Trabalho de Biologia sobre HIVAIDS Prof: César Fragoso Grupo: Arthur Mello nº2 Fernando Rodrigues nº12 Lucas Fratini nº24 Raffi Aniz nº32 Raúl Cué nº34 Victor Sant’Anna nº 35 Vinicius Dutra nº36 Tópicos que Abordaremos ao longo do Trabalho • • • • • • • • • Agente Causador Ciclo Viral Profilaxia Meios de Contaminação Sintomas e Fases Tratamentos Dados Epidemiológicos Entrevista com Marcia Sant’Anna Campanha de Conscientização Como é formado o HIV? Uma cápsula protéica esférica com RNA. A cápsula é formada por lipídios cheios de glicoproteína. Possui RNA, proteínas e enzimas em seu interior. O HIV tem muitos genes que codificam proteínas estruturais. Há cinco, três deles característicos de qualquer retrovírus( gag. , pol. , env. ), e outros dois exclusivos do HIV ( tat. , rev. ). O mais importante é o pol. Características principais: É o chamado retrovírus, graças à ação da enzima transcriptase reversa. O gene pol. codifica a síntese de enzimas ativas no vírus, entre elas, a transcriptase reversa, a integrase e a protease. A proteína mais externa dele encaixa-se na CD4, presente também no linfócito T4, CD4+ ou auxiliar. Está presente em dois tipos, o HIV 1 e o HIV 2, cada um com diversos subtipos, sendo o 1 mais comum no mundo todo O vírus é mutante, ou seja, não possui enzimas que possam corrigir erros de mutação, fazendo que produza novos vírus, tornando difícil a cura da doença. Esquema da anatomia do vírus da AIDS O encaixe das glicoproteínas (gp120) com a superfície do linfócito T4. A fusão da cápsula do vírus com a membrana da célula, com penetração do material genético viral no citoplasma. Com a transcriptase reversa, o RNA sintetiza uma molécula de DNA e é destruído. O DNA produz uma nova molécula de DNA que lhe é complementar, formando com ele uma dupla cadeia. A dupla cadeia de DNA( provírus) se integra ao cromossomo da célula, com a ajuda da enzima viral integrase. Junto com o DNA celular, o DNA viral comanda a síntese de novas moléculas de RNA viral, que deixam o núcleo da célula. O RNA viral comanda a síntese de capsídeos e enzimas virais, que formam novos vírus. Estes componentes migram para superfície da célula, onde se formam novos vírus. Assim, milhares de novos vírus são liberados da célula, causando sua destruição. O sistema imunológico é um conjunto de estruturas (entre elas, os linfócitos) que são responsáveis por garantir a defesa e por manter o corpo funcionando livre de doenças. Os linfócitos são células muito diferenciadas e podem ser divididas em células do tipo B e do tipo T. O HIV infecta as células do sistema imunológico, especialmente as células T, levando a uma severa imunodepressão e tornando a pessoa mais suscetível a doenças infecciosas. Quando uma pessoa tem aids, isso significa dizer que o vírus já causou danos suficientes ao seu sistema imunológico, permitindo que infecções e alguns tipos de câncer se desenvolvam. As ações de prevenção têm origem na análise de tendências das epidemias e na identificação das populações mais vulneráveis. No caso da AIDS, as ações de prevenção estão baseadas nos seguintes parâmetros: Seringas ou agulhas não-descartáveis ou não-esterilizadas e de uso coletivo devem ser evitadas. O uso de drogas injetáveis como heroína, no qual normalmente há revezamento de agulhas (e conseqüentemente contato com sangue alheio), representa um risco elevado. Deve-se evitar manter relações sexuais com usuários de tais drogas, pois há uma boa chance de contaminação. Feminino (Condom Feminino) O uso do preservativo (camisinha) tanto masculino, de látex, quanto feminino, de poliuretano, é o meio mais seguro de se prevenir contra o HIV/AIDS e contra outras DST. O uso correto diminui a possibilidade de rompimento. Masculino (Camisa-de-Vênus ou Camisinha) Toda mulher grávida deve fazer o teste da AIDS. Esse exame é especialmente importante durante os meses de gestação, pois, em caso positivo para infecção da mãe, ela poderá receber um tratamento adequado e, na hora do parto, evitar a transmissão do HIV para o filho. Se forem tomados todos os cuidados devidos, esse risco pode ser reduzido em até 67%. A transmissão do HIV também pode acontecer durante a amamentação, através do leite materno. Portanto, o leite da mãe deve ser substituído por leite artificial ou leite humano processado em bancos de leite que fazem aconselhamento e triagem das doadoras. Como se transmite o vírus? O vírus está presente em líquidos secretados pelo organismo de pessoas contaminadas: sangue, esperma, secreções vaginais, leite materno, líquidos cefalorraquidiano e amnióticos. Só nestes três casos ocorre a transmissão. O vírus está em outros líquidos (saliva, lágrimas, urina e suor), mas a quantidade é tão pequena que não apresenta riscos de transmissão. Além disso, a saliva e a lagrima possuem enzimas que inativam o vírus. A transmissão só é possível se existe penetração do líquido contaminado no organismo sadio. Devem se cumprir obrigatoriamente 2 condições: a) O vírus tem que estar em quantidade suficientemente importante no líquido contaminante. b) O vírus tem que encontrar uma porta de entrada para penetrar no organismo. As portas de entrada podem ser lesões das mucosas (genital, anal, bucal) ou lesões de pele. Em que casos é possível a transmissão? Transmissão sangüínea: troca de seringas em caso de toxicomania, por via intravenosa (picadas) e transfusões de sangue recebidos até junho de 1987 (até esta data não existia a obrigatoriedade de testes antiHIV nos bancos de sangue). Transmissão sexual: esperma, mas também liquido prostático, secreções vaginais e sangue menstrual. As práticas que colocam em contato mucosas com secreções genitais contaminadas são de alto risco. Transplante de órgãos e inseminação artificial também podem ser formas de contaminação. Transmissão feto-materna ou vertical: durante a gravidez, através da placenta, ou durante o parto ou durante a amamentação( em casos em que a mãe é soropositivo). Como a AIDS é transmitida e como evitá-la Homem pega AIDS de mulher? Sim. O risco de uma mulher pegar AIDS de um homem é dez vezes maior. Mas o contrário também ocorre É possível pegar o vírus mesmo quando o homem não ejacula? Sim. A secreção expelida antes da ejaculação pode infectar. É fundamental usar camisinha desde o início da relação Beijo na boca transmite AIDS? Em tese, isso só ocorre em caso de lesão grave na gengiva e o vírus poderia ser transmitido no caso do beijo ser prolongado e com muita troca de saliva. Compartilhar o copo ou o cigarro não oferece risco. Aparelhos de barbear, piercings e seringas de tatuagem transmitem aids? A maioria desses materiais é descartável. Mas o uso de produtos infectados pode transmitir o vírus. Sexo oral sem camisinha transmite AIDS? O risco é baixo, quando comparado ao sexo vaginal, anal ou ao compartilhamento de seringas. Mas pode ocorrer Insetos transmitem o HIV? Não. Quando um mosquito pica uma pessoa, ele não injeta na nova vítima o sangue de quem atacou anteriormente. Ele injeta saliva. A AIDS não é transmitida pela saliva dos insetos, como a febre amarela ou a malária. Um portador do vírus da Aids pode ficar até 10 anos sem desenvolver a doença e apresentar seus principais sintomas. Os principais sintomas são: 1. febre persistente 2. calafrios 3. dor de cabeça 4. dor de garganta 5. dores musculares 6. manchas na pele 7. gânglios ou ínguas embaixo do braço, no pescoço ou na virilha e que podem levar muito tempo para desaparecer. 8. Perda de peso sem motivo aparente (geralmente o paciente perde cerca de 10% do seu peso corpóreo) 9. Suores noturnos 10. Cansaço constante 11. Falta de apetite 12. Diarréia crônica - diarréia forte por mais de 1 mês 13.Tosse seca persistente Infecções oportunistas: Quando a resistência começa a cair ainda mais, várias doenças oportunistas começam a aparecer: pneumonia; infecções por fungos, tuberculose alguns tipos de câncer( indivíduos com inclinações cancerígenas genéticas ou agravadas pelos fatores de risco como o fumo), problemas neurológicos (quando o HIV penetra nas células do cérebro, ele causa esquecimento, alterações de fala, tremores e convulsões ), dificuldades de coordenação motora, Sarcoma de Kaposi (tipo de câncer que causa lesões na pele, intestino e estômago) Caso não tratadas de forma rápida e correta, estas doenças podem levar o soropositivo à morte rapidamente. Infecção pelo HIV pode ser dividida em quatro fases clínicas: 1. infecção aguda; 2. fase assintomática, também conhecida como latência clínica; 3. fase sintomática inicial ou precoce e; 4. AIDS. Gráfico simplificado das fases da AIDS A AIDS tem sido foco de constante estudo e pesquisa. Novos tratamentos de prevenções vêm sendo estudados em todo o mundo. Os tratamentos atuais para a AIDS incluem: Medicamentos: AZT,DDI,DDC,D4T e 3TC com AZT, o coquetel anti-Aids. Essas drogas tornam mais lenta a ação do vírus mas não o destroem. Uma nova classe de medicamentos, os inibidores de protease, parece impedir o crescimento do vírus da AIDS. Exemplos de inibidores de protease são o saquinavir e o idinavir. O idinavir pode ser usado sozinho ou com AZT ou 3TC. (Nota: O medicamento AZT mostrou ser eficaz para reduzir o risco de uma mulher grávida transmitir o vírus para o bebê. O AZT é dado à mãe em alguns momentos da gestação e no parto. Ele também é dado ao bebê após o nascimento.) Tomar medidas para reduzir a chance de pegar infecções ou outras doenças. Repouse, alimente-se corretamente e tome suplementos vitamínicos de acordo com a orientação médica. Procurar apoio emocional. Tratar das infecções oportunistas utilizando a medicação recomendada pelo seu médico. Radioterapia e cirurgias têm sido utilizadas no tratamento de alguns pacientes. O coquetel Anti-Aids é a combinação dos tantos inibidores retrovirais( que inibem a síntese enzimática/ protéica do vírus) numa só pílula, de maneira a diminuir a quantidade de comprimidos tomados diariamente e os seus efeitos colaterais, melhorando a qualidade de vida dos soropositivos. É um tratamento, idealizado de acordo com a particularidade (biológica ou até cotidiana) do paciente. Deve ser acompanhado de muita água ( uma média de dois litros por dia) para que haja dissolução. Os seus principais efeitos colaterais são a lipodistrofia, caracterizada pela perda de gordura facial e abdominal, e a giba, uma espécie de corcunda. ESTADO DO RIO DE JANEIRO Apesar de atingir em maior parte maiorias (raciais, sexuais, etc), a Aids está presente em todos as camadas e faixas etárias no Brasil. Mães devem cuidar dos seus filhos, enquanto os senhores da 3ª idade não podem se considerar imunes à epidemia. O Brasil,porém, vem fazendo avanços nessa área e é o país de maior evolução nesse aspecto. Estado do RJ O gráfico mostra um claro desenvolvimento na área da prevenção da Aids a médio e longo prazo no estado do Rio, como já foi dito anteriormente. Brasil Há mais homens que mulheres com aids. Mas o crescimento da doença na população feminina explodiu na última década 650 mil brasileiros têm o HIV 410 mil homens 240 mil mulheres QUANTIDADE DE DOENTES HOMENS Ao longo do tempo, a razão entre os sexos vem diminuindo de forma progressiva. Em 1985, havia 15 casos da doença em homens para 1 em mulher. Hoje, a relação é de 1,5 para 1. Na faixa etária de 13 a 19 anos, há inversão na razão de sexo, a partir de 1998. Em ambos os sexos, a maior parte dos casos se concentra na faixa etária de 25 a 49 anos. Porém, nos últimos anos, tem-se verificado aumento percentual de casos na população acima de 50 anos, em ambos os sexos. 11 1984 12 anos Crescimento entre 1994Até e 2004 24 - 29% HOMENS De 13 a 24 anos MULHERES MULHERES 0 - 175%2 Fonte: Boletim Epidemiológico Aids e DST (Ministério da3Saúde) 62 De 25 a 39 anos 29 40 anos ou mais 2 126 TOTAL 7 HOMENS 1994 MULHERES 346 Até 12 anos 312 1.712 De 13 a 24 anos 802 8.863 De 25 a 39 anos 2.495 3.221 40 anos ou mais 874 14.142 TOTAL 4.483 HOMENS 2004 MULHERES 687 Até 12 anos 644 1.213 De 13 a 24 anos 1.455 9.409 De 25 a 39 anos 6.276 6.904 40 anos ou mais 3.930 18.213 TOTAL 12.305 Entrevista com Marcia Sant’Anna • Entrevista realizada com a médica Marcia Sant’Anna do IEISS Como podemos definir AIDS? Aids é uma doença causada pelo vírus de imuno deficiência humana (HIV). O HIV destrói os linfócitos, células responsáveis pela defesa do organismo, tornando a pessoa vulnerável as outras infecções e doenças oportunistas. O tempo para desenvolvimento da AIDS após a soroconversão é, em média, 10 anos. Como é transmitida? O HIV pode ser transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal e pelo leite materno. A pessoa pode se contaminar pelo sexo vaginal, anal e oral sem camisinha, pelo uso de seringas e agulhas por mais de uma pessoa, pela transfusão de sangue contaminado, pelo uso de instrumentos que furam ou cortam não esterelizados e pela transmissão vertical durante a gestação, parto e amamentação. Como reduzir o risco da infecção pelo HIV? O uso de preservativos de forma correta e sistemática em todas as relações sexuais protege contra a AIDS e outras DSTs. Também é importante usar seringas descartáveis e as gestantes fazerem o teste no pré-natal. Entrevista com Marcia Sant’Anna Como é feito o diagnóstico? O diagnóstico da infecção pelo HIV no Brasil nas pessoas acima de 2 anos de idade é feito por meio de testes para detectar anti-corpos anti-HIV realizados em amostras de sangue. Os anticorpos são detectados em média 29 dias após o contagio. O ministério da saúde recomenda que o teste anti-HIV seja realizado em média 60 dias após uma possível infecção. O diagnóstico de infecção pelo HIV só poderá ser confirmado após análise de, no mínimo, duas amostras de sangue, coletadas em momentos diferentes. Para a identificação da infecção pelo HIV em crianças nascidos de mãe soropositivas utilisam-se testes para a quantificação da carga viral do HIV. Isso ocorre pois a transferência de anti-corpos da mãe para o bebê pode dar como resultado falso-positivo nos testes para detecção de anticorpos. O que pode ser feito para controlar o número de pessoas infectadas pelo HIV no mundo? De acordo com o relatório da UNAIDS de dezembro de 2007, estima-se que existam 33,2 milhões de pessoas com HIV em todo o mundo e que ocorreram 2,5 mihões de novas infecções em 2007 com 2,1 milhões de mortes durante 2007. Para prevenir o avanço do HIV deve-se investir nos Programas de Prevenção, informando sobre a doença e a prevenção; proporcionando acesso aos meios de prevenção; e acesso ao diagnóstico precoce e tratamento da AIDS e outras DST. A AIDS E OUTRAS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS PREOCUPAM BASTANTE A SOCIEDADE. A MAIORIA DAS DSTs TRAZ SEQÜELAS OU MARCAS QUE ABREVIAM OU ALTERAM SIGNIFICATIVEMENTE VIDAS QUE PODERIAM RESULTAR EM ALEGRIAS E REALIZAÇÃO. PORTANTO, A MAIOR ARMA CONTRA ESSE ENTRAVE É A PREVENÇÃO. O LEMA É PREVENIR PARA REMEDIAR. TRATAR AS DOENÇAS É UM PROCESSO DURO, CARO E DOLOROSO. MELHOR MESMO, É NÃO SE TRATAR. O MELHOR É SE PREVENIR. E PARA PREVENÇÃO, NÃO HÁ ALIADO MELHOR QUE A INFORMAÇÃO. FAÇA SEXO SEGURO, USE CAMISINHA