séculos dos séculos. Amém!”
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