Platão e Aristóteles (revisão)

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FILOSOFIA ANTIGA: PLATÃO (427 – 347 A.C.) E ARISTÓTELES (384 – 322 A.C.)
PLATÃO: REMINISCÊNCIA E TEORIA DAS IDEIAS
CONHECIMENTO = RELEMBRAR
1ª resposta dada por Platão ao problema do conhecimento: Mênon.
Teoria da Reminiscência: Sócrates dialoga com um jovem escravo e consegue com que ele demonstre
sozinho um difícil teorema de geometria (o teorema de Pitágoras). O conhecimento é inato, já nascemos
com ele.
Platão afirma que nós nascemos com a razão e com as ideias verdadeiras, e a Filosofia nada mais faz do
que nos relembrar essas ideias.
O corpo é finito, mas a alma humana é imortal. A alma tem existência própria, ela existe independente do
corpo.
PLATÃO MADURO: A TEORIA DAS IDEIAS
Platão apresenta uma posição dualista da realidade: defende a oposição entre o Mundo Sensível e o
Mundo Inteligível (Mundo das Ideias).
Conhecimento verdadeiro: Mundo Inteligível (das Ideias).
Processo de conhecimento: passagem progressiva do Mundo Sensível para o Inteligível.
Conhecimento do Mundo Sensível é ilusório.
Somente quando ascendemos ao Mundo das Ideias é que alcançamos o conhecimento verdadeiro.
O MITO DA CAVERNA
O Mito da Caverna: referência ao contraste entre Mundo Sensível e Mundo Inteligível (presente na Teoria
das Ideias).
O interior da caverna = Mundo Sensível (onde está o conhecimento ilusório);
O exterior da caverna = Mundo das Ideias (onde reside o conhecimento verdadeiro).
O Mito da Caverna: percurso que o indivíduo realiza para chegar ao conhecimento verdadeiro (progride
do Mundo Sensível para o Mundo das Ideias).
O Mito da Caverna: processo de emancipação intelectual que a filosofia é capaz de promover, libertando
o indivíduo das sombras da ignorância.
O prisioneiro que se liberta e contempla a realidade, e depois deve voltar para libertar seus companheiros,
representa o filósofo.
A CONCEPÇÃO ESTÉTICA DE PLATÃO: A ARTE COMO MÍMESIS (IMITAÇÃO)
Platão: atitude negativa diante da arte, considerando-a inferior à filosofia.
No livro décimo da obra A República, Platão considera toda expressão da arte uma ‘imitação’ de
realidades sensíveis (homens, coisas, fatos e acontecimento diversos).
Realidades sensíveis (existentes no mundo sensível): são imagens, sombras, cópias das Ideias Verdadeiras
existentes no Mundo Inteligível.
Platão: a arte consiste numa imitação dos seres do mundo sensível que, por sua vez, são sombras das
Ideias do Mundo Inteligível, a arte representará uma cópia da cópia.
ÉTICA ARISTOTÉLICA
A ética visa preparar o homem para a vida comunitária guiado pelas virtudes;
Aristóteles: o homem é um ser social; somente dentro da pólis (cidade-estado) o homem pode alcançar
seu desenvolvimento pleno, sua finalidade;
Critérios para a determinação das ações éticas: os costumes, os modos de comportamento, o modo de
viver;
Normas éticas não têm validade universal: podem variar de acordo com os valores culturais de cada
sociedade.
ÉTICA ARISTOTÉLICA: CARACTERÍSTICAS ESTRUTURANTES
Naturalismo (elementos que compõem a natureza humana): o homem é visto como um composto de alma
e corpo (ou razão e paixões).
Teleologismo (télos = fim, finalidade): àquilo que uma determinada coisa se destina; tudo tem uma
finalidade específica.
Eudaimonismo (felicidade): o bem supremo, a finalidade principal do ser humano.
ÉTICA ARISTOTÉLICA: CONCEITOS PRINCIPAIS
Pathos: paixões; Areté: virtude; Eudaimonia: felicidade. Como se dá a relação entre eles?
PATHOS
Homem: Dotado de Razão (capaz de dirigir sua vontade e agir) e Paixões (impulsos que o arrastam
passivamente);
Paixões: sentimentos, emoções, impulsos capazes de afetar, abalar, influenciar as escolhas e ações do
homem (ira, medo, amor);
Paixões são próprias da natureza humana. Contudo, não podemos nos deixar levar somente pelos desejos,
pelos impulsos. Devemos aprender a educar essas paixões.
VIRTUDE
Virtude: emprego da razão para identificar e escolher o meio termo das paixões.
A virtude é adquirida, e não um dom divino: ela é adquirida pela repetição de uma série de atos
sucessivos, ou seja, pelo hábito (pode ser ensinada).
A virtude deriva da prática da ação propriamente dita. Um sujeito só se torna bom, praticando atos bons,
só se torna justo, praticando atos justos.
Aristóteles defende que para que o homem alcance sua finalidade se faz necessário que ele desenvolva
sua virtude.
Virtude: fundamental para a vida do indivíduo.
VIRTUDE
Homem virtuoso: moderação e prudência.
Moderação das paixões: meio termo entre o excesso e a falta;
Ex. Coragem = meio termo equidistante entre a valentia ou a bravura desmedida e a covardia ou o medo;
Prudência: mediania é medida pela razão; cada ação deve ser realizada com certa prudência: é preciso
refletir, medir suas consequências.
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