PROPOSTA PARA O ENSINO DE ESCRITA EM ESPANHOL PELO PIBID POR MEIO DO GÊNERO CARTÃO-POSTAL. Bárbara Batista (G – Dep. LEM, Universidade Estadual de Londrina) [email protected] Jaqueline B. C. da Silva (G – Dep. LEM, Universidade Estadual de Londrina) [email protected] Suelen Venancio (G – Dep. LEM, Universidade Estadual de Londrina) [email protected] Daise A.do Prado (SEED – PR) [email protected] Valdirene F. Zorzo-Veloso (Orientadora) [email protected] Em seguida, cada aluno produziu a parte ilustrativa do seu próprio cartãopostal com uma imagem de um país hispano falante. RESULTADOS Através das atividades propostas evidenciamos que as turmas envolvidas neste trabalho conseguiram produzir o gênero textual cartão-postal, contemplando as características do gênero de forma competente. A produção escrita que compõe esse texto foi não foi entrave para a conclusão do gênero. Os módulos da sequencia didática auxiliou os grupos na apropriação das estruturas linguísticas, proporcionando um trabalho prazeroso e motivador. Imagem 1 – Alguns alunos durante a produção do cartão-postal. INTRODUÇÃO Aprender a escrever em língua estrangeira é fundamental para que o aprendiz de um novo idioma complete, juntamente com as habilidades de oralidade, leitura e compreensão auditiva, seu processo de comunicação com o outro. Mas seria possível escrever em LE, em especial, em espanhol, no início da aprendizagem do idioma? A partir desta indagação e do feedback das primeiras aulas de língua espanhola ministradas em três turmas de 1 º ano do Ensino Médio, as bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), juntamente com a professora regente das turmas, propuseram atividades para desenvolver a produção escrita dos alunos. Dessa forma, este trabalho apresenta considerações sobre o processo de escrita em língua espanhola para estudantes da Educação Básica, ensino regular, do Colégio Estadual Professora Célia Moraes de Oliveira, em Londrina. Fonte: Bárbara Batista (2015) Em outro momento, foram levados postais de Londrina como modelo. A partir disto, outras partes do postal foram apresentadas: cumprimentos, despedidas, endereçamento, mensagem, selo, tudo em LE espanhol. Depois de estudarem sobre o destinatário e a linguagem empregada nesse gênero, além de terem contato com postais escritos em língua espanhola, foi pedida a 1ª escrita (livre, sem interferências do professor e com uso do dicionário). Após a correção, esse primeiro texto foi devolvido e solicitado as devidas adequações. A professora supervisora orientou individualmente cada aluno e as bolsistas organizaram o endereçamento de cada cartão-postal produzido. Por fim, os alunos finalizaram o postal que foram expostos no pátio do Colégio. OBJETIVOS Os objetivos pretendidos neste trabalho foram: a) diagnosticar as dificuldades de escrita de alunos num dado contexto de aprendizagem de espanhol; b) propor atividades que pudessem auxiliar os aprendizes produzirem textos escritos desde o primeiro contato com a língua espanhola. Imagem 2 - Cartões-postais produzidos pelos os alunos. METODOLOGIA Considerando que o texto é produto da interação entre sujeitos envolvidos num dado processo sociocomunicativo, a habilidade de escrita é parte essencial na construção desses sujeitos. Primeiramente, recorremos aos teóricos Dolz, Gagnon e Decâncio em Produção escrita e dificuldades de aprendizagem (Mercado de Letras, 2011), Schneuwly e Dolz (2004), Fernández, Baptista, Callegari e Reis (2012) para compreender melhor o processo de escrita na escola a partir de gêneros textuais. Dolz, Gagnon e Decâncio (2011) afirmam que a escrita é uma atividade complexa, por exigir dedicação do discente e docente, tornando-se um processo longo e árduo. Fernández, Baptista, Callegari e Reis (2012, p. 22), mencionam que: Fonte: Daise A. do Prado (2015) CONSIDERAÇÕES FINAIS Os textos escritos têm funções comunicativas específicas, segundo as diferentes práticas discursivas. Sendo assim, a participação nessas práticas exige conhecimento de vários gêneros, orais e escritos, assim como a adequação de cada um deles a seus contextos de uso e a competência em compreendê-los e produzi-los. Neste presente trabalho, pretendemos elucidar, através da produção do gênero textual cartão postal, que, para desenvolver a escrita em língua estrangeira, o aluno deveria atrever-se a escrever, mesmo no início da aprendizagem do idioma. O professor, por meio do planejamento de sequências didáticas que traga para a sala de aula diversos gêneros, de domínio ou não do aluno, precisa proporcionar a produção e a evolução escrita de forma motivadora e constante nas aulas de LE espanhol. Reafirmamos que o acompanhamento das tarefas é de extrema importância para que alunos com maiores dificuldades na escrita, revisão e reescrita, possam superá-las e desenvolver o aprendizado. Posteriormente às leituras, com o objetivo de introduzir, já nas primeiras aulas de espanhol, atividades de escrita para que os alunos percebessem que escrever em espanhol é uma atividade diária e necessária para aquisição do idioma de forma competente, preparamos uma sequencia didática com o gênero textual cartão postal que aparece na unidade didática do livro Cercanías Joven. Curiosamente, os alunos revelaram que costumam comunicar-se com amigos e familiares durante suas viagens, mas de forma digital (celular ou redes sociais), assim, escrever um cartão postal gerou muito entusiasmo. As atividades do livro didático foram adaptadas com o objetivo de incentivar e motivar os grupos. Iniciamos o trabalho com a identificação do gênero cartão postal e suas características. BIBLIOGRAFIA DOLZ, Joaquim; GAGNON, Roxane; DECÂNDIO, Fabrício. Produção escrita e dificuldades de aprendizagem. [Tradução de Fabrício Decândio e Ana Raquel Machado]. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2010. GRETEL, Eres Fernández; CALLEGARI Marília Vasques; BAPTISTA, Lívia Márcia; REIS, Marta Oliveira. Gêneros textuais e produção escrita: teoria e prática nas aulas de espanhol como língua estrangeira. São Paulo: IBEP, 2012. SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. C Centro de Letras e Ciências Humanas