1 A COMPETITIVIDADE DA CADEIA EXPORTADORA DE FLORES TROPICAIS DE PERNAMBUCO Manoel Xavier Pedrosa Filho 1 CPF: 026807054-75 Endereço: Rua José Brás Moscow 3034/301 Candeias, Jaboatão dos Guararapes-PE CEP:54410-390 E-mail: [email protected] Luis Andrea Favero2 CPF: 362666800-25 Endereço: Rua do Futuro 1385/302 , Recife-PE CEP: 52050-010 E-mail: [email protected] Número do grupo de pesquisa sugerido: 3 - Comércio Internacional. Forma de apresentação: Apresentação com presidente da sessão e sem a presença de debatedor Obs: Trabalho baseado em dissertação de mestrado em andamento. 1 Mestrando em Administração e Desenvolvimento Rural, Curso de Pós-Graduação em Administração e Desenvolvimento Rural – PADR-UFRPE. Professor Substituto do curso de graduação em Engenharia Agronômica – UFRPE. 2 Doutor em Economia Rural. Professor dos cursos de graduação em Economia Rural e de Pós-graduação em Administração e Desenvolvimento Rural – PADR-UFRPE. Sócio da SOBER. 2 A COMPETITIVIDADE DA CADEIA EXPORTADORA DE FLORES TROPICAIS DE PERNAMBUCO RESUMO O presente trabalho tem por objetivo enumerar os diferentes fatores que determinam a competitividade das exportações de flores tropicais no estado de Pernambuco. O setor de flores tropicais vem ganhando importância a cada dia dentro do cenário socioeconômico do estado, tendo em vista vários aspectos positivos apresentados pelo setor como as divisas geradas pelas exportações e também o papel da floricultura tropical como alternativa econômica, sobretudo na zona da mata pernambucana. O estudo de cadeia produtiva foi o método de análise escolhido para a execução deste trabalho. No que se refere à obtenção de informações utilizou-se consulta a documentos e base de dados, literatura especializada, internet, visitas de campo, como também informações de agentes-chave, pesquisadores, produtores e consultores envolvidos no processo de produção, pós-colheita e exportação de flores tropicais no estado de Pernambuco. O mercado mundial de flores vem apresentando crescimento anual de 10% desde a década de 90. Acompanhando esta tendência, Pernambuco é hoje o maior produtor nacional de flores tropicais, possuindo uma área cultivada de aproximadamente 115 ha, onde são produzidas 25 mil hastes semanais. No entanto, diversos gargalos têm dificultado ou, em alguns casos, inviabilizado as exportações Pernambucanas de flores tropicais para os diversos mercados internacionais, impedindo assim que os produtores possam se inserir de maneira competitiva nestes mercados. O setor exportador de flores tropicais de Pernambuco possui diversas características que se constituem em fatores de competitividade para o setor. A ausência de algumas ações, seja a nível governamental seja a nível produtivo, tem impossibilitado uma maior exploração dos potenciais elementos de competitividade existentes na cadeia produtiva principalmente no que se refere ao mercado externo. PALAVRAS-CHAVE: Flores tropicais, Exportação, Competitividade. 1 - INTRODUÇÃO 1.1 – PANORAMA DO MERCADO MUNDIAL DE FLORES O mercado mundial de flores vem apresentando crescimento anual de 10% desde a década de 90. Calcula-se que atualmente a área destinada ao cultivo de flores em todo o mundo seja de 190.000 hectares, movimentando cerca de 49 bilhões de dólares, desde a fase de produção até a entrega final (SEBRAE, 2002). De 2002 para cá, o Brasil obteve 90,8% de aumento no valor da dúzia das flores frescas que exporta. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, o preço médio passou de US$ 0,65 para US$ 1,24 a dúzia. Aposta em produtos nos quais o país é mais competitivo, maior variedade e abertura de novos mercados explicam esse ganho para o mercado. De acordo com o Ibraflor (Instituto 3 Brasileiro de Floricultura), gérberas, crisântemos para corte, lisianthus, antúrios e orquídeas são as flores frescas mais exportadas pelo país hoje. São Paulo é o líder em vendas externas de flores frescas, concentrando 76 % da receita e 68% da quantidade exportada pelo Brasil em 2004 (Quadro 1). Quadro 1 - Exportações de flores frescas em 2004. Valores em US$ FOB e quantidade em dúzia. US$ FOB % Quantidade % (dúzia) Brasil 4.877.165 100 4.604.848 100 São Paulo 3.704.278 76 3.162.470 68 Fonte: ALICEWEB Ainda com relação ao estado de São Paulo, é fundamental ressaltar a importância do Veiling Holambra que hoje constitui-se o principal centro de comercialização de flores e plantas ornamentais do Brasil, sendo também um importante centro consolidador de remessas de flores para exportação. Este centro é responsável por cerca de 40% do mercado nacional de flores e plantas ornamentais. O Veiling Holambra concentra a produção de cerca 279 empresas fornecedoras da macro região de Holambra e outras regiões produtoras do país, inclusive da Região Nordeste. Com a evolução da qualidade dos produtos que já conquistaram o mercado nacional de flores e plantas ornamentais e com a estabilidade econômica e cambial do país, o Veiling também está conquistando seu espaço no competitivo mercado externo. Apesar de atuar com exportações de flores há apenas alguns anos, hoje já existe um fluxo constante de produtos durante todo o ano para vários países, como os Estados Unidos, Holanda, Portugal, Canadá, Inglaterra, Uruguai, Emirados Árabes Unidos e Argentina. As flores brasileiras têm sido bem recebidas no exterior devido à sua qualidade, aos preços competitivos e aos serviços financeiros, administrativos e logísticos oferecidos pelo Veiling Holambra. As principais variedades exportadas são lírio, rosa, gérbera, lisianthus, antúrio, tropicais, cartamus, girassol, folhagens, orquídea, solidago, celosia e buquês, entre outras, totalizando 30 produtos (www.veiling.com.br). Neste contexto, o setor de floricultura no Brasil vem se expandindo e se destacando como uma nova alternativa de geração de emprego e renda no agronegócio nacional. O Brasil por possuir características como,clima e solo apropriados à produção de flores temperadas e tropicais, vem aumentando sua área cultivada estimada, atualmente, em 5.200 hectares e movimentando em torno de 2 bilhões de dólares. Destaca-se que das 200 espécies de flores mais cultivadas no Brasil, cerca de 166 são consideradas tropicais (JUNIOR, 2003). As flores tradicionais, de clima temperado, sempre foram às espécies que se colocaram no mercado. Em tempos mais recentes, descobriu-se que as flores tropicais, além de apresentarem uma beleza e profusão de cores bem especiais, somavam outras vantagens como a menor perecibilidade e resistência no transporte a maiores distâncias. O produto tem uma destinação bem específica: a ornamentação, que vai desde eventos festivos, datas comemorativas (Tabela 1) até cerimônias fúnebres. Com a expansão do turismo e a realização de eventos de toda sorte, a ornamentação de ambientes com flores naturais tem tido uma demanda crescente. 4 Tabela 1 - Principais comemorações mundiais de importância para o comércio de flores. Comemoração País Data Dia do trabalho Estados Unidos Setembro, 06 Ano novo Judeu Estados Unidos Setembro, 11 Semana da flor Estados Unidos Setembro, 19 a 25 Sweestest Day Estados Unidos Outubro, 16 Dia de ação de graças Estados Unidos Novembro, 25 Hanukkah Estados Unidos Dezembro, 04 Dia de Natal Estados Unidos Dezembro, 25 Dia de San Patrício Estados Unidos Março, 17 Primeiro dia da Páscoa Estados Unidos Abril, 20 Judeu Dia da Páscoa Estados Unidos Abril, 23 Dia da memória Estados Unidos Maio, 29 Dia de ação de graças Canadá Outubro, 11 Ohigan (inicio do outono) Japão Setembro, 23 Dia do Professor Rússia Outubro, 03 Dia de todos os Santos Espanha, França, Itália Novembro, 01 Dia da Memória França, Itália, Holanda Novembro, 02 Ano Novo Japão, Rússia Janeiro, 01 Dia de San Valentin Estados Unidos, e Países Europeus Fevereiro, 14 Dia internacional da mulher Vários países Março, 08 Ohigan (inicio da primavera) Japão Março, 18 a 24 Dia das Mães Inglaterra Abril, 02 Dia das Mães Espanha, Luxemburgo Maio, 07 Dia das Mães Japão, China, Alemanha, Itália, Maio, 14 Holanda, Estados Unidos Dia das Mães França Maio, 28 Dia do trabalho Alemanha, França, Espanha Maio, 14 Dia da Vitória Rússia, França Maio, 09 Último dia de aula Rússia Maio, 25 Festa dos Colégios Rússia Junho, 23 Shinbon (Festa dos Mortos) Japão Junho, 13 a 16 Dia da Independência França Julho, 14 Kyubon (Festa dos Mortos) Japão Agosto, 13 a 16 Fonte: Adaptado de LAMAS (2002). 2 – REFERENCIAL TEÓRICO ESTUDO DE CADEIAS PRODUTIVAS E COMPETITIVIDADE A complexidade gerada pela globalização dos mercados e a importância de se observar os diversos elos de uma cadeia de valor, justifica o emprego de métodos de análise sistêmicos que abranjam, de maneira integrada, todos os atores e elos da cadeia produtiva. 5 Já em 1957 John Davis e Ray Goldberg, enunciaram o conceito de agribusiness como sendo “a soma das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, das operações de produção nas unidades agrícolas, do armazenamento, processamento e distribuição dos produtos agrícolas e itens produzidos a partir deles”. Segundo esses autores, a agricultura já não poderia ser abordada de maneira indissociada dos outros agentes responsáveis por todas as atividades que garantiriam a produção, transformação, distribuição e consumo de alimentos. Passou-se a considerar as atividades agrícolas como fazendo parte de uma extensa rede de agentes econômicos que iam desde a produção de insumos, transformação industrial até armazenagem e distribuição de produtos agrícolas e derivados (BATALHA, 1997). A análise de Filières ou análise de cadeias de produção possui diversas definições, e entre elas vale destacar a de Morvan, que procurando sintetizar e sistematizar estas idéias, enumerou três séries de elementos que estariam implicitamente ligados a uma visão em termos de cadeia de produção: 1 - A cadeia de produção é uma sucessão de operações de transformação dissociáveis, capazes de ser separadas e ligadas entre si por um encadeamento técnico; 2 - A cadeia de produção é também um conjunto de relações comerciais e financeiras que estabelecem, entre todos os estados de transformação, um fluxo de troca, situado de montante a jusante, entre fornecedores e clientes; 3 - A cadeia de produção é um conjunto de ações econômicas que presidem a valoração dos meios de produção e asseguram a articulação das operações (BATALHA, 1997). Ainda segundo Batalha, os três macrossegmentos que, de jusante a montante, podem constituir uma cadeia produtiva são a comercialização, a industrialização e a produção de matérias-primas. Dentro deste contexto, a análise de cadeias de produção mostra-se uma importante ferramenta metodológica para o estudo da competitividade dos agentes produtivos. Do ponto de vista das teorias de concorrência, a competitividade pode ser definida como a capacidade sustentável de sobreviver e, de preferência, crescer nos mercados correntes ou em novos mercados. Decorre desta definição que a competitividade é uma medida de desempenho das firmas individuais, o qual, no entanto, depende de relações sistêmicas, já que as estratégias empresariais podem ser obstadas por gargalos de coordenação vertical ou de logística (ZYLBERSZTAJN, 2001). Michael Porter (1989) identificou como um dos elementos-chave das vantagens competitivas a presença de fornecedores e distribuidores internacionalmente competitivos, explicitando as relações verticais de dependência que são subliminares ao desempenho positivo das firmas. As estratégias e a competitividade dependem, em primeiro lugar, do ambiente institucional. Aí estão os sistemas legais de solução de disputas, as políticas macroeconômicas (principalmente a monetária, a fiscal e a cambial), as política tarifaria e comercial, e as políticas setoriais adotadas pelo governo, assim como por governos de outros Países (parceiros comerciais e concorrentes). Nesse sentido, destacam-se a crescente importância das barreiras não-tarifárias e dos controles fitossanitárias, os instrumentos de retaliação comercial e, em um contexto mais amplo, a formação de blocos econômicos e a atuação das empresas transnacionais. Os 6 ambientes organizacional (organizações que dão apoio aos negócios privados) e tecnológico completam as variáveis determinantes da competitividade individual e sistêmica (ZYLBERSZTAJN, 2001). 3 – METODOLOGIA A caracterização e análise dos elementos que compõe a cadeia exportadora de flores tropicais do estado de Pernambuco, e de seu ambiente geral, supõe a existência de um variado conjunto de fatores que afetam, de maneira positiva ou negativa, o desempenho competitivo do setor. Assim, buscou-se, no presente trabalho, identificar esses elementos à luz do referencial teórico-conceitual que baseia o presente estudo, de maneira a obter uma visão ampla da competitividade do setor em questão. No que se refere à obtenção de informações foram utilizados os seguintes procedimentos: Consulta a documentos, base de dados, literatura especializada, Internet e participação em eventos relacionados ao tema; Visitas de campo, contato com produtores e exportadores Contatos com agentes-chave: pesquisadores, técnicos e consultores envolvidos no processo de produção e exportação de flores tropicais. 4 - AS EXPORTAÇÕES DE FLORES TROPICAIS NO BRASIL A participação brasileira no mercado mundial de flores ainda é bastante discreta. Segundo dados da secretaria de comércio exterior, esta participação é de apenas 0,2%. Apesar disso, o momento é bastante oportuno para mudanças, pois existem três elementos que representam grandes chances para o crescimento das exportações das flores brasileiras. São eles: a expansão do plantio de flores para a Região Nordeste, a desvalorização cambial e o incentivo do governo através do projeto Florabrasilis. A produção nacional de flores tropicais é quase na sua totalidade, absorvida pelo mercado interno, o mesmo não ocorrendo em outros países como Costa Rica e Equador onde a produção é voltada para exportação. A exportação de flores tropicais para os mercados europeu e norte-americano gera oportunidades de negócios ainda pouco exploradas (LAMAS, 2002). Enquanto no mercado interno as flores tropicais ainda são pouco valorizadas, no exterior, ocorre o contrário. Dependendo da flor, o preço de R$ 1,50 por unidade para o atacado no mercado local pode alcançar o valor de US$ 10, o equivalente a R$ 36,00 no exterior. (ICEPA, 2004). No entanto, atualmente o Brasil vêm iniciando a exportação de volumes representativos de flores tropicais para diferentes mercados, sendo tal fenômeno verificado em vários estados do nordeste, sobretudo em Pernambuco e Alagoas, onde vários fatores, entre eles a crescente saturação do mercado interno e a possibilidade de melhores ganhos no mercado externo tem levado a criação de associações, cooperativas e grupos com o objetivo principal de exportar seus produtos. Porém, verifica-se a presença de gargalos que vêm não só prejudicando a competitividade dos exportadores de flores tropicais, como também dificultando a entrada de novos produtores na atividade exportadora. 7 Neste contexto, este artigo busca avaliar o nível de competitividade da cadeia de flores tropicais, e conseqüentemente apontar os principais gargalos e vantagens competitivas que influem no desempenho das exportações. 4.1 – AS EXPORTAÇÕES DE FLORES TROPICAIS EM PERNAMBUCO Atualmente Pernambuco é o maior produtor nacional de flores tropicais e o sexto de flores temperadas do país, reúne cerca de 197 produtores que se articulam em diversas associações, gerando em média, 800 empregos diretos num setor que, nos seus primeiros passos, já movimenta R$ 36 milhões por ano ( SEBRAE, 2002). O estado possui uma área cultivada de flores tropicais de aproximadamente 115 ha, onde são produzidas 25 mil hastes semanais, sendo 5 mil consumidas em Pernambuco. Cerca de 90% das flores tropicais produzidas no estado abasteça o mercado nacional e o restante destina-se aos compradores internacionais, principalmente para o mercado europeu com destaque para Portugal, Inglaterra e Holanda (ANDRADE, 2003). Na área total são cultivadas com cerca de 50 variedades de flores tropicais entre Heliconias, Alpinias, Bastão do imperador, Zingiber, Tapeinóchilos, Antúrios, Orquídeas, etc. e também folhagens tropicais como palmeiras, dracenas, filodendros, papiros, entre outras (AKI, 2002). Se por um lado existe uma grande produção que vem crescendo anualmente já causando inclusive certa saturação no mercado interno, por outro há um amplo mercado externo que oferece amplas oportunidades,em particular para as chamadas flores “exóticas”, representado principalmente pelos países Europeus. O consumo médio per capita de flores no Brasil é de US$ 7, enquanto na Alemanha chega a US$ 200. (ICEPA, 2004). No entanto, diversos gargalos têm dificultado ou, em alguns casos, inviabilizado as exportações Pernambucanas de flores tropicais para os diversos mercados internacionais, impedindo assim que os produtores possam ingressar de maneira competitiva nestes mercados. É importante ressaltar que os dados referentes às exportações totais de flores frescas do estado de Pernambuco se referem exclusivamente as flores tropicais, haja vista que toda a produção de flores temperadas do estado é vendida no mercado interno. Entre os anos de 2002 e 2004 as exportações pernambucanas de flores tropicais cresceram 450 e 2027% em valor US$ FOB e quantidade (dúzia) respectivamente (Quadro 2). Quadro 2 - Exportações Pernambucanas de flores tropicais em 2002, 2003 e 2004. Valores em US$ FOB e quantidade em dúzia. US$ FOB Quantidade (dúzia) 2002 11.876 472 2003 19.049 7.846 2004 65.349 10.040 Fonte: ALICEWEB 8 A Europa é o principal destino dessas exportações representando 99,98 % da receita total exportada em 2004. A Itália foi o maior importador de flores tropicais pernambucanas, absorvendo 69,72% da receita das exportações de 2004, seguido de Portugal e Reino Unido (Quadro 3). O Estados Unidos é um mercado ainda pouco explorado pelos exportadores pernambucanos tendo participado com apenas 0,25% da receita das exportações em 2004. Este fato aponta para o grande potencial de mercado para as flores tropicais de Pernambuco que ainda está por ser explorado, tendo em vista que os Estados Unidos constituem-se um grande importador e consumidor de flores e plantas ornamentais. Quadro 3 - Exportações Pernambucanas de flores tropicais por país de destino em 2004. Valores em US$ FOB . US$ FOB % Itália 45.567 69,72 Portugal 9.211 14,09 Reino Unido 5.238 8,01 Alemanha 4.612 7,05 França 545 0,83 Estados 164 0,25 Unidos Paises Baixos 12 0,02 TOTAL 65.349 100 Fonte: ALICEWEB No entanto, apesar do crescimento no volume exportado, Pernambuco apresenta um volume pouco expressivo diante das exportações brasileiras. Em 2004 o estado representou apenas 1,33 e 0,21% do total de flores frescas exportado pelo Brasil em receita e quantidade respectivamente (Quadro 4). Quadro 4 - Exportações de flores frescas em 2004. Valores em US$ FOB e quantidade em dúzia. US$ FOB % Quantidade % (dúzia) Brasil 4.877.165 100 4.604.848 100 Pernambuco 65.349 1,33 10.040 0,21 Fonte: ALICEWEB 5– CARACTERIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS ELEMENTOS EXPORTADORA DE FLORES TROPICAIS DE PERNAMBUCO DA CADEIA 5.1 -ÂMBITO GOVERNAMENTAL: No âmbito governamental diversas ações têm sido executadas no sentido de dar mais competitividade ao setor no que se refere às exportações. 9 Neste contexto merecem destaque as ações desenvolvidas pelo SEBRAE, como a realização de feiras e eventos, o diagnostico da floricultura em Pernambuco, viabilização da ida de produtores em missões e feiras internacionais. O APEX (Agência de Promoção das exportações do Brasil) e o IBRAFLOR (Instituto Brasileiro de Floricultura) também têm exercido um trabalho junto ao setor de flores tropicais do estado de Pernambuco através do programa Florabrasilis, onde as atividades abordam as fases de definição do plano estratégico para exportação, levantamento e manutenção da base de dados, suporte promocional e mercadológico, promoção e marketing. No que diz respeito a ações por parte do governo estadual nota-se uma insatisfação por parte dos produtores que, segundo JUNIOR (2003), alegam que há uma ausência por parte do governo do estado no que se refere a ações para alavancar o setor. Tal fato é evidenciado quando se observa outros estados como por exemplo o Ceará e Alagoas, onde uma maior intervenção por parte do estado na cadeia produtiva de flores tropicais propiciou um significativo avanço, e hoje esses estados já são grandes exportadores de flores tropicais. É importante ressaltar ainda os papeis da Universidade Federal Rural de Pernambuco e da Delegacia Federal do Ministério da Agricultura, que junto ao setor, tem dado apoio nas áreas de pesquisa e produção de flores tropicais no estado de Pernambuco. 5.2 - LOGÍSTICA: Na cadeia de flores tropicais, é impossível pensar em estoques, pois se trata de um produto extremamente frágil e de vida pós-colheita muito curta. Devido a alta perecibilidade das flores, é necessário utilizar o modal aéreo para o transporte do produto para os países importadores tendo em vista a maior rapidez deste sistema de transporte quando comparado com o transporte marítimo. Em Pernambuco as exportações tem sido efetuadas principalmente através do Aeroporto Internacional dos Guararapes em Recife. Tal aeroporto apesar de não possuir estrutura de refrigeração para as flores, apresenta como vantagem o fato de estar localizado próximo às áreas de produção e facilidade de acesso aos principais mercados importadores, principalmente a Europa, estando a aproximadamente 7:30 h de vôo dos principais aeroportos de entrada da Europa, e possuindo uma alta freqüência semanal de vôos para este continente. Neste contexto a localização geográfica de Pernambuco e o grande número de vôos comerciais vindos da Europa para o estado, são fatores fundamentais para a consolidação da vantagem competitiva da estrutura aeroportuária Pernambucana. Porém, em alguns casos os fluxos são truncados, dificultando a logística; muitas flores saem do estado, vão para São Paulo e, depois, seguem o destino para os EUA e Europa. A inabilidade, por vezes, de quem manuseia o produto, deprecia-o, causando a insatisfação do consumidor final. O presidente da Florexport (Associação dos exportadores de flores de Petrolina), Armando Malul, afirma que as exportações de flores produzidas em Petrolina serão facilitadas pelo know-how logístico desenvolvido nas operações de envio de uvas e mangas para a Europa e poderão ter como ponto de partida os aeroportos do Recife, Salvador e Fortaleza. Também encontra-se em estudos a possibilidade de formação de um pool de exportação com os produtores de flores temperadas de Holambra, em São Paulo, o que pode abrir novos horizontes para a produção de flores tropicais no semi-árido. 10 (CAVALCANTI,2004). Tabela 2 - Principais características da logística de exportação de flores de corte. (SÁ, 2002). • Papel da consolidadora de cargas: Importante elo de ligação entre as exportadoras e as companhias aéreas. • Transporte: Importância das condições e procedimentos de transporte para manutenção da qualidade das flores. • Pagamento do frete: Estabelecido através de acordos entre as exportadoras e seus clientes. • Seguro da carga: Divergências entre os diversos atores da cadeia na responsabilidade sobre a carga. • Tecnologia de informação: Baixo índice de utilização de ferramentas de tecnologia da informação. Levando-se em consideração o fato de que a maior parte da área de produção de flores tropicais do estado está concentrada na zona da mata e região metropolitana do Recife, verifica-se um aspecto positivo que é a proximidade dessas áreas com o aeroporto Internacional do Recife/Guararapes, o que proporciona um baixo custo e um menor tempo de transporte rodoviário até o referido aeroporto. 5.3 - ORGANIZAÇÕES DE PRODUTORES: Segundo JUNIOR (2003), atualmente o estado de Pernambuco possui cinco associações e uma cooperativa de produtores de flores tropicais, sendo elas: o AFLORA – Associação dos produtores de flores e folhagens tropicais do Alecrim. o AMA – Associação dos produtores de flores e plantas tropicais da mata atlântica de Pernambuco. o CABO FLORA – Associação dos produtores de flores e plantas tropicais do Cabo de Santo Agostinho. o FLOREXPORT – Associação dos exportadores de flores de Petrolina. o RECIFLORA – Associação dos produtores de flores tropicais de Pernambuco. o FLORESPE – Cooperativa dos produtores de flores e plantas tropicais de Pernambuco. Vale ressaltar ainda a criação, por parte da então secretaria de agricultura do estado de Pernambuco, no ano de 1998 do Comitê Pernambucano de Floricultura e Plantas Ornamentais, reunindo importantes agentes da cadeia produtiva da floricultura no estado, visando otimizar o setor. Em seguida, a federação da agricultura do estado de Pernambuco (FAEPE) ao identificar a potencialidade de crescimento do setor e a sua importância econômica e social instituiu a Comissão Pernambucana de Floricultura que congrega, apenas, produtores de flores tropicais e temperadas. (JUNIOR, 2003). 11 5.4 – ALGUNS ITENS DOS CUSTOS DE EXPORTAÇÃO: A determinação do preço de exportação das flores é influenciada por duas forças que atuam em direções opostas. Por um lado, o custo de produção e a meta de lucro máximo tendem a elevar o preço; por outro, as pressões competitivas no mercado internacional induzem à redução no preço. Além dos custos de produção (Ver tabela 7) outros itens compõe os custos de exportação de flores tropicais, sendo os principais: o Despachante; o Taxas de armazenamento; o Taxa de emissão de certificado fitossanitário; o Custos administrativos (ligações telefônicas internacionais, pessoal, etc.); o Transporte rodoviário até o aeroporto o Transporte aéreo (incluindo seguro) o Comissão de agente no exterior, etc. É importante ressaltar a relevância do custo de transporte aéreo dentro da composição final do preço de exportação das flores tropicais produzidas no estado, tendo em vista o alto custo do modal aéreo em comparação com o marítimo. No caso de flores o frete aéreo chega a representar até 50% do custo de exportação. Outro ponto importante diz respeito ao custo de produção das flores tropicais, que no caso de Pernambuco apresenta-se como um elemento favorável a competitividade do setor, tendo em vista vários fatores como: condições favoráveis de clima e solo, boa disponibilidade de mão-de-obra, custo da terra relativamente baixo, entre outros aspectos que contribuem na formação de um menor custo de produção se comparado com outras regiões do Brasil e do mundo. Tabela 3 - Custos anuais de produção de 1 hectare de flores tropicais após o 4º ano de produção (ano de estabilização da produção) ESPECIFICAÇÃO R$ FIXAS 20.521,20 Colheita e transporte interno 5.257,00 Pós-colheita 4.207,00 Pró-labore 3.600,00 Tratos culturais 3.150,00 Manutenção de veiculo 1.200,00 Diversas 977,20 Telefone 960,00 Contador 600,00 Energia elétrica 360,00 Tratos fitossanitários 210,00 VARIAVEIS 11.492,50 Material de embalagem 9.382,00 Insumos 2.110,00 TOTAL 32.013,70 Fonte: Adaptado de LAMAS (2002). Obs: Produtividade estimada de 15.000 hastes/hectare/ano % 100 25,62 20,50 17,54 15,35 5,85 4,76 4,58 2,92 1,75 1,02 100 81,64 18,36 - 12 5.5 - PRINCIPAIS FLORES EXPORTADAS: Dentre as principais espécies de flores tropicais exportadas pelos produtores Pernambucanos pode-se destacar: o Helicônias - Pequenas, Médias, Grandes, e Pendentes; o Gingers – Alpinias, Bastões do Imperador, e Zingiber; o Costus – Tapeinóchilos, Costus speciosus, French Kiss, e Barbatus; o Outros – Talos de Costus stenophillus, Talos de Bambu Roxo, Talos de Tapeinochilos, Ananás, Urucum, Solanum mamosum, Gogoia, Antúrios, Musa Coccínea, e Musa Ornata. Além das flores, também merecem destaque os diversos tipos de folhagens exportados. 5.6 – PRINCIPAIS MUNICÍPIOS PRODUTORES EM PERNAMBUCO: Tabela 4 – Principais municípios Pernambucanos produtores de flores tropicais. MUNICIPIOS MESOREGIÃO Água preta Zona-da-mata Barra de Guabiraba Zona-da-mata Camaragibe Região Metropolitana do Recife Gravatá Agreste Igarassu Região Metropolitana do Recife Jaboatão dos Guararapes Região Metropolitana do Recife Moreno Região Metropolitana do Recife Paudalho Zona-da-mata Paulista Região Metropolitana do Recife Petrolina Sertão do São Francisco Primavera Zona-da-mata Ribeirão Zona-da-mata Fonte: SEBRAE, 2002. Tendo iniciado sua exploração na região metropolitana do Recife, e posteriormente ter se expandido para a zona da mata do estado, onde hoje se concentra grande parte da produção de Pernambuco, os plantios de flores tropicais começam a crescer na região do vale do são Francisco. Tradicionalmente voltado à produção de frutas, o Vale do São Francisco se rende ao potencial econômico da floricultura tropical e já articula as primeiras exportações para a Europa. Através do aproveitamento do sistema logístico aplicado à fruticultura, os produtores de flores de Petrolina, a 774 quilômetros do Recife, pretendem manter remessas aéreas regulares para a Europa. As expectativas são de que, a princípio, sejam exportadas semanalmente cerca de 2 mil hastes no valor aproximado de R$ 140 mil por remessa exportada. (CAVALCANTI, 2004). 13 5.7 - PERFIL DOS PRODUTORES PERNAMBUCANOS DE FLORES TROPICAIS: Tabela 5 - FORMAÇÃO ESCOLAR: FORMAÇÃO ESCOLAR Freqüentaram o 2º grau Possuem nível superior Total Fonte: SEBRAE, 2002. (%) 28,00 72,00 100,00 Tabela 6 - PRINCIPAL OCUPAÇÃO DOS PRODUTORES: OCUPAÇÃO ATUAL Produtor de flores e folhagens Empresários Aposentados Profissionais liberais Funcionários públicos ou privados Outros Fonte: SEBRAE, 2002. * Admitiu-se mais de uma resposta. (%) 68,00 20,00 20,00 16,00 12,00 4,00 Tabela 7 - RENDIMENTO COM A FLORICULTURA: RENDIMENTO POR PRODUTOR Até R$ 1.000,00 De R$ 1.000,00 a R$ 4.000,00 De R$ 4.000,00 a R$ 8.000,00 De R$ 8.000,00 a R$ 10.000,00 Acima de R$ 10.000,00 Total Fonte: SEBRAE, 2002 (%) 52,00 28,00 12,00 4,00 4,00 100,00 Tabela 8 - USO DE MÃO-DE-OBRA FAMILIAR USO DE MÃO-DE-OBRA FAMILIAR Sim Não Total Fonte: SEBRAE, 2002 (%) 92,00 8,00 100,00 Tabela 9 - USO DE CONSULTOR TÉCNICO USO DE CONSULTOR TÉCNICO (%) Sim 48,00 Não 52,00 Total 100,00 Fonte: SEBRAE, 2002 O perfil dos produtores pernambucanos de flores tropicais aponta para fatores que proporcionam grande diferencial ao setor em detrimento a outros ramos do agronegócio do estado. 14 Uma das principais aspectos positivos é a qualificação dos empreendedores desse negócio, pois como se vê acima, 28% completaram o 2º Grau e 78% têm formação superior completa. Ademais, predominam, entre eles, profissionais das áreas de ciências agrárias ou em gestão propriamente, através dos que detêm graduação em Administração de Empresas. Outro aspecto relevante é o uso de consultoria técnica, que no setor chega a estar presente em quase metade dos produtores. 5.8 – MECANISMOS DE EXPORTAÇÃO UTILIZADOS Os produtores pernambucanos de flores tropicais têm se válido de diversas estratégias para viabilizar a colocação das flores produzidas no mercado externo. Os agrofloricultores pernambucanos de flores tropicais caracterizam-se por possuir pequenas áreas de cultivo, resultando em produções que não suficientes para garantir o atendimento do mercado externo de maneira individual, seja pelo baixo volume seja pela impossibilidade de manter um fornecimento regular de flores para estes mercados. Sendo assim, tem se buscado realizar as exportações através de ações conjuntas entre diversos produtores, a fim de se viabilizar volume e regularidade para as exportações. Neste contexto os produtores estão optando realizar suas exportações através de: consórcios de exportação, cooperativas, associações e parcerias (a fim consolidar cargas em outros estados com produtos afins). Dentro deste contexto, merece destaque o crescimento das exportações pernambucanas de flores tropicais através dos consórcios de exportação. Nesta modalidade de exportação cada empresa mantém sua individualidade no mercado interno e todas reúnem esforços de produção e comercialização para o mercado externo (ou, inclusive, somente para alguns mercados) (BRASIL, 2003). Atualmente, os consórcios de exportação de flores tropicais em Pernambuco tem operado de maneira informal, consistindo basicamente em um pequeno grupo de produtores (em média de 4 a 5), que se aglutinam para consolidar cargas, dividir os custos de exportação, e conseqüentemente ratear proporcionalmente o resultado das vendas. No entanto, vale ressaltar que alguns produtores vem investindo, por meio de consultorias especializadas, no aprimoramento e capacitação gerencial dos referidos consórcios. Verifica-se também a existência de algumas empresas de exportação que consolidam suas cargas junto a diversos produtores. Nessa modalidade o produtor em geral obtém um menor preço nas flores, mas por outro lado se livra do risco de inadimplência e das demais dificuldades do processo de exportação. No que diz respeito ao uso de tecnologia de informação verifica-se que tal tecnologia, ainda não vem sendo utilizada pelos exportadores, sobretudo na comercialização, onde a maioria dos negócios são realizados via telefone, fax ou e-mail, não utilizando, portanto, sistemas mais sofisticados como softwares ou um sistema de informação gerencial sobre as exportações. 15 6 – ASPECTOS LIMITANTES DA COMPETITIVIDADE DA CADEIA EXPORTADORA DE FLORES TROPICAIS DE PERNAMBUCO Apesar de Pernambuco possuir inúmeras características que fazem do estado o maior produtor de flores tropicais do País, observa-se também diversos gargalos que comprometem a competitividade das exportações de flores tropicais junto aos demais concorrentes internacionais. Dentre os fatores que têm prejudicado um aumento na competitividade das exportações de flores tropicais produzidas em Pernambuco, alguns merecem destaque: Fatores internos da cadeia: o Falta de escala de produção para atender a demanda do mercado externo o Falhas na organização dos produtores e exportadores o Problemas na padronização das flores o Informalidade presente entre grande parte das empresas produtoras de flores Fatores externos da cadeia: o Altos custos de exportação o Pouca pesquisa e informação sobre a cadeia de flores tropicais o Falta de informações de mercado / Risco de inadimplência devido a falta de referências comerciais dos importadores Assim, tais fatores, isolados ou de forma conjunta, tem dificultado o posicionamento de Pernambuco como grande exportador de flores tropicais, e com isto impossibilitando que o estado se insira de maneira competitiva no concorrido e exigente mercado internacional. 7 – CONCLUSÕES A análise dos dados leva a crer que o setor exportador de flores tropicais de Pernambuco possui diversas características como estrutura aeroportuária, pools de exportação, grande número de produtores, tradição no cultivo, posição geográfica favorável, nível de escolaridade dos produtores, entre outros, que se constituem em fatores de competitividade ao setor. Porém, diversos problemas têm impossibilitado uma maior exploração dos fatores positivos existentes na cadeia, limitando a sua competitividade. Neste contexto, o presente trabalho constitui um estudo ainda aberto onde as conclusões aqui apresentadas não representam uma visão definitiva.Assim, buscando aprimorar a atuação dos atores que participam da cadeia exportadora de flores tropicais de Pernambuco, serão indicadas algumas ações, que podem otimizar os fatores de competitividade do setor: o Uniformização do padrão da qualidade das flores; o Maior participação do governo do estado nas ações de exportação; o Organização de um sistema de informação de mercado e de capacitação gerencial tendo, como suporte, base de dados sobre a cadeia exportadora, para viabilizar tomadas de decisão mais rápidas e conseqüentes; o Estimulo e aperfeiçoamento das ações de aglutinação dos pequenos e médios exportadores em Pools a fim de proporcionar ganhos de escala minimizando custos de transporte e viabilizando a regularidade nas exportações. 16 o Estabelecimento de um processo de comunicação, junto aos mercados importadores, após a chegada dos produtos a fim de se certificar da chegada dos mesmos e da finalização do processo comercial, logístico e administrativo. O aprimoramento da cultura associativa e a implantação de um amplo e consistente programa de pesquisas também são aspectos que merecem destaque a fim de se elevar a competitividade do setor, e conseqüentemente colocar Pernambuco numa posição de destaque entre os maiores estados exportadores de flores do País. Por outro lado, verifica-se atualmente a execução de ações importantes, seja a nível governamental seja ao nível dos produtores e suas organizações, no sentido de eliminar os diversos gargalos e também aproximar os produtores do mercado externo. É importante ressaltar que a competitividade neste setor está necessariamente ligada a uma eficiente e sinérgica organização de todos os elementos da cadeia, pois do contrário corre-se o risco de comprometer o sucesso de todo o processo de exportação devido a um ou outro elemento isolado. Portanto, fica evidente o fato de que o setor possui diversos elementos que juntos conferem um bom nível de competitividade as exportações de flores tropicais, porém, no entanto, é necessária a implementação de diversas ações a fim de se potencializar ao máximo tais fatores competitivos. Resumidamente, espera-se com este trabalho contribuir para estabelecer uma visão global da competitividade do agronegócio de flores tropicais do estado de Pernambuco e oferecer outras linhas de pesquisa sobre o tema, tendo em vista a complexidade do mesmo. 8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, I. SEBRAE e FAEPE divulgam flores pernambucanas. Jornal do comercio. Recife, 12 Out. 2003. Caderno economia, p. 9. AKI, A. (org.). Bússola da comercialização para produtores de ornamentais. São Paulo: Heliza editora, 2002. ALICEWEB. Disponível em <http:// aliceweb.mdic.gov.br>. Acesso em: 21 março 2005. BATALHA, Mário O. (org.) Gestão agroindustrial. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1997. 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