QUÍMICA B PERIODICIDADE QUÍMICA A TABELA PERIÓDICA E OS GRUPOS PERIÓDICOS INSTITUTO DE QUÍMICA DE SÃO CARLOS-USP 1 Q U Í M I C A G E R A L - B 2 Este trabalho é uma apresentação sobre A TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS QUÍMICOS. Trata-se de um texto de auto aprendizado para ser empregado em seu local de estudo. Quando um slide tiver todas as informações expostas, o seguinte símbolo aparecerá na parte inferior esquerda da tela - Para voltar um slide clique Para avançar um slide clique Para deixar a apresentação clique a tecla ESC de seu teclado. CONTEÚDO 3 Há três tópicos nesta apresentação: INTRODUÇÃO SOBRE PERIODICIDADE QUÍMICA HISTÓRICO DISCUSSÕES SOBRE O TEMA PERIODICIDADE E LEI PERIÓDICA DOS ELEMENTOS QUÍMICOS Se quiser pular um tópico particular clique sobre o texto cada tópico ou sub-item para avançar ao próximo tema nos comandos de pular ou voltar slide, adequadamente, outra para esta página. de ou de QUÍMICA B 4 PERIODICIDADE QUÍMICA A CLASSIFICAÇÃO PERIODICA DOS ELEMENTOS QUÍMICOS PARA PÁGINA DO CONTEÚDO FIM LEI PERIÓDICA E GRUPOS PERIÓDICOS: INTRODUÇÃO Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria Experimento Clássico de BUNSEN & e o KIRCHOFF instrumento utilizado para a descoberta dos elementos césio e rubídio 5 Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria o o Todos os átomos neutros possuem um número igual de prótons e elétrons. Cada orbital de elétrons possui uma energia associada. Quando o átomo e elétrons associados estão no estado de energia mais baixo, Eo , o átomo estará no estado fundamental. 6 Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria o Os 7 átomos podem absorver quantidades de energia em comprimentos de onda específicos. Quando a energia é adicionada a um átomo como resultado da absorção de luz, aquecimento ou colisão com outra partícula (elétron, átomo, íon ou molécula), uma ou mais trocas orbitais podem ocorrer. Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria o 8 A energia absorvida pode simplesmente incrementar a energia cinética do átomo, ou o átomo pode absorver a energia e ir a um estado de maior energia Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria o Os níveis de energia são bem definidos para cada átomo. 9 Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria 10 589.0 nm o Átomos de sódio, por exemplo, absorvem fortemente em 589.0 nm, por que a luz neste comprimento de onda possui exatamente a energia para elevar o átomo de sódio a outro estado eletrônico. Esta transição eletrônica é específica para sódio. Átomos de outros elementos possuem diferentes níveis de energia e não absorvem neste comprimento de onda. Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria oO 11 comprimento de onda da luz absorvida é proporcional ao espaço entre os níveis de energia, isto é uma característica do elemento. Cada transição entre diferentes estados eletrônicos de energia resultará em diferentes comprimentos de onda. o Usualmente, estes níveis de energia são medidos em relação ao estado fundamental, e um estado excitado específico para o Estes comprimentos de onda sódio, pode ter 2,2 eV além do característicos correspondem também estado fundamental. aos comprimentos de onda no qual o o Um elemento pode possuir vários elemento emitirá. Este processo estados eletrônicos de energia. permitirá ao elétron voltar ao estado fundamental. Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria ◆ O objetivo é entender a configuração eletrônica dos átomos em seu estado fundamental. ◆ Os átomos podem ter seus elétrons dispostos em grandes camadas eletrônicas definidas pelo número quântico principal “n”: Os elétrons são dispostos nessas camadas obedecendo os níveis principais de energia, sendo os níveis quânticos de menor energia preenchidos primeiro, Em uma camada existem sub níveis energéticos, definidos pelos números quânticos secundários “l”. O preenchimento dos sub níveis obedece o critério de acomodação de tal modo que a energia total dos átomos seja a menor possível, Aos números quânticos secundários associa-se a noção de orbitais atômicos, Para que a Teoria Quântica da Matéria seja consistente com a experimentação, aplica-se o Princípio de Exclusão de Pauli...ou seja: ”Dois elétrons não podem ter o mesmo conjunto de números quânticos (n, l, e ml e ms)”. o que significa: “Dois elétrons não têm a mesma probabilidade de ocupar a mesma região no espaço” A Figura na Tela Seguinte ilustra esses comentários. 12 Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria 13 Valores de “l” Valores de “n” 0 8 8s 7 7s 1 2 7p o Ordem3 de preenchimento dos sub níveis de energia com preenchimento de várias camadas energéticas que caracterizam na ordem de incremento (n + l ) elétrons para satisfazer “n”. 6 6s 6p 5 5s 5p 4 4s 4p 4d 3 3s 3p 3d 2 2s 2p 5d n+ l =4 n+ l =2 1 40 6d 1s n+ l =1 oA 23 5f 4f n+ l =6 n+ l =8 n+ l =7 n+ l =5 Tabela da página seguinte mostra como são calculados os número de elétrons e orbitais para elementos conhecidos. Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria 14 Camada Eletrônica Sub níveis Viáveis Orbitais Viáveis Número de Elétrons Possíveis por sub nível Máximo de Elétrons Possíveis Na n ésima camada “n” Tipo 2 l +1 2(2l +1) + 1 2 n2 1 2 s s p s p d s p d f s p d f g* 1 1 3 1 3 5 1 3 5 7 1 3 5 7 9 2 2 6 2 6 10 2 6 10 14 2 3 6 14 18 s p d f g* h* 1 3 5 7 9 11 2 6 10 14 18 22 3 4 5 6 2 8 18 32 50 72 * Os orbitais assim assinalados não são usados no estado fundamental por nenhum elemento conhecido Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria 15 Evidências Experimentais da Configuração Eletrônica ◆ A distribuição eletrônica dos átomos segue um modelo consistente com os dados experimentais. ◆ O Modelo dos elétrons como tendo uma natureza dual (onda-matéria) tem um êxito bastante bom na previsão de observações (medidas) de propriedades Por exemplo a Primeira consideradas Periódicas: Energia de Ionização, uma das propriedades Para o Berílio esta energia é de 899 kJ/Mol: Be0(g) + ENERGIA→ Be+(g) + 1e- Para este mesmo elemento a segunda Energia de Ionização é de 1.757,1 kJ/Mol: , Be+(g) + ENERGIA→ Be2+(g) + 1e- Os cálculos de previsão são feitos a partir da Teoria de BOHR, que estabelece a Equação: 1 1 - _______ ∆E = Rhe ( _______ ) n2Final n2Inicial A Segunda Energia de Ionização (Ei2) é sempre bem maior do que a Primeira Energia de Ionização (Ei1). Dados experimentais sobre valores de Energia de ionização comprovando esta afirmação são apresentados a seguir. Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria Relação entre a Segunda Energia de Ionização (Ei2) e a Primeira Energia de Ionização (Ei1) em função do número atômico considerando os primeiros 36 elementos da Tabela Periódica. Be C O Ne Mg Si S Ar Ca Ti Cr Fe Ni Zn Ge Se Br 16 23 Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria ◆ 17 A grandeza Energia de Ionização é experimental. No caso do Berílio a relação Ei1/Ei2 = 1.757,1/ 899,4 = 1,95. ◆ O gráfico da Tela Anterior dá uma excelente idéia da do arranjo dos elétrons ao redor do núcleo, nas camadas e sub camadas energéticas. Tem-se aí a observação de uma certa regularidade de repetição de propriedades para certos grupos de elementos. Lítio, sódio e potássio são elementos que iniciam uma coluna da Tabela Periódica e evidenciam uma regularidade interessante: São elementos com um valor da razão Ei1/Ei2 bastante grandes, maior que para os outros elementos, destacadamente. Conclui pela observação dessa característica, que se pode remover o primeiro elétron com muito maior facilidade do que o segundo. Em conseqüência, esses elétrons devem estar em diferentes níveis energéticos Considerando o caso do lítio: Ei1 é de 513,3 kJ/Mol: Li0(g) + ENERGIA→ Li+(g) + 1e- Para este mesmo elemento a segunda Energia de Ionização é de 7.298,0 kJ/Mol: Li+(g) + ENERGIA→ Li2+(g) + 1e-. Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria ◆ Outras Observações sobre a Figura e sobre Energias de Ionização: 18 : Excetuando os elementos que pertencem ao Grupo dos Metais Alcalinos, a magnitude da Energia de Ionização, tanto para a remoção do primeiro elétron bem como para o segundo elétron não são substancialmente diferentes e a relação Ei1/Ei2 fica no intervalo entre 1,7 a 3,0 sugerindo que ambos estão numa mesma camada de energia. Considerando o caso do Be e Mg. Ambos têm uma taxa Ei1/Ei2< 2,0. É uma evidência que a subcamada energética está completa com dois elétrons de valência. Para os elementos B e Al o comportamento é diferente. A diferença de energia entre Ei1/Ei2> 2,0, com valor muito próximo de 3,00. Seguramente, o segundo elétron situa-se num nível energético diferente, que é o que realmente ocorre. No caso do boro, ambos estão no nível quântico com n = 2 mas em sub níveis energéticos diferentes. A Teoria Quântica da Matéria é bastante coerente e explica muito bem esses estados energéticos diferentes dos elétrons.. Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria Ordem dos Sub Níveis 4d ENERGIA 4p Sem escala 4s 3d 3p 3s 2p 2s Diferente n, Diferente l Mesmo n1, Diferente l 19 n l n+l 4 2 6 4 4 1 0 5 4 3 3 2 1 5 4 3 0 3 2 1 3 2 0 2 21 1s 1 0 1 ● Átomo multi-eletrônico e a energia das subcamadas energéticas aumentando com o aumento de l. Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria Ordem dos Sub Níveis 20 ◆ Observações sobre a Figura Átomo multi-eletrônico e a energia das subcamadas energéticas aumentando com o aumento de l. : A Energia de um elétron em um átomo aumenta com o aumento de “n”. A Energia de um Sub Nível Energético aumenta com o aumento de l. O sub nível energético de uma camada de energia mostra uma determinada Banda de Energia. A separação de energia entre duas bandas (de subcamadas) de um mesmo nível energético vai se tornando progressivamente menor à medida que “n” aumenta. Este fato sugere a possibilidade de ocorrência de sobreposição (overlapping) de bandas de energia para camadas de energia próximas em números quânticos “n” diferentes. Isto significa que na região de maior energia (no topo de uma determinada banda de energia de sub camadas energéticas), podem ocorrer sobreposições de subcamadas situadas em níveis quânticos principais diferentes. Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria Ordem dos Sub Níveis 21 ● Diagrama GROTIANO de Energia para o Sódio: Observações sobre o significado da região de maior energia (no topo de uma determinada banda de energia de sub camadas energéticas), podem ocorrer sobreposições de subcamadas situadas em níveis quânticos principais diferentes 23 Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria Ordem dos Sub Níveis 22 ◆ A Teoria Quântica da Matéria faz previsões seguras sobre energias envolvidas em ligações químicas. A energia de um átomo mono-eletrônico, como é o caso do 1H (átomo de hidrogênio neutro, com número atômico Z = 1), pode ser prevista pela Equação já empregada para o cálculo envolvendo as Energias de Ionização do átomo de Berílio: 1 1 - _______) ⇒ 1 _______ 1 )⇒ ∆E = Rhe ( _______ ∆E = Rhe ( )⇒ ∆E = 1.312,0 kJ/Mol ( _______ 2 2 2 n Final n n Inicial 12 Ou seja, Energia do único elétron isoladamente, sem outras interações exceto aquela de atração elétron próton é fácil de ser prevista. Depende só de “n”. Vale, portanto, 1.312 kJ/Mol, ou seja, a energia gasta para passar o único elétron da camada com “n” = 1 para “n” = ∞, o que pode ser representado por: + 1H (g) 0 kJ/Mol ∆E = 1.312,0 kJ/Mol 1H(g) -1.312,0 kJ/Mol ∆E = 0 – (- 1312,0) = + 1312,0 kJ/Mol Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria Ordem dos Sub Níveis ◆ As Energias de Ionização lançadas no Gráfico da Página 16: 23 16 Mostra Valores Absolutos de Energia necessária para ionizar átomos com diferentes números de elétrons (Átomos Poli-eletrônicos) Esses dados são experimentais e para a previsão envolvendo esses átomos, devem ser consideradas energias de Sub-Camadas Eletrônicas, o que foi abordado nas Páginas 19 e 21: 19 Para esses casos a energia depende de n e l. Considerando o caso de n = 3, por exemplo, as energias das subcamadas eletrônicas seguem a seguinte ordem: 3s < 3p < 3d.De novo verifique s Figuras anteriores nas páginas 19 e 21. 19 Os elétrons obedecem uma ordem de energia na sub camada que depende de n + l. Para sub níveis com mesmo valor de n + l. os sub níveis são preenchidos obedecendo o critério de primeiro assinalar elétrons nos sub níveis de menor n. A seqüência é definida por esta regra e, por exemplo, no preenchimento dos elétrons do sub nível 2s (n + l = 2 ) devem vir antes dos sub níveis 2p, obedecendo os números (n + l + 0 = 3 ), (n + l + 1 = 4 ), (n + l + 2= 5 ). Significa também que os elétrons preenchem a sub camada (n + l = 4 ) antes do sub n;ivel 3d com (n + l = 5 ). Esta seqüência está representada na Tela 13: 13 Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria Carga Nuclear Efetiva 24 ◆ A ordem com que os elétrons ocupam as subcamadas de energia em um átomo, bem como muitas propriedades atômicas, podem ser racionalizadas em termos da “carga nuclear efetiva”, ou Z*. Esta carga tem as seguintes características: envolvidas em ligações químicas. Definição: Z* é a carga percebida por elétron isoladamente considerado em uma eletrosfera de um átomo multi-eletrônico. Essa carga, sofre a influência de outros elétrons (componente repulsiva). Um átomo de hidrogênio é muito simples. O elétron é único e as subcamadas 2s e 2p podem ser ocupadas por esse elétron. Ambos o sub níveis energético (2p e 2s do hidrogênio) têm a mesma energia. Para um outro átomo próximo do hidrogênio, mas com três elétrons (lítio) e o fato de existirem outros sub níveis ocupados (2s e 2p), sendo o sub nível 2s com menor energia do que o sub nível 2p. Questões relativas a esse tipo de interpretação requerem o modelo de “orbitais” (probabilidade de um elétron se encontrar numa dada região do espaço) e um relacionamento entre a blindagem da carga nuclear pelos elétrons, o que pode ser visto a seguir, mostrando a verdade científica aceita que justifica essa diferença de energia. Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria Carga Nuclear Efetiva ψ2 1s (= 4,0 (a0-3atr = 0) 2s (= 0,5 (a0-3atr = 0) 24 22 20 16 16 14 12 10 8 6 4 2p (= 0,0 (a0-3atr = 0) 25 Gráfico exato da probabilidade de densidade para os sub níveis (1s, 2s e 2p), e para “orbitais” eletrônicos (probabilidade de um elétron se encontrar numa dada região do espaço). Em abscissa, define-se a distância entre o elétron e o núcleo, medidas em a0. Cada a0 representa a distância equivalente a 0,0529nm. Na ordenada, a dimensão é a probabilidade ou intensidade de elétrons, que é dada por 10-3/a03. A função que representa o orbital 1s não tem nó, mas as representação da função de onda 2p tem um nó no núcleo. Deve-se notar também que o orbital 1s (probabilidade) é tão grande que a representação da função se estende até o topo da figura. 2 0 0 2 4 6 8 10 12 r (a0) Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria 26 Orbitais Gráfico Representativo da densidade de elétrons para os sub níveis 1s, 2s e 3s para o átomo de hidrogênio mostrando os nós esféricos. Os três orbitais têm simetria espacial esférica (no espaço). Porém, esta Figura mostra os elétrons no plano, dando a impressão da nuvem eletrônica ocupar o núcleo. Os orbitais 2s têm uma região de nó esférico e os orbitais 3s têm duas regiões de nós esféricos. Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria 27 Orbitais ◆ O que é bastante importante nessa Figura anterior “é que os elétrons 2s e 2p ”, interpenetram a região da do sub nível energético ocupada por 1s. Esta interpenetração é maior para 2s do que para 2p. Ou seja, um elétron 2s tem uma grande probabilidade de ocupar a esfera envolvente muito próxima do núcleo. No caso do lítio, por exemplo: 3Li, (Z= 3), o terceiro elétron ocupa o sub nível de energia 2s, muito mais do que o 2p. Há uma diferença de probabilidade bastante significativa de encontrar elétrons, considerando os sub níveis de energia 2s e 2p, sendo muito mais provável o terceiro elétron do lítio ocupar a região 2s no estado fundamental. O lítio contém 3 prótons no núcleo atômico. Dois elétrons estão na sub camada de energia 1s. O terceiro elétron, pode ocupar a mesma região do espaço, apesar de ocupar um sub nível energético 2s. A próxima Figura evidencia que este terceiro elétron pode experimentar uma atração nuclear com carga +3 próximo do núcleo e que esta carga cai para +1 em regiões mais afastadas do núcleo atômico. Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria A blindagem da Carga Nuclear Portanto, ao longo da distância, os dois elétrons situados no sub nível 1s provocam um efeito de “blindagem eletrostática neste terceiro elétron do lítio que ocupa o sub nível 2s. Este efeito é muito significativo, especialmente para as situações em que o átomo tem muito mais elétrons. Os elétrons mais externos, quando se movem em regiões mais afastadas do núcleo, “sentem”menos a atração do núcleo. Essa queda de carga nuclear é que é designada de “blindagem da carga do núcleo”. A Figura seguinte detalha melhor este conceito, que muito tem a ver com periodicidade dos elementos químicos. Blindagem (Carga) +6 Carga da Blindagem +4 +3 +2 +1 0 2 4 6 8 10 12 r (a0) Gráfico da Blindagem eletrônica e Carga Nuclear Efetiva (Z*) 28 Níveis energéticos na distribuição eletrônica da Matéria A blindagem da Carga Nuclear Gráfico mostrando a probabilidade de um elétron em sub nível 2s e 2p se encontrarem em região de Blindagem + 12 eletrostática. Portanto, ao longo da distância, um elétron situado no sub nível 2s experimenta um efeito de “blindagem eletrostática muito maior do que ocupando o sub nível 2p. A Carga Média percebida por uma elétron submetido à blindagem eletrostática é conhecida como Z*, ou seja, Carga Efetiva Nuclear. É evidente pela Figura que o elétron 2s do lítio é mais fortemente atraído pelo núcleo do que o elétron 2p. Este efeito determina as propriedades do lítio, como primeiro de uma família. 29 ψ2 em função de r para 2s ψ2 em função de r para 2p O elétron no sub nível 2s Blindagem (Carga) + 10 tem maior probabilidade de estar em uma região de alta blindagem eletrostática. +8 +6 Carga da Blindagem +4 +3 +2 +1 0 0 2 4 6 8 10 12 r (a0) Lei Periódica dos Elementos Químicos 30 Histórico Disposição simples dos elementos em seqüência de número atômico A Tabela Periódica dos Elementos, como se apresenta na Tela seguinte, é uma das mais úteis ferramentas da Química. Modernamente, esta Tabela, lista os elementos e ordem crescente de número atômico e contém muitas informações relevantes, servindo aos químicos como um instrumento que auxilia na organização das idéias. O quadro ao lado mostra uma disposição em ordem crescente de número atômico, mas sem uma organização racionalizada e coerente com a distribuição dos elétrons nos átomos. É muito importante entender o que ocorreu até se chegar ao modelo adotado hoje em dia e com a terminologia atual. Ver Figura na Tela seguinte. Histórico 31 Tabela Periódica Atual 1A 2A 3B 4B Primeira Série de Transição Segunda Série de Transição Terceira Série de Transição Série dos Lantanídeos Série dos Actinídeos 8B 5B 6B 7B 1B 111 111 8A 3A 4A 5A 6A 7A 2B 112 112 Rf Db Sg Hs Mt Rf U Uum UuuU Uub Tabela Periódica Atual Histórico 32 A Periodicidade antes de MENDELEEV ◆ A utilidade da Tabela Periódica é um fato evidente. Arranjando-se os elementos químicos como apresentado anteriormente fica claro o entendimento da variedade de compostos químicos existentes na natureza. É possível fazer previsões e compreender a natureza das ligações químicas em termos das habilidades de associações na formação das moléculas. E a Periodicidade dos Elementos Químicos começou a ser investigada no Século XIX. Anteriormente a isso, em 1662, A. E. B. de CHANCOURTOIS afirmou que “As propriedades dos elementos químicos são as propriedades dos números”. A referência era de caráter fundamental, coerente com a visão das antigas Tábuas de Arquimedes e da representação simbólica dos números por tríades e sucessivos retornos a uma base simbólica: 10 = 7 = 4 = 1, em que o dez é um retorno à unidade em uma ordem superior. J. W. DOBEREINER, em 1928, observou regularidades entre elementos dispostos de três em três: cloro – bromo – iodo; lítio – sódio – potássio; entre outras tríades. Portanto, verificou que ao dispor os elementos em ordem crescente de massa atômica nas tríades, o elemento do meio tinha uma massa atômica aproximadamente média dos dois extremos.. Também é anterior ao trabalho de Mendeleev, a Lei das Oitavas de NEWLANDS. J. A. R. NEWLANDS uma Lei Periódica postulando que a repetição de propriedades ocorria como nas notas musicais: “Lei das Oitavas”, que foi publicada em 1864 e só funcionava parcialmente (na primeira linha da Tabela Periódica. Seu trabalho foi ridicularizado. Histórico 33 A Tabela de MENDELEEV ◆ LOTHAR MEYER, um químico alemão, também em 1864 publicou uma Tabela Periódica um pouco melhor que as “oitavas de NEWLANDS, mas que, também, não explicava corretamente o sentido da “Lei Periódica dos Elementos Químicos”, o que só foi conseguido por Mendeleev. ◆ Em meados do mês de fevereiro de 1869, no dia 17, na Universidade de São Petesburgo, na Rússia, o Professor de Química Geral Dmitri Ivanovitch Mendeleev (1834-1907) estava escrevendo um Capítulo de seu livro de Química que logo depois ficaria famoso. O então Professor Mendeleev havia escrito as propriedades de cada elemento em cartões separados e havia embaralhado os cartões para posteriormente ordená-los em ordem crescente de massa atômica (não se havia, ainda definido o conceito de Número Atômico). Mendeleev verificou que ao dispor os elementos em ordem crescente de massa atômica (hoje em dia em ordem crescente de número atômico), revelam uma fantástica repetição de propriedades que se repetem várias vezes, caracterizando. Este trabalho de Mendeleev foi publicado em 1871 e a Tabela Original de Mendeleev está descrita na Tela a seguir, com os elementos formando linhas horizontais. O que se observa é que, nessa Figura, os elementos são colocados em ordem ascendente de massa atômica e isto torna evidente a repetição de propriedades, fazendo com que os elementos em uma coluna da Tabela tenham propriedades similares. Lei Periódica dos Elementos Químicos 34 A Tabela de MENDELEEV Ì II III IV Ti = 50 V = 51 Tabela Periódica de Cr = 52 DMITRI MENDELEEV, 1871 Mn = 55 Fe = 56 Ni = Co = 59 H=1 ` Cu = 63,4 Be = 9,4 Mg = 24 Zn = 65,2 B = 11 Al = 27,4 ? = 68 C = 12 Si = 28 ? = 70 N = 14 P = 31 As = 75 O = 16 S = 32 Se = 79,4 F = 19 Cl = 35,5 Br = 80 Li = 7 Na= 23 K = 39 Rb = 85,4 Ca= 40 Sr = 87,6 ? = 45 Ce = 92 ? Er = 56 La = 94 ? Yt = 60 Di = 95 ? In = 75,6 Th = 118 ? V Zr = 90 Nb = 94 Mn = 96 Rh = 104,4 Ru = 104,4 Pd = 105,8 Ag = 108 Cd = 112 Ur = 116 Sn = 118 Sb = 122 Te = 128? J = 127 Cs = 133 Ba = 137 VI* ? = 150 Ta = 182 Pt = 197,4 Ir = 198 Os = 199 Hg = 200 Au = 197 ? Bi = 216 Tl = 204 Pb = 207 * Diese Zahlen sind der Uebersichtlichkeit halber von Herausgeber belgesetzt worden. Lei Periódica dos Elementos Químicos 35 Histórico ◆ As Lacunas deixadas por Mendeleev (locais assinalados por (?) foram a prova da sua respeitável genialidade. Mendeleev fez previsões sobre propriedades de elementos ainda não descobertos e deixou tudo isto registrado. Quando Mendeleev dispôs o elemento arsênio, teria que colocá-lo na seqüência: Cu - Zn- Al. Essa disposição o colocaria como elemento abaixo do alumínio. Mas sua química era mais parecida com a dos elementos fósforo e antimônio e não com o alumínio. Mendeleev, razoavelmente, no entanto, colocou o arsênio em uma posição tal que ficasse após o fósforo (ou sob o fósforo nas tabelas atuais). Para isso, Mendeleev deixou as duas lacunas: uma após o alumínio e outra após o silício (eka-alumínio - gálio e eka-silício - germânio) dispostos entre o zinco e o arsênio. O gálio foi descoberto logo: em 1875 e o germânio, um pouco mais tarde em 1866. O termo eka tinha origem no sânscrito, e significa “uma posição além do”. A contribuição de Mendeleev à descoberta dos dois elementos foi fundamental. Ele havia previsto não só as propriedades do gálio e germânio () com incrível exatidão, mas, o que foi mais útil, sugeriu a provável região geológica que teria minerais desses dois elementos, facilitando sua busca. O eka-boro, ou escândio, foi outra das previsões seguras de Mendeleev. Como resultado da descoberta do gálio, (em 1875) outros elementos importantes foram descobertos, tais como o gadolínio (Gd) em 1888), o neodímio (Nd) e o praseodímio (Pr), em 1885, o germânio (Ge) e o disprósio (Dy) em 1886). Muitos desses elementos tem muita importância tecnológica, fazendo parte da composição da matriz que dá cores aos tubos de televisão. Lei Periódica dos Elementos Químicos A Tabela Periódica e os Grupos Periódicos ◆ O fato de Mendeleev ter errado ao prever a massa atômica do telúrio, em nada vai contra sua obra. Telúrio e iodo são não os únicos a formarem um par de elementos no qual o elemento de menor massa atômica que o mais pesado na seqüência de Número Atômico. Outros pares na Tabela Periódica em que ocorre tal inversão são os caso do argônio (Ar) e potássio (K) e cobalto (Co) e níquel (Ni).A maior homenagem à Mendeleev, no entanto, foi ter-se dado ao elemento 101 (trans-urânico) o nome de Mendelévio (Md). A Tabela Periódica atual, mostra a evidência da Lei Periódica, e a Figura a seguir explica o Código de Cores empregado nesta apresentação, mostrando os Grupos Periódicos com Propriedades que se repetem periodicamente em função do Número Atômico (Z): 36 Lei Periódica dos Elementos Químicos 37 Grupos Químicos e a Lei Periódica 8A 1A 2A 3B 3A Tabela Periódica Atual 4B 5B 6B 7B 8B 1B 111 111 2B 112 112 Rf Db Sg Hs Mt Rf Uum UumUuu Uuu Uub 4A 5A 6A 7A Lei Periódica dos Elementos Químicos Mendeleev: APRESENTAÇÃO A Vida e Obra de Mendeleev 38 ◆ Mendeleev nasceu em TOBOLSK Sibéria. Seu pai era Diretor de uma Escola de Segundo Grau de TOBOLSKI, e nesta cidade seu avô (pai do pai de Mendeleev) publicou o primeiro jornal da Sibéria. A educação de Dmitri Mendeleev começou muito cedo recebendo lições de um exilado político. ◆ Com a morte de seu pai, sua mão mudou-se para São Petesburgo, onde o jovem Dmitri teria mais oportunidades e melhor educação formal. ◆ Foi educado em São Petesburgo, local onde viveu a maior parte ◆ Visitou os campos de óleo de sua vida. Estudou Ciências e Matemática, desenvolvendo da Pennsylvania. sua Tese de Doutorado focalizando o tema: “A União do Álcool Impressionou-se muito com com a Água”, assunto interessante até hoje. Sua vida girou ao a Indústria Americana, mas redor da Universidade de São Petesburgo, local onde lecionou não com o país... Em sua Química Geral, posteriormente. Seus estudos subseqüentes na visita aos EUA, Mendeleev França e na Alemanha, permitiram que Mendeleev atendesse a achou os americanos um convite feito em 1858, para participar de um evento desinteressantes no campo científico em Karlsruhe, Alemanha, onde fez uma conferência e científico e deixou o país debateu fortemente a Hipótese de Avogadro. certo de que os americanos herdaram o que havia de ♣ No início, fez de sua carreira, fez muito pouco pela Lei Periódica dos Elementos Químicos. Em seus primeiros artigos mostrou pior da antiga civilização seu interessa mais voltado para os Recursos Minerais da européia. Ao voltar para Rússia. Sua atividade estava mais ligada aos interesses Rússia desenvolveu um comerciais de metalurgia extrativa. Em 1876 ele visitou os novo processo de EUA, para estudar a indústria de óleo. destilação de álcool. Lei Periódica dos Elementos Químicos Mendeleev: APRESENTAÇÃO A Vida e Obra de Mendeleev 39 ◆ Foi na Universidade de São Petesburgo que Mendeleev escreveu seus livros e publicou o conceito de PERIODICIDADE QUÍMICA. Tornou-se professor aos 32 anos e passou a buscar intensivamente as regularidades químicas entre os elementos. ♦ Quando publicou sua Lei Periódica, a organização dos elementos que propôs permitiu fazer previsões sobre elementos até então desconhecidos. Por isso ganhou fama de profeta. De fato, quando Mendeleev publicou seu trabalho ♣ No final do Século XIX, Mendeleev perdeu sua sobre periodicidade, em sua Tabela Periódica havia apenas posição na Universidade. A 63 elementos. Algumas das previsões feitas por ele foram Rússia atravessava uma confirmadas alguns anos depois de sua publicação. Na verdade o crise política que se trabalho pioneiro de Mendeleev inspirou a experimentação intensificava. Ele foi e incentivou a pesquisa de novos elementos. Mas não só designado Chefe da Câmara isso, pois inspirou também profundamente a ordem social vigente na de Pesos e Medidas da Rússia. Especialmente por parte dos Professores que passaram a ter Rússia. Nessa função uma participação mais ativa. Por isso ganhou inimizades e estabeleceu um sistema de mesmo com o Czar da Rússia, com quem se desentendeu inspeção para garantia da por não aceitar a ordem de “não intervir nos assuntos de governo” honestidade dos pesos e e há que afirme não cortava os cabelos por protesto. Todos medidas do comércio da os retratos de Mendeleev mostram-no com os cabelos Rússia. longos. Como regra, ele cortava ao cabelos apenas uma vez por ano no verão quando ele tinha que aparecer a um evento importante ou não Configuração eletrônica e Periodicidade 40 Tabela Periódica dos Elementos Químicos ◆ A existência de Periodicidade de Propriedades dos Elementos Químicos se deve às características de distribuição eletrônica de cada elemento em seu “estado fundamental” de energia. Ao se dispor elétrons em camadas, subcamadas e orbitais atômicos disponíveis, seguem-se princípios fundamentais, entre eles seguir a ordem de ocupar primeiro as menores energias (camadas definidas por “n”), subcamadas (m) e orbitais (l ), o que se traduz preencher os orbitais em termos de uma ordem de energia (n + l ). 13 ◆ A CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA E OS GRUPOS PERIÓDICOS REPRESENTATIVOS: O hidrogênio é o primeiro e mais simples átomo da Tabela Periódica. Tem apenas um elétron em um orbital 1s. Sua Configuração eletrônica estabelece o seguinte: ou 1s1 1s. Valor de “n” Tipo de Orbital Número de Elétrons no Orbital Configuração eletrônica e Periodicidade 41 Tabela Periódica dos Elementos Químicos ◆ A Figura ao lado mostra o código de cores a ser adotado para caracterizar os Grupos Periódicos em relação à distribuição eletrônica dos átomos no estado fundamental. Os Como será visto na próxima Figura, o Grupo do Berílio, com o primeiro da sério do Grupo Periódico dos Alcalinos Terrosos (2A) tem uma configuração eletrônica que precede a um Grupo dos Gases Nobres (ou Gases Raros): ou 1s2 2s1 1s 2s. Todos os elementos do Grupo 2A podem ser representados por um símbolo do gás nobre seguido de n s1 : (Ar) 1 s1 para o Be, (Ne) 2 s1 para o Mg, (Ar) 2 s1 para o Ca... Grupos Periódicos obedecem a regra da distribuição eletrônica primeiro as menores energias (camadas definidas por “n”), subcamadas (m) e orbitais ( l ), o que se traduz preencher os orbitais em termos de uma ordem de energia (n + l ) e o PRINCÍPIO DE EXCLUSÃO DE PAULI. 13 Configuração eletrônica e Periodicidade 42 Tabela Periódica dos Elementos Químicos 1A 8A 2A 1 3A 4A 13 14 2 5A 6A 7A 15 16 17 1s 18 1s 2s 3s 3B 4B 5B 6B 7B 3 4 5 6 7 2p 8B 8 9 1B 10 11 2B 12 3p 4s 3d 4p 5s 4d 5p 6s 5d 6p 7s 6d 4f 5f Configuração eletrônica e Periodicidade 43 Os Elementos Representativos Configuração Eletrônica dos Elementos Representativos no Estado Fundamental 1H 1s1 2Li 4Be (He)1 s1 (He)1 s2 11Na (Ne)1 s1 19K (Ar)1 s1 12Mg (Ne)1 s2 20Ca 37Rb (Ar)1 s2 38Sr (Kr)1 s1 (Kr)1 s2 88Cs (Xe)1 s1 87Fr (Rn)1 s1 56Ba (Xe)1 s2 86Ra (Rn)1 s2 5B (He)2s2 2p1 13Al (Ne)3s23p1 31Gl 6C (He)2s2 2p2 14Si (Ne)3s23p2 14Ge 7N (He)2s2 2p3 15P (Ne)3s23p3 33As 8O (He)2s2 2p4 16S (Ne)3s23p4 34Se 2He 1s2 9F (He)2s2 2p5 17Cl (Ne)3s23p5 35Br 10Ne (He)2s2 2p6 18Ar (Ne)3s23p6 36Kr (Ar)3d104s24p1 (Ar)3d104s24p2 (Ar)3d104s24p3 (Ar)3d104s24p4 (Ar)3d104s24p5 (Ar)3d104s24p6 49In 50Sn 51Sb 52Te 53I 54Xe (Kr)4d105s25p1 (Kr)4d105s25p2 (Kr)4d105s25p3 (Kr)4d105s25p4 (Kr)4d105s25p5 (Kr)4d105s25p6 81Tl 82Pb 83Bi 84Po 85At 86Rn 14 10 2 4 (Xe)4f145d106s26p6 (Xe)4f145d106s26p2 (Xe)4f145d106s26p3 (Xe)4f 5d 6s 6p (Xe)4f145d106s26p5 (Xe)4f145d106s26p6 Configuração eletrônica e Periodicidade Químicos Os Elementos de Transição 3B 21Sc 4B 22Ti (Ar) 3d1 4s2 (Ar)3d24s2 39Y 40Zr (Kr) 4d1 5s2 (Kr) 4d2 4s2 72Hf 57La* (Xe) 5d1 6s2 (Xe)5d24s2 89Ac** 104Unq 5B 6B 23V 24Cr 7B 25Mn (Ar)3d34s2 (Ar)3d44s2 (Ar)3d54s2 41Nb (Kr)4d34s2 42Mo 43Tc 23Ta (Kr)3d44s2 (Kr) 3d54s2 23W 24Re (Xe)5d34s2 (Xe)5d44s2 (Xe)5d54s2 105Unp 106Unh (Rn) 6d1 7s2 (Rn)6d24s2 (Rn)6d34s2 (Rn)6d44s2 107Uns (Rn)6d54s2 44 Lei Periódica dos Elementos Químicos 45 Os Elementos de Transição 8B 26Fe 27Co 28Ni (Ar)3d64s2 (Ar)3d74s1 (Ar)3d84s1 44Ru (Kr)4d64s2 45Rh (Kr)4d85s1 46Pd (Kr)3d10 76Os (Xe)4f145d65s2 108Uno (Rn)5f145d66s2 (Rn)1 s2 77Ir 78Pt (Xe)4f145d76s2 (Xe)4f145d96s1 109Une (Rn)5f146d77s2 1B 29Cu (Ar)3d104s1 47Ag 2B 30Zn (Ar)3d104s2 48Cd (Kr) 3d104s1 79Au (Kr) 3d104s2 80Hg (Xe)3d104s1 (Ar)3d104s2 Lei Periódica dos Elementos Químicos 46 Os Elementos Lantanídeos e Actinídeos 57La* (Xe) 5d1 6s2 58Ce (Xe)4f15d16s2 65Tb (Xe)4f96s2 59Pr 60Nd (Xe)4f36s2 66Dy (Xe)4f106s2 (Xe)4f46s2 61Pm (Xe)4f56s2 62Sm (Xe)4f66s2 63Eu (Xe)4f76s2 67Ho (Xe)4f116s2 68Er (Xe)4f126s2 69Tm (Xe)4f136s2 70Yb (Xe)4f146s2 93Np 94Pu 95Am 64Gd (Xe)4f75d16s2 71Lu (Xe)4f145d16s2 89Ac** (Rn) 6d1 7s2 90Th (Xe)6d16s2 91Pa (Xe)5f26d17s2 92U (Xe)5f36d16s2 97Bk (Xe)5f97s2 98Cf (Xe)5f106d17s2 99Es (Xe)5f117s2 (Xe)5f46d17s2 100Fm (Xe)5f127s2 (Xe)5f67s2 101Md (Xe)5f137s2 96Cm (Xe) 5f77s2 (Xe)5f76d17s2 102No (Xe)5f147s2 103Lr (Xe)5f146d17s2 PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS 47 Volume Atômico VOLUME MOLAR NO ESTADO SÓLIDO em cm3 . Mol-1 correlacionados com o Potencial de Ionização ou Energia de Ionização (PROPRIEDADE PERIÓDICA). ⇒ 52 PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS Facilidade de Ionização ◆ O modelo adotado para explicar essa tendência dos átomos é considerá-los esferas rígidas. O diâmetro dos átomos pode ser determinado experimentalmente. Geralmente, considera-se uma molécula e ao se dividir a distância do centro de dois átomos por 2, encontra-se o raio atômico: 200 pm Cloro-Cloro na molécula Cl2 Carbono-Carbono no Grafite 154 pm ◆ A mesma abordagem pode ser feita H S para outras moléculas: O Assim obtém-se a Figura da Tela seguinte. H 176 pm Carbono-Cloro na molécula tendo esta ligação: CCl4 48 PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS 49 Raio Atômico 7A 8A He H ◆ Raio Atômico de elementos representativos (em pm ou picômetro) 1pm = 10 -12 m. Essas medidas são de raios covalentes, mostrando a tendência relativa de cada elemento. 62 1A Li 2A Be 37 31 3A 4A 5A 6A B 85 C N O F Ne 77 70 73 72 71 152 112 Na Mg Al Si P S Cl Ar 186 160 143 118 110 103 100 98 K Ca Ga Ge As Se Br Kr 227 197 135 122 120 119 114 112 Rb Sr In Sn Sb Te I Xe 248 215 167 140 142 142 133 131 Cs Ba Tl Pb Bi Po At Rn 265 222 170 146 150 168 140 141 PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS Raio Atômico AUMENTA AUMENTA RAIO ATÔMICO 50 PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS Raio Atômico 51 PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS Facilidade de Ionização Energia de IONIZAÇÃO dos elementos em Kj Mol-1 (propriedade que mede de modo absoluta (e não relativo) a facilidade de ionização. 47⇐ 52 PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS Facilidade de Ionização 53 ◆ A Energia de Ionização é definida como a quantidade de energia necessária para fazer com que seja removido um elétron de um elemento na fase gasosa, formando um íon, também na fase gasosa. Ou seja, o elétron é retirado de um dado sub nível energético para fora do átomo (n = ∞). Essa energia é sempre retirada do meio, sendo portanto POSITIVA, de acordo com a convenção de sinais de energia absorvida da Termodinâmica. Quanto maior a Energia de Ionização mais estável energeticamente é o átomo no estado fundamental. Um átomo no Estado Fundamental de Energia transforma-se em um íon, estando ambos (átomo e íon) no estado gasoso: X0(g) + ENERGIA (= + ∆ E = EI)→ X+(g) + 1e. Exceto para o átomo de hidrogênio, que é mono-eletrônico, geralmente, os átomos têm mais de uma energia de ionização, pis, mais de um elétron pode ser removido do átomo neutro gasoso. Como regra geral: EI1 < EI2 < EI3... Exemplo, o caso do magnésio: este elemento a Primeira Energia de Ionização com 738,0 kJ/Mol: Mg 0(g) + ENERGIA (E1)→Mg+(g) + 1e- ∆ E = EI1 = 738 KJ Mol-1. Esse mesmo elemento, gasta quase o dobro de energia para remover o segundo elétron: Mg +(g) + ENERGIA (EI2)→ Mg 2+(g) + 1e- ∴ ∆ E = EI2 = 1.451,0 KJ Mol-1. A terceira Energia de Ionização tem valor quase 10 vezes maior do que o da Primeira Energia de Ionização: Mg 2+(g) + ENERGIA (EI2)→Mg 3+(g) + 1e- ∴ ∆ E = EI3 = 7.733,0 KJ Mol-1. PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS Facilidade de Ionização AUMENTA AUMENTA ENERGIA DE IONIZAÇÃO 54 PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS Facilidade de Ionização ◆ No segundo período, por exemplo, há queda entre o Be e B se deve à alterações devidas à passagem de elementos com bloco s para bloco p. ◆ No caso desses dois elementos a tendência se verifica devido à diferença de energia entre o 2 s e 2 p (2 p é mais energético que 2 s) 55 PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS 56 Facilidade de Ionização ◆ A Energia de Afinidade Eletrônica tem uma estreita correlação com a Energia de Ionização. Geralmente, um elemento com elevada Energia de Ionização também tem uma elevada Energia de Afinidade Eletrônica. De um modo geral a Energia de Afinidade Eletrônica vai se tornando mais negativa ao longo do Período. Do mesmo modo, no Grupo Periódico há um aumento mais acentuado, coerente com o aumento da Energia de Ionização. ENERGIA DE AFINIDADE ELETRÔNICA AUMENTA AUMENTA PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS Energia de Afinidade Eletrônica 57 ◆ A Energia de Afinidade Eletrônica é definida como a quantidade de energia necessária para fazer com que seja removido um elétron de um íon na fase gasosa, formando um átomo não ionizado, também na fase gasosa. Ou seja, o elétron é retirado de um dado sub nível energético para fora do ânion (n = ∞). Essa energia é sempre retirada do meio, sendo portanto POSITIVA, de acordo com a convenção de sinais de energia absorvida da Termodinâmica. Quanto maior a Energia de Afinidade Eletrônica mais estável energeticamente é o átomo no estado ionizado. Um átomo Ionizado transforma-se em um átomo neutro, estando ambos (íon e átomo) no estado gasoso: X-(g) + ENERGIA (= + ∆ E = AE)→ X0(g) + 1e. Elementos com forte caráter não metálico, como é o caso dos Halogênios mostram grande estabilidade iônica. Ânions de elementos com caráter muito eletro-positivo (metais típicos) átomo neutro praticamente não formam ânions e a Energia de Afinidade Eletrônica é tabelada como nula (Ver Tabela na Página Seguinte). Exemplo, o caso do flúor: A Energia de Afinidade Eletrônica do Fluoreto com 328,0 kJ/Mol: F -(g) + ENERGIA (AE1)→F0(g) + 1e- ∴∆ AE = AE1 = 328 KJ Mol-1. As Energias de Afinidade Eletrônica dos Elementos e a tendência de variação com base na Lei Periódica é discutida a seguir. PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS Energia de Afinidade Eletrônica: Medida da Entalpia de Ganho de Elétron ◆ A Energia de Afinidade Eletrônica, segue uma tendência do tipo “dente de serra”. ◆ No caso desses dois ◆ No segundo período, por elementos a exemplo, há queda entre tendência se verifica o Be e B se deve à devido à diferença de alterações devidas à energia entre o 2 s e passagem de elementos 2 p (2 p é mais com bloco s para bloco p. energético que 2 s) 58 PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS Energia de Afinidade Eletrônica ◆ Entre o carbono e nitrogênio ocorre aumento da carga nuclear efetiva, com ganho na Energia de Ionização e conseqüente aumento na entalpia negativa (maior estabilização) por ganho de elétron. Entre o nitrogênio e o oxigênio, a pequena queda no valor da Energia de Eletroafinidade se deve à diminuição. ◆ Para uma mesma família, ao se passar do menor para o maior átomo há um aumento no número de elétrons, significativamente, Entre o nitrogênio e o oxigênio, a pequena queda no valor da Energia de Eletroafinidade se deve à diminuição. A Tabela na página seguinte mostra valores de Energia de Afinidade Eletrônica para diferentes Grupos Periódicos 59 PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS 57 60 Energia de Afinidade Eletrônica ◆ Tabela de Valores de Energias de Afinidade Eletrônica (indicada por Entalpia de Ganho de Elétron) E AE E AE E AE E AE E AE E AE E AE 1 A KJ/Mol 2A KJ/Mol 3A KJ/Mol 4A KJ/Mol 5A KJ/Mol 6A KJ/Mol 7A KJ/Mol H -72,77 Li -59,63 Be 0* B -26,7 C -121,85 N Na -52,87 Mg 0 Al -42,6 Si -133,6 P -72,07 -48,39 Ca 0 Ga -30 Ge -120 As Rb -46,89 Sr 0 In -30 Sn -120 Cs Ba 0 Tl -20 Pb -35,1 K -45,51 0 O -140,98 F S -200,41 Cl -349,0 -78 Se -194,97 Br -324,7 Sb -103 Te -190,16 I -295,16 Bi -91,3 Po -180 At -328,0 -270 * Um elemento com Afinidade Eletrônica zero indica que o ânion estável desse elemento não existe experimentalmente. ◆ Elementos com Afinidade Eletrônica Elevada “são ávidos por elétrons na fase gasosa. Quando a representação da Afinidade Eletrônica é feita com entalpias positivas, tem-se a definição operacional de Afinidade Eletrônica, medindo-se a Energia gasta para se tirar um elétron de um ânion estável e só existe se o íon estável existir. PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS Energia de Afinidade Eletrônica 61 ◆ Os valores mostrados até agora para a Energia de Afinidade Eletrônica evidencias tendências periódicas. Por exemplo considerando o caso do Cl, Br e I; bem como P, As e Sb: Cl Br 73 -349,0 o 114 -324,7 P I 133 pm -295,16 kJ/Mol 110 -72,07 As 120 -78 Sb 142 pm -103 kJ/Mol A Energia de Afinidade Eletrônica para o flúor (328,9 kJ/Mol) é menor do que a do cloreto (é menos negativa). Esse comportamento do flúor é anômalo e se deve à diminuição do valor da Energia de Ionização do flúor. O mesmo fenômeno ocorre no Grupo 3A até o 6A. Esse fenômeno também se explica pela enorme repulsão eletrostática elétron-elétron no F-, que é responsável pela maior instabilidade do ânion. A adição de um elétron aos sete já presentes na eletrosfera no n = 2, causa um distúrbio muito grande no átomo de flúor. Essa repulsão elétron-elétron é menor no cloreto. Os fenômenos de repulsão elétron-elétron estão presentes em outros átomos e explicam muitas anomalias de propriedades nos grupos periódicos. PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS 62 RAIO IÔNICO E TAMANHO DOS ÍONS 49 1A 2A Li+ 3A 5A 6A 7A Be2+ N 3- O 2+ F- 90 59 171 126 119 Na+ Mg2+ Al3+ 186 86 68 S2- Cl- 170 167 Se2- Br- 184 182 Ca2+ Ga3+ 114 76 Rb + Sr 2+ In3+ 166 132 Cs + Ba 2+ Tl3+ Te2- I- 181 149 103 207 206 K+ 152 94 67 64 PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS 63 RAIO IÔNICO E TAMANHO DOS ÍONS ◆ Há um envolvimento considerável de energia quando são formados cátions e ânions e todo esse envolvimento obedece leis periódicas. A Figura anterior evidencia essa tendência periódica, mostrando como átomos neutros alteram seu volume ao formar íons positivos ou negativos: ◆ Comparando-se as Figuras representativas dos Volumes Atômicos e Raios Atômicos: O caso do lítio sugere o seguinte: O raio de um cátion é menor do que o raio do átomo neutro. Realmente isso ocorre e a diminuição do Volume é mais significativa quanto maior o n e menor o l. Como é o caso do lítio. 49 Li 1s 2s. ou 1s2 2s1 1s 2s. ou 1s2 2s0 Li+ 152 pm 90 pm Raio Atômico do lítio comparativamente ao Raio Iônico do cátion PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS RAIO IÔNICO E TAMANHO DOS ÍONS 64 ◆ O mesmo ocorre quando mais de um elétron é removido (dois ou três), como é o caso da formação do íon Al 3+: Al Abaixo, a figura representa essa contração comparando o raio atômico do alumínio com o raio iônico do cátion trivalente do com contração de volume de um fator de 2,10 (mais que o dobro): Al3+ [Ne] 2 1 68 pm ou [Ne] 1s 2s 72 pm 119 pm 3s2 2s1 . ou [Ne] 3s2 3p0 ◆ No caso da formação de ânions (ver Figura anterior novamente), a carga nuclear se torna relativamente menor do que a carga dos elétrons (menor atração eletrostática) com conseqüente expansão de volume. Exemplo para o sistema flúor/fluoreto: [He] [Ne] 2s2 F- [Ne] 3s2 2p1. 143 pm F 2p5 ou [He] 2p5 2s2 2p6 . ou [He] 2p6 Raio Atômico do flúor comparativamente ao Raio Iônico do fluoreto PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS RAIO IÔNICO E TAMANHO DOS ÍONS 65 ◆ O íon O2- (óxido) é iso-eletrônico em relação ao F-. Ambos têm 10 elétrons. E mostram-se muito semelhantes tanto quanto ao raio atômico como ao raio iônico. As propriedades dos dois átomos (O e F em termos de formação de moléculas diatômicas, eletroafinidade, entre outras propriedades é perfeitamente justificável. F O2- O F- 73 pm 72 pm 119 pm 126 pm ◆ Em relação aos raios de íons iso-eletrônicos, devem ser feitas mais considerações entre alguns íons desse tipo na Tabela Periódica, como por exemplo: O2- , F- , Na+ e Mg 2+: Íon: O2FNa+ Mg2+:◆ E para os íons N3 , _______________________________________________________________________ O2- e F-. Qual é a Número de Prótons : 8 9 11 12 tendência? Número de Elétrons: Raio Iônico (em pm): 10 126 10 119 10 116 10 86 _______________________________________________________________________ O 2+ > F- > Na+ > Mg2+ N 3- O 2+ 171 126 F119 PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS RAIO IÔNICO E TAMANHO DOS ÍONS 66 ◆ Os dados para esses íons estão relacionados abaixo: N3-, O2- e FÍon: N3- O2- F- _______________________________________________________________________ Número de Prótons : Número de Elétrons: Raio Iônico (em pm): 7 10 171 8 10 126 9 10 119 _______________________________________________________________________ N 3- O 2+ 171 > 126 F> 119 ◆ Também são casos de íons iso-eletrônicos. Como no caso anterior esses íons sofrem uma contração de volume embora apresentem o mesmo número de elétrons. Quanto menor o número de prótons, menor a carga do núcleo e maior o efeito de expansão na formação do íon. PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS RAIO IÔNICO E TAMANHO DOS ÍONS 67 ◆ Fica mais difícil estabelecer uma tendência geral. Mas é possível encontrar generalidades e tendências periódicas para o Volume Atômico para os cátions. 62 RAIO IÔNICO E VOLUME IÔNICO DE CÁTIONS AUMENTA AUMENTA AUMENTA REAÇÕES QUÍMICAS E PROPRIEDADES PERIÓDICAS ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO ◆ A formação de compostos iônicos, como por exemplo, a formação do cloreto férrico (como ilustra a figura ao lado), pode ser explicada com base na reatividade dos átomos em termos de sua posição relativa na Tabela Periódica. As considerações sobre o caráter oxidante do cloro (por que o cloro é um bom agente oxidante?) e o caráter redutor do ferro (por que o ferro é um bom agente redutor?) devem ser consideradas. Metais como o ferro tem Energia de Ionização muito mais baixa, comparativamente aos halogênios. De modo inverso, os halogênios, como o cloro, têm muito maior afinidade eletrônica que os metais. Assim, ao se colocar o ferro em contato com o cloro, é perfeitamente justificável esperar a formação do sal iônico cloreto férrico: Fe + 3/2 Cl2 → FeCl3 68 REAÇÕES QUÍMICAS E PROPRIEDADES PERIÓDICAS 69 ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO ◆ Assim, nesta parte do tema Periodicidade, tem-se por objetivo dar ênfase ao tema reação de metais e não metais (especialmente halogênios) explicando a tendência periódica de formação de compostos iônicos. Na Como no caso da reação entre o sódio e o cloro: + Agente Redutor ½ Cl 2 → Agente Oxidante Frasco com cloro Frasco com cloro em que se adiciona um pequeno pedaço de sódio NaCl Par Iônico ◆ Compostos Iônicos formam-se por interação forte entre íons de carga positiva e íons de carga negativa. Como na Figura ao lado. Na medida da força de atração, o que se determina é a ENTALPIA DE FORMAÇÃO do par cátion-ânion, sempre com ambos os íons na fase gasosa. REAÇÕES QUÍMICAS E PROPRIEDADES PERIÓDICAS 70 ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO ◆ Também se pode explicar o comportamento de reações de hidrólise de certos metais em água. Como é o caso do cálcio metálico, do grupo 2 A que ao ser colocado em água, desprende gotas de hidrogênio, com formação do íon Ca2+ que na condição da reação, precipita-se na forma de Ca(OH)2. Ca + H2O Agente Redutor → H2 + Agente Forma Oxidante Reduzida do cátion da água 1. 2. 3. Ca(OH)2 (S) Par Iônico formando um precipitado gelatinoso Ca + 2e- → Ca 2+ 2 H-O-H → H2 + 2 OH- + 2 eCa 2+ + 2 OH- → Ca(OH)2 (S) Soma: Ca + 2 H2O → H2 +Ca(OH)2 (S) ◆ Reação altamente exotérmica que é uma característica periódica de reatividade dos metais alcalinos e alcalinos terrosos. Explica-se pela tendência a formar cátion às custas da redução do hidrogênio da água que se desprende na forma gasosa. PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS 71 ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO ◆ Esta Figura mostra os valores das entalpias de formação dos haletos de metais alcalinos: → M (g) + ½ X 2 (g) Na (g) + ½ Cl 2 (g) → MX (g) ∴ ENERGIA = ∆H FORMAÇÃO NaCl (g) ∴∆H FORMAÇÃO = - 552 kJ/Mol PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS 72 ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO ◆ Na formação de compostos iônicos, ◆ Deve-se novamente ver a Figura quanto mais negativo for a Entalpia de anterior sobre os valores de Entalpia Formação: - ∆HFORMAÇÃO de Formação. maior será a Energia de Atração do Par 71 Iônico. Geralmente, este é um parâmetro experimental relevante. Mas pode ser ◆ Ao se observar a Figura se constata nitidamente o efeito do tamanho do previsto teoricamente pela Equação: átomo na reatividade, sendo Z e+ x Z eimportante enfatizar a ordem de -∆H FORMAÇÃO = kN { _________ } ∆HFORMAÇÃO, por exemplo, dos 2r Nesta expressão, nota-se que o que manda cloretos de metais alcalinos: é a Lei da Atração Eletrostática (Coulomb), ∆H FORM. LiCl>∆H FORM. NaCl>∆H FORM.KCl sendo Z e+ a carga do cátion e Z e- a carga do ânion. R é a distância entre os centros Li+ Na+ K+ dos dois íons e N o número de Avogadro. A Grandeza é Extensiva (Molar). Assim a 90 pm < 186 pm < 152 pm Energia de Atração é: - Diretamente Proporcional ao Quanto maior o volume do íon positivo menos Quadrado das Cargas negativo o valor da ∆HFORMAÇÃO. Deve-se - Inversamente Proporcional à isso ao aumento da distância entre os centros distância entre as cargas iônicos como mostra a Equação da Entalpia. PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS 73 ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO ◆ Para os ânions, quanto maior o volume ◆ Tabela de Valores de Energias de dos íons negativos menos negativo o valor Retículo: do ∆HFORMAÇÃO. Também se deve isso ao aumento da distância entre os centros E RETICULAR iônicos como mostra a Equação da COMPOSTO KJ/Mol Entalpia na página anterior: Z e+ x Z e- -∆H FORMAÇÃO = kN { F- Cl- Br- _____________ } 2r I- 119 pm < 167 pm < 182 pm < 182 pm ◆ Há uma correlação estreita entre o valor do ∆HFORMAÇÃO e parâmetros que dependem de propriedades periódicas dos elementos químicos, o que muito tem a ver com o entendimento da reatividade de cátions e ânions. Entre esses parâmetros destaca-se a Energia do Retículo Cristalino LiF LiCl LiBr LiI NaF NaCl NaBr NaI KF KCl KBr KI RbCl - 1037 - 852 - 815 - 761 - 926 - 786 - 752 - 702 - 821 - 717 - 689 - 649 - 659 PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS 74 ENERGIA DO RETÍCULO CRISTALINO ◆ Por exemplo, considerando-se as reações de formação dos sais Mg (g) + K (g) + Br2 (g) → MgBr2 (g) ∴∆H FORMAÇÃO = - 2390 kJ/Mol ½ Br 2 (g) → MgBr (g) ∴∆H FORMAÇÃO = - 411,2 kJ/Mol A maior Energia de Estabilização na formação do sal de magnésio se deve à maior carga do íon (Mg2+) e pelo fato de existirem mais íons por mol, resultando em maior número de interações. ◆ Quando se fala em Energia Reticular torna-se necessário falar em condições normais desses sais, como sólidos. Voltando ao caso do NaCl: (1) Na (g) + Cl- (g) → NaCl (s) ∴∆H FORMAÇÃO = - 786 kJ/Mol = ERETÍCULO (2) Na (s) + ½ Cl 2 (g) → NaCl (s) ∴∆H0FORMAÇÃO = - 411,2 kJ/Mol Na situação (1) tem-se a Energia de Retículo Cristalino como Entalpia de Formação do Par Iônico. Esta Energia de Estabilização pode ser prevista teoricamente e faz parte da Energia de Formação (∆H FORMAÇÃO ) do sal iônico. Por outro lado, a reação (2) mostra a Entalpia de Formação do Cloreto de Sódio Sólido. Essa grandeza só pode ser prevista teoricamente. Não dá para ser medida. Os valores na Tabela da Tela Anterior sugerem que há um tendência periódica, e essa tendência recai sobre o volume iônico. PROPRIEDADES PERIÓDICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS 75 ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO ◆ Quando se fala em Energia Reticular torna-se necessário falar em condições normais desses sais, como sólidos. Voltando ao caso do NaCl: Li+ 90 pm ◆ < Na+ K+ 186 pm < 152 pm F- Cl- Br- I- 119 pm < 167 pm < 182 pm < 182 pm A Energia do Retículo refere-se à estabilização que ocorre por meio do empacotamento dos íons em que o cátion é atraído por vários ânions, e por outro lado, o ânion é atraído por vários cátions como mostra o caso do NaCl com estrutura bem definida. No sólido iônico há componentes de forças repulsivas entre os vários cátions repelindo-se entre si e dos vários ânions repelindo-se entre si. A Energia envolvida que estabiliza essa estrutura organizada é que explica o comportamento dos compostos iônicos. ◆ Representação do Retículo do Cloreto de Sódio: CÁLCULO DA ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO 76 CICLO DE BORN-HABER (MAX BORN & FRITZ HABER): MX M0 (g) + EI n M+(g) + 1 e- + X (g) + 1 e- → -EAEn + EDISS +(EDISS+EVAP) X- (g) ↓ M X (g) - ∆ GSOLVATAÇÃO Lei de HESS - URETICULAR M X (Aq) + ∆ HHIDRATATAÇÃO i=n M X (s) ½M20(g) +½X2 (g) - ∆HFORMAÇÃO Σ=0 i=1 - ∆HFORMAÇÃO = +EI n +( -EAEn) +(+EDISS+ EVAP)+(+ EDISS) + (-URETICULAR) CÁLCULO DA ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO 77 CICLO DE BORN-HABER (MAX BORN & FRITZ HABER): NaCl 1 Na0 (g) + 496 kJ/Mol Na+(g) + 1 e+ Cl (g) + 1 e- → Cl- (g) -349kJ/Mol ↓ NaCl + 121,68 kJ/Mol 2 5 +107,32kJ/Mol - ∆ FSOLVATAÇÃO Lei de HESS M X (Aq) (g) 4 - 786 kJ/Mol + ∆ HHIDRATATAÇÃO 3 i=n ½M20(g) +½Cl2 (g) NaCl (s) - ∆HFORMAÇÃO = ??? Σ=0 i=1 - ∆HFORMAÇÃO = 496 + (-349) + 121,68 + 107,32 + (-786) = -410 kJ/Mol CÁLCULO DA ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO CICLO DE BORN-HABER 78 (MAX BORN & FRITZ HABER) ◆ As Energias: 1 4 E IONIZ 5 + EDISS (EDISS+EVAP) São Entalpias Positivas (Energia Fornecida ao Sistema) ◆ As Energias: 2 EAEn 3 URETICULAR São Entalpias Negativas (Energia Liberada ao Sistema) ◆ A soma das Energias dos vários estágios parciais do processo dá o valor do ∆HFORMAÇÃO e esse valor tem boa concordância com o valor experimentalmente determinado. O NaCl tem formação espontânea e o composto existe porque as duas componentes negativas de entalpia compensam e muito as demais três componentes positivas de entalpia. Ou seja, há uma efetiva estabilização na formação desse composto. CÁLCULO DA ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO 79 CICLO DE BORN-HABER (MAX BORN & FRITZ HABER): NaCl2 1 + (496 + 4562) kJ/Mol Na0 (g) Na2+(g) + 1 e+ e- → 2Cl (g)+1 (g) - 2x 349kJ/Mol ↓ NaCl2 + 2 x 121,68 kJ/Mol 2 5 2Cl- +107,32kJ/Mol 4 (g) EXISTE? - ∆ FSOLVATAÇÃO Lei de HESS M X (Aq) - 2 x 786 kJ/Mol 3 + ∆ HHIDRATATAÇÃO i=n ½Na 20(g) +Cl2 (g) NaCl2(s) - ∆HFORMAÇÃO = ??? Σ=0 i=1 ∆HFORMAÇÃO = (496 + 4562) + (- 2x349) + 2x121,68 + 107,32 + (-2x786) = -410 kJ/Mol ∆HFORMAÇÃO = (496 + 4562)+(- 698)+243,36+107,32+(-1572) = +2895,3 kJ/Mol CÁLCULO DA ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO CICLO DE BORN-HABER 80 (MAX BORN & FRITZ HABER) ◆ As Energias: 1 4 E IONIZ 5 + EDISS (EDISS+EVAP) São Entalpias Positivas (Energia Fornecida ao Sistema) ◆ As Energias: 2 EAEn 3 URETICULAR São Entalpias Negativas (Energia Liberada ao Sistema) ◆ A soma das Energias dos vários estágios parciais do processo dá o valor do ∆HFORMAÇÃO ≅ 3.000 kJ/Mol e esse valor denota a impossibilidade de existir o NaCl2 o que também é um dado concordante com a experimentação O NaCl2 para se formar requer uma quantidade adicional de energia necessária para tirar o segundo elétron de um nível energético maior (mais preso ao núcleo), com n = 2. O primeiro elétron que sai pertence ao sub nível s com n= 3 (mais externo). Mesmo supondo a Energia do retículo 2 vezes maior, não compensa para o sistema formar o NaCl2 que não se estabiliza. CÁLCULO DA ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO 81 CICLO DE BORN-HABER (MAX BORN & FRITZ HABER) ◆ Essa verificação da existência do NaCl2, ou seja, do íon Na2+ traz algum esclarecimento sobre algumas verdades periódicas: Será que o número do Grupo Periódico tem a ver com a carga mais usual do cátion? Ou com o número de elétrons de valência, por 8A 7A extensão lógica? 1A H+ 2A 3A Li+ 8B Na+ Mg2+ 3B K+ Ca2+ 4B 5B 7B 2+ Co2+ Cr2+ Fe + 2 Mn Cr3+ Fe3+ Co3+ Ti2+ 1B 2B Hg2+ Hg22+ Ba2+ K+ Mg2+ ◆ 5A 6A H1- C4- N3- O2- F1- 2P3- S Cl1- Al3+ Cu2+ 2+ Cu1+ Zn Ag1+ Cd2+ K+ Sr2+ K+ 6B 4A Se2- Br1Sn2+ Pb2+ Bi3+ Repita todos os cálculos anteriores para o KBr2. Prove se existe ou não esse composto iônico Te2- I1 111 ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO CICLO DE BORN-HABER (MAX BORN & FRITZ HABER) ◆ Na verdade, todo envolvimento de energia é compensatório. o A Energia de Retículo teria um papel de destaque? o Na formação de um composto iônico sua energia reticular (entalpia negativa) deve zerar a energia de ionização e ainda fazer sobrar energia para viabilizar o composto? o Teria isso a ver com a distribuição eletrônica e reatividade de elementos com caráter metálico acentuado? o Esse caráter metálico é típico de agentes redutores (que, necessariamente devem perder elétrons). A tendência periódica de poder redutor existe? 82 ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO CICLO DE BORN-HABER 83 (MAX BORN & FRITZ HABER) ◆ Elementos mais volumosos seriam mais redutores (perderiam mais facilmente o (s) elétron (s) de valência para o ânion (agente oxidante, que necessariamente deve aumentar o número de elétrons). o Há alguma relação entre estado de oxidação mais usual de um grupo periódico e a maior dificuldade em se perder elétrons de níveis energéticos mais internos? Focalize o caso do íon Na 2+ do suposto NaCl2. A energia necessária para a ionização do segundo elétron com n = 2 (mais interno) é muito maior do que a energia de ionização do elétron com n = 3 (mais externo). Não há como compensar isso energeticamente pelas duas entalpias negativas (Afinidade Eletrônica e Energia Reticular). o É certo esse raciocínio? Focalize agora a existência de um Grupo Periódico. Isso que foi comentado logo acima seria uma evidência de Configuração Estável ou Nobreza Periódica? ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO CICLO DE BORN-HABER (MAX BORN & FRITZ HABER) ◆ Pense ainda na nobreza dos Gases Nobres. o Por que eles existem? Focalize o caso desses elementos do grupo 8. Os gases nobres de fato são pouco reativos (mas não totalmente inertes). o Sendo assim, por que o elemento Xenônio teria condição de formar o Xe1+ e os outros gases nobres não? O sódio, com caráter metálico acentuado é um excelente agente redutor. o Por Que o sódio não forma o íon Ne1+ a partir do gás neônio para formar o NaNe? Raciocine... o A energia de afinidade eletrônica do neônio seria uma entalpia positiva ou negativa? o Seria alta ou baixa? 84 ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO CICLO DE BORN-HABER 85 (MAX BORN & FRITZ HABER) ◆ A ionização do neônio (e, por analogia, dos outros Gases Nobres) envolveria a colocação de um elétron em um nível energético maior com n = 3 (mais externo). Haveria mais dificuldade para que isso se viabilizasse. Afinidade Eletrônica estabiliza e neste caso a entalpia é positiva e não negativa (seria desestabilizante). o Será que ao longo da série haveria para os gases nobres alguma possibilidade de entalpia negativa para afinidade eletrônica? o Haveria possibilidade do neônio formar compostos como o NaNe em que a outra entalpia negativa (Energia Reticular) fosse suficiente para estabilizar o par iônico? O neônio é um gás com Z* relativamente grande (o que explica porque é relativamente pouco volumoso como átomo (volume atômico relativamente pequeno). Mas, imaginar a colocação de um elétron a mais, implica em definir n = 2 e n = 3 em termos de esfera envolvente do núcleo. Pense nisso e explique sobre a nobreza dos Gases Nobres. o Ela teria algo a ver com Afinidade Eletrônica? E a Energia do Retículo Cristalino dos compostos de elementos do grupo 8. Seria essa a razão de sua alta estabilidade relativa (ou pouca reatividade)? ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO 86 CICLO DE BORN-HABER (MAX BORN & FRITZ HABER) ◆ Sempre (e em diferentes épocas) se menciona sobre a “estrutura eletrônica estável dos gases nobres” e que os metais tendem a reagir com os não metais para (ambos), assim, atingirem a configuração estável expressa pela Teoria do Octeto de KOSSEL. A Configuração dos gases nobres é a seguinte: (n - 1) d 0 e (n – 2) f n s2 0 n p6 São vazios os sub níveis envolvendo orbitais d e f que comportam, respectivamente, 10 e 14 elétrons. Será que esta teoria ainda tem validade na química moderna? ◆ Enfim...estrutura e Reatividade de Compostos Iônicos...Configuração estável dos cátions e ânions...Octeto completo na última camada de energia...Regras de Interação.... ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS PREVISÕES E AVALIAÇÕES) 87 ◆ Pareamento e despareamento de elétrons é outro tema interessante que tem a ver com Periodicidade Química. Isso explica muita coisa, tais como o paramagnetismo e diamagnetismo de moléculas como o caso da água atraída pela eletricidade estática de um balão de borracha atritado (ver Figura ao lado), em que o jato de água da bureta muda sua trajetória. E isso se aplica a muitas moléculas. o Será que Periodicidade Química ainda pode ser útil na Química moderna? ◆ MARK TWAIN comentou uma vez que “Quando se diz que tudo foi dito e feito”, mais foi dito do que feito”. ◆ Será que os químicos de hoje poderiam ainda fazer alguma coisa pela Química usando Periodicidade? ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS PREVISÕES E AVALIAÇÕES 88 ◆ Desde a década de 1960 que se estabeleceu que a Energia de uma Ligação Química pode Li Be B C ser representada quantitativamente por uma somatória de contribuições de iônicas e 85 pm 77 pm covalentes. As ligações covalentes 152 pm 112 pm homonucleares podem ser descritas por um 82 kCal/Mol “parâmetro” definindo a contribuição da 26,0 kCal/Mol Aumento Regular covalência na ligação total. Esse parâmetro é conhecido como BEP (Bond Energy O F N Parameter), que é experimental e pode ser avaliado, por exemplo para dissociação de 70 pm 73 pm 72 pm o moléculas diatômicas a 25 C. Essa variação 38,5 > 33,5 < 37,8 do BEP do lítio para o carbono está descrita kCal/Mol kCal/Mol kCal/Mol ao lado. Por muitos anos as ligações simples Variação irregular com queda entre, N-N, O-O e F-F foram consideradas de valor do C para o N anômalas (com muito baixas energias): o Será que a Periodicidade Química ◆ Se isso for verdade, a ausência de pares de elétrons adjacentes poderia explicar isso? A resposta explicariam interações do tipo estaria no par de elétrons livres e C-H que não têm pares possíveis repulsões desses pares? repelentes ? ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS 89 PREVISÕES E AVALIAÇÕES ◆ Observando-se os átomos (ver novamente Li Be ao lado) para mais apropriadamente justificar valores de energias de ligações, especialmente ligações covalentes para 152 pm 112 pm formar moléculas diatômicas estáveis: 26,0 kCal/Mol ◆ Seria possível imaginar que um par de elétrons livres serviriam de blindagem eletrostática da carga do núcleo contra a ligação homopolar enfraquecendo a ligação? C 85 pm 77 pm 82 kCal/Mol Aumento Regular o O que o nitrogênio, oxigênio e o flúor têm que os elementos boro e carbono não têm? Será que só ao existência de par de elétrons livres justificariam a formação ou não de moléculas diatômicas estáveis? B N 70 pm O 73 pm F 72 pm 38,5 > 33,5 < 37,8 kCal/Mol kCal/Mol kCal/Mol Variação irregular com queda de valor do C para o N ◆ O elemento Li tem uma tendência a formar ligações homopolares covalentes Li Li que têm pares repelentes e o lítio é metal alcalino. Como explicar isso? ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS PREVISÕES E AVALIAÇÕES 90 ◆ Observando-se os átomos (ver novamente Li Be B C ao lado) para justificar o valor da energia 85 pm 77 pm da ligação N ≡ N, pode-se imaginar o que 152 pm 112 pm ocorre em termos de aumento da densidade de elétrons na região entre os 26,0 kCal/Mol 82 kCal/Mol dois núcleos aumentando a densidade de Aumento Regular ligações e repelindo os pares de elétrons livre para fora dessa região. Isso pode O F N explicar a formação de moléculas 70 pm 73 pm 72 pm diatômicas estáveis pois os pares de 38,5 > 33,5 < 37,8 elétrons livres não enfraqueceriam as ligações homopolares, pois ficariam de fora kCal/Mol kCal/Mol kCal/Mol e não serviriam como blindagem Variação irregular com queda enfraquecedora. de valor do C para o N o Será que ocorre o mesmo para o oxigênio e o flúor? Esse princípio poderia explicar a tendência periódica mostrada ao lado, do lítio para o carbono? ◆ Se isso for verdade, a ausência de pares de elétrons adjacentes explicariam interações do tipo C≡C nos hidrocarbonetos acetileno comparativamente às ligações C-H e C=C ? ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS PREVISÕES E AVALIAÇÕES 91 ◆ Controvertidamente e provocativamente, a COMPOSTO FATOR Química Orgânica poderia ser chamada de Etileno 1,77 Química do Hidrogênio e seus compostos Propileno 1,81 de carbono, oxigênio, nitrogênio e enxofre. 1- Butileno 1,77 Os estudos das ligações C – C, C – H 1- Pentileno 1,72 revelam que quando as ligações simples são consideradas, na atomização (valores 2- Pentileno 1,78 experimentais) as energias dessas ligações Valor Médio 1,77 são consideradas constantes e ao se◆ Um estudo de ligações C ≡ C e N subtrair seus valores das energias de ≡ N mostra que para a tripla atomização de compostos acetilênicos, ligação do N, o valor é 226,0 essas energias têm um fator de kCal/Mol e essa energia dividida multiplicação igual a 1,77. Mas, para as pelo fator 1,77 resulta: previsões teóricas darem certo é preciso 226,0 x 1,10 _______________ = 93,6 kCal/mol considerar as diferenças comprimento das 1,77 x 1,50 ligações C≡C e N–N corrigi-las pelo multiplicador correto. Ver Explicação ao lado ◆ Será que essa conta dá como resultado o valor do fator de o Seria essa abordagem de ligação energia da ligação simples? Esse química útil? Esse princípio poderia valor seria “normal”, explicar as outras interações em comparativamente com os quatro compostos orgânicos: C–F, C–O, C–N, outros elementos precedentes ao C–Cl... ? N no período? ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS 92 PREVISÕES E AVALIAÇÕES ◆ Na Tela anterior se comentou sobre o parâmetro BEP da ligação covalente para o nitrogênio: 226,0 x 1,10 ________________ = 93,6 kCal/mol 1,77 x 1,50 o Isso requer uma abordagem pelo raio covalente que não deve se alterar e se o efeito de blindagem do par de elétrons emparelhados livres for eliminado. Então, este novo parâmetro de multiplicação de energia foi tirado da Ligação N ≡ N por analogia com a ligação acetilênica C ≡ C, mas que dá um valor 93,6 kCal/mol substancialmente diferente dos 38,5 kCal/Mol (Ver ao Lado) o Seria correto supor que se 93,6 kCal/Mol for o COMPOSTO FATOR Etileno Propileno 1- Butileno 1- Pentileno 2- Pentileno Valor Médio N 70 pm 1,77 1,81 1,77 1,72 1,78 1,77 O 73 pm F 72 pm 38,5 > 33,5 < 37,8 kCal/Mol kCal/Mol kCal/Mol Variação irregular com queda de valor do C para o N parâmetro para ligação simples em N≡N e se ◆ Será que tem como acreditar 38,5 kCal/Mol para ligação N–N a média que esse mesmo raciocínio, 38,5+93,6/2 = 66,1 kCal/Mol como o com base em duplas ligações parâmetro Na ligação N = N, com a remoção olefínicas serviria para explicar apenas da metade do efeito da blindagem muita coisa do oxigênio? eletrostática do par de elétrons livres? ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS PREVISÕES E AVALIAÇÕES ◆ Na Tela anterior se comentou sobre o parâmetro BEP da ligação covalente para o nitrogênio. Estudos análogos às ligações acetilênicas foram feitas para as olefinas (ver ao lado). Encontrou-se um valor para esse multiplicador de 1,50. Este número transforma a energia da ligação simples (C – C) para a dupla (C = C). A Energia de Dissociação do O2 é 119,2 kCal/Mol a 25 o C. Este valor é bem menor do que a energia da ligação C – C que é 140 kCal/Mol (ou seja 1,175 vezes maior). Esse valor justifica a consideração feita de que o par de elétrons livres do oxigênio não fica totalmente fora do espaço inter atômico entre a dupla ligação da molécula de O2. Este par de elétrons, porém, afeta fracamente a ligação. o Seria correto supor que esse 65,9 kCal/Mol é o parâmetro para ligação simples em O=O? COMPOSTO 93 Fator de Multiplicação Eteno Propeno 1- Buteno 1- Penteno 2- Penteno 2-Metil-1-buteno 3-Metil-1-buteno 2 Metil-2-buteno 1-Hexeno 1-Hepteno 1-Octeno 1-Noneno 1- Deceno Valor Médio 1,48 1,52 1,51 1,50 1,52* 1,54 1,52 1,56 1,50 1,48 1,49 1,47 1,46 1,50 119,2 x 1,21 ________________ = 65,9 kCal/mol 1,77 x 1,46 ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS 94 PREVISÕES E AVALIAÇÕES ◆ Na Tela anterior se comentou sobre o parâmetro BEP da ligação covalente para o oxigênio: 119,1 x 1,21 ________________ = 65,9 kCal/mol 1,77 x 1,46 o Ao se confirmar a validade desse valor, ou seja o parâmetro de energia para uma ligação simples na dupla: O=O... Li Be B 85 pm C 77 pm 152 pm 112 pm 26,0 kCal/Mol 82 kCal/Mol Aumento Regular O F N correto ao supor que se 65,9 kCal/Mol for o parâmetro para ligação 70 pm 73 pm 72 pm simples em O=O e se 98,3 kCal/Mol for o 38,5 > 33,5 < 37,8 parâmetro para ligação O≡O a média kCal/Mol kCal/Mol kCal/Mol 38,5+98,3/2 = 68,4 kCal/Mol como o Variação irregular com queda parâmetro da ligação O – O , com a de valor do C para o N remoção apenas de 1/3 do efeito da blindagem eletrostática do par de elétrons livres? ◆ Ao se confirmar isso seria correto afirmar que toda essa teoria está correta se o valor da ligação C – O for de 258 kCal/Mol se isso bate com a experimentação que é 257,0 kCal/Mol ? o Seria ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS 95 PREVISÕES E AVALIAÇÕES ◆ Até agora o foco foi o oxigênio gasoso. Mas o enxofre é sólido e ao ser aquecido entre 500 a 1900 o C forma S2. Nessa condição S2 é parecido com O2. A ligação é mais curta que o S8. As moléculas são paramagnéticas o que indica dois elétrons desemparelhados por molécula, como no O2. Ao ser resfriado rapidamente o S2 adquire cor púrpura. o Como explicar isso? Use conceitos ligados à habilidade ou inabilidade do enxofre formar ligações pπ no estado normal. ◆ A química do enxofre é pródiga em discrepâncias (falhas na literatura, até hoje) e os termoquímicos asseguram que o H2S é um bom modelo para dar o parâmetro de ligação simples para o enxofre. Ou seja, a característica energética de uma interação simples (S – S) em ligações S = S. Li Be B C 85 pm 77 pm 152 pm 112 pm 26,0 kCal/Mol 82 kCal/Mol Aumento Regular N 70 pm O 73 pm F 72 pm 38,5 > 33,5 < 37,8 kCal/Mol kCal/Mol kCal/Mol Variação irregular com queda de valor do C para o N ◆ O valor é 55,0 kCal/Mol para esse parâmetro de energia de ligação simples para o S. Este valor deriva de cálculos a partir da Energia do H2S determinada experimentalmente. ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS 96 PREVISÕES E AVALIAÇÕES ◆ Para a ligação química na molécula S2(S), o valor da Energia de Dissociação é de 102,5 kCal/Mol e a ligação S = S tem comprimento de 1,89 Å. Com isso se pode calcular a energia de uma interação simples na ligação S = S como sendo 62,1 kCal/Mol. Claramente, muito mais próxima de uma interação simples de ligação S = S (62,1 kCal/Mol) do que a interação simples S – S (55,0 kCal/Mol) em termos energéticos. Na 186pm Mg 160pm Al 143pm ◆ Será que isso explicaria porque o enxofre é sólido e não gasoso como o oxigênio? 118pm P S Cl Ar 110pm 103pm 100pm 98pm H 37pm He 31pm o Como isso pode ser explicado? Será que ◆ Mas deve-se considerar tem alguma coisa a ver com a geometria S8. Nessa geometria, será que há um efeito de diminuição do efeito enfraquecedor de blindagem do par de elétrons livres? Si Energia da ligação S – S simples em ligações poliméricas em que há um bônus de estabilidade relativamente ao dímero gasoso. Essa Energia extra de estabilidade é de -15,3 kCal / átomo grama. DA ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS PREVISÕES E AVALIAÇÕES 97 ◆ A Energia de Atomização do enxofre é de Mg Al Si Na 66 kCal/Mol de átomos. A Energia de Vaporização do enxofre ortorrômbico 186pm 160pm 143pm 118pm (molécula S8(S) na forma de anéis estáveis) Cl Ar S P é de 24,5 kCal/Mol a 25 o C. A ligação S – S no enxofre S8 tem Energia Média de 63,5 110pm 103pm 100pm 98pm kCal. . Com isso se pode calcular a energia He H de uma interação simples na ligação S = S 37pm 31pm como sendo 62,1 kCal/Mol. Claramente, o que a entropia de efeito enfraquecedor na ligação pelo par de o Será polimerização zera essa diferença elétrons livres é muito menor no enxofre do de energia não muito apreciável? que no oxigênio. Isto é um característica de elementos do 3o período. Por outro lado a ◆ A Energia da ligação S – S no Energia da ligação S = S é 102,5 kCal/Mol sistema ortorrômbico do S8 é maior que é menor do que duas vezes o valor da pelo menos 8,5 kCal/Mol do que da entalpia de 55,0 kCal/Mol (ou 110,0 energia de uma interação simples (S – S) em ligações S = S. kCal/Mol) ou seja, da característica energética de uma interação simples (S – S) ◆ Será que isso favoreceria a em ligações S = S. polimerização do enxofre em detrimento da formação do dímero o Quais seriam os outros aspectos que S2? justificariam a polimerização do enxofre? ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS PREVISÕES E AVALIAÇÕES 98 ◆ Sais de oxi-ânions como Sulfato, Fosfato... O São estáveis termicamente. Esta estabilidade é tanto maior quanto o “oxiC H–O ânion controla a ligação química (elétrons)”. O–H Os prótons aquosos (H3O+) com grande Ácido Carbônico polarizabilidade tendem a destruir a simetria dos grupos oxi-ânions fazendo com que o Será que essa característica de elétrons sejam atraídos para o hidrogênio. estabilidade pode ser explicada Portanto a Estabilidade dos Oxi-ânions é apenas por meio da Periodicidade? reduzida com o aumento da acidez. ◆ O ácido Carbônico é um caso o Seria a Estabilidade dos oxi-ânions uma clássico de molécula instável. Propriedade Periódica? Explique sua Desproporciona-se em água: resposta seja sim ou não. H2CO3 → CO2 + H2O. o Será que existiria ácido carbônico ◆ Já é conhecido de longa data que os sais de sem estar em meio de água? metais menos eletronegativos (portanto os que têm maior caráter metálico) tendem a ◆ Como a água é Solvente Polar ser muito mais estáveis termicamente do seria explicável existir alguma que os oxi-ácidos livres. Alguns oxi-ácidos quantidade de H2CO3 são até difíceis de serem isolados. estabilizado em água? Quanto é (em Mol/L)? ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS PREVISÕES E AVALIAÇÕES 99 O ◆ O ácido carbônico é um oxi-ácido especial e é possível avaliar-se o calor de formação do C H–O H2CO3(g). Isso poderia trazer alguma Ácido Carbônico O–H informação se ele como peixe, só pode viver na água. Como é um gás completamente o A Atomização do H2CO3 em seus átomos: desconhecido, as distâncias das ligações só H2CO3 → 1 C + 3 O + 2 H ... podem ser obtidas por estimativa, com base em valores experimentais de moléculas ...nas condições de estado padrão similares conhecidas. Essa informação é de 454,3 kCal/Mol. existe disponível e as energias das ligações ◆ A diferença de Energia: são as seguintes: ∆= 576,4 kCal/Mol -454,3 kCal/Mol O – H = 2 x 113,6 kCal/Mol ∆= 122,1 kCal/Mol é o calor de C – O = 1 x 175,5 kCal/Mol* formação padrão do H2CO3 (g). C – O = 2 x 86,8 kCal/Mol**. o O Calor de Formação da H2O (g) é de 576,4 kCal/Mol - 57,8 kCal/Mol e o calor de CO2 (g) é de - 94,1 kCal/Mol, totalizando – 151,9 * Considerada para a ligação simples kCal/Mol. do C = O. ** Considerada para ao ligação simples ◆ Quanto é (em kCal/Mol a Energia da do C – O reação de decomposição do H2CO3(g)? H2CO3(g)→H2O(g)+CO2(g) ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS PREVISÕES E AVALIAÇÕES 100 ◆ Essa Entalpia de Decomposição pode O explicar muita coisa. Mas a facilidade da água remover o CO2 da molécula de H2CO3 C H–O deve-se ao fato de existirem duas hidroxilas O–H diretamente ligadas ao carbono. Nessa Ácido Carbônico molécula, as ligações são mais fortes aproximadamente 15 kCal cada uma delas, o E esses efeitos de “pontes de hidrogênio”será que poderiam aproximadamente. Na reação de também atuar em meio aquoso decomposição dobra-se o número de moles inibindo um pouco a decomposição de gases o que assegura um aumento de do H2CO3. entropia (no escape de gases) suficiente para assegurar a energia livre da reação ◆ Em solução, o ácido Carbônico é instável devido às duas hidroxilas que é mais negativa em cerca de 30 ligadas ao carbono. kCal/Mol. o Seria possível existir gás carbônico líquido? o Em cromatografia existe o CO2 super-crítico que só é estável sob grandes pressões. Será que existiriam efeitos de interações eletrostáticas que garantam a existência de H2CO3 liquefeito? Seria isso uma regra geral para outros compostos orgânicos? Será que os químicos poderiam explicar a instabilidade relativa desses compostos de modo análogo? ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO PREVISÕES E AVALIAÇÕES 101 ◆ A água é um bom solvente para espécies aniônicas devido às suas “ligações de hidrogênio” (Ver Figura ao lado). É fato experimental a facilidade da água remover o CO2 da molécula de H2CO3 pelo fato de existirem duas hidroxilas diretamente ligadas ao carbono. o mecanismo de quebra das ligações é muito conhecido (no escape de gases) e é muito simples. Não há vantagem alguma em termos de aumentar o número de ligações O – H. suficiente para assegurar a energia livre da reação que é ◆ De novo volta-se o mesmo ponto. Existe um efeito desestabilizante mais negativa em cerca de 30 kCal/Mol. devido a pares de elétrons livres. o Seria possível explicar a decomposição em água de compostos análogos com dois o É possível explicar a maior energia da ligação C = O com base na grupos hidroxilas com base no fato da remoção do efeito de blindagem da ligação C = O ter mais energia do que o carga nuclear colocando o par de dobro de duas ligações C – O? elétron fora da zona de alta densidade de ligações onde existe a dupla ligação? ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS 102 PREVISÕES E AVALIAÇÕES ◆ Ainda com relação ao CO2. Uma das maiores inconsistências aparentes da Tabela Periódica é o fato de o CO2 ser gasoso e monomérico e o SiO2 ser sólido e polimérico. (Ver Figura ao lado). O mesmo ocorre com todos os óxidos do grupo 4A. Configura-se aí uma exceção significativa para o primeiro do grupo. o Seria possível explicar a isso com base no par de elétrons livres reconhecendo e quantificando efeitos de enfraquecimento de ligações envolvendo o oxigênio pelo par de ◆ elétrons livres? Lembre-se. Tem-se que explicar porque o CO2 é gás. Mas isso não o vai explicar porque o SiO2 é polimérico e sólido. ◆ A Energia Livre de Polimerização em olefinas envolve ligações C = C e C – C sendo mais energética esta última (E C – C >E C = C ). 4A C 77 pm O 73 pm Si 118 pm 49,7 kCal/Mol C + 2O C + 2O 384,5 kCal/Mol 334,8 kCal/Mol CO2 POLIMÉRICO CO2 MONOMÉRICO A Energia Livre de Polimerização tem uma componente entrópica: ∆E = ∆H + T∆S Essa componente entrópica assegura que a polimerização do CO2 (g) exceda de + 50,0 kCal/Mol. As poliolefinas (da polimerização de olefinas) têm vantagem nesse sentido pois na polimerização zeram a entropia desfavorável DE COMPOSTOS PAR IÔNICO PREVISÕES E AVALIAÇÕES 103 C 77 pm O ◆ Duas ligações C = C são mais estáveis do que uma C = C. No CO2 existe o “par de 73 pm Si 118 pm elétrons livres: ou seja para o oxigênio a coisa muda. O par de elétrons é o mesmo -141,6 kCal/Mol Si + 2O em C – O, C = O e C – O simples de uma ligação C = O. Assim a Energia da Ligação 305,5,2 kCal/Mol 445,8 kCal/Mol é 102,2 kCal/Mol. Assim, duas dessa ligações simples C – O são mais estáveis SiO2 (g) Entalpia de do que uma C = O (que vale 192,3 Polimerização SiO2 (S) kCal/Mol). O parâmetro de energia (BEP) de 33,5 kCal para o átomo oxigênio de uma ligação C – O resulta em uma ligação C – O ◆ Acredita-se que os átomos de Si não são muito hábeis em fazer de apenas 83,7 kCal/Mol a menos em ligações do tipo pπ múltiplas, relação a uma ligação C = O. levando à hipótese de que os o Seria possível explicar com base nesses átomos de silício reforçam suas ligações simples pr meio de valores de energias porque o CO2 é gás? elétrons dπ mais externos que Explique. existem no Si mas não no C. ◆ Mas ainda resta explicar o o Será que apenas isso explica caso do SiO2 sólido e alguma coisa? Polimérico ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS 104 PREVISÕES E AVALIAÇÕES = Entalpia de ◆ É preciso considerar o SiO2 gasoso. Assim Polimerização = torna-se necessário desenvolver todo um raciocínio com base em ligações Si = Si, Si + 2O -141,6 kCal/Mol Ligações Si ≡ Si, ligações simples Si – Si e o parâmetro de ligação simples 304,2 kCal/Mol 445,8 kCal/Mol (contribuição individual de cada ligação SiO2 (g) simples) em ligações Si = Si e Si ≡ Si. Os O valores são: 175,5 kCal/Mol para dupla SiO2 (S) Si = O ligação Si = Si, e 130 kCal/Mol para a energia de coordenação da ligação Si – O em uma ligação ≡ O, a soma 305,5 kCal/Mol ◆ Essa ligação tem valor de 111,3 dá boa aproximação da Energia de kCal/Mol. Na soma dá 445,2 atomização com o valor 304,2 kCal/Mol kCal/Mol em boa concordância com o valor experimental 445,8 (Experimental). kCal/Mol. o Seria possível explicar a estabilidade do o Mesmo tendo duas ligações duplas SiO2 sólido a partir desse envolvimento de (Si = O) de 175,5 kCal/Mol a energias? Só isso basta?. molécula gasosa do SiO2 pode se polimerizar exotermicamente. ◆ O raciocínio deve prosseguir o Será que isso explica o SiO2 sólido com os valores de energia de polimérico? ligações Si – O para átomos =O. ENERGIA DE FORMAÇÃO COMPOSTOS 105 PREVISÕES E AVALIAÇÕES = Entalpia de ◆ Em outras palavras no SiO2 gasoso existem Polimerização = quatro ligações Si – O (em que o oxigênio é = O) que juntas são mais fortes de que uma Si + 2O -141,6 kCal/Mol só Si =O (em que o oxigênio é =O) . Assim, o SiO2 existe como sólido polimérico, 304,2 kCal/Mol 445,8 kCal/Mol justificadamente. E de modo bem diferente SiO2 (g) do CO2. O o Os elétrons d mais externos do Si positivo SiO2 (S) Si = O são hábeis em acomodar os pares de elétrons livres reduzindo o efeito de enfraquecimento por blindagem de carga ◆ O caso de discrepâncias existentes nuclear. Por isso mesmo a ligação é de entre SiO2 e CO2 são clássicos. o 150 . Mas o Grupo 5 A também exibe diferenças drásticas de O O = comportamento entre os óxidos de Si nitrogênio e os óxidos de fósforo. o O Grupo IV A além do carbono e silício tem o germânio como elemento importante. Esses elementos são utilíssimos em o Seria possível delinear essas propriedades, previamente, para o semicondutores. Será que o germânio NO3, NO2 , NO e N2O3 bem como também tem esse comportamento? para P2O5, P4O6 e outros óxidos? = ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS PREVISÕES E AVALIAÇÕES 106 ◆ Explicar possíveis discrepâncias para os N 70 pm O 73 pm óxidos de nitrogênio e fósforo é um problema muito parecido com CO2 / SiO2 P 110 pm S 103 pm mas com um detalhe: além de possíveis diferenças marcantes de estado físico (e em decorrência das propriedades ponto de as discrepâncias ebulição e ponto de fusão) e de diferentes ◆ Novamente, podem ser explicadas com base formulações. Freqüentemente a explicação nos pares de elétrons livres do simples é que o oxigênio (e, também, o nitrogênio e oxigênio e no efeito de nitrogênio) tem habilidade de estabelecer enfraquecimento de ligações ligações múltiplas e que os elementos mais químicas por esses pares. pesados do Grupo 5 (e também do Grupo 4 A) não têm. o Tente imaginar relações de causa/efeito (ligações) propondo o Será que só isso explica? É verdade, fórmulas para os óxidos absoluta ou relativa essa última afirmação. mencionados na Tela anterior. Será que para estabelecer isso como verdade não falta alguma coisa? Não falta dizer porque isso acontece? o Esses óxidos são: NO3, NO2 , NO e N2O3 bem como para P2O5, P4O6 e outros óxidos? ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS PREVISÕES E AVALIAÇÕES .. . .. .. 107 O ◆ Explicar possíveis discrepâncias para os N N N O óxidos de nitrogênio e fósforo é um O problema muito parecido com CO2 / SiO2 O N mas com um detalhe: além de possíveis N diferenças marcantes de estado físico (e em O O O decorrência das propriedades ponto de N N ebulição e ponto de fusão) e de diferentes O N N O formulações. Freqüentemente a explicação O O simples é que o oxigênio (e, também, o nitrogênio) tem habilidade de estabelecer as discrepâncias ligações múltiplas e que os elementos mais ◆ Novamente, podem ser explicadas com base pesados do Grupo 5 (e também do Grupo 4 nos pares de elétrons livres do A) não têm. nitrogênio e oxigênio e no efeito de enfraquecimento de ligações o Será que só isso explica? É verdade, químicas por esses pares. absoluta ou relativa essa última afirmação. Será que para estabelecer isso como imaginar relações de verdade não falta alguma coisa? Não falta o Tente causa/efeito (ligações) propondo dizer porque isso acontece? fórmulas para os óxidos o Esses óxidos são: NO3, NO2 , NO e mencionados na Tela anterior. N2O3 bem como para P2O5, P4O6 e ...... outros óxidos? .. .... .. .. . .. .. . . .... .. .. ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS PREVISÕES E AVALIAÇÕES ... .. .. 108 Entalpia de ◆ O óxido nitroso– óxido de nitrogênio (I) – ou Polimerização = N O N2O tem estrutura linear do tipo N – N = O em que o nitrogênio central liga-se ao 2N + O -???,? kCal/Mol oxigênio por uma dupla ligação. O N central forma um ligação simples terminal com o 266,1 kCal/Mol ???? kCal/Mol segundo átomo de nitrogênio em que os N2O (g) três orbitais disponíveis participam igualmente dessa ligação simples. As NO (S) POLÍMERO ligações podem ser descritas como sendo ligação dupla N = O (de =N e =O) e ligação simples N – N (de ≡N). O par de elétrons ◆ Será que a estabilidade seria diminuída se fosse substituída a livres parece estar mais no nitrogênio ligação proposta por N – N simples central na ligação N – N e age como “não de – N e N – O simples de –N e – ligante ”sem dividir a multiplicidade olefínica. O? A Energia de Atomização sugerida por esse o O NO é um molécula “ímpar” tendo modelo 265,2 kCal/Mol (ver ao lado) tem pelo fato de ter um elétron boa aproximação com o valor experimental desemparelhado. (266,1 kCal/Mol). o Será que por esse fato essa molécula tem tendência a se O N N O dimerizar? Explique. ..... .. .. .. ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS 109 PREVISÕES E AVALIAÇÕES ◆ A tendência do dióxido de nitrogênio (NO) se polimerizar dimerizar de alguma forma é muito pequena. Cálculos a ligação tem ordem 2,5. Considerando-se o único elétron não ligante (despareado), os cálculos teóricos dão um valor de 151,9 kCal/Mol para a Energia da Ligação considerada como uma dupla ligação para o oxigênio-nitrogênio. Este valor, experimental, é de 150,5 kCal/Mol. ◆ Novamente vê-se aqui uma oposição entre ligações duplas e ligações simples. Como já foi visto, uma dupla ligação é mais estável do que duas. Será que isso vale como explicação para a existência desses compostos na forma gasosa? o Será que essas evidências teóricoexperimentais justificariam tendências ou não tendências de dimerizar ou polimerizar? Explique. Entalpia de Polimerização = 2N + O -???,? kCal/Mol 266,1 kCal/Mol ???? kCal/Mol N2O (g) NO (S) POLÍMERO ... N .. .. O ◆ O que se poderia prever, de modo análogo, para os óxidos NO2 e N2O5 em termos de ligações (multiplicidade) e polaridade? o Lembre-se: as duplas ligações são pouco polares e as simples são mais polares. Se a molécula do N2O5 e NO2 forem pouco polares, qual a conclusão? ENERGIA DE FORMAÇÃO DE COMPOSTOS PREVISÕES E AVALIAÇÕES ◆ Percebe-se claramente que a seqüência de informações e previsões teóricas confrontadas com dados experimentais poderia ir muito mais longe. Tem-se aí uma recita de aprender a pensar e entender Química. Para terminar só mais duas questões: o E os óxidos de fósforo? Todos são sólidos. Explique isso. o Por outro lado, a química do enxofre é fértil e um número muito grande de problemas interessantes (alguns até tecnologicamente) são devidos à interação do oxigênio com o enxofre. o Por exemplo: Se O2 e S2 são estáveis, por que não o SO? o O S2O é preparado por descarga elétrica passando através do SO2. o Qual seria o arranjo dos átomos nessa molécula? Teria alguma coisa a ver a instabilidade dessas moléculas (SO e S2O) a ver com a seguinte frase: A formação de ligações fortes estáveis não assegura que algumas moléculas sejam instáveis com relação ao arranjo dos átomos que tendem a produzir, na média, ligações ainda mais estáveis... 110 ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO E SOLVATAÇÃO CICLO DE BORN-HABER E SOLUÇÕES IÔNICAS (MAX BORN & FRITZ HABER) 111 ◆ Adicionalmente, no Ciclo de Born-Haber há a possibilidade de discutir um pouco tudo isso para a Química de soluções (Meios Condensados com atuação de solventes (como o caso do Meio Aquoso). + EI n M0 (g) M+(g) 1 e- + + X (g) + 1 e- → -EAEn + EDISS +(EDISS+EVAP) X- (g) ↓ M X (g) - ∆ FSOLVATAÇÃO - URETICULAR M X (Aq) + ∆ HHIDRATATAÇÃO M20(g) +X2 (g) M X (s) - ∆HFORMAÇÃO CÁLCULO DA ENERGIA DE FORMAÇÃO DO PAR IÔNICO CICLO DE BORN-HABER (MAX BORN & FRITZ HABER) E SOLVATAÇÃO 112 ◆ Adicionalmente, no Ciclo de Born-Haber há a possibilidade de discutir um pouco tudo isso para a Química de soluções (Meios Condensados com atuação de solventes (como o caso do Meio Aquoso): Ze+ x Ze1 M0 (g) + EI n M+(g) + 1 e+ ∆FSOLVATAÇÃO = -{ _____________ } x (1 - ____ ) ε 2r ◆ Define-se como Energia de Solvatação a Energia X (g) + 1 e- → X- (g) Estabilização -EAEn - ∆ F SOLVATAÇÃO de ↓ (Entalpia negativa) do composto iônico solúvel M X (g) a partir da par iônico M X (Aq) gasoso. - URETICULAR o A Energia de Hidratação é a Estabilização do Sólido Iônico na água + ∆HHIDRATATAÇÃO (quando o solvente é a M X (s) água). M20(g) +X2 (g) - ∆HFORMAÇÃO CÁLCULO DA ENERGIA DE SOLVATAÇÃO DO PAR IÔNICO A EQUAÇÃO DE BORN-LANDÉ E A SOLVÊNCIA IÔNICA ◆ Na Equação: Ze+ x Ze- 113 1 ∆FSOLVATAÇÃO = -{ _____________ } x (1 - ____ ) 2r ε ∆FSOLVATAÇÃO = Energia Liberada (em kJ/Mol) quando o par iônico gasoso é Ze+ x Ze- -{ _____________ } 2r estabilizado em água. Esta entalpia negativa mede a organização das moléculas do solvente ao redor do íon metálico quando solúvel em água. ε é a constante dielétrica do solvente. Para água ε = 64. O termo: 1 = Potencial Iônico. Mede a contribuição do soluto na Solvatação (1 - ____ ) = Contribuição do solvente ε na solvatação ◆ A Equação da Energia de Solvatação é conhecida como Equação de BORNLANDÉ que é uma ferramenta útil na previsão de solubilidade iônica. Quanto mais negativa for a Energia de solvatação mais estável a forma iônica solvatada e maior a solubilidade. Sólidos iônicos são mais solúveis em solventes polares: Regra de FEIGH: Semelhante Dissolve Semelhante (LIKE DISSOLVES LIKE) A água é um solvente fortemente polar. A água é classificada como tendo Classe III: Elevada densidade de Ligações de Hidrogênio (Interações Secundárias Eletrostáticas fracas). Devido a isso tem Energia de Superfície muito alta: 72 dinas/cm (o etanol tem 22 dinas/cm). CÁLCULO DA ENERGIA DE SOLVATAÇÃO DO PAR IÔNICO PODER DE SOLVÊNCIA E PERIODICIDADE 114 ◆ Os fenômenos de Solvência são extremamente importantes. Há como quantificar a solvência por meio dos Parâmetros de Solvência: para a água esse número é 23,5 e engloba os três parâmetros fracionários de solubilidade (de TEAS): fd = Constituído de forças dispersivas (Forças de London) fracas, que podem explicar, por exemplo, porque os gases nobres se liquefazem e até se solidificam. Este parâmetro para a água vale 19. fp =Constituído de forças polares atrativas (Forças de KEESON) fracas induzidas e forças de momento de dipolo permanentes (Forças de DEBYE). Este parâmetro para a água vale `22. fh =Constituído de forças atrativas características de fenômenos adesivos (Forças de Van der WALLS) fracas. Este parâmetro para a água vale 58. ◆ Conhecer sobre a natureza das interações por solvência, especialmente para os compostos iônicos é fundamental para se entende a reatividade desses íons que atua de modo a obedecer, de certo modo, a Lei Periódica dos Elementos Químicos. TENDÊNCIAS E PERIODICIDADE QUÍMICA `PODER REDUTOR E PODER OXIDANTE 115 ◆ Quando se fala em reatividade de cátions e ânions pensa-se logo em capacidade de receber e doar elétrons, o que em química de soluções é tratado em termos de Potencial Padrão Redox de sistemas Oxidantes e Redutores. Metais típicos, com já foi estabelecido, são bons agentes redutores. O E0 (medido em Volts) é mais negativo quanto maior for o caráter redutor, ou seja, quanto maior a tendência de um elemento formar cátions doando elétrons para o Oxidante (com tendência a receber elétrons (portanto, a reduzir-se). Oxidantes têm E0 positivos (em relação ao referencia ou 0,0 V) e quanto mais positivo o valor do Potencial Padrão, maior será o caráter oxidante. Elemento formadores de ânions são Oxidantes pois recebem elétrons. O E0, ou Potencial Padrão Relativo, mede a tendência de doar elétrons (ou de receber elétrons) de redutores (e oxidantes) em meio condensado (aquoso, por exemplo). Pode-se afirmar que o E0 depende de propriedades periódicas: o E0 = f (Energia de Ionização, Energia de Afinidade Eletrônica, Energia de Vaporização e Dissociação de Metais para formar Cátions, Energia de Vaporização e Dissociação de Moléculas de não metais para formar Ânions e Energia do Retículo Cristalino) FINALIZANDO O TEMA PERIODICIDADE 116 ◆ Conhecer sobre a natureza das interações por solvência, especialmente para os compostos iônicos é fundamental para se entender a reatividade desses íons que atua de modo a obedecer, de certo modo, a Lei Periódica dos Elementos Químicos. o A natureza repete após cada período da Tabela Periódica as propriedades de cátions e ânions. Como nesta Figura ao Lado sobre o Peixe (Fish) de ESCHER em que uma cópia do peixe é feita em proporções maiores e fundo sobre fundo em branco e preto e repetem- se as propriedades, sistematicamente da esquerda para a direita e de baixo para cima. ◆ A Periodicidade (como o Zen) é um sistema, mas que não pode ser ao mesmo tempo seu subsistema, pois há sempre uma coisa do lado de fora que não pode ser compreendida pelo sistema (Zen ou Periodicidade). Muito obrigado pela atenção, até agora… 117 81 Ao voltar para esta página inicia-se uma avaliação. O objetivo é ler o que está no texto e responder cada uma das questões formuladas. PARA PÁGINA DO CONTEÚDO FIM