DETERMINAÇÃO E ANÁLISE DO PADRÃO DE COMÉRCIO NOS PAÍSES DO MERCOSUL [email protected] APRESENTACAO ORAL-Comércio Internacional ALEXANDRE DANIEL ROCA ARENALES1; ORLANDO MONTEIRO DA SILVA2; FERNANDA MARIA DE ALMEIDA3. 1.DIEDRO CONSTRUÇÕES E SERVIÇOS, BELO HORIZONTE - MG - BRASIL; 2.DEPTO DE ECONOMIA/UFV, VIÇOSA - MG - BRASIL; 3.DEPTO DE ECONOMIA RURAL/UFV, VIÇOSA - MG - BRASIL. Determinação e análise do padrão de comércio nos países do MERCOSUL Grupo de Pesquisa: Comércio Internacional Resumo Este trabalho teve como objetivo determinar e analisar os fluxos comerciais, entre os países membros do Mercosul, mais Bolívia e Chile, no período de 1995 a 2007, identificando a proporção do comércio intraindústria e interindústria. Além disso, comparou-se a evolução do comércio e da dotação relativa dos fatores (DRF) entre eles. Para tanto, foi utilizado um modelo de regressão múltipla com dados em painel. Os resultados encontrados comprovam que quanto maior a diferença da dotação relativa dos fatores de produção dos países, maior é a importância do comércio interindústria e menor a participação do comércio intraindústria no comércio total entre eles. Ademais, constatou-se que as exportações intrabloco elevaram-se relativamente menos do que em relação às exportações para o mundo. Palavras-chaves: Mercosul; comércio intraindústria; comércio interindústria. Abstract This paper had as objective to determine and analyze commercial flows among the countries members of Mercosul, besides Bolivia and Chile, in the period from 1995 to 2007, identifying the proportion of intra and inter-industry trade. Besides that, the evolution of trade and the relative endowment of factors of production were compared among them. To do so, a multiple regression model was estimated using panel data. The results confirm that as larger the difference between relative endowment of factors of production as greater is the importance of inter-industry trade and smaller that of intraindustry trade among the country members. Also, it was verified that the exports intraMercosul rose relatively less than the exports to the world. Key Words: Mercosul; intra-industry trade; inter-industry trade. 1 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 1. INTRODUÇÃO A economia mundial tem sofrido importantes transformações impulsionadas pela globalização, o que induz transformações na estrutura do comércio internacional. Nesse contexto, observa-se tendência de formação de blocos regionais ou blocos econômicos, o que, por sua vez, resulta em intensificação dos fluxos comerciais (COSTA e WAQUIL, 1999). O Mercado Comum do Sul (Mercosul) iniciou suas atividades com a assinatura do Tratado de Asunción, em 26 de março de 1991, por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Dentre os principais objetivos do documento constavam a livre circulação de serviços, bens e fatores de produção entre os países membros, a eliminação de taxas ou impostos alfandegários, restrições não tarifárias ou medidas com efeito equivalente, a aplicação de uma tarifa externa comum (TEC), além do alinhamento de uma política comercial comum em relação a outros Estados. Além disso, o alinhamento de políticas macroeconômicas e setoriais entre os membros, isto é, políticas agrícola, fiscal, industrial, monetária, cambial, de comércio exterior, de serviços e alfandegárias, que deveriam desenvolver condições adequadas de concorrência entre os países membros (MERCOSUL, 1991). No dia 25 de junho de 1996, em Pontrero de Los Funes, Província de São Luís, Argentina, os países membros do Mercosul e Chile celebraram o Acordo de Complementação Econômica Mercosul-Chile, no sentido do estabelecimento de uma área de livre Comércio e em consonância aos interesses de formação de uma América Latina integrada. No mesmo sentido, no dia 17 de dezembro de 1996, em Fortaleza, no estado do Ceará (Brasil), a Bolívia assinou o Acordo de Complementação Econômica MercosulBolívia, em que previu-se medidas semelhantes ao acordo efetuado junto ao Chile, que entrou em vigência em fevereiro de 1997 (MERCOSUL, 1996). Em 2003, o Peru e, em 2004, Colômbia, Equador e Venezuela, também formalizam sua associação junto ao Mercosul, pela assinatura do Acordo de Complementação Econômica Mercosul-Peru e pelo Acordo de Complementação Econômica Mercosul-Colômbia, Equador e Venezuela. Desse modo, a estrutura atual do Mercosul apresenta os seguintes países: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com o status de Estados membros, e Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela com o status de estados associados ao bloco (MRE, 2009). Apesar do objetivo principal do Mercosul ser instituir-se como um Mercado Comum, seguindo os objetivos assinados no Tratado de Asunción, ele ainda é uma área de livre comércio, adotando uma tarifa de exportação comum, com muitas exceções. Contudo, ao longo dos anos, o bloco regional teve avanços significativos, não só nos aspectos político-institucionais ou na associação de novos países, mas também em termos econômicos, com grande elevação do comércio intra-bloco. A Figura 1 mostra o valor total das exportações entre os países membros do Mercosul, mais Bolívia e Chile, no período de 1995 a 2007. Observa-se que a partir de 2002, houve consolidação na expansão das exportações. 2 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Figura 1: Evolução do valor das exportações entre os países do Mercosul, mais Bolívia e Chile,no período de 1995 a 2007. Fonte: Elaborado com dados do International Merchandise Trade Statistics (IMTS). No entanto, o bloco ainda não superou alguns desafios cruciais para o aprofundamento dos objetivos de integração econômica, tal como, a assimetria entre o tamanho dos Estados (em termos econômicos e em termos de mercado consumidor), o que faz com que países menores sejam incapazes de concorrer com os países maiores do bloco. Segundo (BALBÉ e MACHADO, 2008) outro desafio é a inexistência de uma real identidade integracionista, o que prejudica o alinhamento de objetivos em comum para o bloco. Com relação ao comércio internacional, Avelino (2006) argumenta que, durante os últimos anos, tem ocorrido elevação das exportações e importações, entre países, ou grupo de países, de bens pertencentes a uma mesma atividade industrial, isto é, um incremento do comércio intra-indústria, o que é favorável no sentido da especialização dos países na produção de bens específicos, tornando-os mais eficientes, mais competitivos e com maior produtividade. No Mercosul, isso não é diferente. Desde a formalização do acordo tem-se verificado aumento do comércio de bens de mesmo segmento industrial, o que favorece o estabelecimento de especialização da produção de bens específicos em cada país (VASCONCELOS, 2009). Caso o bloco estimule a formação de cadeias produtivas e a diferenciação de produtos, haverá uma oportunidade para o incremento do comércio intra-indústria local, diminuindo, assim, a dependência desse tipo de comércio em relação aos Estados Unidos e à União Européia (GUIMARÃES, 2007). Desse modo, diante de um cenário globalizado, torna-se cada vez mais importante acompanhar e entender a evolução do comércio interindústria e intra-indústria, além de 3 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural verificar quais fatores tem afetado essa composição. Isso tornaria possível a definição de estratégias político-comerciais mais eficientes para os diversos países envolvidos. Portanto, esse trabalho tem como objetivo geral analisar o padrão de comércio (interindústria e intra-indústria) entre os países membros e observadores do Mercosul, (Bolívia e Chile), no período de 1995 a 2007. Especificamente, pretende-se, comparar a evolução do comércio entre os países membros, além dos países observadores, Bolívia e Chile; analisar as diferenças na renda e na dotação dos fatores; e, calcular o efeito dessas diferenças (ou similaridades) nas exportações intra-Mercosul. 2. METODOLOGIA Uma das teorias mais importantes referentes ao comércio internacional é a teoria da dotação relativa dos fatores, que explica o comércio pelas diferenças de recursos entre os países. Desenvolvida por dois economistas suecos (Eli Hecksher e Bertil Ohlin), é mais conhecida como teoria de Hecksher-Ohlin. Como a teoria dá uma atenção especial a interrelação entre as diferentes proporções em que os fatores de produção estão disponíveis em diferentes países e em diferentes bens de produção, a teoria também é conhecida por teoria das proporções de fatores (KRUGMAN e OBSTFELD, 2007). Basicamente, a teoria de Hecksher-Ohlin explica o comércio internacional com base na abundância e escassez de fatores de produção. Um país tende a exportar e se especializar naqueles bens em que tenha abundância nos fatores de produção e de forma análoga, a importar aqueles bens em que o país tenha escassez de fatores de produção. Os autores desenvolvem um modelo em que dois países comercializam tecidos (intensivo em trabalho) e alimentos (intensivo em terra). Com a abertura do comércio internacional, o país local produziria mais tecido, já que este apresenta maior abundância do fator trabalho, isto é, apresenta a razão trabalho/terra mais alto em relação ao país estrangeiro, o que lhe favorece a produção do bem intensivo em trabalho, no caso o tecido. De forma análoga, tem-se que o país estrangeiro produzirá mais alimentos e menos tecidos por apresentar uma relação trabalho/terra menor que o outro país. Segundo o modelo, o comércio internacional levaria a uma equalização no preço dos fatores. O comércio internacional ainda apresentaria um efeito direto na distribuição de renda, isto é, os proprietários dos fatores abundantes apresentariam ganhos com o comércio e os proprietários de fatores escassos apresentariam perdas em termos de renda. O modelo de Hecksher-Ohlin, ainda hoje é de fundamental importância para a compreensão dos efeitos do comércio internacional, principalmente no que se refere a distribuição de renda, permanecendo no centro dos debates sobre política do comércio internacional. 4 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Nota-se, contudo, que o modelo de Hecksher-Ohlin explica o comércio do tipo interindústria, com países exportando um bem que utiliza o fator que ele tem em abundância pelo bem que utiliza o fator que o outro país tem em abundância. Além disso, o conceito de economia de escala ou de retornos crescentes também apresenta importância na explicação do comércio internacional. O comércio interindústria é aquele realizado entre diferentes indústrias ou setores, por exemplo, o setor de manufaturas de um país comercializa com o setor agrícola de outro. Este tipo de comércio reflete o conceito de vantagem comparativa. Se dois países são muito semelhantes no sentido de possuírem a mesma razão dos fatores de produção, por exemplo, capital e trabalho, isso resultará em pouco ou nenhum comércio do tipo interindústria. De forma análoga, se houverem diferenças na razão dos fatores, isso resultará em comércio entre os países (KRUGMAN e OBSTFELD, 2007). Por outro lado, o comércio intra-indústria é o comércio entre indústrias do mesmo tipo ou do mesmo setor, por exemplo, indústrias de manufaturas de um comercializando manufaturas com um outro país. Este tipo de comércio não está relacionado com o conceito de vantagens comparativas, isto é, mesmo se os países possuíssem a mesma razão de fatores, haveria comercialização entre eles. Isso acontece porque as economias de escala de cada país evitam que cada país produza sozinho a totalidade de seus produtos. É importante destacar que o comércio intra-indústria gera benefícios adicionais em relação ao comércio interindústria. Isso acontece porque os países tendem a diminuir a variedade de produtos produzidos, com uma escala de produção maior de cada produto, reduzindo custos e elevando a produtividade. Quando vários países realizam esse processo em conjunto, o consumidor doméstico sai ganhando, pois haverá uma maior disponibilidade de produtos para consumir a preços menores. Entretanto, o comércio interindústria apresenta maior influência sob a distribuição de renda, devido a sua característica relacionada às vantagens comparativas. A hipótese específica deste estudo, é que o comércio intra-indústria entre os países do Mercosul gere economias de escala e que com o passar do tempo, o comércio intra-indústria prevaleça sobre o comércio interindústria. Para a análise empírica fez-se uso de um modelo de regressão múltipla,na seguinte forma matemática: (1) em que é a exportação do país i para o país j, no ano t; DRF é a dotação relativa dos fatores; é o Produto Interno Bruto Total de cada dupla de países; SIM indica similaridade e mostra o tamanho relativo de cada país no bloco, em termos de PIB; DIST é 5 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural a distancia entre as capitais dos países; variáveis dummies para o tempo; e são variáveis dummies para os países; são é o termo de erro do modelo. O cálculo da dotação relativa dos fatores (DRF) será feito da seguinte maneira: (2) em que no ano t; e representam, respectivamente, a formação bruta de capital dos países i e j, e são as populações totais dos países i e j, respectivamente, no ano t, consideradas como uma variável “proxy” para a força de trabalho de cada país. A partir do cálculo da equação (2), é possível identificar a igualdade relativa dos fatores, isto é, de acordo com a teoria, quanto maior a diferença nesses fatores, maior o volume do comércio interindústria e menor a participação do comércio intra-indústria no comércio total. Em outras palavras, se o valor for igual a zero existe igualdade relativa dos fatores e o comércio intra-indústria seria maior relativamente. O cálculo do Produto Interno Bruto Total (PIBT) se dá pela soma dos PIBs individuais: (3) em que é o Produto Interno Bruto do país i, no ano t e é o Produto Interno Bruto do país j, no ano t. Espera-se que quanto maior a economia desses países (os seus PIBs), maior será o volume total de comércio entre eles. Já o cálculo da variável similaridade (SIM) é realizado conforme a seguinte expressão: (4) O cálculo da equação (4) revela o tamanho relativo de cada país em termos dos PIBs. Esse índice tem como limite os valores, zero (diferença absoluta no tamanho do país) e 0,5 (países de mesmo tamanho relativo). Quanto maior o índice e, portanto, mais similares os dois países em termos do PIB, maior a importância do comércio intra-indústria no comércio total. A variável distância (DIST) atua como uma “proxy” para os custos de transporte entre os países i e j. 6 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Na estimação da equação proposta, utilizaram-se dados no formato de painel, em que as observações de séries temporais e de cortes (cross section) foram combinadas antes da estimação, isto é, um conjunto de observações de corte seccional foi analisado ao longo de cada período o estudo, 1995 a 2007. A análise realizada por meio do painel de dados possui algumas vantagens em relação ao uso isolado de dados em corte seccional ou de série temporal, que segundo Greene (1997), possibilita ao aumentar o número de observações, elevar os graus de liberdade e reduzir a multicolinearidade entre as variáveis explicativas, tornando o modelo mais eficiente. A estimação do modelo pode ser feita de três diferentes maneiras: por meio do modelo de efeitos fixos, do modelo de efeitos aleatórios e do modelo de equações empilhadas. Para a verificação de qual deles é o mais indicado torna-se necessário a realização do Teste de Hausman (GUJARATI, 2000). A lógica do teste de especificação dos modelos proposto por Hausman é a de que, se a hipótese nula do teste de não correlação for rejeitada, então as estimativas por efeitos fixos são consistentes e eficientes e as estimativas por efeitos aleatórios são ineficientes. Inversamente, se a hipótese nula for aceita, as estimativas por efeitos aleatórios são preferidas por serem consistentes e eficientes, enquanto as estimativas por efeitos fixos são inconsistentes (OLIVEIRA, 2005). Na estimação do modelo e no cálculo do Teste de Hausman, utilizou-se o programa estatístico Stata, na sua versão 9. Na estimação dos modelos foram utilizados dados obtidos em diferentes instituições. As variáveis PIB, população, formação bruta de capital, exportações e distancia entre as capitais dos países foram coletados para o período que compreende os anos de 1995 a 2007. Os países selecionados foram Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai (países membros) e Bolívia e Chile (países associados). Apesar de Peru, Colômbia, Equador e Venezuela também serem países associados do bloco, eles não foram incluídos no estudo já que suas associações ocorreram muito recentemente. Todos os dados são anuais e aqueles referentes à população, PIB e formação bruta de capital foram obtidos no banco de dados do World Bank (2009). Os valores do PIB e formação bruta de capital estavam expressos em dólares e foram transformados em reais pela taxa de cambio anual média. Os dados de exportações foram obtidos no banco de dados da United Nations Commodity Trade Statistics Database (UNCOMTRADE, 2009), também expressos em dólares. Utilizaram-se dados de exportação para cada país, isto é, no caso do Brasil, foram necessários dados específicos para o valor total das exportações para Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai, discriminados anualmente e assim sucessivamente para cada país selecionado. A distância entre as capitais dos países foram obtidas a partir do cálculo das longitudes e latitudes das mesmas com dados obtidos no Google Earth (2009). 7 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1. A evolução do comércio De acordo com a comparação da evolução das exportações dos países membros do Mercosul e dos países associados ao bloco, verificou-se que o crescimento das mesmas apresentou maior intensidade no período entre 2000 e 2007 (Tabela 2). É possível que esse fenômeno se deva ao cenário de crises na década de 90 em contraste ao cenário de disponibilidade econômico-financeira e progresso mundial verificado na década de 2000. Tabela 2: Taxa de crescimento percentual das exportações para o mundo Período Argentina 1995 a 2000 4,67 2000 a 2007 11,31 1995 a 2007 8,50 Bolívia 4,28 18,62 12,42 Brasil 3,46 16,51 10,88 Chile 2,75 20,12 12,56 Paraguai Uruguai -1,08 1,74 17,82 10,08 9,54 6,52 Total 3,56 15,97 10,63 Fonte: Resultados da pesquisa. Para o período como um todo, Bolívia, Brasil, Chile e Paraguai apresentaram as maiores taxas de crescimento, enquanto Argentina e Uruguai as menores. Entretanto, as taxas de crescimento das exportações intra-bloco, isto é, a soma das exportações somente para os países do Mercosul (mais Bolívia e Chile), foram relativamente menores do que as taxas de crescimento das exportações para o resto do mundo (Tabela 3). É interessante notar que apesar do Chile ter apresentado a maior taxa de crescimento das exportações para o resto do mundo (Tabela 2), ele apresentou uma taxa de crescimento das exportações intra-bloco decrescente no período de 1995 a 2000, indicando que o país adotava uma política voltada para fora do bloco naquele período. No período entre 2000 e 2007, contudo, o Chile apresentou uma expansão de quase 14% no comércio intra-bloco. Tabela 3: Taxa de crescimento percentual das exportações intra-Mercosul Período Argentina Bolívia 1995 a 2000 5,94 10,13 2000 a 2007 6,03 32,18 1995 a 2007 5,99 22,50 Brasil 3,45 13,34 9,11 Chile -0,99 13,98 7,48 Paraguai Uruguai 2,03 0,91 14,66 3,35 9,22 2,33 Total 4,06 10,51 7,77 Fonte: Resultados da pesquisa. Curiosamente, a participação das exportações intra-Mercosul sobre as exportações totais apresentaram elevação apenas no primeiro período (1995 a 2000), com queda relativa no período de 2000 a 2007 (Tabela 4). Guimarães (2007) considera os atentados de 8 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 11 de setembro de 2001 e a crise da Argentina em 2002 como os principais responsáveis por esse efeito. Além disso, observa-se que, com exceção da Bolívia, a participação das exportações destinadas a países do bloco teve tendência de queda, isto é, houve uma expansão/intensificação das exportações para os países de fora do bloco. De certa forma, era de se esperar que, por se tratarem de países em desenvolvimento, os países membros do bloco tivessem o comércio intensificado com países de fora do bloco, isto é, com países desenvolvidos. Apesar disso, é importante destacar que o comércio local exerce importante papel estratégico na política econômica dos países. Tabela 4: Participação (%) das exportações intra-Mercosul sobre as exportações totais Ano Argentina Bolívia Brasil Chile Paraguai Uruguai Total 1995 40,58 16,84 16,97 12,43 61,21 49,10 23,04 1998 44,30 19,47 20,69 12,98 56,77 58,11 27,34 2001 39,70 30,47 13,83 9,72 61,34 43,10 20,69 2004 30,93 40,62 12,44 6,77 56,43 28,19 16,26 2007 30,67 47,22 13,99 7,15 59,06 30,31 16,84 Fonte: Resultados da pesquisa. Uma possível explicação para a elevada participação das exportações dos países nos primeiros anos pode ser a eliminação das tarifas e impostos entre eles com a assinatura do tratado, o que em princípio levou a uma diferença relativa de preços, estimulando assim, as exportações. Consequentemente, após os primeiros anos, houve ajuste natural dos preços relativos reduzindo assim, os níveis de comércio registrados anteriormente. Portanto, de um modo geral, observou-se expansão das exportações tanto em termos intrabloco quanto em termos totais, embora estas apresentassem uma expansão relativamente maior. 3.2. Análise da dotação dos fatores Como sugerido pela teoria econômica e proposto na metodologia, quanto maior a diferença da dotação relativa dos fatores (DRF), maior o volume do comércio interindústria e menor a participação do comércio intra-indústria no comércio total. Em outras palavras, se o valor proposto pela expressão (2) da metodologia for igual a zero existe igualdade relativa na dotação dos fatores. A Tabela 5 apresenta o comparativo da DRF da Argentina e do Brasil em relação aos demais países do bloco. 9 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Tabela 5: Comparativo da DRF da Argentina e do Brasil ao longo do período País Bolívia Brasil Chile Paraguai Uruguai 1995 2,273275 0,437672 0,023480 1,111234 0,413792 País Argentina Bolívia Chile Paraguai Uruguai 1995 0,437672 1,835603 0,414192 0,673562 0,023880 Argentina 1998 2001 1,881987 2,010703 0,663979 0,593145 0,150108 0,051232 1,548111 1,530849 0,433034 0,279724 Brasil 1998 2001 0,663979 0,593145 1,218008 1,417558 0,513871 0,541913 0,884132 0,937704 0,230945 0,313420 2004 1,963831 0,215809 0,440969 1,118897 0,378541 2007 2,038641 0,268536 0,258122 1,476812 0,428123 2004 0,215809 1,748022 0,656778 0,903087 0,162732 2007 0,268536 1,770104 0,526658 1,208276 0,159587 Fonte: Resultados da pesquisa. Observa-se na Tabela 5 que a Argentina apresenta maior igualdade na dotação relativa dos fatores em relação ao Brasil, Chile e Uruguai, mantendo-se abaixo de 1 ao longo dos anos, o que sugere uma comercialização mais do tipo intra-indústria com esses países. Já em relação a Bolívia e Paraguai, há uma maior diferenciação dos fatores, o que favorece o comércio do tipo interindústria. A Tabela 6 apresenta os valores da DRF da Bolívia e do Paraguai em relação aos outros países em estudo. Pode ser notado que Bolívia e Paraguai apresentam uma considerável diferença em termos de dotação de fatores com todos os demais países. Dentre os países analisados, Paraguai e Bolívia são os mais pobres, o que talvez explique essas diferenças nos fatores. Espera-se, portanto, que Bolívia e Paraguai realizem comércio do tipo intra-indústria entre si e do tipo interindústria com os outros países. Tabela 6: Comparativo da DRF da Bolívia e Paraguai ao longo do período 1995-2007 Bolívia País Argentina Brasil Chile Paraguai Uruguai País 1995 2,273275 1,835603 2,249794 1,162041 1,859483 1995 1998 2001 1,881987 2,010703 1,218008 1,417558 1,731879 1,959471 0,333876 0,479854 1,448953 1,730979 Paraguai 1998 2001 2004 1,963831 1,748022 2,404800 0,844935 1,585290 2007 2,038641 1,770104 2,296763 0,561828 1,610517 2004 2007 10 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Argentina Bolívia Brasil Chile Uruguai 1,111234 1,162041 0,673562 1,087754 0,697442 1,548111 0,333876 0,884132 1,398003 1,115077 1,530849 0,479854 0,937704 1,479617 1,251125 1,118897 0,844935 0,903087 1,559865 0,740355 1,476812 0,561828 1,208276 1,734934 1,048689 Fonte: Resultados da pesquisa. Os resultados para o Chile e Uruguai foram similares aos da Argentina e Brasil, mostrando uma dotação relativa dos fatores próximos de zero. Desse modo, é possível classificar os países em dois grupos, segundo a DRF e o tipo de comércio entre eles. O primeiro grupo seria composto por Argentina, Brasil, Chile e Uruguai, que praticam com maior intensidade um comércio do tipo intra-indústria entre si e um comércio do tipo interindústria com o segundo grupo (Bolívia e Paraguai). 3.3. Análise da Similaridade de renda O indicador de similaridade de renda tem como limites os valores, zero (diferença absoluta no tamanho do PIB dos países) e 0,5 (países de mesmo tamanho relativo). Quanto maior o indicador e, portanto, mais similares os dois países em termos do PIB, maior deverá ser a importância do comércio intra-indústria no comércio total. A Tabela 7 mostra o comparativo da similaridade de renda da Argentina em relação aos outros países. Tabela 7: Comparativo da similaridade de renda da Argentina x outros países País Bolívia Brasil Chile Paraguai Uruguai 1995 0,049442 0,376249 0,339387 0,058785 0,123960 1998 0,053750 0,386330 0,331573 0,050257 0,128119 2001 0,057088 0,439983 0,323946 0,045756 0,120878 2004 0,102503 0,304630 0,473312 0,083059 0,146275 2007 0,090688 0,277622 0,473294 0,085035 0,148898 Fonte: Resultados da pesquisa. Por meio da Tabela 7, é possível verificar que a Argentina apresenta uma enorme diferença (ou baixa similaridade) em relação às rendas da Bolívia e Paraguai. Assim, como na análise da DRF, este cenário sugere uma comercialização mais intensa do tipo interindústria. É interessante ressaltar que o valor do indicador em relação ao Chile é bastante alto, o que indica um volume de comércio intra-indústria bastante elevado. A Tabela 8 apresenta o comparativo da similaridade da Bolívia em relação aos outros países em estudo. 11 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Tabela 8: Comparativo da Similaridade de renda da Bolívia x outros países País Argentina Brasil Chile Paraguai Uruguai 1995 0,049442 0,017165 0,157243 0,495825 0,392285 1998 0,053750 0,019741 0,174705 0,499370 0,401308 2001 0,057088 0,028567 0,189739 0,493243 0,423871 2004 0,102503 0,025750 0,153910 0,493275 0,479587 2007 0,090688 0,019586 0,137237 0,499372 0,461842 Fonte: Resultados da pesquisa. Observa-se que a Bolívia apresenta índices elevados em relação ao Paraguai e ao Uruguai (cujos índices elevam-se ao longo do tempo), sugerindo um comércio do tipo intra-indústria entre esses países (Tabela 8). Os índices para Argentina, Brasil e Chile são altos, indicando um comércio do tipo interindústria. É importante ressaltar que os valores para esses indicadores refletem o tipo de comércio e não o montante do mesmo. O comparativo da similaridade de renda do Brasil em relação aos outros países em estudo é apresentado na Tabela 9. Tabela 9: Comparativo da Similaridade de renda do Brasil x outros países País Argentina Bolívia Chile Paraguai Uruguai 1995 0,376249 0,017165 0,155399 0,020545 0,045524 1998 0,386330 0,019741 0,157169 0,018413 0,049708 2001 0,439983 0,028567 0,196130 0,022754 0,062777 2004 0,304630 0,025750 0,220182 0,020509 0,038282 2007 0,277622 0,019586 0,197290 0,018271 0,034022 Fonte: Resultados da pesquisa. O Brasil apresenta uma relação comercial com Bolívia, Paraguai e Uruguai mais do tipo interindústria e com o Chile e Argentina mais do tipo intra-indústria. É interessante notar também, que ao longo dos anos, a importância do comércio intra-indústria com a Argentina sofreu uma considerável alteração, em função do indicador de similaridade de renda. A Tabela 10 apresenta o comparativo da similaridade do Chile em relação aos demais países. Nesse caso o indicador de similaridade de renda sugere uma redução do comércio do tipo intra-indústria com o Uruguai e uma expansão desse tipo de comércio com a Argentina, ou, inversamente, teve uma expansão do comércio interindústria com o Uruguai e uma redução desse tipo de comércio com a Argentina. 12 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Tabela 10: Comparativo da Similaridade de renda do Chile x outros países País Argentina Bolívia Brasil Paraguai Uruguai 1995 0,339387 0,157243 0,155399 0,182500 0,325426 1998 0,331573 0,174705 0,157169 0,164910 0,340580 2001 0,323946 0,189739 0,196130 0,157088 0,335292 2004 0,473312 0,153910 0,220182 0,126294 0,213317 2007 0,473294 0,137237 0,197290 0,129152 0,216780 Fonte: Resultados da pesquisa. Dessa forma, todos os resultados encontrados para o comércio entre os países, corresponderam às proposições feitas anteriormente, de que a maior similaridade de renda implica em maio intensidade de comércio do tipo intra-indústria. 3.4. Análise econométrica do modelo proposto A Tabela 11 apresenta as estatísticas descritivas das variáveis utilizadas no modelo, obtidas para o período de 1995 a 2007. A última coluna (N), indica o número de observações para cada variável. Tabela 11: Estatísticas descritivas para as variáveis envolvidas no estudo Variável DRF PIB SIM DIS Unidade Índice Milhões R$ Índice Quilômetros Média 0,98 378.088 0,22 1702,00 Desvio-Padrão Mínimo Máximo 0,64 0,02 2,54 3,78 12.951 1.575.832 0,16 0,02 0,50 658,13 230,00 3.009,00 N 390 390 390 390 Fonte: Resultados da pesquisa. A distância entre os países apresentou uma média de 1.702 km, com desvio padrão de 658,13 km. O valor mínimo foi de 230 km, encontrado entre Buenos Aires e Montevidéu, e o valor máximo foi de aproximadamente 3.000 km, entre Brasília e Santiago do Chile. Em relação à similaridade de renda a média foi de 0,22, com desvio padrão de 0,16. O valor mínimo foi de 0,02 e o máximo de 0,5, indicando existência de países com o mesmo tamanho relativo de renda. O PIB médio anual foi de US$ 378.088 milhões, com desvio-padrão de US$ 3,78 milhões, e uma amplitude total de US$ 1.562.881 milhões, o que demonstra uma elevada heterogeneidade entre os dados, devido, em parte, ao diferente grau de desenvolvimento econômico dos países. Os resultados obtidos com a estimação da equação proposta estão apresentados na Tabela 12. Lá são mostrados os resultados obtidos pelos métodos de empilhamento dos dados e estimação por Mínimos Quadrados Ordinárioso (“pooling”), efeito aleatório e 13 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural efeito fixo. Os resultados foram bem parecidos, mas o teste de Hausman entre os efeitos aleatório e fixo, indicou o modelo estimado por efeito fixo como o indicado para análise. Tabela 12: Resultados obtidos na estimação do modelo proposto Variável/Erro DRF PIBT SIM DIST IINTERCEPTO R² Valor F Pool (MQO) 0,024 (0.095) 1,628 (0.055) 0,711 (0.069) -0,568 (0.090) -17,691 (1.325) 0,778 337,97 Efeitos Aleatórios 0,054 (0.089) 1,405 (0.057) 0,620 (0.067) -0,406 (0.088) -13,291 (1.389) 0,777 847,21 Efeitos Fixos 0,058 (0.089) 1,381 (0.057) 0,608 (0.067) -0,392 (0.088) -12,776 (1.390) 0,777 199,84 Fonte: Resultados da pesquisa. O teste estatístico F apresentou elevada significância estatística em todas as equações. Também, os valores dos coeficientes de determinação foram sempre acima de 77%, indicando um bom ajustamento da função aos dados Os sinais de todos os coeficientes estimados estão de acordo com as expectativas e o teste estatístico “t” indicou que todas as variáveis incluídas na análise são significativas pelo menos ao nível de 5%, com exceção da variável DRF, que não apresentou significância em nenhuma das equações. É importante lembrar que valores pequenos para DRF indicariam dotações similares de recursos e, portanto, maior intensidade no comércio do tipo intra-indústria. Observa-se que a variável distância apresentou em todos os casos um sinal negativo, indicando um relacionamento inverso com as exportações. No caso da equação com efeitos fixos, o coeficiente da variável PIBT indica que, a cada 1% de alteração no PIBT, há uma alteração de 1,38% nas exportações. Também, o coeficiente da variável similaridade de renda foi positivo e significante. Nesse caso, quanto maior o índice, mais similares os dois países em termos de renda (PIB) e maior a importância do comércio intra-indústria no comércio total. 4. CONCLUSÕES Esse trabalho procurou identificar a composição e comparar a evolução do comércio e da dotação relativa dos fatores (DRF) entre os países membros do Mercosul, 14 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural mais Bolívia e Chile, no período de 1995 a 2007. A fundamentação teórica veio do teorema de Heckscher-Ohlin. Com base nos resultados, pôde-se verificar que realmente houve uma tendência de aumentar o comércio do tipo intra-indústria entre aqueles países que possuíam uma dotação relativa dos fatores similar, como, nos casos do Brasil e Argentina. De maneira análoga, os países com diferenciação maior na dotação relativa dos fatores, apresentaram comércio fortemente do tipo interindústria. Além disso, a similaridade de renda entre os países também comprovou a hipótese elaborada, com os países com maior grau de similaridade de renda, apresentando uma comercialização mais intensa do tipo intra-indústria. De forma contrária, países com maior grau de diferenciação de renda, apresentaram uma comercialização mais intensa do tipo interindústria. É interessante notar que em termos do indicador de similaridade de renda, a Argentina apresentou considerável redução do indicador em relação ao Brasil e elevação em relação ao Chile. Isto sugere que houve uma substituição do comércio intra-indústria pelo comércio interindústria, em termos de Brasil, e inversamente, uma substituição do comércio interindústria pelo comércio intra-indústria, em termos de Chile. De um modo geral, foi possível classificar os países em 2 grupos, o primeiro refere-se a Argentina, Brasil, Chile e Uruguai e o segundo grupo refere-se a Bolívia e Paraguai. Nesse sentido, observou-se que o comércio entre o grupo 1 e o grupo 2 é mais fortemente do tipo interindústria e o comércio intra-grupo é mais fortemente do tipo intraindústria. É importante destacar, que a expansão do comércio intra-indústria, principalmente, entre Brasil, Uruguai e Chile, trouxe ganhos para os países, pela maior disponibilidade de produtos e pelas economias de escala com incremento da produtividade e eficiência. Constatou-se, também, que embora tenha havido expansão do comércio total intra-bloco, o comércio com o resto do mundo expandiu-se consideravelmente mais. Isso é justificado primeiro, por se tratarem de países grandes exportadores de produtos agrícolas e é e natural que eles exportem esses produtos em maior quantidade para países desenvolvidos. Segundo, tem ocorrido, sistematicamente, uma política regional de diversificação das exportações, diminuindo até certo ponto, uma dependência de mercados mais próximos. Finalmente, o efeito de crises e choques econômicos e políticos regionais que certamente contribuíram negativamente para a redução do comércio local. Por fim, verificou-se que a variável renda apresentou grande efeito no volume das exportações. Desse modo, uma política integracionista e de desenvolvimento econômico regional que reduza as disparidades de renda entre os países membros, torna-se essencial não só para os países mais pobres, mas para a região como um todo. 15 Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2009, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural 5. REFERÊNCIAS ARAÚJO, R. P. Doença Holandesa no Brasil?: o que os dados dizem. Viçosa, MG: UFV, 2009. 45 p. Monografia (Bacharelado em Ciências Econômicas) – Universidade Federal de Viçosa, 2009. AVELINO, G. M. O comércio intra-setorial e suas implicações para a economia cearense. Fortaleza, CE: UFC, 2006. 97 p. Dissertação (Mestrado em Economia Rural) – Universidade Federal do Ceará, 2006. BALBÉ, F. 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