Consultores avaliam demandas para operacionalizar o

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SAÚDE
Consultores avaliam demandas
para operacionalizar o Regional
GABRIEL HAESBAERT
Carolina Carvalho
[email protected]
Dois representantes do Hospital Sírio Libanês estiveram
em Santa Maria, ontem, para
conhecer as dependências do
Centro Especializado de Reabilitação (CER) da Associação de
Pais e Amigos dos Excepcionais
(Apae) na cidade. A reunião entre Rafael Saad e Luiz Ronaldo
Uber acabou envolvendo também duas representantes do
município – Liliane Mello, superintendente de Atenção Especializada e Hospitalar, e Adriana
Krum, coordenadora de planejamento da secretaria municipal
de Saúde – além do presidente
da Apae em Santa Maria, Júlio
Brenner.
Saad e Uber são consultores
do Sírio Libanês e estão elaborando um plano operacional
para o Hospital Regional. O objetivo deles, a partir de conversas com diferentes instituições
da cidade, é descobrir qual é a
demanda do hospital e quais
os custos para que opere com
100% de sua capacidade.
– Temos até o fim deste mês
para fazer esse documento, que,
posteriormente, será encaminhado ao Estado e ao Ministério
da Saúde. Os próximos passos
vão depender da definição da
forma de gestão, entre outras
coisas – explica Rafael.
Nenhum dos dois quis arris-
PREPARATIVOS Luiz Uber (à esq) e Rafael Saad estão visitando entidades para coletar subsídios ao plano
car uma previsão para o início
do funcionamento do Regional.
– Não queremos criar expectativas antes de ter algo mais
concreto. O que estamos fazendo aqui é tentando levantar as
informações e ajustar tudo para
que esse projeto possa sair do
papel. Estamos vendo qual é o
estado da obra atual, quais são
os gargalos, qual é o fluxo de
pacientes na cidade. É uma pro-
posta bem inicial para entender
o que a estrutura comporta e o
que é necessário oferecer. Temos
medo de abrir muitas vagas, em
muitas frentes, e não haver demanda. Por isso, precisamos ter
uma ideia de quais são as dificuldades – acrescenta Uber.
Também não foram dadas
informações sobre como será o
atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e por meio de
convênios no Regional, embora
já tenha sido anunciada a perspectiva de que 60% seja público
e 40%, privado.
– Não podemos adiantar
essas informações e nem podemos dizer quando tudo isso
vai se resolver, porque, de fato,
ainda não sabemos. Tudo está
sendo definido – garante Rafael.
ABERTURA INDEFINIDA
Os consultores do Sírio Libanês ainda vão agendar reuniões
com a prefeitura, com o Hospital Universitário de Santa Maria
(Husm) e com a Casa de Saúde.
Só depois disso, o documento com as perspectivas sobre o
funcionamento da unidade será
redigido. Os dois deixaram a cidade sem muitas informações
sobre a demanda do município
e da região na área de reabilitação física e intelectual. A única
coisa mais específica é que a
Apae atende 20 novos pacientes
a cada sexta-feira, para primeira
consulta. Uma parte sai do local,
no mesmo dia, com próteses e
órteses já encaminhadas. Mas
muitos precisam de tratamento
continuado e, nesses casos, pode
haver espera.
– Não temos os dados reais
de demanda de quantas pessoas
precisam de atendimento porque nosso sistema não é informatizado, mas a fila de espera,
com certeza, é grande. Todos
os dias, há pacientes com problemas decorrentes de acidente
vascular cerebral (AVC) ou de
acidentes, por exemplo, que precisam de atendimento – explicou Adriana.
Hoje, a Apae conta com equipe de dois terapeutas ocupacionais, dois médicos, dois psicólogos, quatro fisioterapeutas, dois
fonoaudiólogos e um assistente
social, além de equipes de pro-
Husm ofertará 50 exames para detectar câncer de laringe
GERMANO RORATO, bd, 11/02/2016
PREVENÇÃO Mutirão pretende conscientizar sobre a prevenção
O dia 16 de abril é considerado Dia Internacional da Voz. Em
comemoração a data, os serviços
de Cirurgia de Cabeça e Pescoço,
de Otorrinolaringologia e a Unidade de Reabilitação-Núcleo
de Fonoaudiologia do Hospital
Universitário de Santa Maria
(Husm) irão promover uma
série de atividades. O plano é
conscientizar a população sobre
os cuidados para evitar as doenças da laringe e a importância do
diagnóstico precoce de câncer
nessa região.
A primeira delas ocorrerá
dia 17 de abril, quando haverá
um mutirão com a oferta de 10
exames da laringe. Profissionais
farão a avaliação de pessoas com
queixas como ronquidão, nódulo no pescoço, dor na garganta,
TERÇA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2017
dificuldade para engolir e alteração na voz.
A segunda ação será realizada entre os dias 18 e 27 de abril.
Nesse período, serão ofertados
outros 40 exames de laringe nos
ambulatórios da Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia, na Ala
II do Husm.
Para ser atendido no dia do
mutirão ou para marcar exame
durante a segunda ação, é preciso agendamento prévio. Para
isso, basta ligar para o telefone
(55) 3213-1784. Quem já tiver
feito algum outro exame da laringe, deve levá-lo para mostrar
ao médico.
No dia 28, das 14h às 18h, no
auditório Gulerpe, no campus
da UFSM, ocorrerá o Seminário da Voz, com a participação
do Serviço de Fonaudiologia do
hospital. A primeira palestra da
tarde será sobre Diagnóstico e
Tratamento do Câncer de Laringe. Na sequência, serão abordados temas como métodos de
diagnóstico e prevenção do câncer, doenças benignas da laringe
e desafios da fonoterapia para o
paciente oncológico e profissionais da voz.
– A voz, além de ser a identidade da pessoa, é o meio de
comunicação e instrumento de
trabalho para muitos profissionais, como professores e cantores. Também traduz o estado
de saúde do indivíduo. Uma
voz rouca, por exemplo, merece
atenção – afirma Maria da Graça
Vidal, cirurgiã de Cabeça e Pescoço e organizadora do evento.
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