Evolução dos Quelônios

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Evolução dos Quelônios
As tartarugas descobriram um modo de vida bem
sucedido
no
Triássico
superior,
onde
foram
encontrados fósseis em depósitos na Alemanha e
Tailândia e, desde então, modificaram-se muito pouco.
O casco é a chave do seu sucesso, também limitou a
diversidade do grupo.
Duas sub-ordens de tartarugas atuais podem ser
acompanhadas através de fósseis até o Mesozóico, os
Cryptodira que retraem a cabeça para dentro do casco,
curvando o pescoço na forma de um S vertical, e os
Pleurodira que retraem a cabeça curvando o pescoço
horizontalmente.
Esses animais apresentavam quase todas as
características
especializadas
das
tartarugas
modernas, Proganochelys, um grupo das camadas do
Triássico da Alemanha era maior que grande parte das
tartarugas atuais e possuía o casco alto e arqueado,
com cerca de 1 metro de comprimento. Os dentes
marginais foram perdidos e os ossos maxilar, prémaxilar e dentário provavelmente eram recobertos por
bico córneo, como nas tartarugas modernas.
O crânio de Proganochelys
retinha os ossos
supratemporal e lacrimal e o ducto lacrimal, e o palato
apresentava fileiras de dentículos (estruturas perdidas
pelos exemplares atuais).
O plastrão também continha alguns ossos que
foram perdidos pelas tartarugas atuais, e as vértebras
do pescoço não apresentavam especializações que
permitissem a retração da cabeça no casco, essas
vértebras cervicais foram identificadas a partir do
Cretáceo, porém diferenças no crânio e no casco
permitem que as linhagens nos Pleurodira e
Cryptodira sejam reconstituídas até o Triássico
superior (cascos de Pleurodira) e o Jurássico superior
(crânios de Cryptodira).
As cápsulas óticas de todas as tartarugas acima do
nível dos Proganocheyidae são aumentadas, e os
músculos
adutores
da
mandíbula
curvam-se
posteriormente acima da cápsula ótica. Os músculos
passam sobre uma estrutura em forma de roldana, o
processo troclear. Nos Cryptodira, o processo troclear
é formado pela superfície anterior da própria capsula
ótica, enquanto que nos Pleurodira, essa estrutura é
formada por um processo lateral do pterigóide. A fusão
da cintura pélvica à carapaça e ao plastrão distingue
os Pleurodira dos Cryptodira, que possuem uma sutura
que conecta o casco à cintura.
Os atuais quelônios dotam-se de diversas
especializações impostas pelos ambientes em que cada
grupo foi submetido. Praticamente estes animais
irradiaram-se para três ambientes: Marinho, Terrestre
e Aquático (águas continentais). De um ancestral
terrestre com casco cupular, os quelônios marinhos
sofreram um achatamento no casco além de assumir
um
formato
cordiforme
melhorando
sua
hidrodinâmica, suas patas anteriores assumiram uma
forma de remo e as posteriores forma de “leme”.
Exemplares terrestres apresentaram poucas
mudanças, dentre elas alguns grupos tiveram suas
dimensões reduzidas, outras possuem cascos mais
ornamentados e com espinhos para defesa, um grupo
reduzido apresenta flexibilidade em seu plastrão
permitindo fechar as aberturas anteriores e
posteriores.
Quelônios que vivem em águas continentais
sofreram modificações nos membros e achatamento do
casco como nas marinhas, mas seus cascos assumiram
um formato circular.
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