PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL DA SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ANO XII - Nº 1 - JANEIRO/MARÇO 2017 Associação de Hipercolesterolemia Familiar: ações para 2017 • Debate • Cultura Anabolizantes e risco cardiovascular Hotéis exóticos ao redor do mundo Sumário 4 5 8 Editorial Destaque Associação de Hipercolesterolemia Familiar: ações para 2017 Em Debate Anabolizantes e risco cardiovascular 10 Cultura Hotéis exóticos ao redor do mundo 13 Inglês para Médicos 15 Regionais 16 Agenda 5 10 8 Editorial DIRETORIA DA SOCESP BIÊNIO 2016/2017 Presidente Ibraim Masciarelli Francisco Pinto Vice-Presidente João Fernando Monteiro Ferreira Maria Cristina Izar Diretora de Publicações SOCESP 1a Secretária Ieda Biscegli Jatene 2° Secretário Roberto Kalil Filho 1° Tesoureiro José Luiz Aziz 2° Tesoureiro Juan Carlos Yugar Toledo Diretor Científico Álvaro Avezum Junior Diretora de Publicações Maria Cristina de Oliveira Izar Diretora de Regionais Lilia Nigro Maia Diretor de Qualidade Assistencial Múcio Tavares de Oliveira Junior Diretor de Comunicação Ricardo Pavanello Diretor de Relações Institucionais e Governamentais Luciano Ferreira Drager Diretor de Promoção e Pesquisa Pedro Alves Lemos Neto Diretor do Treinamento de Emergências Agnaldo Pispico Coordenador de Pesquisa Otavio Berwanger Coordenador de Educação Virtual Pedro Silvio Farsky Coordenadores de Políticas de Saúde Edson Stefanini Jose Francisco Kerr Saraiva Coordenador de Memórias Alberto Francisco Piccolotto Naccarato SOCESP em Destaque é editado trimestralmente pela Diretoria de Publicações da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, Avenida Paulista, 2.073 – Horsa I, 15º andar, cj. 1.512, São Paulo/SP CEP 01311-300. Telefone: 11 3181-7429 Jornalista responsável Ana Carolina de Assis Atha Comunicação e Editora Tel/Fax: (11) 5087-9502 / 5579-5308 - [email protected] Coordenação editorial, planejamento, criação e diagramação E-mail: [email protected] O conteúdo dos artigos dessa publicação é de responsabilidade de seus autores, suas opiniões apresentadas não refletem necessariamente a opinião desta publicação. Toda correspondência deve ser enviada para Atha Comunicação e Editora, à R. Machado Bittencourt, 190 - 4º andar, São Paulo/SP, CEP: 04044-000. [email protected] 4 Prezado leitor, As publicações da SOCESP estão passando por uma fase de reestruturação, visando sua adequação a novas propostas, que trarão aos leitores a melhor informação em cardiologia aliada a um veículo atual e dinâmico. Em breve, teremos vídeos e entrevistas com os autores da Revista SOCESP disponíveis na versão online, estendendo-se além da versão impressa, como um canal entre a SOCESP, autor e leitor. Estamos buscando aprimorar nossas publicações e obter novos indexadores, trazendo mais qualidade à revista, tornando-a mais atrativa aos leitores. O SOCESP em Destaque, por sua vez, é uma publicação mais leve, com entrevistas sobre temas atuais ou polêmicos, highlights, seção de turismo e curiosidades, coluna de inglês para médicos e a agenda da Socesp, sendo disponível apenas na versão online. Nesta edição do SOCESP em Destaque entrevistamos Patrícia Vieira, Presidente da Associação Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar (AHF), que conta a trajetória dessa organização não-governamental, sua missão, engajada na conscientização de pessoas com HF, médicos, sociedade civil, governo, buscando orientar, divulgar e facilitar o acesso a medicamentos. A AHF é formada por uma diretoria e conselho científico e conta com projetos e ações para difundir os conhecimentos sobre a doença e a prevenção das suas complicações. Foi também destaque de departamentos a matéria sobre o uso de anabolizantes, como os esteroides androgênicos anabolizantes, por indivíduos que praticam atividades esportivas de forma recreativa ou profissional, em doses superiores às fisiológicas e suas consequências à saúde. Na coluna de turismo, hotéis em locais inusitados se mostram como opções ao turista que aprecia o exótico e gosta de se aventurar. Na coluna de inglês para médicos, o Professor Rick Silveira Mello entrevista o Dr. Felicio Savioli Neto sobre a participação reduzida de idosos em ensaios clínicos randomizados e a consequente extrapolação de resultados de indivíduos mais jovens à população geriátrica. Temos ainda a agenda trimestral da SOCESP, dos Departamentos com os principais eventos do período. Esperamos que o leitor desfrute desta edição. Boa leitura! Maria Cristina Izar Editora Chefe Destaque Associação de Hipercolesterolemia Familiar: ações para 2017 Patrícia Vieira Presidente da Associação de HF Graduação em Bacharelado e Licenciatura em Educação Física pela Escola de Educação Física e Esporte - USP e mestrado em Educação Física pela Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Obesidade, Diabetes e Metabolismo atuando principalmente nos seguintes temas: exercício e educação em diabetes. Responsável por 5 a 10% dos casos de eventos cardiovasculares em pessoas abaixo de 50 anos, a Hipercolesterolemia Familiar-HF é um desafio para a classe médica. Há pouco emergiu da classificação de doenças raras, sendo considerada uma das doenças hereditárias mais comuns para o aumento de eventos cardiovasculares. O risco de morte de um paciente com HF na forma heterozigótica não tratada chega a 50% nos homens e 12% nas mulheres. Pela importância do diagnóstico precoce e reconhecimento da doença foi fundada há cerca de dois anos a Associação de Hipercolesterolemia Familiar, com o objetivo final de aumentar o tratamento precoce e adequado, e reduzir significativamente o risco para os seus portadores. Hoje apoiada por médicos especialistas em seu conselho científico e formada por pacientes, familiares e profissionais interessados em HF, fomenta o propósito de levar a HF ao conhecimento da classe médica, dos profissionais de saúde e da população. “A HF era tida como uma doença de pele devido aos xantomas, e foi associada à morte prematura destas pessoas. Posteriormente verificou-se seu caráter genético hereditário. A HF é uma das doenças genéticas mais comuns e pode ser considerada um problema de saúde pública, pois chega a atingir 1:200 ou 1:300 indivíduos. Mesmo com todo o conhecimento produzido e novas tecnologias para seu diagnóstico e tratamento ela continua sendo subdiagnosticada e tratada. Para o poder público leva ao aumento dos gastos em auxílio doença, aposentadoria por invalidez, tratamento, medicamentos, além da perda da produtividade e A HF é geralmente reconhecida pela primeira vez por níveis elevados de LDL-C identificados em um teste de colesterol e outros sinais e sintomas. Além disso, os testes genéticos podem ser realizados para confirmar o diagnóstico. Uma mostra de sangue é recolhida de forma que o DNA possa ser isolado do núcleo dos leucócitos. Em seguida, o DNA é estudado. A HF é diagnosticada pela identificação do gene defeituoso do receptor de LDL. O teste genético envolve uma busca sistemática por defeitos genéticos em todo o gene do receptor de LDL no cromossomo 19. As pessoas portadoras do defeito de gene herdado terão HF. Os parentes próximos, pais, irmãos e filhos de alguém com HF, têm um risco de 50% de também ter herdado a HF. Realizar testes com membros da família é crucial para a detecção precoce da doença. 5 SOCESP EM DESTAQUE • JAN/MAR 2017 Destaque para famílias acometidas pela HF as perdas são intangíveis.”, esclarece Patrícia Vieira, Presidente da Associação de HF. Após alguns encontros educativos para pacientes com HF, promovidos pelo grupo HipercolBrasil (InCor-SP), percebeu-se a necessidade de criar uma espaço para abranger esse quadro, e assim em 21 de maio de 2014 a Associação foi fundada, estruturada pela diretoria executiva: presidente, vice-presidente, secretário, 1º secretário, tesoureiro; conselho científico (três médicos cardiologistas) e conselho fiscal (dois advogados e um profissional de educação física). Para cumprir a missão de conscientizar e incentivar a capacitação dos profissionais de saúde sobre a HF para que, precocemente, todas as pessoas que tenham HF possam ser diagnosticados e tratados adequadamente, a associação tem se dedicado a ações estratégicas de divulgação. O dia mundial da HF em 24 de setembro, e o dia nacional de combate ao colesterol em 8 de agosto tiveram projeção midiática. Nestes eventos, são realizadas aferições do colesterol e educação nutricional, além de convites à participação da associação. “Nossos eventos são preparados com muito carinho e organizados para que o paciente tenha contato direto com os maiores nomes da área no tratamento da Hipercolesterolemia Familiar.”, acrescenta a Presidente. Canais de comunicação foram criados para levar informação de qualidade sobre este importante cenário. A newsletter e o blog estão focados no desenvolvimento de conteúdo esclarecedor para atualização, sempre respaldado pelo conselho científico. O facebook e o twitter estão ativados buscando a abrangência dos temas propostos e a abertura dinâmica com os pacientes e associados, bem como o email [email protected], que dispõe da equipe para responder todos os anseios e dúvidas. Já o ano de 2017 será voltado aos associados, haverá foco no preparo de temas sobre o paciente e suas necessidades, em conjunto com centros de referência, visando aprimorar o olhar ao paciente com HF. “Queremos saber se estão a aderindo ao tratamento, quais seus anseios e como podemos ajudá-los de forma eficiente e eficaz. Para isto, temos projetos em andamento, que Desde 2006 trabalha como voluntária na ADJ-Diabetes Brasil, atuando como educadora em diabetes. Ao descobrir que era portadora de HF, assim como seus filhos, buscou transferir todo o trabalho de empoderamento com os pacientes de diabetes e seus familiares, insistentemente realizado na ADJ, para a Hipercolesterolemia Familiar. Acredita que o trabalho bem como a estrutura de mais de 30 anos da ADJ-Diabetes Brasil pode servir de exemplo à Associação de HF impulsionando-a aos seus objetivos. dependem de patrocínio e doações para serem realizados, entre eles: educar o paciente com encontros educativos na ADJ-Diabetes Brasil; Web-conferências em nosso site com grandes nomes da área; além da elaboração de ebook.”, revela Patrícia. O papel da família A AHF percorre famílias, por isso todos devem ser diagnosticados. É uma doença genética dominante e que se torna mais grave quando ambos os pais possuem seu gene. Por isso é necessário o aconselhamento genético. A mudança na alimentação é a primeira etapa para a redução do colesterol, mesmo não sendo suficiente para HF sem a utilização do medicamento, uma alimentação saudável e a prática de atividade física auxiliam no equilíbrio funcional do organismo trazendo bons resultados na colesterolemia, além de evitar outras doenças como obesidade, diabetes e hipertensão. Portanto, a família precisa participar de um estilo de vida saudável. 6 SOCESP EM DESTAQUE • JAN/MAR 2017 Destaque O que o paciente de HF deve saber? - A suspeita da doença aparece quando os valores do LDL estão: • Acima de 190 mg/dL • Colesterol total maior que 310 mg/dL em adultos • Colesterol total maior que 230 mg/dL em crianças e adolescentes com menos de 19 anos - A HF é tratável, o quanto antes melhor! - Há medicamentos disponíveis para tratamento, inclusive na rede pública. - O medicamento é para a vida toda, o abandono do tratamento traz consequências. - Esteja ciente dos valores do seu colesterol para que haja uma conversa franca entre médico e paciente sobre seu tratamento e de sua família. Sobre a farmácia popular Como a mudança do programa Farmácia Popular pode afetar os pacientes de HF e qual a orientação da AHF para que os associados continuem a ter acesso aos medicamentos? Os medicamentos disponíveis neste programa não contemplam todo o tratamento para hipercolesterolemia familiar conforme sua gravidade. Portanto, as pessoas em tratamento, que não atingem suas metas, precisam entrar com pedido administrativo, feito pelo médico, para estatinas mais potentes entre outros medicamentos complementares, e nos casos mais graves, recorrerem a medicamentos de última geração já aprovados pela ANVISA. Esta decisão cabe ao médico especialista. Segundo o ministério da Saúde, para evitar fraudes, a partir de 4 de Janeiro de 2017, houve a inclusão da idade para os critérios de obtenção dos medicamento, incluindo-se para os de dislipidemias, que não serão liberados para pessoas com 35 anos ou menos. As pessoas deste grupo devem ligar para o disque saúde e escolher a opção “Farmácia Popular”, com o pedido médico em mãos, que deve ter o código da doença (E78.00), RG e CPF, solicitem a liberação do seu CPF, ou do seu filho para a obtenção do medicamento. Segundo o próprio disque saúde, não há previsão para a liberação (protocolo de atendimento número 1901984, data 06/03/2017). Segue o link dos medicamentos disponíveis na farmácia popular (acesso 6/03/2017) http://portalsaude.saude.gov.br/ i ndex .php/o -m i n i st er io/ pr i nc ip a l / leia-mais-o-ministerio/345-sctie-raiz/ daf-raiz/farmacia-popular/18030-quaismedicamentos-fazem-parte-do-programa Associe-se! Ajude a Associação a se tornar mais forte para poder representar os pacientes. Uma sociedade civil organizada é o melhor caminho para os pacientes serem ouvidos pelo poder público. Para ser um associado basta entrar no site http://ahfcolesterol.org e preencher o formulário. O grupo HipercolBrasil faz o exame genético naqueles com suspeita de Hipercolesterolemia Familiar, LDL-colesterol maior ou igual a 210mg/dL e história de doença cardíaca na família. Se este for o seu caso, entre em contato com o InCor pelo e-mail [email protected] enviando como anexo uma cópia ou foto do seu exame de colesterol junto com um número de contato telefônico. A AHF apoia os centros de pesquisas em HF e incentiva sua participação para melhoria do diagnóstico e tratamento da doença. • UNIFESP - Ambulatório de Dislipidemias Genéticas - Setor de Lípides, Aterosclerose e Biologia Vascular Rua Loefgren, 1350, Vila Clementino, São Paulo, SP, CEP: 04040-001/Fone: VOIP – 55764961. • Diagnóstico genético - Laboratório de Biologia Molecular e Diagnóstico de Doenças Lisossomais do Prof. João Bosco Pesquero - Rua Pedro de Toledo, 669 - 9.º andar - Vila Clementino, São Paulo, SP/Fone: 5576-4848 ramal 1314. A palavra patologia significa estudo da doença, para quem vê a palavra desta maneira, fica estranho falar sobre “pessoas que têm esta patologia” (pessoas que tem o estudo da doença). Por isto, não utilizamos esta palavra. Outra palavra, há anos, utilizada é portador, palavra pesada, em inglês “carrier” (nós carregamos um RG, uma bolsa, difícil carregar uma doença). Por sermos uma associação de pacientes, tiramos esta palavra, pois somos pessoas que tem uma doença, que convivem com uma doença. Trazendo a pessoa como sujeito e não a doença. Chegamos assim ao tratamento multi, inter e transdisciplinar do paciente visto como pessoa. Continue visitando o site para aprender mais sobre a HF. Leve esta notícia ao seu médico. Espalhe que a HF é tratável, quanto mais cedo diagnosticada, melhores serão os resultados. 7 SOCESP EM DESTAQUE • JAN/MAR 2017 Em Debate Anabolizantes e risco cardiovascular Marcelo Rodrigues dos Santos Doutor em Ciências na Área de Cardiologia-FMUSP, Pós-doutorado pela Universidade de Göttingen, Alemanha, Professor de Educação Física e Pesquisador Científico do Instituto do Coração (InCor) A utilização de recursos ergogênicos na prática esportiva é uma conduta comum entre atletas profissionais e recreativos. Dentre esses recursos, muitos atletas lançam mão de produtos como suplementos alimentares, tais como proteínas e carboidratos. Entretanto, a procura por substâncias que possam trazer resultados mais expressivos não se limita apenas a substratos proteicos e energéticos. Nesse contexto, alguns praticantes de modalidades como a musculação e esportes que exigem maior força muscular, passam a utilizar hormônios que potencializam a hipertrofia muscular esquelética. Dentre os hormônios mais utilizados para esse fim, destacam-se o hormônio do crescimento (GH) e os esteroides androgênicos anabolizantes (EAA) derivados da testosterona. Os EAA são substâncias sintéticas similares à testosterona com alta propriedades anabólica e androgênica. Sua ação é mediada por receptores androgênicos presentes em diversos tecidos do corpo, incluindo o músculo esquelético. Alguns estudos têm demonstrado que uso terapêutico de EAA (em doses fisiológicas) em homens com hipogonadismo, apresenta resultados positivos na capacidade de exercício e força muscular, sem apresentar efeitos colaterais significativos.1 No entanto, quando a utilização de EAA ultrapassa a dose fisiológica recomendada, os 8 SOCESP EM DESTAQUE • JAN/MAR 2017 Em Debate efeitos colaterais, principalmente sobre o sistema cardiovascular, parecem repercutir de maneira indesejada. Diversos estudos demonstraram que o uso exacerbado de EAA altera o perfil lipídico, com aumento dos níveis de LDL-colesterol e redução expressiva dos níveis de HDL-colesterol. 2 Essa alteração parece estar relacionada principalmente com o uso oral de ésteres de testosterona, uma vez que o EAA será metabolizado diretamente no fígado. Outra alteração que chama a atenção é o aumento da pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) em repouso em indivíduos jovens usuários de EAA. Nosso grupo publicou um estudo que demonstrou que esse aumento da PAS e PAD fica exacerbada também ao longo de 24 horas, avaliado pela monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA de 24 horas).2 Nesse estudo, observamos também que a atividade nervosa simpática muscular (ANSM) estava aumentada em usuários de EAA. Esse aumento da ANSM apresentou forte associação com o aumento da pressão arterial de 24 horas. Portanto, alterações do controle autonômico podem influenciar na resposta hemodinâmica e, consequentemente, expor indivíduos jovens a um maior risco cardiovascular. Em um outro estudo, nós mostramos que a frequência cardíaca de recuperação (FCR) após teste cardiopulmonar máximo também estava prejudica em usuários de EAA.3 A FCR é um importante marcador de reativação vagal após esforço máximo. Em conjunto, esses achados nos mostram que: 1. Usuários de EAA apresentam aumento da ANSM e 2. Uma redução importante da atividade nervosa parassimpática. A influência do uso de EAA sobre algumas alterações cardiovasculares ainda são conflitantes na literatura. Alguns estudos apontam para alterações da estrutura e da função cardíaca em jovens usuários de EAA, enquanto outros estudos não demonstraram tais alterações. Por outro lado, um dos efeitos mais frequentes observados com o uso crônico de EAA são as alterações vasculares. O EAA reduz a vasodilatação em atletas jovens, o que pode estar associado a uma disfunção endotelial.2 Por exemplo, o fluxo sanguíneo mediado após hiperemia reativa (5 minutos de oclusão sanguínea no braço) é menor em usuários de EAA quando comparado a atletas sem o uso deste recurso. Esta menor vasodilatação também pode contribuir para o aumento da resistência vascular periférica com consequente aumento da pressão arterial. Na literatura, é possível encontrarmos estudos de casos que correlacionam o uso indiscriminado de EAA com morte súbita. Em sua maioria, esses estudos apontam para causas como infarto agudo do miocárdio, desencadeado por coágulos e/ou trombos na artéria coronária. Infelizmente, os estudos se baseiam em casos isolados, o que não nos permite até o momento, afirmar causa e efeito do uso de EAA com placas de aterosclerose ou trombo. Portanto, estudos populacionais ainda são necessários para determinarmos esse desfecho e entendermos melhor o risco do uso frequente e exagerado de EAA em atletas jovens. REFERÊNCIAS 1. Spitzer M, Huang G, Basaria S, Travison TG, Bhasin S. Risks and benefits of testosterone therapy in older men. Nat Rev Endocrinol. 2013;9(7):414-24. 2. Alves MJ, Dos Santos MR, Dias RG, Akiho CA, Laterza MC, Rondon MU, et al. Abnormal neurovascular control in anabolic androgenic steroids users. Med Sci Sports Exerc. 2010;42(5):865-71. 3. Dos Santos MR, Dias RG, Laterza MC, Rondon MU, Braga AM, de Moraes Moreau RL, et al. Impaired post exercise heart rate recovery in anabolic steroid users. Int J Sports Med. 2013;34(10):931-5. 9 SOCESP EM DESTAQUE • JAN/MAR 2017 Cultura Hotéis exóticos ao redor do MUND Mais que uma viagem turística, as pessoas também buscam experiências, inesquecíveis de preferência. Alguns hotéis estão levando a vontade do público a sério e oferecendo hospedagens totalmente inusitadas. Para aqueles que estão em busca do exótico sem abrir mão do luxo, esses destinos podem oferecer uma vivência única. Aliás, singularidade é o princípio desses empreendimentos. Pode parecer difícil imaginar dormir em um quarto feito de gelo, que lembra o filme de ficção científica Tron, um hotel voador ou no topo de uma árvore, e até jantar debaixo d’água em um restaurante inteiro de vidros; além da imaginação, é possível presenciar. Simplesmente a 40 metros de profundidade, o Poseidon Resort está localizado na lagoa de Fiji e é o hotel subaquático mais completo do mundo. O hospede tem à sua disposição biblioteca, teatro e um campo de golfe com nove buracos, junto com um campo de tênis. O acesso é feito por meio de elevadores. Se o mar é o seu lugar, a beleza das Ilhas Maldivas pode ser o complemento. O Conrad Rangoli Hotel conta com restaurante submerso todo de vidro. Já as acomodações, ficam a cargo de pequenas ilhas que são as 50 villas de água, 79 villas de praia e as 21 villas spa água, todas com tratamentos especializados. Os vidros agora são em terra firme. Conrad Rangoli Hotel Poseidon Resort Os andares são divididos como santuários, cada um equipado com a sua própria piscina. Localizado na Suécia, o Tron Themed Hotel pode ser considerado o hotel de gelo. Tudo lembra o filme Tron e, sim, tudo é de gelo, até a cama. E apesar de parecer “gelado”, os espaços foram projetados para o baixo consumo de energia com iluminação. Ainda falando em gelo, o White Pod Hotel, nos Alpes Suíços, fica a uma altura de 5.600 pés do nível do mar e é acessível somente por esqui ou a pé. 10 SOCESP EM DESTAQUE • JAN/MAR 2017 Cultura White Pod Hotel Cinco estruturas em formato de cúpulas formam os 24 quartos, compostos por toques luxuosos. Seguindo na contramão de todos esses, o sueco Treehotel in Harads fica no tronco de uma árvore. A ideia é levar os hospedes para a vida selvagem, mas claro que em uma visão panorâmica, afinal, o luxo e o conforto estão presentes em todos os pontos. A suíte é revestida por espelhos e o efeito de camuflagem completa a estrutura. As janelas são seladas com um adesivo especial que garante o fluxo de ar, mas não permite que as aves entrem no quarto. Para chegar até lá, no entanto, é preciso um pouco de preparo físico! O acesso é feito por cordas, mas existem escadas para os despreparados. Treehotel in Harads Sem nenhuma dificuldade, o Jade Mountain Resort entra para a lista de excêntricos. Localizado em Santa Lucia no Caribe, é todo transparente e conta com vista panorâmica para as montanhas Gros & Petit. O diferencial de Kelebek é ser esculpido em uma caverna natural, com 31 quartos, todas as acomodações são mobiliadas com itens feitos à mão a partir de rochas naturais. Se o nível de aventura ainda não atingiu o seu, aqui segue mais uma opção, a proposta é ousada: um hotel voador. O conceito é prometido pela empresa norte-americana Worldwide Aeros Craft, o resultado de 25 anos de trabalho tem lançamento do Flying Luxury previsto para dentro de um ano. Um dirigível híbrido, capaz de se locomover mais rápido que o ar e de comportar uma estrutura de hotel voador, pode ser o futuro dos cruzeiros de luxo. O modelo de veículo, chamado Aeroscraft ML866, terá espaço para 180 passageiros e suportará 20 toneladas de peso. A nave-hotel mede quatro mil metros quadrados, o equivalente a dois campos de futebol, atinge a velocidade máxima Jade Mountain Resort 11 SOCESP EM DESTAQUE • JAN/MAR 2017 Cultura Deserto do Atacama de 280km/h e pode atravessar transversalmente os Estados Unidos em cerca de 18 horas. A estrutura que flutua pelo ar terá, em seu interior, quartos de luxo, lounges, restaurantes, salas de conferência e até teatro e cassino. O dirigível foi projetado para voar em qualquer situação climática, e poderá se manter no ar por longos períodos. Sua sustentação é 70% garantida pelo gás hélio, elemento com o qual é preenchido, e também pelo seu formato. A locomoção será feita por seis motores a jato. Um destino exótico e precioso aqui no nosso continente é o deserto do Atacama, no Chile. Uma das regiões de ar mais puro e com menos iluminação artificial do planeta, que facilita a observação astronômica. Os extremos da natureza podem se manifestar no mesmo dia. A temperatura pode variar dos 40o Celsius até marcas negativas nos termômetros em menos de 24 horas, num cenário único no mundo. O lugar mais seco da Terra está espremido entre o Oceano Pacífico e a Cordilheira dos Andes e as rochas e areia tomam grande parte do lugar. A água é uma raridade por aqui. Estar no deserto do Atacama é quase como viajar para Marte, já que, de acordo com os cientistas da Nasa, é o lugar da Terra mais parecido geologicamente com o planeta vermelho. Os seus vulcões e gêiseres tornam a paisagem ainda mais próxima de um filme de ficção científica. O céu límpido, por causa da falta de nuvens, é um dos principais lugares de observação do espaço. Gêiseres Pioneiro em experiências de viagem em lugares remotos do sul da América, o Explora Hotel em Atacama traduz um conceito de acomodação em São Pedro de Atacama, misturando conforto, natureza, liberdade e experiências. Diárias incluem várias atividades ao ar livre: trekking, biking, cavalgadas. Um programa completo para que você possa explorar o deserto e sua cultura. Os caminhos e construções que circundam o hotel foram preservados e formam um interessante labirinto que o convidamos a percorrer. O traçado original do terreno foi respeitado e algumas de suas construções foram restauradas e mantidas pelo Explora. Conta com 50 apartamentos dispostos em três grandes naves, que, entre elas, formam uma praça de imensas árvores de sombras generosas. Completando o contorno desta praça, uma quarta nave abriga os espaços comuns. De suas amplas sacadas é possível admirar um vasto cordão montanhoso vulcânico do Atacama. Para completar uma aventura inesquecível, no início de 2008, foi inaugurado o observatório, para compartilhar a experiência de explorar o céu da noite de Atacama, um dos mais claros na Terra. Explora Hotel em Atacama 12 SOCESP EM DESTAQUE • JAN/MAR 2017 Inglês para médicos INGLÊS PARA MÉDICOS Ricky Silveira Mello Traduções e versões, revisão de Medical Papers, aulas de conversação e estrutura gramatical, tradução de teses. Mobile: (11) 9 9946 6361 [email protected] Dear readers, this time we invited dr. Felicio who wrote a very interesting subject about the elderly. I am sure you will enjoy it. ELDERLY IN CARDIOLOGY TRIALS 1 The cut‑off age for elderly in Brazil is 60 years, a low life expectancy compared to developed countries, also age for retirement. However, increasing life expectancy of the Brazilian population may in the future point toward upsurge in the cut‑off age for the elderly in Brazil. Gerontologists have defined elderly sub‑groups as young‑old (65–74 years), middle‑old (75–84 years), and very old (≥85 years). Approximately 17 million Brazilians are currently 65 years or older, and this number is expected to reach 54 million by 2040, representing more than 17% of the Brazilian population. The average life expectancy of Brazilians increased 2 years in less than two decades, from 70.5 years in 2000 to 72 years in 2016. 2 The implications of the demographic shift for the prevalence and socioeconomic burden of cardiovascular disease for our society are enormous. Although persons aged ≥65 years represent only about 8.2% of the Brazilian population, they consume nearly one‑third of all medications. With a few exceptions, cardiovascular disease is a disease of aging. 3 The prevalence of cardiovascular disease (CVD) increases progressively with age, and persons aged 65 and older Dr. Felicio Savioli Neto Cardiogeriatria do Instituto Dante Pazzanese account for more than half of all cardiovascular hospitalizations and procedures, as well as approximately 80% of all cardiovascular deaths. Although people aged 75 and older account for only approximately 6% of the total population, more than 50% of cardiovascular deaths occur in this age group. Currently, 1 out of 2 patients in the cardiologist’s waiting room is 60 years old or more, and in the same way, 1 out of 2 elderly people in the geriatrician’s waiting room has some cardiovascular disease. Coronary artery disease, hypertension, stroke, atrial 13 SOCESP EM DESTAQUE • JAN/MAR 2017 Inglês para médicos fibrillation, heart failure, and aortic valvular disease all become more common every decade, which is likely attributable to a combination of fundamental biological changes, cumulative effects of lifestyle, and comorbidities. Outside the CV system, multimorbidity (≥2 concurrent diseases) is present in the overwhelming majority of older adults. There is a well-established relationship between an increasing number of these conditions with adverse outcomes including hospital readmission, disability, and death. Numerous scenarios from everyday clinical practice illustrate the influence of multi morbidity on CV management: for example, weighing the risk of contrast-induced nephropathy in a patient with chronic kidney disease undergoing PCI; or considering the benefits of an implantable cardioverter defibrillator (ICD) for systolic heart failure in a patient with cancer. The application of evidence-based guidelines is limited in patients with multi morbidity, since many landmark clinical trials excluded these individuals. 4 Despite the high prevalence, morbidity, and mortality of CVD in older adults, most randomized clinical trials have explicitly excluded older adults or have enrolled only relatively healthy older adults with few comorbidities or functional impairments. As a result, the generalizability of the results of most major clinical trials to older adults, especially those aged 75 and older with multi morbidity, is uncertain. Moreover, because of age-related changes in cardiovascular structure and function coupled with changes in other organ systems, including the kidneys, liver, skeletal muscle, and brain, older adults are at a greater risk of complications related to pharmacological and non pharmacological interventions. It therefore should not be assumed that outcomes reported in clinical trials involving younger and healthier participants are applicable to older adults, who have fundamental differences in risks and potential benefits of diagnostic, therapeutic, and preventive interventions. Furthermore, few clinical trials have assessed outcomes important to older adults, such as quality of life, maintenance of independence, and physical and cognitive function. Current evidence-based practice guidelines have inherent gaps in providing recommendations for treating older adults with CVD, the majority of whom would not have been eligible for participation in most of the major clinical trials. smaller numbers of elderly patients, there is little evidence to suggest a lack of benefit of established therapy in older patients. Among the possible reasons to explain this frequent exclusion from clinical trials include multiple comorbidities, poly pharmacy, more at risk for adverse reactions, life expectancy, less capable of adhering to research protocols than their younger counterparts, cognitive dysfunction, fragility, recruitment barriers (such as problems with transportation and difficulties with the access to testing locations), consequently, a lack of age-specific clinical trial evidence is frequently cited for this practice. Elderly patients with cardiovascular disease are frequently underdiagnosed and poorly treated with lack of evidence base cited as supporting rationale. While most clinical recommendations are based on patterns of morbidity and mortality, the concerns of geriatric patients may change to include or even prioritize qualitative and/or functional goals. Thus, so-called “evidence-based” reasoning does not take into account the dimensions of multi morbidity, poly pharmacy, symptomatic status, fragility, avoidance of dependence and maintenance of independence, individual objectives and/or other issues inherent to the reality of many geriatric patients. 6 Although older adults with CVD are at a greater risk of adverse outcomes, including death, such that the absolute benefit of effective therapeutic interventions is potentially greater than in younger individuals, older adults are also at a greater risk of complications arising from pharmacological agents, diagnostic, and therapeutic procedures. Thus, there is a fundamental shift in the balance between risk and benefit in older adults that has been inadequately addressed in clinical trials and that must be considered on an individualized basis. This scientific statement summarizes vital knowledge and evidence gaps relevant to common CVDs with high prevalence in older adults. To overcome these deficiencies, there is a critical need for large population based studies, examination of registries (e.g., PINACLE, National Cardiovascular Data Registry, AHA Stroke Registry) and existing databases (e.g., Medicare and Veterans Affairs databases), interrogation of “big data” derived from electronic health records, and clinical trials using novel study designs that incorporate person-centered outcomes relevant to older adults and, most importantly, include a broad mix of older adults typical of those seen in clinical practice. 5 In systematic review of the five medical journals that are most widely cited, was observed that fifty-three percent of the clinical trials excluded persons over the age of 65. The exclusion percentage increased to 72% for those over the age of 75. Typically, clinical trials conducted in adult population include patients between the ages of 18 and 64 years. However, drugs should be studied in all age groups and trial participants should be representative of the patient population receiving the therapy in daily medical practice. For example, heart failure is predominantly a disease of the elderly with a mean age of 70 years at presentation. Prevalence also rises dramatically with age, from 1–2% among individuals aged 45–54 years to 10% among those aged over 75 years. Although randomized trials have included 14 SOCESP EM DESTAQUE • JAN/MAR 2017 Regionais REGIONAL ABCDM As tradicionais discussões de Casos Clínicos aconteceram na Pizzaria San Marco, em 9 de fevereiro e em 09 de março na Forneria Itália. Café e Vinho & Coração: Aspectos Clínicos foi o tema discutido pelo Dr. Luiz Antonio Machado César em 23 de fevereiro no evento realizado no Restaurante Baby Beef. No mesmo local, em 21 de março o tema abordado foi Diabetes Tipo 2 e Doenças Cardiovasculares: Mecanismo Definindo Tratamentos pelo Dr. João Eduardo Nunes Salles. REGIONAL ARAÇATUBA Controversas das diretrizes de hipertensão: qual devemos seguir? foi o tema que o palestrante Dr. Flávio Antonio Borelli trouxe para ser discutido em evento realizado na Churrascaria Terra do Boi. REGIONAL ARARAQUARA Aconteceu em 25 de março no Hotel Fazenda Salto Grande a palestra do Dr. Ricardo Pavanello sobre Dilemas no tratamento da síndrome coronaria aguda: novos anti-agregantes plaquetários – novos anti-orais. REGIONAL BAURU Casos Clínicos em Arritmias Cardíacas foi o tema discutido no Restaurante Marchante Butcher e Grill pelo Dr. Roberto Chaim Berber. Em 23 de março aconteceu no Astron Hotel Bauru a palestra Cardiopatia e gravidez ministrada pela Dra. Walkíria Samuel Avila. REGIONAL BOTUCATU Síndrome coronariana aguda na sala de emergência foi o tema da palestra no Anfiteatro de Patologia UNESP Botucatu, em 30 de março pelo Dr. Henrique Ribeiro. REGIONAL CAMPINAS Inibidores da PCSK9 na prática clínica foi o tema abordado no SMCC, em 14 de março pelo palestrante Dr. Marcelo Chiara Bertolami. REGIONAL JUNDIAÍ Foi realizada em 15 de março, no Hotel Ibis Jundiai a palestra sobre Atualização em Tratamento Percutâneo de Doença Coronariana pelo Dr. Marcelo Cantarelli. REGIONAL MARILIA Dr. Jose Francisco Kerr Saraiva realizou em 4 de março a palestra sobre Coração e Diabetes na APM Marilia. REGIONAL PIRACICABA Aconteceu em 9 de fevereiro a Discussão de Casos Clínicos, na Florença Pizzas e Massas. Foram realizadas na APM Piracicaba dia 22 de março as palestras sobre os Desafios da Cirurgia Cardíaca no Século XXI ministrada pelo Dr. Noedir Antonio Groppo Stolf e Como reconhecer os sintomas de uma doença grave como infarto pelo palestrante Dr. José Francisco Keer Saraiva. Em 28 de março a palestra foi do Dr. Celso Amodeo sobre Hipertensão resistente: como avaliar causas secundária. REGIONAL SANTOS Emergências em cardiologia foi o tema abordado pelo Dr. Múcio Tavares de Oliveira Jr. no dia 25 de março na APM SANTOS. REGIONAL SÃO JOSÉ DO RIO PRETO Aconteceu em março o XVI Curso de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular em Cardiopatias Congênitas. Foram abordados importantes temas como Comunicação interatrial, Comunicação interventricular e Tetralogia de Fallot apresentados pelo Prof. Dr. Sírio Hassem Sobrinho e Defeito do septo atrioventricular, Persistência do canal arterial, Transposição das grandes artérias, Coarctação de Aorta e Coração com fisiologia univentricular pelo Prof. Dr. Carlos Henrique de Marchi. REGIONAL SOROCABA Foi realizado em 16 de fevereiro no Hospital Unimed a discussão de Casos Clínicos com o palestrante Dr. Fernando Figuinha. Métodos Gráficos na Prática Clínica foi o tema abordado pelo Dr. Luis Miguel Gaspar Henriques em evento realizado no Sorocaba Park Hotel em 2 de março. REGIONAL VALE DO PARAÍBA Em 9 de fevereiro houve a palestra da Dra. Elizabeth Santos, na Santa Casa SJC com o tema Estratificação de Risco das Síndromes Coronarianas Agudas na Sala de Emergência. Em março o tema abordado no Novotel, dia 9 foi AVCI criptogênico - o que o neurologista e o cardiologista enxergam? pelos palestrantes Dr. Alexandre Pieri e Dr. Eduardo Costa. No dia 23, no Hotel Areia Branca, o tema abordado pelo Dr. Pedro Henrique Mendes Duccini foi Abordagem prática da doença coronariana aguda - casos práticos com manequim. 15 SOCESP EM DESTAQUE • JAN/MAR 2017 Agenda ABRIL REGIONAL ABCDM 13/04 – 20h00 às 22h00 Casos clínicos Cantina Fratelli D’itália 27/04 – 19h30 às 22h00 As imagens na tomada de decisões na revascularisação miocárdica Restaurante Baby Beef REGIONAL ARAÇATUBA 07/04 Diagnóstico e novos tratamentos das dislipidemias e dislipimia familiar REGIONAL BAURU 26/04 – 20h00 às 21h30 Casos clínicos em valvopatias Restaurante Marchante Butcher e Grill Palestrante: Dr. João Carlos Hueb PROGRAMAÇÃO 08h00 às 08h30 – Inscrições 08h30 às 08h40 – Abertura 08h40 às 09h40 – Discussão de Caso Clínico Debatedores: Dr. Marcelo Garcia Leal - Dr. Oswaldo Cesar de Almeida Filho - Dr. Ibraim Masciarelli Pinto - Dra. Maria Fernanda Braggion Santos - Dr. Igor Matos Lago 09h40 às 10h40 – Angio CT de Coronárias e RNM Cardíaca: o que o Cardiologista precisa saber. Palestrante: Dr. Ibraim Masciarelli Pinto 10h40 às 11h00 – Coffee Break 11h00 às 12h00 – Discussão de Caso Clínico Debatedores: Dr. Moysés de Oliveira Lima Filho - Dr. Renato Barroso Pereira de Castro - Dr. André Schmidt - Dr. Henrique Turim - Dra. Fabiana Marques 12h00 às 12h30 – RNM Cardíaca como preditor de morte súbita. Palestrante: Dr. André Schmidt REGIONAL SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 09/05 Febre reumática e valvopatias: panorama atual 01/04 – 08H00 às 12H00 Hotel Nacional Plaza Inn Dislipidemia: o que há de novo? PROGRAMAÇÃO 08h00 às 08h45 – Inscrição no Local 08h45 às 09h05 – Abertura (Dra. Adriana Belline) 09h05 às 09h45 – Tratamento Atual das Dislipidemias, para quem e como? Palestrante: Dr. Raul Dias dos Santos Filho 09h45 às 10h00 – Perguntas / Discussão 10h00 às 10h20 – Coffee Break 10h20 às 12h00 – Discussão de Casos Clínicos REGIONAL FRANCA REGIONAL SOROCABA 01/04 Cardiogeriatria: peculiaridades da abordagem terapêutica na insuficiência cardíaca e hipertensão arterial 06/04 – 19h30 às 21h30 Discussão de casos clínicos Pio Montes Restaurante e Pizzaria Palestrante: Dr. Pericles Sidnei Salmazo 27/04 Novos anticoagulantes orais: o que todo cardiologista precisa saber REGIONAL CAMPINAS 11/04 Abordagem atual da síndrome coronariana aguda REGIONAL PIRACICABA 11/04 – 19h30 às 21h30 Discussão de casos clínicos Florença Pizzas e Massas REGIONAL VALE DO PARAÍBA 25/04 – 19h30 às 21h30 Miocardites da doença de Chagas, à dengue e chikungunya Palestrante: Dr. Reinaldo Bulgarelli Bestetti 27/04 Atendimento de emergência pré-hospitalar 06/04 Fibrilação Atrial - do diagnóstico ao ambulatório - atualidades DEPARTAMENTO ENFERMAGEM REGIONAL RIBEIRÃO PRETO 01/04 – 08h00 às 12h00 Imagem em cardiologia baseada em casos clínicos 11/04 Curso de ventilação mecânica para enfermeiros Coren SP 16 SOCESP EM DESTAQUE • JAN/MAR 2017 Agenda MAIO PRESIDENTE PRUDENTE REGIONAL VALE DO PARAÍBA 08, 09 e 10/05 Jornada do Coração 25/05 Abordagem terapêutica das valvopatias aórtica e mitral REGIONAL MARILIA REGIONAL FRANCA 13 ou 20/05 confirmar Discussão de casos clínicos 27/05 Estimulação cardíaca artificial: “prevenção de morte súbita e terapia de ressincronização: o que há de novo?” REGIONAL BOTUCATU 25/05 Discussão de casos clínicos JUNHO REGIONAL JUNDIAÍ VALE DO PARAÍBA 14/06 Atualização em insuficiência cardíaca 29/06 Panorama atual da insuficiência cardíaca REGIONAL VALE DO PARAÍBA 01/06 Cardioncologia – prevenindo e tratando a cardiotoxicidade – qual o papel do cardiologista? Confira a pontuação CNA: Hemodinâmica e cardiologia intervencionista - 10 pontos Eletrofisiologia clínica invasiva - 10 pontos Ecografia vascular com doppler - 10 pontos Medicina de urgência - 10 pontos Angiorradiologia e cirurgia endovascular - 10 pontos Ecocardiografia - 10 pontos Cardiologia pediátrica - 10 pontos Cardiologia - 15 pontos Cirurgia cardiovascular - 10 pontos Geriatria - 10 pontos Cirurgia geral - 5 pontos Cirurgia torácica - 10 pontos Cirurgia vascular - 10 pontos Clínica médica - 10 pontos Ergometria - 10 pontos http://socesp2017.com.br SOCESP EM DESTAQUE • JAN/MAR 2017 17