19/04/2012 ECONOMIA PARA PF PROF. ALEX MENDES Evolução das Funções Econômicas do Governo Visão clássica (advinda do século XIX) • defendia o que poderíamos chamar de Estado mínimo, O ESTADO E AS FUNÇÕES ECONÔMICAS GOVERNAMENTAIS DEFINIÇÃO DE ESTADO Estado é uma instituição organizada políticamente, socialmente e juridicamente, ocupando um território definido, normalmente onde a lei máxima é uma Constituição escrita, e dirigida por um governo que possui soberania reconhecida tanto interna como externamente. Um Estado soberano é sintetizado pela máxima: "Um governo, um povo, um território". Pensamento marxista: fundamentado na idéia de que o Estado deveria atuar diretamente na redistribuição igualitária da renda entre a população. ou seja, a atividade estatal deve ser voltada apenas para o atendimento de demandas onde a atividade privada não possa se auto equilibrar, como no caso dos bens públicos e semi-públicos. A presença do Estado seria representada apenas pelo controle da segurança nacional do país, a segurança pública, bem como serviços de natureza social não atendidas pelo setor privado. Com o crescimento da atividade privada, geradora de lucros, passam a existir na Economia questionamentos referentes à distribuição da riqueza nas mãos de poucos 1 19/04/2012 Keynesianismo: no início do século XX, mais especificamente com a chamada Grande Depressão (1929), uma nova defesa na dimensão da atuação do Estado passa a existir. Com o nível de oferta agregada superior ao da demanda agregada, gerando por conseqüência uma diminuição no nível de riqueza dos países, e conseqüentemente de suas sociedades, o economista John Maynard Keynes propôs que o Estado interviesse na economia, com o objetivo de estimular a demanda agregada. Para isso, este deveria aumentar os seus gastos, de forma a estimular o emprego e a renda. Funções do Estado Contemporâneo: • - Políticas (promove a paz social, gerindo a administração pública e aplicando os recursos na satisfação das necessidades coletivas) • - Sociais (promove a melhoria das condições de vida e de bem-estar da população) • - Econômicas (pretende-se que estabilize a economia e garanta o seu bom funcionamento, promova o crescimento e desenvolvimento económico) DITO DE OUTRA FORMA O Estado deve garantir a: - eficiência - estabilidade - equidade. Estado Liberal: intervém apenas nos campos onde não surja iniciativa privada. É a busca do Lucro individual, o motor da atividade econômica. Estado Intervencionista: Intervém directa e indiretamente na atividade económica para combater e prevenir crises. Estado Providência: pretende combater as desigualdades sociais e garantir as condições mínimas de sobrevivência. 2 19/04/2012 CONDIÇÕES DE EFICIENCIA DO MERCADO A INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA AS FALHAS DE MERCADO • Portanto, sob certas condições, os mercados competitivos geram uma alocação de recursos “ótima” no sentido de Pareto. • Um ponto (ou situação) de ótimo de Pareto se caracteriza pelo fato de que ninguém pode melhorar sua situação sem causar prejuízo a outros. • No mundo real, ocorrem, em diversas circunstâncias, as “falhas de mercado”, que impedem que ocorra uma situação de ótimo de Pareto. • Visão Clássica: para atingir uma situação ótima (máxima eficiência) não é necessário um planejador central, bastando um mercado em livre concorrência, desde que haja: (i) condições ideais para o funcionamento do modelo de concorrência perfeita (mercado atomizado e informação perfeita), (ii) inexistência de externalidades, bens públicos, monopólios naturais, mercados incompletos, desemprego e inflação. As falhas de mercado: A existência de bens públicos INDIVISÍVEIS NÃO EXCLUDENTE NÃO RIVAL • Exemplos: defesa nacional, segurança pública, justiça, ruas, iluminação pública. 3 19/04/2012 BENS SEMI-PÚBLICOS bens meritórios ou semi-públicos são os que podem ser considerados como uma classificação intermediária entre os bens públicos e os de mercado, e possuem a seguinte característica: podem ser produzidos pela iniciativa privada, pois são submetidos ao princípio da exclusão, mas também podem ser produzidos, total ou parcialmente, pelo setor público, devido aos benefícios sociais gerados e às externalidades positivas. Monopólio de um recurso natural • O monopólio de um recurso natural ocorre quando uma única empresa domina a venda de um insumo ligado ao fator de produção Terra. Monopólios naturais • Existem setores nos quais o processo produtivo se caracteriza por retornos crescentes de escala. • Isto significa que os custos de produção unitários declinam à medida que aumenta a quantidade produzida. • Pode ser mais eficiente uma empresa produtora de energia elétrica do que duas ou mais. • O governo neste caso pode: regular empresas ou intervir diretamente produzindo o bem/serviço. Monopólio concedido pelo Estado • Quando o Estado é o concedente do monopólio • Ex: Energia elétrica Fatores de produção: Terra Capital Trabalho Capacidade empresarial Capacidade Tecnológica 4 19/04/2012 Externalidades • São comuns os casos em que a ação de um indivíduo ou empresa afeta direta ou indiretamente outros agentes econômicos. • Há externalidades positivas e negativas. • Exemplos das positivas (benefícios): infraestrutura. • Exemplos das negativas: poluição, tabagismo, ações criminosas. • Diante de externalidades,o governo pode : produzir diretamente, subsidiar ou tributar, proibir, multar ou regulamentar. POR QUE EXISTE GOVERNO? Mercados incompletos e ocorrência de desemprego e inflação • Mesmo em atividades típicas de mercado, nem sempre o setor privado está disposto a assumir riscos. • No Brasil, a intervenção do governo é importante para a concessão de crédito de longo prazo. • O livre funcionamento de mercado não soluciona problemas como a existência de altos níveis de desemprego e inflação. AS NECESSIDADES PÚBLICAS E AS FORMAS DE ATUAÇÃO DOS GOVERNOS São diversas as razões para a existência do governo: • A operação do sistema de mercado necessita de uma série de contratos que dependem da proteção e da estrutura legal implementada pelo governo. • Ocorrência de falhas de mercado em função de bens públicos, externalidades, monopólios naturais, falta de informação, etc. • Promoção de crescimento e estabilidade econômica elevado nível de emprego, estabilidade de preços, certo equilíbrio nas transações com o exterior. • Redistribuição de renda, riqueza e oportunidades. FUNÇÕES DO GOVERNO • A ação do governo abrange quatro funções básicas: • alocativa • distributiva • estabilizadora • reguladora 5 19/04/2012 FUNÇÃO ALOCATIVA Função alocativa • Os bens públicos não podem ser fornecidos de forma • O fato de os benefícios gerados pelos bens públicos compatível com as necessidades da sociedade através somente do sistema de mercado. • Os bens que produzam externalidades também não são adequadamente ofertados / demandados O governo corrige a alocação de recursos quando: • oferece (ou estimula a oferta) de bens públicos e bens que produzem externalidades positivas ou • desestimula ou inviabiliza a produção de bens que produzem externalidades negativas. ficarem disponíveis para todos os consumidores faz com que não haja pagamentos voluntários aos fornecedores desses bens. • Há um espaço claro para o carona (free rider). • Para evitar má alocação de recursos, o governo deve: • determinar o tipo e a quantidade de bens públicos a serem ofertados; • calcular o nível de contribuição de cada consumidor. Visa a, sobretudo, corrigir as “FALHAS DE MERCADO”. FUNÇÃO DISTRIBUTIVA Função distributiva • A distribuição de renda resultante, em determinado • Para redistribuir a renda, o governo se utiliza, momento, das dotações dos fatores de produção capital, trabalho e terra - e da venda dos serviços desses fatores no mercado pode não ser a desejada pela sociedade. (Giambiagi & Além) principalmente, das transferências, dos impostos, dos subsídios e dos gastos na área social (assistênca social, saúde, saneamento, habitação, educação etc.). 6 19/04/2012 FUNÇÃO ESTABILIZADORA • Caso se queira combater a inflação, políticas que • O livre funcionamento do mercado não é capaz de assegurar elevados níveis de emprego, estabilidade dos preços, elevadas taxas de desenvolvimento econômico e estabilidade nas transações com o exterior. • O governo pode afetar o nível de atividade econômica atuando sobre a demanda agregada através dos instrumentos de política macroeconômica. • Pode-se reduzir ou aumentar impostos, ampliar ou cortar gastos, elevando ou restringindo a demanda agregada e, assim, gerando mais ou menos atividade econômica. Para exercer suas funções o Estado tem de se financiar restrinjam a demanda podem ser recomendáveis (cortes nos gastos ou aumento de impostos). • Caso se queira ampliar o nível de emprego pode-se optar por políticas que ampliem a demanda (aumento de gastos e redução de tributos). SURGIMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS Conquistas sociais Fontes de Financiamento do Setor Público: Receitas: originárias e derivadas Endividamento público: externo e interno Emissão monetária Demandas sociais Necessidades vitais de grupos coletivos Originam Políticas Públicas Prospecção de demanda Opções políticas partidárias Fonte: GALERA, Joscely. Tese de Doutorado UNICAMP, 2003. 7 19/04/2012 Papéis do Estado • O Estado pode desempenhar diferentes papéis que podem ser mais ou menos eficiente em função do setor da atividade econômica, das capacitações do setor privado e do estágio de desenvolvimento econômico do país. Papéis do Estado Demiurgo – representa o papel de produtor. Papel geralmente assumido na infra-estrutura, como estradas e obras de caráter publico ou coletivo. Presume limitações do K privado. Assume diretamente a produção de determinados bens e serviços, muitas vezes em competição com o capital privado. Implica assumir a inadequação do capital privado para desenvolver a produção. O capital transnacional é considerado desinteressado no desenvolvimento local. Papel geralmente assumido em áreas que requerem grandes investimentos, de retorno a longo prazo e incerto: infra-estrutura (transportes e energia) e obras de caráter publico ou coletivo. O papel do Custódio • Estado regulador . Atua por meio do protecionismo, políticas públicas e prevenção de comportamentos ilegais. • Papel clássico do Estado: regras podem ser mais intervencionistas ou liberais, de implementação rígida ou flexível. Papel do Estado Demiurgo - Produtor • Vale e CSN (anos 40), Petrobrás (1952), Usiminas, Cosipa (anos 60) Custódio - Regulador • Privatização • Agencias reguladoras 8 19/04/2012 Políticas fiscal e monetária; outras políticas econômicas. A Intervenção do Estado na Economia: A Política Fiscal A intervenção do Estado e seus objetivos Marco inicial: 1929 Expoente: John Maynard Keynes Sua obra: Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda. Proposta: Aumento do gasto público para combater a depressão econômica O debate sobre a intervenção do Estado na economia: um esquema. Sim à Intervenção Os Keynesianos Os Keynesianos são os seguidores da teoria elaborada por John Maynard Keynes (1833-1946) Não aceitam a tese de que a economia tende livremente ao pleno emprego dos recursos produtivos. Recomendam a intervenção do Estado mediante as políticas monetária e fiscal, especialmente esta última, com o objetivo de estabilizar a economia. Flutuações ou Ciclos Econômicos Não à Intervenção Os Monetaristas A corrente monetarista surgiu na Universidade de chicago (EUA) e, em particular, com a obra de Milton Friedman (1912). Confiam no livre jogo das forças de mercado como instrumento para situar a economia próxima ao pleno emprego. A intervenção do Estado deve-se reduzir ao mínimo possível: na essência, controlar apenas o volume de dinheiro 9 19/04/2012 A Política Fiscal Os Instrumentos do setor Público • Referem-se às decisões do governo quanto ao gasto a) Política Fiscal b) Política Monetária público e aos impostos. • Receitas Públicas: são constituídas basicamente por impostos. “ Os impostos são receitas públicas criadas por lei e de cumprimento obrigatório para os sujeitos contemplados por ela”. Obs.: O governo pode alterar os impostos e os gastos para influir sobre o nível de atividade econômica. Esquema: a política fiscal em ação 1. A Política Fiscal Expansionista Impostos Gastos Consumo DA Produção e o Emprego 2. Política Fiscal Restritiva (contracionista) O Caráter Automático da Política Fiscal A política fiscal é um instrumento estabilizador da atividade econômica, podendo ser feita por políticas discricionárias ou por meio do sistema impositivo. “As políticas fiscais discricionárias são as que exigem medidas explícitas”. Dentre elas estão: • programas de obras públicas e outros gastos; Impostos Gastos Consumo DA Produção e •projetos públicos de emprego; o Emprego •programas de transferências, e •alteração dos tipos de impostos. 10 19/04/2012 O sistema impositivo tem efeitos automáticos sobre a evolução da atividade econômica, isto é, sobre as depressões e expansões. “ Uma depressão é um período prolongado de baixa atividade econômica e elevado desemprego”. Os Impostos como Estabilizadores automáticos Os impostos proporcionais alteração automática da forma de arrecadação. “ Um estabilizador automático é qualquer ação do sistema econômico que tende a reduzir mecanicamente as forças de recessão e/ou da expansão da demanda, sem que sejam necessárias medidas discricionárias de política econômica”. Obs.: Os estabilizadores automáticos são importantes, mas eles por si sós não conseguem estabilizar a atividade econômica. Limitações no Emprego de Políticas Fiscais discricionárias: programas de Obras Públicas e outros Gastos (construção de hospitais, estradas, etc.) • baixa utilidade pública • estudo prévio insuficiente • tempo necessário 3 anos Outros Estabilizadores Automáticos O seguro desemprego e as pensões para aposentados comportamento anticíclico estabilizadores automáticos. Estabilizadores não do setor público: poupanças das S/As. e das famílias, comportamento de consumo das famílias (renda permanente), etc. “ Os ciclos econômicos são flutuações da atividade econômica global, caracterizadas pela expansão ou pela contração simultânea da produção na maioria dos setores”. Projetos Públicos de Emprego: (Contratar trabalhadores por curtos períodos de tempo) • de importância secundária • não aumenta a possibilidade de conseguir emprego fixo posteriormente. Programas de Transferências • é uma via de mão única e difícil de eliminar depois da recessão. Alteração dos Tipos de Impostos: (redução temporária de alguns impostos) • tempo longo entre a decisão e a mudança do imposto • após recessão fica difícil aumentar os impostos novamente (impopular). 11 19/04/2012 Dois enfoques a respeito da política fiscal Enfoque Clássico ou monetarista Enfoque Keynesiano Suposições Iniciais As economias têm mecanismos Tal como evidenciou a crise de auto-corretores que eliminam os 1929, não existe um mecanismo desajustes e tornam automático que leve a economia ao desnecessária a intervenção pleno emprego dos recursos. Os estabilizador estatal. preços e salários não são flexíveis como defendiam os clássicos. A As economias tendem, a longo rigidez à baixa dos salários, prazo, a manter o pleno emprego especialmente, dificulta os ajustes. dos recursos produtivos. O Papel do Setor Público Limitar o gasto público. Diante de uma recessão motivada por uma demanda agregada insuficiente, o setor público deve intervir, manipulando os gastos e os impostos. O orçamento público deve-se O orçamento deve-se equilibrar equilibrar anualmente. ciclicamente. Durante as recessões, pode-se incorrer em déficits temporais. Política Monetária A Política Monetária representa a atuação das autoridades monetárias, por meio de instrumentos de efeito direto ou induzido, com o propósito de se controlar a liquidez global do sistema econômico. Política Monetária Restritiva engloba um conjunto de medidas que tendem a reduzir o crescimento da quantidade de moeda, e a encarecer os empréstimos. Instrumentos: Recolhimento compulsório: consiste na custódia, pelo Banco Central, de parcela dos depósitos recebidos do público pelos bancos comerciais. Esse instrumento é ativo, pois atua diretamente sobre o nível de reservas bancárias, reduzindo o efeito multiplicador e, consequentemente, a liquidez da economia. Taxa de redesconto (Assistência Financeira de liquidez): o Banco Central empresta dinheiro aos bancos comerciais, sob determinado prazo e taxa de pagamento. Quando esse prazo é reduzido e a taxa de juros do empréstimo é aumentada, a taxa de juros da própria economia aumenta, causando uma diminuição na liquidez. Venda de Títulos públicos: quando o Banco Central vende títulos públicos ele retira moeda da economia, que é trocada pelos títulos. Desta forma há uma contração dos meios de pagamento e da liquidez da economia. 12 19/04/2012 Política Monetária Expansiva: é formada por medidas que tendem a acelerar a quantidade de moeda e a baratear os empréstimos (baixar as taxas de juros). Incidirá positivamente sobre a demanda agregada. Instrumentos: Diminuição do recolhimento compulsório: o Banco Central diminui os valores que toma em custódia dos bancos comerciais, possibilitando um aumento do efeito multiplicador, e da liquidez da economia como um todo. POLÍTICA CAMBIAL Chama-se política cambial o conjunto de ações do Governo que influem no comportamento do mercado de câmbio e da taxa de câmbio. A política cambial é constituída pela: administração das taxas (ou taxas múltiplas) de câmbio, pelo controle das operações cambiais, tendo como objetivo central o mercado externo, no sentido de manter equalizado o poder de compra do país em relação aos outros com os quais este mantenha relações de troca. Taxa de redesconto (Assistência Financeira de Liquidez): o Banco Central, ao emprestar dinheiro aos bancos comerciais, aumenta o prazo do pagamento e diminui a taxa de juros. Essas medidas ajudam a diminuir a taxa de juros da economia, e a aumentar a liquidez. Compra de títulos públicos: quando o Banco Central compra títulos públicos há uma expansão dos meios de pagamento, que é a moeda dada em troca dos títulos. Com isso, ocorre uma redução na taxa de juros e um aumento da liquidez. Da mesma forma que todo bem tem um valor, as moedas nacionais também têm seu valor, seu preço - que é a taxa de câmbio - que expressa o preço da moeda externa em relação à moeda nacional. Se a taxa de câmbio hoje fosse 1,75 R$/US$, significa dizer que o preço do dólar americano, em termos do real brasileiro, é de R$ 1,75 para cada dólar. 13 19/04/2012 Como todo preço, a taxa de câmbio é basicamente determinada pela “lei da oferta e da procura”. Se a procura é maior que a oferta, o preço do dólar, em reais, sobe. Se a oferta é maior que a procura, consequentemente, o preço cai. São vários os fatores que podem influenciar a oferta/demanda por dólares, daí a dificuldade que os economistas têm em prever o comportamento da taxa de câmbio. REGIMES CAMBIAIS Os regimes cambiais são definidos pelo grau e tipo de intervenções utilizadas pelo banco central. CAMBIO FIXO CAMBIO FLUTUANTE LIVRE Existem duas políticas cambiais extremas. O Banco Central é quem define o que os economistas chamam de política ou regime cambial. Na primeira, chamada de política de câmbio fixo, que é uma taxa com que os países se comprometem a manter o mesmo poder de paridade, comprometendo-se o Banco Central a satisfazer qualquer oferta ou demanda por dólares que o mercado possa necessitar. SUJA Isto é, o Banco Central entra no mercado de câmbio e diz que, para ele, o dólar vale dois reais e trinta e quatrocentavos (2.34 R$/US$), e garante a compra ou venda de qualquer quantidade de dólares que o mercado ofertar a esse preço. Neste caso o dólar fica parado em 2.34 R$/US$, porque o Banco Central anula, comprando ou vendendo dólares, qualquer seja a pressão de aumento ou queda de seu preço. A principal vantagem da taxa de câmbio fixo está na integração dos mercados internacionais em uma rede de mercados conexos, que não têm incerteza e nem são especulativos. 14 19/04/2012 CAMBIO FLUTUANTE • O outro tipo de política cambial é definido pela ausência do Banco Central no mercado de câmbio. • As taxas flutuam livremente, respondendo aos efeitos da oferta e da procura. • Temos, neste caso, o regime de câmbio flutuante, que possibilita o equilíbrio contínuo do balanço de pagamento. POLÍTICA DE RENDAS • Conjunto de medidas visando a redistribuição de renda e justiça social. É um dos instrumentos da Política econômica governamental, juntamente com a Política Fiscal, e a Política Monetária. Flutuação Suja Existe, ainda, um outro tipo de política cambial, que seria intermediária entre o câmbio fixo e o câmbio flutuante, que é a política de bandas câmbio, na qual o Banco Central não define um preço único para o dólar, e sim um intervalo (banda), dentro do qual ele pode flutuar livremente. Se a banda, por exemplo, for fixada entre 2.20 R$/2.50 R$, o Banco Central só entra no mercado se o dólar cair a 2.20 R$, entra comprando dólares, ou subir a 2.50 R$, entra vendendo dólares. Dimensão patrimonial: acesso à terra, à casa própria, aos bens de consumo durável e aos fundos de previdência. Dimensão dos rendimentos: inserção no mercado de trabalho, carga tributaria e transferências públicas. Dimensão dos direitos sociais: acesso aos serviços de saúde, segurança, transporte etc.; acesso aos equipamentos de lazer; acesso à educação e cultura. 15 19/04/2012 Estado regulador e produtor Evolução da participação do setor público na atividade econômica A reforma do Estado brasileiro e a desestatização • Crise do Petróleo de 1979 e os impactos na economia brasileira: - Crise econômica - Aumento da inflação - Endividamento externo Fernando Collor de Mello (15/03/1990 – 02/10/1992) • Brasil declara moratória em 1987 - Em uma tentativa urgente de retirar o Brasil da situação caótica em que se encontra, o Estado brasileiro deixa, aos poucos, de ser um Estado eminentemente produtor de bens e serviços e passa a ser um Estado Regulador, que apenas estabelece regras e fiscaliza o seu cumprimento. A intervenção nas atividades econômicas passa a ser exercida indiretamente. - Nesse novo contexto, o Brasil passa por uma abertura comercial muito ampla, principalmente nos governos de Fernando Collor de Mello, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Lei n° 8.031/90* • Art. 1° É instituído o Programa Nacional de Desestatização, com os seguintes objetivos fundamentais: • Grande atraso industrial brasileiro • Política econômica externa: liberalização comercial e • • • • • financeira Grande impacto causado nas empresas nacionais pela abertura do mercado Dívida Pública elevada Desconfiança do mercado econômico internacional e do FMI por causa da insegurança que o Brasil proporcionava Série de medidas adotas pelo Brasil para se ajustar às exigências do mercado internacional, como, por exemplo, diversas desestatizações. Em 12 de abril de 1990 foi promulgada a Lei nº 8.031 que instituiu o Programa Nacional de Desestatização. • I - reordenar a posição estratégica do Estado na economia, transferindo à iniciativa privada atividades indevidamente exploradas pelo setor público; • II - contribuir para a redução da dívida pública, concorrendo para o saneamento das finanças do setor público; • III - permitir a retomada de investimentos nas empresas e atividades que vierem a ser transferidas à iniciativa privada; • IV - contribuir para modernização do parque industrial do País, ampliando sua competitividade e reforçando a capacidade empresarial nos diversos setores da economia; • V - permitir que a administração pública concentre seus esforços nas atividades em que a presença do Estado seja fundamental para a consecução das prioridades nacionais; • VI - contribuir para o fortalecimento do mercado de capitais, através do acréscimo da oferta de valores mobiliários e da democratização da propriedade do capital das empresas que integrarem o Programa. * Revogada pela Lei n° 9.491/97 16 19/04/2012 Itamar Franco (29/12/1992 – 01/01/1995) • Destaque para a criação do Plano Real, que em curto prazo, ocasionou a queda da inflação e o aumento do poder aquisitivo da população. • O governo adotou medidas visando conter os gastos públicos, privatizar uma série de empresas estatais, reduzir o consumo com o aumento das taxas de juros e baixar os preços dos produtos por meio da abertura da economia à competição internacional. • Flexibilização dos monopólios estatais – EC n° 5, 8 e 9 • A abertura do mercado se deu também em relação aos monopólios estatais referentes à exploração de gás canalizado, serviços de telecomunicações e a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo das jazidas de petróleo e gás natural, bem como do transporte marítimo de petróleo bruto de origem nacional ou derivados do petróleo produzidos no país. • Surgimento das agências reguladoras independentes ocorre exatamente nesse contexto. Ex: Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL (Lei n° 9.427/96); Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL (Constituição e Lei n° 9.472/97); Agência Nacional do Petróleo – ANP (Constituição e Lei n° 9.478/97); Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA (Lei n° 9.782/99); etc. Fernando Henrique Cardoso (01/01/1995 – 31/12/2002) • Conjunto de iniciativas empreendidas pelo governo, cujo objetivo era transformar o padrão de atuação do Estado na economia e o funcionamento da administração pública brasileira (melhorar a eficiência e reduzir o tamanho do Estado). Luís Inácio Lula da Silva (01/01/2003 – 2010) • Revisão do papel das agências reguladoras Em abril de 2004 o Projeto de Lei n° 3337/04, que dispõe sobre a gestão, a organização e o controle social das Agências Reguladoras; • Nova onda de intervenções diretas do Estado na economia 17 19/04/2012 O PAPEL REGULADOR DO ESTADO FUNÇÕES DA REGULAÇÃO • Perspectiva econômica: • A regulação se justifica quando existem falhas de mercado, compreendidas como: Externalidades Concorrência imperfeita Poder de mercado • Monopólio • Barreiras de entrada • Surgimento do Estado-Regulador • Substituição da intervenção direta por mecanismos de intervenção indireta de caráter regulatório • Substituição de relações de controle por relações de direção • Princípio da Subsidiariedade: o Estado deve se concentrar na execução daquilo que é essencial, transferindo funções que podem ser desenvolvidas com maior eficiência pelos particulares, seja em regime de direito público, seja em regime de livre iniciativa; FUNÇÕES DA REGULAÇÃO • A regulação é necessária para: • Viabilizar o princípio da livre iniciativa e a defesa do consumidor; • Instituir e preservar a competição onde ela seja viável • Minimizar os efeitos do monopólio, onde ele se faça indispensável TRANSFORMAÇÕES GLOBAIS, A NOVA ECONOMIA E O BRASIL • Portanto, a regulação possui três principais searas: • regulação dos monopólios, quando a competição é restrita ou inviável; • regulação para a competição, como forma de assegurar a livre concorrência no setor privado; • regulação dos serviços públicos, assegurando sua universalização, qualidade e preço justo 18 19/04/2012 Transformações globais Ascensão e queda do Neoliberalismo • Neoliberalismo e ruptura do bloco comunista • Reação à crise econômica dos anos 70 (estagflação) • Novo paradigma tecnológico e organizacional • Rigidez e imobilismo: ajuste estrutural (“euroesclerose” e • Rede transcorporativa e grupos econômicos • Polarização no sistema econômico internacional o Welfare State) • Funcionalidade e convergência de interesses dos grupos dominantes (desregulamentação, privatização) Neoliberalismo: Sinais trocados Desagregação do bloco comunista: URSS 1991 • Privatização vs estatização • fracasso do processo de reformas econômicas de 1985 • Capital estrangeiro vs nacionalização • reformas políticas (glasnost) e eclosão de demandas • Liberação vs regulação reprimidas • Mercado vs planejamento • vácuo político-ideológico • Liberalização vs protecionismo • degradação das instituições públicas • ressurgimento dos conflitos étnicos • golpes de Estado em 1991 (pacífico) e 1993 (sangrento) 19 19/04/2012 Novo paradigma tecnológico e organizacional Consenso de Washington: Áreas • Aceleração do progresso tecnológico • Disciplina fiscal • Expansão do complexo da microeletrônica, informática e • Priorização dos gastos públicos telecomunicações • Maior eficiência técnica e melhor qualidade • Introdução acelerado de novos produtos e novas oportunidades de mercado • Tecnologia da informação • Reforma tributária • Privatização • Desregulação • Liberalização financeira • Regime cambial • Liberalização comercial • Investimento externo direto: tratamento nacional • Propriedade intelectual: proteção 79 80 ESTADO E CAPITALISMO NO BRASIL Problemas relacionados ao (sub)desenvolvimento econômico • No país, como nas demais economias não- • Na tentativa de diminuir as diferenças em relação às desenvolvidas, prevaleceu a intervenção no setor produtivo, de infra-estrutura e de energia. economias ricas, os países não-desenvolvidos, sem condição de depender exclusivamente do setor privado, terminam por utilizar o aparato estatal no esforço de expansão do sistema produtivo. 20 19/04/2012 81 Até a década de 1920 - liberalismo econômico Três fases bem distintas 1. 2. 3. 82 Até a década de 1920, quando o liberalismo econômico era hegemônico: pequena participação do Estado no domínio econômico Padrão intervencionista (1930 a 1989) Regulador: implementação de medidas estabelecidas pelo Consenso de Washington, após 1990. • Pequena participação do Estado no domínio econômico: funções de regulação, controle monetário e arrecadatório. • Empresas públicas, como o Serviço Postal e a Casa da Moeda (séc XVII) • Garantir taxa de retorno aos investimentos privados realizados no Brasil (Ex: de aplicações inglesas nas ferrovias) • Concessões de serviços de utilidade pública ao setor privado nacional e estrangeiro 83 84 Padrão intervencionista (1930 e 1989) - Liberalismo no Brasil Industrialização por substituição de importações • Não intervencionismo até Vargas • Isso pode ser explicado pela própria estrutura da economia brasileira: modelo agro-exportador • Com a crise do café e a carência de divisas, dada a queda da receita de exportações, as possibilidades de atender a crescente procura por bens de capital ficaram cada vez mais remotas. 21 19/04/2012 85 Industrialização por substituição de importações Padrão intervencionista O saldo desse processo foi a rápida ascensão da indústria: a grande depressão constituiu-se num momento de ruptura do modelo primário-exportador da economia brasileira em favor de um modelo de desenvolvimento voltado para o mercado interno. 86 Padrão intervencionista (1930 e 1989) • Três períodos: 1. 1930 a 1955 - constituição de um novo aparelho de Estado (administração e formação de quadros), com a regulação de vários setores de atividades econômicas e sociais, mas principalmente com atuação direta no processo de acumulação capitalista visão nacionalista 87 88 Padrão intervencionista: Fase 2 1930 a 1955 • Empresas públicas: Companhia Siderúrgica Nacional (1941), a Companhia Vale do Rio Doce (1942), Companhia Nacional Álcalis (1943), a Fábrica Nacional de Motores (1943), a Companhia Hidrelétrica de São Francisco (1945), o BNDES (1952) e a Petrobrás (1954) 2. 1955 a 1964 - Plano de Metas (JK): • • • A partir desse momento, o nacionalismo perdeu alguma importância, dando lugar a uma nova articulação entre Estado, capital privado nacional e capital privado internacional. Essa articulação trilateral de interesses envolveu a presença de ampla participação de recursos externos e possibilitou tanto ao setor privado quanto ao Estado o avanço na internalização do padrão de industrialização. Estado: ocupar os espaços vazios. 22 19/04/2012 89 REVISÃO NO PAPEL DO ESTADO Padrão intervencionista: Fase 3 3. • • • 90 APÓS 1990 1964 a 1989 - assegurar o desenvolvimento de espaços vazios e garantir a aplicação da ideologia de segurança nacional. Expansão das empresas estatais Base de financiamento do Estado: dependia dos recursos orçamentários, dos re-investimentos das empresas estatais e de formas indiretas de tributação e emissão monetária Nos anos 80, com a crise da dívida externa, o setor produtivo passou a perder eficiência e eficácia. • Realização das reformas administrativa, tributária e previdenciária, bem como a preocupação com a promoção de um intenso programa de privatização. • Transferência de ativos públicos para o setor privado, como forma de estabelecer um novo eixo condutor do desenvolvimento econômico e social. • Ao Estado coube um espaço regulador, voltado ao estímulo da competição e da eficiência dos mercados 91 92 Atual modelo econômico e suas implicações no Estado brasileiro Fatores que contribuíram para a reforma do Estado brasileiro • Privilegia-se a promoção da integração do • Crise do Estado desenvolvimentista, sistema produtivo nacional à economia mundial • O novo formato do aparato estatal tornou-se necessário dentro do objetivo governamental de enfrentar a crise fiscal, concedendo um novo papel ao Estado menos intervencionista e muito mais regulatório • Com as reformas após 1990, quatro novos segmentos do setor público foram constituídos • Controle direto das empresas Estatais sobre a indústria e serviços e • Falência do modelo organizacional da burocracia pública orientada pelos procedimentos. 23 19/04/2012 Demanda Agregada INFLLUÊNCIA DAS POLÍTICAS FISCAL E MONETÁRIA NA DEMANDA AGREGADA • Muitos fatores influenciam a demanda agregada além de políticas fiscal e/ou monetárias • Em particular, o gasto desejado por indivíduos e firmas determina a quantidade demandada de bens e serviços Demanda Agregada Políticas Monetárias e a Demanda Agregada • Quando esse desejo muda, a curva de demanda • A demanda agregada tem inclinação negativa por três agregada irá deslocar-se causando flutuações de curto prazo na produção e nível de preços de uma economia • Políticas monetária e/ou fiscal são, algumas vezes, utilizadas para tentar diminuir o impacto dessas flutuações razões: • Efeito da renda • Efeito da taxa de juros • Efeito da taxa de câmbio 24 19/04/2012 Políticas Monetárias e a Demanda Agregada Teoria da Preferência da Liquidez • Para a maioria das economias modernas, a inclinação • Keynes desenvolveu essa teoria para explicar os fatores negativa da demanda agregada tem como principal fator o efeito da taxa de juros que determinam a taxa de juros em uma economia • De acordo com a teoria ela se ajusta para equilibrar a oferta e a demanda por moeda Oferta de Moeda Oferta de Moeda • Controlada pelo Banco Central • Operações de Mercado Aberto • Taxa de Reserva (depósito compulsório) • Taxa de Redesconto • Como ela é fixada pelo banco Central ela não depende da taxa de juros • Ela é representada por uma curva vertical (perfeitamente inelástica) 25 19/04/2012 Demanda por Moeda Demanda por Moeda • A demanda por moeda é determinada por vários fatores • Indivíduos escolher manter moeda em seu poder ao invés • De acordo com a Teoria da Pereferência por Liquidez, a taxa de juros é o mais importante fator de outros ativos, porque a moeda os possibilita adquirir bens e serviços com facilidade Demanda por Moeda Equilíbrio no Mercado de Moeda • O custo de oportunidade de manter moeda em • De acordo com a Teoria da Preferência por seu poder, é os juros que você poderia ganhar se possuísse ativos que gerassem juros • Um aumento da taxa de juros aumenta o custo de oprtunidade de manter moeda em seu poder • Como resultado, a quantidade de moeda demandada diminui Liquidez: • A taxa de juros ajusta-se para equilibrar a oferta e a demanda por moeda • Existe uma taxa de juros, e só uma, que equilibra a quantidade ofertada e a quantidade demandada por moeda 26 19/04/2012 Equilíbrio no Mercado de Moeda • Assuma o seguinte: • O nível de preços é rígido em um nível Equilíbrio no Mercado de Moeda Taxa de Juros Oferta de Moeda qualquer • A um nível de preços qualquer, a taxa de juros se ajusta para equilibrar a oferta e a demanda • O nível de produção responde à demanda agregada i1 Taxa de Juros de Equilíbrio Demanda Por Moeda i2 0 M d 1 Quant. De Moeda Determ. Bco.Central M d2 Quant. de Moeda A Inclinação Negativa da Curva de Demanda Agregada A Inclinação Negativa da Curva de Demanda Agregada • O nível de preços é um determinante da • O resultado final da análise é a relação inversamente quantidade de moeda demandada • Um aumento do nível de preços aumenta a quantidade de moeda demandada para uma taxa de juros qualquer • Um aumento da quantidade demandada de moeda leva a um aumento da taxa de juros • A quiantidade de bens e serviços demandada diminui proporcional entre o nível de preços e a quantidade demandada de bens e serviços 27 19/04/2012 O Mercado de Moeda e a Demanda Agregada (a) Mercado de Moeda Tx. de Juros • O Banco Central pode deslocar a curva de Nível de Preços Oferta de Moeda 1. Aumento do nível de preços… 2. …aumenta a demanda por moeda… r2 Mudanças na Oferta de Moeda (b) Demanda Agregada P2 Demanda de Moeda em P2 P1 r1 DA Demanda de Moeda em P1 0 Quant.de Moeda Quant.Fixada Bco.Central Y1 Quant.de Produção Y2 0 demanda agregada quando ele muda a política monetária • Um aumento da oferta de moeda desloca a curva de oferta de moeda para a direita • Sem uma mudança na curva de demanda por moeda a taxa de juros de equilíbrio diminui • A redução na taxa de juros aumenta a quantidade de bens e serviços demandada 4. …que reduz a quant.de bens e serviços demanada. 3. …que aumenta a taxa de juros de equilíbrio… Injeção Monetária Mudanças na Oferta de Moeda (a) O Mercado de Moeda Tx. de Juros OM1 (b) Demanda Agregada OM2 1. Quando o Bco. Central aumenta a oferta de moeda… r1 3. …que aumenta a quant.de bens e serviços demandado a um determinado nível de preço. Nível de Preços P r2 • Um aumento da oferta de moeda reduz a taxa de juros e aumenta a quantidade de bens e serviços demandados • Uma redução na oferta de moeda aumenta a taxa de juros e diminui a quantidade de bens e serviços demandados DA2 DA1 0 2. …a taxa de juros de equilíbrio reduz… Quant.de 0 Moeda Y1 Y2 Quantit.de produção 28 19/04/2012 O Papel da Taxa de Juros Alvo Política Fiscal e a Demanda Agregada • A política monetária pode ser descrita tanto em • Política fiscal refere-se a opção do Governo termos da oferta de moeda ou da taxa de juros • Mudanças na política monetária podem ser vista como mudança na oferta de moeda ou mudança na taxa de juros alvo • Um alvo para a taxa de juros afeta o equilíbrio de mercado, que acaba influenciando a demanda agregada quanto aos seus gastos e nível de impostos • Políticas fiscais influenciam a poupança, investimento e crescimento no longo prazo • No curto prazo, a política fiscal influencia basicamente a demanda agregada Gastos do Governo Gastos do Governo • Quando o Governo muda os impostos ou altera a oferta • Existem dois efeitos provenientes de uma de moeda, o efeito na demanda agregada é indireto – ela se dá através da decisão de consumo de firmas e indivíduos • Quando o Governo altera as suas compras ele altera a demanda agregada diretamente mudança nos níveis de Gastos do Governo: • Efeito multiplicador • Efeito de expulsão 29 19/04/2012 Efeito Multiplicador Efeito Expulsão • Gasttos do Governo têm um efeito multiplicador sobre a • As políticas fiscais podem não influenciar tão fortemente demanda agregada • Cada real gasto pelo governo pode aumentar os gastos de bens e serviços em mais de um real • Um aumento nos gastos do governo causa um aumento como esperado da taxa de juros • Um aumento na taxa de juros causa uma redução no investimento (reduzindo a demanda agregada) Efeito Expulsão Impostos • Essa redução na demanda causada por um aumento da • Quando o Governo diminui os impostos: taxa de juros é chamada de Efeito expulsão • Esse efeito tende a diminuir os efeitos positivos de um aumento dos gastos governamentais • Indivíduos e firmas poupam uma parcela dessa renda adicional • Mas também gastam uma parcela • Esse aumento de gastos desloca a curva de demanda agregada para direita 30 19/04/2012 Impostos Estabilização Econômica • O tamanho do impacto causado por uma mudança nos • Na maioria dos países a estabilização econômica é um níveis de imposto também é afetado pelo efeito multiplicador e pelo efeito expulsão • Também depende da percepção de indivíduos e firmas de quanto tempo essa mudança nos impostos vai durar objetivo muito importante • O Governo deve evitar ser o causador de flutuações econômicas • O Governo deve intervir quando houver mudanças na economia privada de forma a estabilizar a demanda agregada Estabilização Econômica Estabilização Automática • Alguns economistas dizem que as políticas fiscal • São mudanças automáticas de política fiscal e monetária e monetária causam desestabilizam a economia • As políticas monetária e fiscal afetam a economia apenas após um intervalo de tempo substancial • Eles sugerem que a economia, sozinha, deve lidar com as flutuações de curto prazo para estimular a demanda agregada quando uma economia entra em recessão • Dentre os estabilizadores automáticos temos alguns tipos de gastos governamentais e o sistema de impostos 31 19/04/2012 Resumo Resumo • Keynes propos a Teoria da Perefrência por Liquidez para • Um aumento do nível de preços aumenta a explicar os determinantes da taxa de juros • De acordo com a teoria, a taxa de juros se ajusta para equilibrara a oferta e a demanda por moeda demanda por moeda e aumenta a taxa de juros • Um aumento da taxa de juros reduz os investimentos e aumenta a quantidade demandada por bens e serviços • A inclinação negativa da curva de demanda agregada mostra a relação inversa entre nível de preços e quantidade demandada Resumo Resumo • O Governo pode influenciar a demanda agregada • O Governo pode influenciar a demanda agregada através de políticas monetárias • Um aumento da oferta de moeda leva a um aumento da demanda agregada (desloca-se para a direita) • Uma diminuição da oferta de moeda leva a uma redução da demanda agregada (desloca-se para a esqureda) através de políticas fiscais • Um aumento dos gastos do governo ou redução de impostos aumenta a demanda agregada (desloca-se para a direita) • Uma redução dos gastos do governo ou aumento de impostos diminui a demanda agregada (desloca-se para a esquerda) 32 19/04/2012 Resumo Resumo • Quando o Governo altera os seus gastos ou os impostos, • Já que políticas monetárias e fiscal têm o poder o efeito pode ser maior ou menor que o efeito da política fiscal • O efeito multiplicador tem a tendência de aumentar o impacto da política fiscal • O efeito expulsão tem a tendência de diminuir o impacto da política fiscal de influenciar a demanda agregada, algumas vezes o Governo utiliza-se dessas políticas para tentar estabilizar uma economia • Economistas discordam sobre o quanto o Governo deve se involver nesse esforço e estabilização: • Uns argumentam que se o governo não se involver o resultado serão as flutuações indesejáveis • Críticos argumentam que políticas de estabilização levam muitas vezes à desestabilização • CONTABILIDADE FISCAL: NFSP; • RESULTADOS NOMINAL, OPERACIONAL E PRIMÁRIO; • DÍVIDA PÚBLICA. • SUSTENTABILIDADE DO ENDIVIDAMENTO PÚBLICO. • FINANCIAMENTO DO DEFICIT PÚBLICO A PARTIR DOS ANOS 80 DO SÉCULO XX. O tamanho do governo • O governo pode ser entendido como o locus de disputa por recursos entre diversos setores da sociedade. • O gasto público afeta uma série de atividades , algumas das quais têm - ou tiveram - a ver com cada um de nós. (Stiglitz). • O GASTO PÚBLICO E SUAS DERIVAÇÕES 33 19/04/2012 O tamanho do governo • Mesmo quando há forte consenso quanto à necessidade de redução do déficit público e da despesa governamental, sempre há discordância quanto aos gastos a serem suprimidos. • Todos querem que os cortes não os atinjam. • O governo não é uma abstração, uma entidade distante que “suga os recursos do povo”. • O governo é uma entidade que coleta recursos através dos impostos cobrados de parte da população para transferir esses recursos para outra parte da população. (Giambiagi e Além) O tamanho do governo • Diversas funções são compartilhadas por duas ou mais esferas de governo (saúde, saneamento, transportes etc.). • Os governos estaduais assumem a segurança pública, enquanto os municípios zelam pela limpeza urbana, a iluminação pública e o transporte urbano. • A construção e a manutenção de estradas, que historicamente, em todos os países, têm sido funções governamentais, estão sendo transferidas para o setor privado. O tamanho do governo • Há funções típicas de governo: • saúde • educação • defesa nacional • policiamento • regulação • justiça • assistência social • No Brasil, o governo federal assumiu uma série de funções, como o ensino superior. Diversos estados também mantêm estabelecimentos de ensino superior. Mas o que são os gastos públicos? • Os gastos públicos constituem-se na principal peça de atuação do governo; • Através deles, o governo estabelece uma série de prioridades no que se refere à prestação de serviços públicos básicos e aos investimentos a serem realizados. 34 19/04/2012 A EVOLUÇÃO DO GASTO PÚBLICO A EVOLUÇÃO DO GASTO PÚBLICO • A tendência de crescimento do gasto público • O custo de alguns serviços - de saúde, tem sido constatada há muito tempo. • Adolph Wagner, na década de 1880, baseado no retrospecto até a época e na análise das tendências, enunciou a “Lei de Wagner”, segundo a qual o desenvolvimento econômico experimentado pelas modernas economias provocaria pressões crescentes por expansão do gasto público. • Não apenas se expandiu a demanda por gastos públicos. Ela se modificou intensamente com a industrialização. por exemplo - se elevou consideravelmente - em conseqüência do avanço tecnológico. • Guerras e fatores políticos contribuíram para a expansão do governo, uma vez que criam condições para o aumento da tributação. A EVOLUÇÃO DO GASTO PÚBLICO • Uma vez cessadas as causas da expansão, dificilmente os gastos retornam á dimensão original (Peacock e Wiseman). • Verifica-se, em geral, modificação na estrutura dos gastos (efeito translação) após o final das guerras e crises políticas . Gastos governamentais x Gastos públicos • Consideram-se gastos governamentais apenas as despesas realizadas pelas unidades que compõem a administração governamental direta e parte da indireta. Dessa forma, seriam englobados neste conceito apenas os gastos realizados pelas esferas do governo mais autarquias e fundações. Trata-se dos gastos de manutenção dos serviços públicos 35 19/04/2012 As contas públicas e o seu resultado • Já os gastos públicos englobam em sua totalidade, além dos gastos governamentais, as despesas do governo com suas atividades econômicas produtivas, incluindo aí as empresas estatais. Por "setor público" deve-se entender as três esferas de governo - federal, estadual e municipal - e as empresas por eles controladas. Deve-se, no entanto, excluir deste conceito as instituições financeiras (como, por exemplo, o Banco do Brasil) por sua natureza primordial de intermediários de recursos de terceiros. Dentre os vários temas econômicos que têm sido objeto de discussão nos últimos anos, dois têm merecido destaque especial dos analistas e da imprensa especializada: o déficit público e o seu correlato - o endividamento do setor público. A atuação do governo é caracterizada tanto pelos gastos pro ele efetuados como pela arrecadação de recursos, através principalmente de impostos, com o objetivo de aumentar o bem-estar da população e de evitar eventuais distorções provocadas pelo livre jogo das forças de mercado. 36 19/04/2012 A ótica das Contas Nacionais Nas contas nacionais, as despesas do governo são tratadas sob a denominação de "Administrações Públicas", englobando sob esse título os gastos da União, Estados e Municípios (apenas administração direta, autarquias e fundações públicas). Vejamos um exemplo: A – Rec. tributária e outras receitas correntes: 135,0 B - Despesas correntes (=a+b+c)........................: 145,0 (a) Gastos de consumo (= i+ii)...............................: 77,0 (i) Despesas de pessoal............................................: 40,0 (ii) Compras de bens e serviços...............................: 37,0 (b) Transferências (=i+iii)......................................: 56,0 (i) Assistência previdenciária (pensões, aposentadorias, auxílios, etc.)......................................................: 32,0 (ii) Juros da dívida interna.....................................: 24,0 (c) Subsídios............................................................: 12,0 C – Poup. em conta corrente do governo (=A-B)..: -10,0 D - Despesas de capital ..........................................: 15,0 E - Déficit (ou superávit) fiscal (=A - B - C).........: -25,0 Poderíamos apurar o resultado das contas principais das "Administrações Públicas". Para tanto, incluímos a arrecadação do governo - que, nesse caso, se compõe da receita tributária (impostos diretos e indiretos) e outras receitas correntes (inclusive contribuições previdenciárias). O déficit fiscal de R$ 25,0 bilhões terá de ser financiado por: a) endividamento interno (venda de títulos públicos); e/ou b) endividamento externo; e/ou c) emissão monetária (somente no caso da União). O resultado fiscal é também chamado de despoupança de governo, no valor de R$ 25 bilhões. 37 19/04/2012 A ótica Orçamentária • Para se apurar o déficit ou superávit orçamentário, basta somar todas as receitas correntes do governo (tributárias e outras), subtraindo dessas o total das despesas, isto é, a soma das despesas correntes com as despesas de capital. A ótica das Necessidade de Financiamento do Setor Público - NFSP Trata-se do método utilizado pela Secretária do Tesouro Nacional - STN e pelo Banco Central para o cálculo das Contas do Setor Público. • Caso o resultado seja negativo, o financiamento deste déficit se traduzirá, necessariamente, em maior endividamento do governo junto ao setor privado, ou através de empréstimos bancários, ou - o que é mais comum - através da venda de títulos públicos junto aos bancos e ao público em geral. As NFSP são obtidas a partir da medição do chamado "Resultado do Setor Público Não-Financeiro" - RSP – por não incluir as contas das entidades financeiras públicas. Na prática, há dois critérios para se calcular o RSP ou, o que dá no mesmo, as NFSP: O critério "acima da linha" e que é utilizado pela STN, consiste na apuração da diferença entre receitas e despesas orçamentárias. O resultado do setor público - RSP - (déficit ou O segundo critério, denominado "abaixo da linha“, que é adotado pelo Banco Central do Brasil, é obtido pelo lado do financiamento do déficit público, sendo calculado a partir da variação da dívida líquida do setor público junto ao setor privado. superávit) pode apresentar três valores diferentes, dependendo dos itens que se incluam ou se excluam do cálculo. Esses resultados denominados: 1. Resultado Nominal do Setor Público; 2. Resultado Operacional do Setor Público; 3. Resultado Primário do Setor Público. 38 19/04/2012 Resultado Nominal do Setor Público Resultado Operacional do Setor Público É o resultado da diferença entre o total das receitas correntes do governo (tributárias e outras receitas) e o total de suas despesas (custeio, transferências, subsídios, financeiras e de capital). Dentro das despesas de capital, encontram-se os juros da dívida pública. Visto da ótica desta última, corresponde à variação da dívida líquida do setor público não-financeiro em determinado período de tempo (mês, trimestre ou ano), incluindo aí a variação devida à atualização monetária da própria dívida e dos ativos do setor público. É o próprio resultado nominal, excluindo-se deste a atualização monetária da dívida pública. Resultado Primário do Setor Público Consiste no resultado operacional das contas públicas, excluindo-se destas os juros da dívida referentes ao período anterior ao cálculo do resultado. A importância desse conceito é a de possibilitar uma melhor avaliação das contas públicas no presente, isto é, sem considerar a influência dos juros que são o resultado de déficits passados e que deram origem à dívida pública. Observação: Ressalta-se que quando o Resultado - nominal, operacional ou primário - é negativo diz-se que houve déficit - nominal, operacional ou primário. Se for positivo, houve superávit nominal, operacional ou primário. Também deve ficar claro que os três resultados - nominal, operacional e primário - são calculados tanto de forma agregada - englobando sob a denominação de setor público (NFSP) os resultados da União (ou Tesouro Nacional), da Previdência Social, do Banco Central das Empresas Estatais e dos Estados e Municípios - como de forma desagregada, individualizando o resultado de cada uma dessas áreas, níveis ou esferas de governo. 39 19/04/2012 Comentários sobre o déficit primário Exemplo: Contas Públicas - em bilhões 1 - Receita total (*)............................... 121,3 1.1. Tributária.......................................... 80,0 1.2. Previdência........................................35,3 1.3. Outras receitas correntes................... 6,0 2 - Despesa total.................................... 148,0 2.1. Pessoal e encargos............................ 52,0 2.2. Benefícios da previdência................. 38,0 2.3. Juros nominais da dívida.................. 33,0 a) Atualização monetária......................... 1,0 b) Juros reais........................................... 32,0 3 - Resultado Nominal (= 1-2)...............-26,7 4 - Resultado Operacional (=3-2.3.a.).. -25,7 5 - Resultado Primário (= 3-2.3.)........... 7,3 O déficit “primário” representa a origem e a fonte de realimentação do déficit público e, conseqüentemente, da dívida pública. Quando o país obtém superávit primário nas suas contas, ele adquire a capacidade de pagar senão toda, a maior parte dos juros da dívida pública do país. O resultado do esforço fiscal do governo, mesmo tendo sua contrapartida negativa, como a diminuição dos investimentos via despesas de capital, possibilita a este ajustar as suas contas para que, uma vez equilibradas, possam ser utilizadas como instrumento de políticas públicas benéficas a sociedade. (*) líquidas das transferências constitucionais – Fundos de Participação e manutenção do programa de seguridade social Conclusões: Os gastos públicos, caracterizado pelo resultado das contas, são a evidenciação das políticas de gestão pública efetuadas pelos nossos governantes. Com o crescimento do papel do governo na economia, passam estas a necessitarem de contínuo acompanhamento, de forma que os controles realizados sejam efetivos, especialmente quando destinados a evitarem políticas eleitoreiras que não visem a melhoria do bem estar da população. Destaca-se que, mesmo no caso de políticas públicas adequadas a necessidade da população, é importante lembrar que um país vive não somente da geração presente, mas também das futuras gerações e que, neste caso, estas necessitam contar, no futuro, com a adequada capacidade de intervenção governamental nas chamadas falhas de mercado. INFLAÇÃO E CRESCIMENTO. TEORIA E POLÍTICA MACROECONÔMICA: METAS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA 2. Estabilidade do nível geral de preços (controle da inflação) - inflação controlada não significa inflação zero; - inflação alta acarreta distorções, principalmente, sobre as classes baixas e sobre as expectativas. Tipos de inflação: • demanda • custos • inercial Inflação: aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços. 40 19/04/2012 3. Equilíbrio Externo Déficit externo mais forte, implica em perda de reservas, o que pode levar a uma moratória; Superávit externo mais prolongado, o governo deve emitir moeda gerando inflação ou expansão da dívida interna (Risco). 4. Distribuição Eqüitativa de Renda - política de longo prazo; - aumento do poder de compra das classes mais baixas; - desenvolvimento econômico. Mercados Var. Determinadas Parte Real da Economia Mercado de Bens e Serviços Produto Nacional Nível Geral de Preços Mercado de Trabalho Nível de Emprego Salários Nominais Parte Monetária da economia Mercado Financeiro (monetário e títulos) Taxa de Juros Estoque de Moeda Mercado de Divisas Taxa de Câmbio O governo deve atuar em duas frentes: i) na capacidade produtiva (Produção Agregada) e ii) nas despesas planejadas (Demanda Agregada) permitindo à economia operar a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e distribuição justa de renda. Metas de Redução de Emprego e Estabilidade de Preços Com aumento de compras Reduz-se o desemprego. Aproximando do pleno emprego, os recursos tendem a escassear, provocando um aumento dos custos de produção. Podendo aumentar a inflação (exceto, quando estiver ocorrendo um significativo aumento de produtividade). O administrador público (policy-maker) tem de fazer escolhas quanto à ênfase a ser dada a diferentes objetivos. Cada combinação afeta diferentes grupos na sociedade de diferentes maneiras, e qualquer escolha estará sujeita à objeção política pelos representantes dos grupos para os quais a escolha alternativa é pior. Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica • Política Fiscal: decisões sobre a arrecadação e os gastos do governo; • Política Monetária: decisões sobre o volume de moeda na economia, a taxa de juros e o crédito; • Política Cambial e Comercial: combate a inflação x equilíbrio externo, saldo do BP equilibrado; • Política de Rendas: interferências na formação de Preços e Salários, desenvolvimento econômico. 41