Língua Portuguesa Modos verbais

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FICHA DE TRABALHO - 1
Área de Conhecimento: Língua Portuguesa
Modos verbais - subjuntivo e imperativo
Leia a advertência presente em publicidades de bebidas alcoólicas
Nela há dos dois verbos que indicam duas ações - beber e dirigir
qual a relação que o texto estabelece entre eles? Observe o caráter de
incerteza presente em "se beber", apontando para uma possível ação futura no
trecho, e o caráter de ordem presente no trecho final - não dirija - associado à
condição inicial.
Leia o poema de José Paulo Paes.
Se essa rua fosse minha,
eu mandava ladrilhar,
não para automóvel matar gente,
mas para criança brincar.
Se esta mata fosse minha,
eu não deixava derrubar.
Se cortarem todas as árvores,
Onde é que os pássaros vão morar?
Se este rio fosse meu,
eu não deixava poluir.
Joguem esgotos noutra parte,
que os peixes moram aqui.
Se este mundo fosse meu,
eu fazia tantas mudanças
que ele seria um paraíso
de bichos, plantas e crianças.
6º ANO
PAES, José Paulo. Poemas Para Brincar. São Paulo: Ática, 2002.
1. Identifique no poema de Paes, construções no modo subjuntivo e no
modo imperativo. Lembre-se que o subjuntivo vincula-se, de modo
geral, a incertezas, possibilidades, hipóteses; e o imperativo liga-se a
ordens, comandos, exortações, súplicas.
2. “ Se cortarem todas as árvores, /Onde é que os pássaros vão
morar?” Neles, novamente, a ideia proposta pelo subjuntivo associa-se
a outra. Os dois versos remetem ao futuro ou ao passado?
3. O tempo dos verbos modo subjuntivo nesses dois textos é o mesmo.
4. Identifique no poema os verbos no imperativo.
Meu
ideal
seria
escrever...
Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça
que está doente naquela casa cinzenta quando lesse minha história no
jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse - "ai, meu
Deus, que história mais engraçada!" E então a contasse para a
cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a
história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem
alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história
fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua
vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse
admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria "mas
essa
história
é
mesmo
muito
engraçada!".
Que um casal que estivesse em casa mal humorado, o marido bastante
aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que
esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria
e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois
que esta, apesar de sua má-vontade, tomasse conhecimento da
história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder
olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do
outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os
dois
a
alegria
perdida
de
estarem
juntos.
Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera a minha
história chegasse - e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão
colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de
alegria; que o comissário do distrito, depois de ler minha história,
mandasse soltar aqueles bêbados e também aquelas pobres mulheres
colhidas na calçada e lhes dissesse - "por favor, se comportem, que
diabo! eu não gosto de prender ninguém!" E que assim todos tratassem
6º ANO
melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em
alegre
e
espontânea
homenagem
à
minha
história.
E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil
maneiras, fosse atribuída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em
Dublin, a um japonês em Chicago - mas que em todas as línguas ela
guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente;
e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito
sábio e muito velho dissesse: "Nunca ouvi uma história assim tão
engraçada e tão boa em toda minha vida; valeu a pena ter vivido até
hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum
homem, foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos
de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim,
deve ser uma história do céu que se filtrou por acaso até nosso
conhecimento;
é
divina".
E quando todos me perguntassem - "mas de onde é que você tirou essa
história?" - eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por
acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro
desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: "Ontem ouvi
um
sujeito
contar
uma
história..."!
E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei
toda minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza
daquela moça doente, que sempre está doente e sempre está de luto e
sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.
BRAGA, Rubem. As Melhores 200 Crônicas Escolhidas de Rubem
Braga. Rio de Janeiro: Record, 1977.
1. Sublinhe no texto o uso do pretérito imperfeito do subjuntivo.
2. No poema de José Paulo Paes, o uso do subjuntivo na crônica é
acompanhado de outra forma verbal, o futuro do pretérito do
modo indicativo.
Essa correlação - pretérito imperfeito do subjuntivo com o futuro
do pretérito do indicativo - é tida pelas gramáticas mais
tradicionais como a correta. Muitas gramáticas não aceitam a
combinação realizada no poema de Paes - pretérito imperfeito
do subjuntivo e pretérito imperfeito do indicativo -, embora na
fala do brasileiro ela seja usada com frequência.
3. Reescreva o primeiro e o terceiro parágrafos da crônica de
Rubem Braga, alterando o futuro do pretérito do indicativo pelo
presente do mesmo modo e o imperfeito do subjuntivo pelo
presente do subjuntivo.
6º ANO
Exemplo
Texto original
Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está
doente naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto
que chegasse a chorar e dissesse...
Texto alterado
Meu ideal é escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente
naquela casa cinzenta ao ler minha história no jornal ria, ria tanto que chegue a chorar
e diga ...
6º ANO
FICHA DE TRABALHO - 2
Área de Conhecimento: Língua Portuguesa
Modos verbais - subjuntivo e imperativo
Observe o folheto de divulgação, explicando os modos de evitar a propagação da
dengue.
1. Qual a finalidade dos textos presentes nesse suporte.
2. Leia as instruções presentes no folheto. Copie os verbos que
estão no modo imperativo. Ao copiar o verbo, escreva a forma
do infinitivo correspondente a ele.
3. Qual é a pessoa do discurso utilizada no panfleto?
4. Temos duas possibilidades: o tu e você. O que nos permite
identificar qual pessoa é usada no folheto?
6º ANO
FICHA DE TRABALHO - 3
Área de Conhecimento: Língua Portuguesa
Modos verbais - subjuntivo e imperativo
O texto abaixo faz parte do folheto da Pinacoteca do Estado de São Paulo.
1. Qual a possível finalidade do folheto de um museu.
2. O estabelecimento das regras ocorreu, no caso desse prospecto, pelo advérbio
de negação - não - acompanhado do infinitivo. O infinitivo não flexionado
coloca uma ordem que é válida para qualquer pessoa e tal como é usado
assume características do imperativo. Reescreva as ordens do folheto,
substituindo o infinitivo pela forma correspondente do verbo no imperativo.
6º ANO
3. Em algum momento do texto há indícios da pessoa utilizada. Releia- o e observe se há
alguma marca dessa pessoa.
4. Reescreva as ordens do folheto, substituindo o infinitivo pela forma correspondente do
verbo no imperativo. Antes do início da realização do exercício, analise a pessoa que
deverá escolher - segunda ou terceira do singular.
5.
6º ANO
Pesquise em revistas ou jornais a presença do modo imperativo em propagandas
direcionadas ao público infantil. Copie no caderno três frases em que esse uso ocorra.
Elabore uma pequena explicação para esse uso.
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