Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro Estudo 11 – O sermão

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Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro
Estudo 11 – O sermão acusador
Mateus 22 e 23
Elaborado por Bruna Senna
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1. Introdução
Caros radiouvintes, estamos chegando quase
ao fim dos nossos estudos no evangelho de
Mateus. Na última lição vimos que Jesus
chegou a Jerusalém e deu início a sua jornada
final rumo a cruz. Hoje continuaremos vendo
como foram os dias que antecederam a
crucificação de Cristo e estudaremos os
capítulos 22 e 23 do livro de Mateus. Nestes
capítulos Jesus responde às perguntas dos
líderes religiosos que foram até Ele tentando
desautorizar Seu ministério.
2. A imagem de Deus no homem
A primeira pergunta foi feita por fariseus e
herodianos que foram até Jesus perguntando
se era correto pagar impostos ao imperador
romano. Naquela época os judeus eram
dominados pelo Império Romano, e os fariseus,
assim como a maioria do povo, eram contrários
a essa dominação e ao pagamento de
impostos a Roma. Já os herodianos eram
aliados do governo e, portanto, favoráveis às
cobranças impostas pelos romanos. Mesmo
com posicionamentos opostos esses dois
grupos se uniram contra Jesus armando uma
cilada para pegá-lo. Se Jesus dissesse não ao
pagamento dos impostos criaria um problema
com o governo de Roma, se dissesse sim teria
uma indisposição com os judeus que não
aceitavam seus dominadores.
A resposta que Jesus deu foi: “Deem a César o
que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mt
22.21). A imagem do imperador romano estava
estampada na moeda usada para pagar o
imposto, por isso Jesus mandou dar a César o
que era de César ensinando que o reino de
Deus não entra em conflito com os governos
terrestres naquilo que é legítimo. Mas a
resposta de Jesus não parou por aí. Assim
como a imagem de César estava estampada
na moeda a imagem de Deus está estampada
no ser humano, porque fomos feitos à sua
imagem e semelhança (Gn 1.26-27). Portanto,
quando Jesus diz para darmos a Deus o que é
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de Deus Ele está dizendo que devemos
entregar a nossa vida completamente a Deus,
porque foi para isso que fomos criados. Os
fariseus
e
herodianos
pensaram
que
conseguiriam prender Jesus em sua armadilha,
mas se admiraram com a resposta que ouviram.
3. “Você existirá para sempre”
Depois da tentativa frustrada dos fariseus, os
saduceus foram até Jesus fazendo uma
pergunta sobre a ressurreição. Na verdade os
saduceus nem acreditavam que existisse
ressureição após a morte, mas queriam testar
Jesus com sua pergunta. A questão que
levantaram foi sobre uma mulher que havia se
casado sete vezes ao longo de sua vida. Eles
queriam saber de qual dos sete maridos ela
seria esposa na ressureição. A reposta de
Jesus foi direta. Apesar dos saduceus serem
líderes religiosos eles não conheciam a Palavra
de Deus e, por isso, criam de forma errada.
Jesus esclareceu que na ressureição teremos
outro tipo de natureza e seremos parecidos com
os anjos, seres imortais que não se casam.
Além de responder à pergunta dos saduceus,
Jesus também refutou suas ideias erradas
sobre a vida futura. Ele citou uma passagem do
livro de Êxodo onde Deus fala com Moisés
dizendo: “Eu sou o Deus de Abraão, Isaque e
Jacó” (Êx 3.6). Os três patriarcas já haviam
morrido há muito tempo quando Deus se
revelou a Moisés na sarça ardente, mas mesmo
assim Ele se apresentou como um Deus que
ainda mantinha um relacionamento vivo com
esses homens. Jesus os estava ensinando que
o relacionamento entre Deus e o ser humano
continua depois da morte. O pregador norteamericano John Piper resume a questão de
forma bem clara dizendo: “você existirá para
sempre (...) você e Deus estão no Universo
para permanecer, seja como amigos, (...) ou
como inimigos. Como isso se dará é
estabelecido nesta vida. E esta vida é uma
neblina”.
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4. O grande mandamento
Ao verem que os saduceus haviam ficado
calados com a resposta de Jesus os fariseus
voltaram a Ele com outra questão. A pergunta
que fizeram foi sobre qual era o maior
mandamento de todos. Os estudiosos da lei
haviam
contabilizado
mais
de
600
mandamentos no Pentateuco e viviam
discutindo sobre quais eram os mais
importante. Jesus, porém, afirma que a lei de
Moisés estava fundamentada em dois
princípios básicos: o amor a Deus e ao
próximo. Esses eram os dois grandes
mandamentos. Se amarmos a Deus estaremos
naturalmente
cumprindo
os
outros
mandamentos. O amor a Deus está
intimamente ligado ao amor ao próximo. Como
bem nos lembra o apóstolo João “se alguém
afirmar que ama a Deus, mas odiar seu irmão é
mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a
quem vê, não pode amar a Deus, a quem não
vê.” (1 Jo 4:20).
capítulo 23 Jesus trata detalhadamente da
hipocrisia dos fariseus, que ensinavam a lei de
Deus,
mas
não
a
cumpriam.
Eles
acrescentavam
tradições
humanas
aos
mandamentos divinos e tornavam a religião um
fardo difícil de carregar. Dedicavam zelosa
atenção a pequenos detalhes, mas deixavam
de lado os aspectos fundamentais da lei. A
grande preocupação de boa parte dos escribas
e fariseus era com as aparências. Viviam uma
religiosidade vazia e sem propósito, e mesmo
que pudessem enganar aos homens não
podiam enganar a Deus, porque Deus vê o
coração (1Sm 16.7).
O que Deus deseja de nós é que nossos
pensamentos e atitudes estejam alinhados com
a sua vontade. Viver de aparências não é e
nunca foi o propósito do Senhor. Ele nos quer
por inteiro. Avalie sua vida hoje e peça a Deus
para sondar o seu coração e lhe mostrar aquilo
que precisa ser mudado. Que Deus nos
abençoe!
5. A pergunta que importa
Depois de responder a tantas questões
ardilosas Jesus perguntou aos fariseus o que
eles pensavam acerca do Cristo, isto é, do
Messias. Imediatamente eles disseram que o
Cristo seria descendente de Davi. Os judeus
esperavam um Messias guerreiro que lhes
libertasse da opressão romana, mas Jesus
mais uma vez desconstruiu seus pensamentos
errôneos citando um salmo onde o rei Davi se
refere ao Messias como seu Senhor. Se Davi
chama o Cristo de seu Senhor, como Ele
poderia ser seu filho? A verdade é que, embora
o Messias viesse da linhagem real de Davi, Ele
era o Salvador divino, filho de Deus. Diferente
dos fariseus, o próprio rei Davi reconheceu o
caráter divino do Messias que viria. As
evidências da divindade de Jesus e do seu
caráter messiânico estavam à disposição dos
líderes religiosos, mas eles preferiram encarálas com um olhar defensivo. Estavam cegos
pelo tradicionalismo, orgulho e egoísmo e não
conseguiram enxergar a verdade.
6. Parece mais não é.
O capítulo 22 termina com os fariseus calados
diante das palavras de Jesus. Eles perceberam
que não teriam como encontrar nas palavras
Dele mentira ou engano. O jeito foi se calar e
ouvir um duro sermão de condenação. No
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Bibliografia:
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
CPAD, 2008
Bíblia de Estudo MacArthur. Barueri, Sp. Sociedade Bíblica
do Brasil, 2010
Bíblia Shedd / editor responsável Russel P. Shedd. São
Paulo: Nova Vida; Brasília: Sociedade Bíblia do Brasil,
1997.
Comentário bíblico africano / editor geral Tokunboh
Adeyemo. – São Paulo: Mundo Cristão, 2010.
PINTIO, Caralos Osvaldo Cardoso. Foco e
Desenvolvimento no Novo Testamento – São Paulo :
Hagnos, 2008.
MOUCE, Robert H. Novo comentário
Bíblico Contemporâneo – Mateus. Editora Vida,
1996
TASKER, R. V. G. Mateus, introdução e
comentário. Editora Mundo Cristão
WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo : Novo
Testamento : volume I – Santo André, SP : Geográfica
editora, 2006
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