COMPOSTO DE MARKETING

Propaganda
Unidade II
Conhecimentos Específicos
Marketing
Apostila Específica – Curso de Tecnologia em Marketing
SUMÁRIO
1. COMPOSTO DE MARKETING (PRODUTO) _____________________________ 3
2. PREÇO ___________________________________________________________ 13
3. COMPOSTO DE DISTRIBUIÇÃO _____________________________________ 15
4. COMPOSTO PROMOCIONAL ________________________________________ 18
5. PESQUISA DE MARKETING _________________________________________ 22
6. COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR _______________________________ 28
7. ÉTICA E SUSTENTABILIDADE ______________________________________ 32
8. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ______________________________ 35
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Apostila Específica – Curso de Tecnologia em Marketing
1. COMPOSTO DE MARKETING ou MIX DE MARKETING ou COMPOSTO
MERCADOLÓGICO
Quando se fala em composto de marketing, (marketing mix ou composto mercadológico)
logo se faz a ligação com a expressão “quatro pés”. Tal expressão foi criada por Eugene Jerome
McCarhy, norte americano e professor universitário, que passou a designar um dos itens mais
importantes no jargão mercadológico: o composto de marketing, ou marketing mix. (DANTAS,
2005, p.65)
O composto de marketing consiste em uma conjunto de quatro variáveis ou, simplesmente,
4Ps que são controladas pelo marketing, são elas:
Fonte: disponível em http://pt.scribd.com/doc/33658424/programa-mercadologico
I. Produto (ou composto produto)
Em marketing o produto compreende tudo aquilo que pode ser oferecido a um mercado, para
a aquisição ou consumo, como, por exemplo, objetos físicos, lugares, organizações, idéias e
serviços. De acordo com Dantas (2005) sob a ótica do marketing, o produto consiste em tudo aquilo
que é capaz de satisfazer uma necessidade.
Esse elemento do mix inclui as decisões que dizem respeito às características qualitativas de
um produto, uma vez que já devem estar definidas as decisões básicas quanto aos bens que serão
produzidos. Aqui se efetuam escolhas relativas às embalagens, aos serviços oferecidos (garantia,
assistência, manutenção etc.), à marca e à linha de produtos.
II. Preço (ou composto preço)
Diz respeito à quantificação monetária do valor do produto. A estipulação do preço leva em
consideração vários fatores: os custos, que irão refletir junto aos valores agregados na confecção do
produto; objetivos empresariais quanto ao posicionamento do produto em relação aos concorrentes
(produto elitizado, nata de mercado; produto de média qualidade; produto popular, e assim por
diante). (VAZ, 2003, p.79)
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O preço pode ser considerado: posto na fábrica: posto no cliente; atacadista, varejista ou
distribuidor: líquido com desconto ou bruto sem desconto; desconto por quantidade: por condição de
pagamento etc.
As escolhas relativas a esse item não dizem respeito apenas às questões globais do preço
(alto, médio, baixo), mas também ao âmbito específico: desde a formação do preço final para o
comprador até as políticas gerais (listas, catálogos, descontos, venda à prazo etc.) Aqui, por
exemplo, cabe ao profissional de marketing decidir se estabelece preços diferentes para um mesmo
produto (de acordo com o nível sócio-econômico dos clientes) ou se pratica preços fixos.
III. Praça (Canal de Distribuição, ou ponto de venda, ou composto praça)
É o caminho que as mercadorias – e a transferência de título – seguem desde o produtor até o
consumidor. É o complexo de empresas que existe para distribuir os produtos, desde o fabricante até
o consumidor, incluindo agentes, varejistas e atacadistas.
IV. Promoção (ou Estratégia de comunicação ou composto promoção)
VAZ (2203) define promoção como sendo o conjunto de ações que visam divulgar o produto
junto a seus diversos Públicos. Compreende a elaboração das mensagens mais adequadas para
persuadir os vários e diferentes mercados por meio das técnicas de Propaganda e Publicidade, de
Merchandising, de Promoção de Vendas e de Relações Públicas. (VAZ 2003, p.79). O composto
promocional do produto ou serviço compreende a publicidade, as relações públicas, a promoção de
vendas, a venda pessoal e o merchandising.
É nesse contexto que se definem os objetivos e o conteúdo da comunicação, o nível
global de gastos, os veículos de comunicação a serem utilizados e os critérios para repartir os
investimentos entre esses veículos.
Conforme poderá ser mais bem observado no exemplo abaixo, o composto mercadológico
em forma dos 4P’s tem cada elemento interdependente que pode ser exclusivo. Contudo, a prática
revela uma inter-relação constante entre os 4 Ps.
O Quadro I apresenta um caso prático: Relógio Champion. Observe que o produto ou
serviço deve satisfazer às necessidades e aos desejos dos consumidores. Existem consumidores
dispostos a adquirir o relógio da Champion. Desta forma, o PRODUTO a ser adquirido pelo
consumidor é um relógio cuja qualidade é suíça, modelo esportivo e resistente a água. O relógio
apresenta opções de pulseiras (pulseiras intercambiáveis de várias cores) além de ser oferecido um
serviço de garantia por tempo determinado pelo produtor.
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O preço deve ser ajustado às condições de custo de fabricação e mercado. E no caso prático
estudado o valor de $550,00 (quinhentos e cinqüenta) corresponde um dos poucos modelos
oferecidos pela Champion a este preço. Por outro lado, o canal de distribuição é por meio do
comércio varejista, o que significa levar o produto da forma mais acessível e rápida possível ao
mercado consumidor.
E por fim, a promoção cujo objetivo é a de comunicar o produto ou serviço ao mercado,
estimulando e realizando a venda é realizada por meio da divulgação ampla ‘propaganda’ conforme
pode ser observado no quadro abaixo.
Fonte: disponível em http://pt.scribd.com/doc/33658424/programa-mercadologico
Desta forma, ter um produto, definir preço, decidir sobre um sistema de distribuição e
promover o produto – compõe a base da comercialização, a essência de uma oferta comercial e
assim advêm o termo Composto de Marketing. Contudo cada variável (produto, preço, praça e
promoção) engloba um série de atividades conforme pode ser observado no Quadro II abaixo.
COMPOSTO DE MARKETING COM SUAS SUBDIVISÕES
I. PRODUTO
II. PREÇO
III. PRAÇA
IV. PROMOÇÃO
Testes e desenvolvimento
do produto
Qualidade
Diferenciação
Métodos para determinação
do preço
Descontos
Política de Preços
Tipos de Canais de
Distribuição
Transportes
Armazenagem
Propaganda Subliminal
Propaganda
Publicidade
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Embalagem
Marca Nominal
Marca Registrada
Serviços
Assistência Técnica
Garantias
Condições especiais
Elasticidade
Centro de Distribuição
Conflitos
Promoção de Vendas
Relações Públicas
Merchandising
Mídias
Agencias
Fonte: LAS CASAS, 2006, p.18.
ANÁLISE DETALHADA DE CADA COMPOSTO
1. COMPOSTO PRODUTO:
Todas as atividades de uma empresa justificam-se pela sua existência.
O produto: objeto principal da comercialização;
As decisões tomadas em relação ao produto afetam a escolha dos canais de distribuição, a
promoção e outros aspectos significativas do programa de marketing.
CONCEITO DE PRODUTO: Produtos podem ser definidos como o objeto principal das
relações de troca que podem ser oferecidos num mercado para pessoas físicas ou jurídicas, visando
proporcionar satisfação a quem os adquire ou consome;
De acordo com Kotler (1994, p.99), o produto é a ferramenta básica do composto de
marketing, “[...] representa a oferta tangível da empresa para o mercado, incluindo sua qualidade,
design, características, marca e embalagens”.
Em sua definição Kotler (1994, p. 376) cita que os produtos podem ser:
“... físicos (por exemplo, automóveis, livros), serviços (por
exemplo, cortes de cabelo, concertos), pessoas (por exemplo,
Michael Jordan, Barbra Streisand), locais (por exemplo, Havaí,
Veneza), organizações (por exemplo, Instituto do Coração,
Associação de escoteiros) e idéias (planejamento familiar,
segurança na direção de automóveis). ’
Produto deve proporcionar utilidade quanto maior for à utilidade proporcionada, maior a
chance de ser escolhido entre as alternativas existentes.
CINCO NÍVEIS DE PRODUTO
Os profissionais de marketing
traduziram essas utilidades em
termos
de
satisfação
de
consumidores. Quanto maiores os
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benefícios reais oferecidos, maior a chance de o produto ser escolhido entre as ofertas no mercado.
Kotler diz que cada produto pode ser oferecido ao consumidor através de cinco níveis, a saber:
benefício núcleo, produto genérico, produto esperado, produto ampliado e produto potencial.
Fonte: KOTLER, 1994, p.377.
O Benefício Núcleo, para Kotler (1994) é o fundamental, ou seja, é o benefício ou serviço
fundamental que o consumidor está adquirindo. Exemplo: o cliente se hospeda procurando
simplesmente por uma breve estadia, ou seja, um repouso.
Em um segundo nível está o produto genérico, que por sua vez é a versão básica de um
produto. Exemplo: o hotel oferece quartos para serem alugados.
Já o terceiro nível encontra-se o produto esperado. Aqui se observa os atributos, qualidades e
condições que o cliente ao executar a compra deseja recebem. Exemplo: o hotel oferece banho
quente, toalhas limpas, sabonetes e outros benefícios comuns na rede hoteleira.
O produto ampliado acontece quando a empresa oferece algo que surpreende positivamente o
cliente. Assim chaga-se a quarta fase de produto. Dando continuidade ao exemplo têm-se um hotel
que oferece televisão LCD, xampu, flores naturais e mais benefícios extras ao cliente.
Por fim o produto potencial será aquele em que a empresa oferta ao cliente benefícios que
além das suas expectativas, isto é, irá encantar, diferenciando-o entre o que os concorrentes ofertam.
Exemplo: o hotel oferece cestas de frutas frescas, aparelhos de massagens, bombons sobre os
travesseiros, procurando oferecer algo que encante o seu cliente.
CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS
Os produtos podem ser classificados em produtos de consumo e industriais;
A classificação clássica de produtos de consumo, aqueles dirigidos ao cliente pessoa física
para seu consumo próprio, sem finalidade de revenda, é a de Melvin t. Copeland, que considerou
produtos como sendo de:
Produto de conveniência: são aqueles em que o consumidor não pretende despender muito
tempo no esforço de compra;
Normalmente não fazemos muito esforço para comprar balas ou gomas de mascar, como
também leite ou pão;
Quase todos os itens que fazem parte do dia-a-dia de compras domésticas ou produtos que
não apresentem muitas diferenças perceptíveis de qualidade, possuindo ainda preços mais baixos;
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Os mercadólogos devem torná-los disponíveis em maior número de distribuidores possível,
para facilitar o ato de compra.
Produtos de escolha: os produtos de escolha determinam uma condição diferente. Antes de se
decidir o que e onde comprar, os consumidores investigam quais os locais que vendem, comparam
qualidade e preço e somente depois fazem sua opção de compra.
Produtos de especialidade: os produtos de especialidade gozam de maior flexibilidade para
comercialização. Eles poderão ser distribuídos em estabelecimentos exclusivos e até mesmo
distantes dos centros de compra tradicionais, pelo fato de que os consumidores estão dispostos a
fazer qualquer sacrifício para a sua compra;
Os produtos poderão ser exclusivos como uma marca famosa distribuída em apenas
determinados locais, uma empresa, que pelo seu atendimento especial possa compensar o sacrifício
de locomoção mesmo a locais mais distantes, ou qualquer outra característica que os tornem único
para determinados propósitos;
Muitos fabricantes procuram tornar seus produtos como "de especialidade", criando lealdade
à marca, conseqüentemente gozando de situação privilegiada no mercado.
COMPONENTES DE UM PRODUTO
Além das características diferenciadas de um produto no seu aspecto básico, existem outros
elementos que o compõem e que são importantes determinantes decisórios. De acordo com LAS
CASAS (1997) o produto não é composto somente pelo bem ou serviço oferecido. Existem
elementos que possuem um papel fundamental no momento em que o cliente vai adquirir o produto,
são eles: a marca, a embalagem, os serviços e garantias, e a qualidade.
Marcas: é um nome, termo, sinal, símbolo ou desenho que serve para a identificação dos
produtos ou linha de produtos;
São importantes fatores de diferenciação;
Os consumidores ao comprarem os produtos associam à marca uma série de atributos, como
base em informações ou experiências anteriores adquiridos (objetivo de identificação);
As marcas servem para proteção dos fabricantes ou dos distribuidores;
Criar lealdade se a qualidade associada à marca for aceitável (grande patrimônio)
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Marca de nome genérico: ocorre quando determinada marca passa a designar uma espécie de
produto
Exemplo: celofane, xerox, gilete, aspirinas, querosene, náilon ou cola;
Pontos fracos: a marca perde a sua identidade e a empresa sairá prejudicada, pois ela não
servirá mais como elemento diferenciador;
Marca de fabricante: exemplo: Antarctica
Marca de produto: exemplo: Fanta
Marca de linha: linha de produto como Philips
Marca de distribuidor/varejista: Mesbla.
Marca nominal: é a parte da marca que pode ser pronunciada.
Logotipo: é a parte da marca que é reconhecível mas não pronunciável, como um símbolo,
desenho etc; O logotipo é uma representação gráfica que tenha algum relacionamento com a
empresa (logomarca).
Marca de família: uso da marca para diversos produtos. Exemplo: Arno, usa a mesma marca
para enceradeiras, batedeiras, liquidificadores etc.
Vantagens: quando algum produto apresenta boa qualidade e obtém boa imagem no
mercado;
Desvantagens: se algum produto da linha perder a boa imagem.
Marca individual: produtos terão marcas diferentes. Exemplo: Free, Poliflor e Doriana
Vantagens: estratégias independentes e maior controle e segmentos diferentes.
Embalagem: com o desenvolvimento do auto-serviço em vários setores, a embalagem
passou a ter papel de extrema importância para a venda de produtos;
Principais funções: proteger, facilitar a armazenagem, facilitar o seu uso, conservar e ajudar a
vendê-lo. Devem proporcionar benefícios adicionais (potes, embalagens de geléias etc. Poderão ser
usadas, depois de consumido o produto).
O formato deve permitir fácil armazenagem e facilidade para o carregamento, o tamanho será
em grande parte determinado pelo índice de uso do produto e a embalagem é desenhada para que os
consumidores possam ter uma idéia melhor do que estão comprando;
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Rótulos:
As empresas são obrigadas a apresentar seus produtos com informações claras, precisas,
ostensivas e suficientes para a orientação do consumidor (...) As informações constantes da
embalagem ou do manual de um produto importado, por exemplo, devem vir traduzidas para
o português, tornando a informação acessível a todas as pessoas. (...) O prazo de validade
deve constar também de produtos perecíveis: queijos, iogurtes, refrigerantes, sucos,
enlatados e congelados etc. (...)Em síntese, a informação é um dever do fornecedor e um
direito do consumidor, de modo que um produto ou serviço podem ser considerados
defeituosos por falta de informação (Rios, Josué, Lazzarini. Defesa do consumidor. São
Paulo: brasiliense, 1994).
Serviços e garantias:
Alguns serviços devem ser considerados na comercialização de certos produtos. As
dificuldades que podem surgir no consumo, como uso de máquinas e equipamentos, poderão
determinar um grau elevado de prestação de serviços. Quanto maior a facilidade proporcionada,
maior a chance de venda.
A assistência técnica de muitos produtos requer que os trabalhadores sejam treinados durante
muito tempo para que seja mantida esta qualidade. Entretanto, apesar disso, a prestação de serviços
poderá ser bastante compensadora. Depois de terminar o prazo da garantia, a prestação de serviços
poderá tornar-se fonte de renda da empresa, devido à necessidade de manutenção de máquinas e
equipamentos.
A garantia, por sua vez, é muito usada para criar maior credibilidade na venda de diversos
produtos. Os consumidores podem ficar relutantes no momento de uma decisão por desconhecerem
o produto ou a marca, principalmente se estão prestes a gastar valores elevados. Com a garantia, os
fabricantes responsabilizam-se por seus produtos por determinado período.
Qualidade: a importância do aspecto qualidade para o marketing é incontestável. A
satisfação derivada dos produtos será contraída em grande parte devido ao seu desempenho.
CICLO DE VIDA DO PRODUTO
Os produtos, como os seres vivos, passam por diferentes fases na vida: nascem, crescem
atingem a maturidade e entram em declínio posteriormente. Os produtos apresentam um
comportamento deste tipo, quando considerados em relação ao tempo de comercialização e resultado
de vendas. Desde o momento que o produto é introduzido no mercado até a sua retirada total, ele
passa pelos estágios da introdução, crescimento, maturidade e declínio.
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Há várias razões pelas quais um produto poderá entrar em declínio. Outros produtos podem
Ter sido introduzidos no mercado tornando os existentes desatualizados e fora de moda.
Alguns produtos, entretanto, têm o seu declínio de forma planejada e programada.
Obsolescência planejada, como esta estratégia é chamada, faz parte do planejamento de algumas
empresas para permanecerem vendendo seus produtos, através da repetição de compra. Novas
coleções de moda são lançadas para cada uma das estações, desatualizando as anteriores. Estes
produtos apelam principalmente para consumidores que têm interesse em mudar, e as vendas são
regulares para as empresas devido a estas constantes inovações.
O tempo de permanência do produto em cada uma das fases do ciclo de vida é bastante
variável. Não é possível a previsão do tempo exato. Dependerá do tempo de adoção dos
consumidores, da concorrência dos novos produtos como também das estratégias mercadológicas
adotadas pela empresa.
Em alguns casos, as empresas conseguem administrar o ciclo de vida. Foi o caso da E.I. du
Pont de Nemoure & Co. com o celofane. Após a Segunda Guerra houve desenvolvimento da
comercialização do polietileno. A E. I. Pont de Nemoujre introduziu modificações para prolongar a
maturidade do produto.
A teoria do ciclo de vida é válido como instrumento de previsão, porém, como foi visto, a
duração de cada estágio é muito variável. Por isso, é mais útil para o planejamento estratégico. Em
cada um dos estágios em que o produto se encontra são recomendadas certas estratégias. Vide
quadro.
QUADRO: “Como mudanças no ciclo de vida afetam o marketing”
Características
Introdução
Crescimento
Maturidade
Declínio
em Continuidade de Sem
maiores Pesquisa
e
Produto
e Ênfase
pesquisa
e
desenvolvimento
inovações
ou
desenvolvimento
Tecnologia
desenvolvimento. tecnológico.
modificações.
cessam.
Experiência com Concorrência
Produção em larga Tecnologia
é
vários
modelos. aumenta. Produção escala.
desenvolvida
Produto não é em massa. Grande
para
outros
sofisticado.
velocidade
de
produtos.
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produtos.
Concorrência
Indústria
Promoção
Preço
e Somente uma ou
outra firma entram
no mercado. Pouca
concorrência.
Investimento
financeiro
moderado.
Investimento
considerável para
desenvolver
aceitação
do
produto.
Diversificação das
técnicas de vendas
e
propaganda
usadas
por
empresas
concorrentes.
Preços tendem a
ser em caráter
experimental,
apresentado-se
bem variados.
Distribuição
Difícil
de
conseguir
intermediários
para comprar ou
expor
produtos.
Intermediários
querem trabalhar
com
margens
maiores.
Lucros
Primeiras empresas
normalmente
têm
prejuízos por motivo
de demanda baixa,
muitos gastos com
desenvolvimento e
propaganda
Maior aceitação do
produto. Muitos
concorrentes.
Maiores recursos
financeiros
são
necessários.
Grande ênfase em
promoção. Novas
abordagens
promocionais em
virtude
da
concorrência.
Diferenças
de
preços
nos
produtos
dos
concorrentes são
significativas
–
mas
aparece
tendência a seguir
o líder
Grande interesse
dos intermediários
no
produto.
Membros do canal
podem
querer
exclusividade
e
podem concordar
com margens mais
moderadas.
Aceitação
estabilizada
do
produto. Número
de firmas começa
a
diminuir.
Competição
é
acirrada.
Líderes
da
indústria
continuam
a
investir
maciçamente em
promoção
para
manter a fatia de
mercado.
Muita
semelhança
em
apelos
promocionais
Diferenças
em
preços diminuem
Produtos tornamse rotina para os
intermediários.
Pouco
esforço
adicional é feito
para vender mais
do que aquilo que
estão acostumados
Produto começa
a declinar
Diminui
aceitação
do
mercado. Poucas
firmas
ainda
estão
produzindo.
Diminuem
esforços
promocionais.
Pouco
ou
nenhum esforço
par obter novos
clientes.
Competição de
preços fica mais
acirrada,
uma
vez
que
as
firmas
remanescentes
lutam
pela
sobrevivência.
Interesse
do
intermediário
diminui. Espaço
disponível
é
alocado
para
outros produtos.
Vendedores
tornam-se
do
tipo “tomador de
pedidos”.
Inovadores fazem Lucros começam a Lucros baixos ou
lucros substanciais. diminuir.
inexistentes com
Lucro no patamar
algumas
firmas
mais elevado para
começando
a
maioria das firmas.
perder dinheiro.
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2. PREÇO
Segundo KOTLER (1994), trata-se da ferramenta crítica dos quatro P’s. O preço está
diretamente relacionado com o que os consumidores podem ou não pagar pelo produto e as
condições que a empresa pode oferecer, como: prazo de pagamentos, condições de crédito,
descontos, etc.
O preço ajuda a dar valor às coisas e representa uma troca pelo esforço feito pela empresa
vendedora através da alocação de recursos, capital e mão-de-obra e manufatura dos produtos
comercializados. Assim, o preço tornou-se uma indispensável ferramenta mercadológica.
Uma boa determinação de preços poderá levar uma empresa ao desenvolvimento e
lucratividade, ao passo que uma má determinação poderá levar uma empresa até mesmo à falência.
Os preços estão sujeitos à lei de oferta e procura quando:

os produtos são desejados e escassos, os preços tendem a subir para proporcionar o
equilíbrio entre produção e consumo;

se a oferta, porém, é maior que a procura, os preços tendem a diminuir para chegar ao
desejado equilíbrio;

os produtos agrícolas estão mais sujeitos à lei de oferta e procura;
CONCEITO DE PREÇO
O preço corresponde ao volume de dinheiro cobrado por um produto ou serviço.
Compreende a soma de valores que os consumidores trocam pelo benefício de possuir ou fazer uso
de um produto ou serviço. Ele é o único elemento de um mix de marketing que produz receitas, pois
todos os outros representam custos. Os preços e a concorrência dos mesmos tem sido o principal
problema que os executivos de marketing (empresários) devem resolver, pois muitas empresas não
lidam muito bem com seus preços.
Tanto na estratégia governamental como na estratégia empresarial a política de preços tem
relevância, pois têm reflexo direto na economia provocando, por exemplo, variações no custo de
vida e, sobretudo, na inflação.
Muitas empresas utilizam o preço como um escudo da política de marketing. Em uma
economia em que tudo que se produzia se vendia, o preço era estabelecido unicamente pela intenção
de lucro do fabricante. Acima de tudo as empresas praticam um política de preços competitivos com
base em curvas de experiência que permitam freqüentes reduções de custos não deixando de
apresentar para o consumidor uma boa qualidade do seu produto ou serviço. A política é reduzir
custos mediante apresentação de produto diversificado e de boa qualidade, isto é, que tenha algo
muito relevante a fim de atrair o consumidor.
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Influências das variáveis incontroláveis nos preços:

Concorrência (terá maior ou menor influência nos preços de acordo com a estrutura
do mercado em que a empresa atua);

Fatores culturais; Aspectos políticos, legais e econômicos.
Objetivos de preços mais comuns:
 Retorno no investimento;
 Objetivos de concorrência;
 Preços promocionais (gerar fluxo de caixa);
 Fatia de mercado (aumentar a fatia de mercado);
 Fluxo de caixa.
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3. COMPOSTO DE DISTRIBUIÇÃO
É necessária a existência de uma forma eficiente de conduzir os produtos até os compradores
finais. Os consumidores estão acostumados e muitas vezes exigem comprar seus produtos em locais
que lhe sejam acessível e conveniente, além de disponíveis quando deles necessitam;
O fabricante elege os distribuidores de tal modo que possam vender seus produtos nos locais
certos e também no tempo certo. O sistema de distribuição a ser determinado por um administrador
de marketing fará parte do pacote de utilidade ou satisfação que os consumidores receberão com a
compra do produto.
CANAL DE DISTRIBUIÇÃO
É o caminho que as mercadorias seguem desde o produtor até o consumidor. É o complexo
de empresas que existe para distribuir os produtos, desde o fabricante até o consumidor, incluindo
agentes, varejistas e atacadistas. Ou seja, o canal de distribuição é a forma por meio da qual o
vendedor comercializa o produto ao consumidor ou usuário. O meio de distribuição deve ser
definido de acordo com o produto, o público-alvo e o fornecedor do negócio.
MOVIMENTAÇÃO FÍSICA
Sãos as atividades relativas à movimentação eficiente de produtos do final da linha de
produção até o consumidor final. Inclui atividades como fretamento, armazenamento, manuseio,
controle de estoques, localização de fábrica, processamento de perdidos etc. o conjunto dessas
atividades denomina-se logística;
Tipos de Canais de Distribuição:
a) Fabricante-Consumidor:
Canal - Direto
Vantagens: controle das funções de marketing a serem desempenhadas;
Desvantagem: maiores investimentos;
Exemplos: a Avon, a Yakult, a Rhodia, ou mesmo um agricultor etc.
b) Fabricante-Varejista-Consumidor:
Canal - mais utilizado pelos fabricantes de produtos de escolha como vestuário, livros e
eletrodomésticos.
O produto transfere ao intermediário grande parte das funções mercadológicas (crediário,
promoções etc.).
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c) Fabricante-Atacadista-Varejista-Consumidor:
Visa atingir um número grande de consumidores.
Exemplos: refrigerantes e produtos de limpeza.
d) Fabricante-Agente-Varejista-Consumidor:
Exemplos: Ferramentas.
e) Fabricante-Agente-Atacadista-Varejista-Consumidor: É O Canal Mais Longo;
Exemplo: Balas e Doces.
Intermediários:
1. Varejistas:
São os intermediários de vendem diretamente aos consumidores;
Varejistas Independentes;
Varejistas em Cadeia (Americanas);
Lojas de Departamentos (Vestuário, Eletrodomésticos, Móveis Residenciais E Outros);
Lojas de Descontos;
Supermercados (Auto-Serviço);
Shopping Centers;
Porta em Porta (Livros, Enciclopédia, Consórcios).
2. Atacadistas:
Compram Produtos Em Grandes Quantidades;
Caracteriza Por Não Vender Ao Consumidor Final;
Compram Diretamente Dos Fabricantes, Vendendo A Um Intermediário Ou Usuário
Industrial;
Classificação de Atacadista:
A. Atacadista de Funções Completas:
Gerais: operam com ampla gama de produtos;
De linha: operam em determinados ramo do mercado;
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De especialidade: revendem produtos muito especializados.
B. Atacadistas de Funções Limitadas:
Transportadores (Truck Jobber);
Pague E Leve;
Rack Jober.
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4. COMPOSTO PROMOCIONAL
O Composto Promocional é um conjunto de ações empreendidas pela organização no sentido
de tornar o produto atrativo ao cliente, conquistando sua preferência, visando à venda.
É conhecido como Composto de Comunicação de Marketing ou como Promoção, o
Composto Promocional, segundo KOTLER (1994) está subdivididos em cinco importantes
ferramentas:

Propaganda: qualquer forma paga de apresentação impessoal e de promoção de idéias
ou serviços por um patrocinador identificado.

Marketing direto: uso de correio, telefone e outras ferramentas de contato impessoal
para comunicar ou solicitar resposta de consumidores ativos e potenciais específicos.
 Promoção de vendas: incentivos a curto prazo para encorajar a experimentação ou
compra de um produto ou serviço.
 Relações públicas e publicidade: uma variedade de programas preparados para
promover e/ou proteger a imagem de uma empresa ou de seus produtos individuais.
 Venda pessoal: interação face-a-face com um ou mais compradores potenciais com o
propósito de fazer vendas.
Compreende a Variável controlável do composto mercadológico.
Informa aos consumidores a respeito dos seus produtos, serviços ou formação da própria
imagem da empresa. O mercadólogo conta com a propaganda, venda pessoal, promoção de vendas,
merchandising e relações públicas.
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Processo de comunicação envolve um comunicador, uma mensagem e um receptor. O
comunicador é quem tem algo a dizer. A mensagem significa o que se tem a dizer e o receptor é
aquele que recebe a mensagem. O modelo está ilustrado a seguir:
Quando o comunicador emitir uma mensagem, ele deverá pensar na comunicação efetiva, ou
seja, que o seu receptor realmente entenda o que quer dizer. Por isto, a partir de uma análise de
audiência deve pensar na melhor forma de atingi-la (codificação).
Usa um meio para transmitir sua mensagem (canal) e o receptor, ao entender o que está
sendo transmitido (decodificação), completará o processo. Somente com a compreensão deste último
pode-se dizer que houve realmente uma comunicação.
A realimentação (feedback) é importante fator para o comunicador avalie o resultado de seu
esforço. Toda comunicação tem ruídos. Os ruídos atrapalham o processo e devem ser eliminados.
Enfim, o composto promocional é uma combinação e relação dos tipos de promoções que a firma
faz para determinado período de tempo.
PROPAGANDA
O Termo propaganda confunde-se com publicidade. Na realidade, publicidade (publicity)
refere-se à divulgação não paga; portanto é uma atividade englobada pela área de relações públicas.
Propaganda, segundo a Associação Americana de Marketing, é qualquer forma paga de apresentação
não pessoal de idéias, produtos ou serviços, levada a efeito por um patrocinador identificado.
Funções: manter cooperação de seus intermediários, familiarizarem seus clientes com o uso
dos produtos fabricados, criarem imagem de credibilidade, lançar novos produtos, estimular
demanda, criar lealdade de marca, enfatizar características dos produtos, entre outros propósitos.
A propaganda pode ser promocional ou institucional. A propaganda promocional visa
estimula a venda imediata, enquanto a institucional visa divulgar a imagem de empresas ou marcas
de produtos, com a intenção de venda indireta.
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Propaganda Cooperativa.
MÍDIAS: é o veículo, o meio para transmissão da mensagem.
Vantagens e desvantagens das principais mídias: jornais, rádio, outdoor, televisão, revistas,
mala direta, cinema e internet.
Como são cobradas estas mídias?
O jornal vende centímetro por coluna. A revista vende as páginas inteiras, meias páginas, um
terço de página, um quarto de página e assim sucessivamente. O rádio vende tempo: 15 segundos, 30
segundos, um minuto. A televisão usa o mesmo processo do rádio. O cinema vende um minuto de
projeção de um filme no início de cada sessão.
A empresa de outdoor vende tabuletas para cartazes de oito folhas, 16 folhas, 24, 32, painéis
de estradas de diferentes tamanhos por metro quadrado, painéis iluminados ou luminosos, pintados
etc. A mala direta consiste praticamente no custo do selo, material impresso e custos de Mailing,
relação dos clientes cadastrados.
VENDA PESSOAL
Umas das mais eficientes ferramentas de comunicação de marketing. Consiste na
comunicação direta da empresa com seus clientes através de vendedores.
Vantagens: o representante da empresa pode adaptar a mensagem ou apresentação de vendas
de acordo com a necessidade da situação. Pode receber imediata realimentação do processo e
corrigi-lo ainda a tempo, se necessário.
PROMOÇÃO DE VENDAS
Abrange as atividades que suplementam as vendas pessoais e a propaganda coordenando-as e
ajudando a torná-las efetivas tais como o uso de amostras, exposições, demonstrações e outros
esforços que não estejam incluídos na rotina diária.
Complementar os esforços de venda e de propaganda. É uma atividade de apoio e deve estar
relacionada com as demais estratégias do composto de marketing. A promoção de vendas deve atrair
a atenção e favorecer a ação dos consumidores à compra de produtos;
Ao pensarmos em quais as atividades englobadas pela área, várias delas podem ser
prontamente identificadas devido à sua maior aplicação: Exposição e feiras, Amostras, Prêmios e
vales-brindes, cupons, concursos e jogos, desfiles de modas, shows, exposições etc.
20
Apostila Específica – Curso de Tecnologia em Marketing
MERCHANDISING
A Associação Americana de Marketing definiu merchandising como uma operação de
planejamento necessário para se pôr no mercado o produto certo, no lugar certo, no tempo certo, em
quantidades certas e a preço certo.
Wilson Bud, em seu Principles of Merchandising, diz que merchandising compreende um
conjunto de operações táticas efetuadas no ponto de venda para colocar no mercado o produto ou o
serviço certo, no lugar certo, na quantidade certa, no preço certo, com o impacto visual adequado e
na exposição correta.
Se o termo marketing significa "ação no mercado", o termo merchandising significa "ação na
mercadoria", de onde decorre que todos os elementos do composto de marketing devem apresentar.
São operações de merchandising:
 Exposição e apresentação adequadas dos produtos;
 Verificação dos níveis de estoques;
 Verificação dos preços;
 Verificação da data de validade dos produtos;
 Treinamento adequado nos locais;
 Comunicação adequada nos locais;
 Verificação do estado do material no ponto-de-venda;
 Amostragem e demonstração de produtos no ponto-de-venda.
RELAÇÕES PÚBLICAS
Relações com o público. É a administração deste relacionamento com o objetivo de causar
uma imagem favorável da empresa para maior eficiência. São os fornecedores, funcionários,
acionistas, distribuidores, varejistas, mercado, imprensa etc.
21
Apostila Específica – Curso de Tecnologia em Marketing
5. PESQUISA DE MARKETING
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE MARKETING (SIM)
Uma empresa deve ser orientada para o marketing (cliente) e deve também ser flexível e
adaptável ao ambiente. O profissional de marketing da empresa necessita de um fluxo de
informações constante para tomar decisões certas.
Métodos formais e informais de coleta de informações
 Métodos Informais: rotina de coleta através de observações e experiências informais
 Métodos Formais: rotina de coleta planejada e sistemática através de questionários ou
outros sistemas formais. Envolve:
 SIM
 Pesquisa de mercado
A forma mais adequada de prover os usuários de informações de marketing na empresa é
através da estruturação de um sistema de informações de marketing. O objetivo fundamental é dos
gerentes em marketing tomarem decisões de modo que implique em redução das incertezas e riscos
nos quais a empresa poderia encontrar.
Desta forma o sistema de informação de marketing monitora os resultados da empresa e o
seu ambiente externo, buscando ao mesmo tempo captar, avaliar e selecionar, tratar, condensar,
indexar, analisar, interpretar, classificar, armazenar, recuperar, transmitir e disseminar dados e
informações externas e internas às empresas.
Estas informações deverão ser pertinentes e relevantes para a tomada de decisões em
marketing. Las Casas, (2002, p.228) ratifica definindo o SIM como “recursos humanos e
tecnológicos da empresa envolvida de forma sistemática na coleta, qualificação, análise,
disseminação e arquivo de informações relevantes às decisões de marketing”. O autor atribui como
suas principais funções: proporcionar coleta de informações, processarem as informações e usar
informação para decisão.
Diferença entre sim e Pesquisa
 SIM: forma organizada e planejada de proporcionar informações à empresa de maneira
constante. Utilizam dados internos e externos.
 Pesquisa: resolve um problema específico. Também faz parte do SIM
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Apostila Específica – Curso de Tecnologia em Marketing
O SIM pode ser definido como os recursos humanos e tecnológicos da empresa envolvidos
de forma sistemática na coleta, qualificação, análise, disseminação e arquivo de informações
relevantes às decisões de marketing.
O primeiro Sistema de Informações de Marketing foi implantado nos EUA por Robert J.
Williams, em 1961, na Mead Johnson, divisão da Edward Dalton Company.
O desenvolvimento do SIM foi alcançado em épocas mais recentes com a maior necessidade
das empresas de orientarem-se para o consumidor. Além disso, muitas empresas cresceram e os
principais administradores distanciaram-se demasiadamente dos mercados de atuação, necessitando
mais intensamente de informações para tomar suas decisões.
A velocidade com que as informações se modificam é outro fator que justifica o crescimento
do SIM. Lançamentos constantes de produtos, resultados de desenvolvimento tecnológico, técnicas
de comercialização mais eficientes, além de uma série de outros fatores, determinaram a necessidade
de um sistema organizado que pudesse constantemente monitorar estas mudanças.
Os benefícios da aplicação do SIM são vários. Além de ajudar a empresa a conhecer melhor
os seus consumidores, ele ajuda a estabelecer as estratégias de marketing da empresa à luz da
realidade do mercado de atuação. O planejamento anual de marketing pode ser estabelecido a partir
destas informações e sofrer ajustamentos à medida que o ambiente se altera. O SIM também
proporciona uma forma constante de dados que facilitam a função controle do administrador. Com
maior crescimento é possível detectar as oportunidades que se apresentam e combater a
concorrência.
Apesar de todos estes benefícios muitas empresas não aplicam o sistema. Alguns empresários
deixam para o departamento de pesquisa funcionar com um centro de informações. O departamento,
23
Apostila Específica – Curso de Tecnologia em Marketing
além de pesquisas específicas, encarrega-se de proporcionar aos principais executivos algumas
informações básicas ou mesmo certos gráficos padronizados. Entretanto, para que exista um SIM é
necessário mais do que isto. É necessário pensar, como ponto de partida, quais devem ser as
principais funções do sistema.
Objetivos


Fornecer informações mais intensamente de forma a orientar as empresas para o
cliente;
Monitoramento constante das mudanças ocorridas nestas informações, as quais se
modificam cada vez com maior velocidade;
Funções
Para ser eficiente, ele deve:
a) Proporcionar a coleta de informações - esta função determina a necessidade de
pesquisar em várias fontes e arquivar as informações após passarem por um processo
de seleção.
b) Processar as informações - neste caso, o sistema deve proporcionar recursos para que
os dados sejam analisados quanto à qualidade e credibilidade, transformados em
quadros e gráficos condensados e disseminados.
c) Usar a informação fornecida - o sistema deve proporcionar as informações
adequadas a cada um dos principais executivos. As necessidades são diferentes de
acordo com a função, e os dados devem satisfazer a estas necessidades.
Benefícios
 Ajuda a empresa a conhecer melhor os seus consumidores;
 Ajuda a empresa a estabelecer as estratégias de marketing à luz da realidade do
mercado de atuação;
 Proporciona um fluxo constante de informações que facilitam a função de controle do
administrador.
O SIM INTERNO
Uma vez determinadas as funções de um sistema de informações de marketing é preciso
estabelecer quais as informações de devem constar num sistema deste tipo.
- Faturas
- Relatórios anuais
- Vendas
- Lucro
- Financeiro
- Pessoal de Marketing
- Pesquisas de mercadoria
- Diversos
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Apostila Específica – Curso de Tecnologia em Marketing
Como montar um SIM
As formas pelas quais um SIM é estruturado nas empresas são os mais variáveis possíveis. Há
empresas que mantêm departamentos, outras apenas algumas pessoas encarregadas e ainda outras que
praticamente tornam todos os funcionários responsáveis pelas informações. O que se percebe na
prática é que o SIM é uma função associada aos CPD, uma vez que a maioria dos produtos
apresentados são relatórios. São geradores de relatórios tanto as funções de inteligência como a
ciência e a contabilidade. Portanto, a escolha das principais informações para decisão e planejamento
vai depender muito da necessidade da empresa e dos desafios do mercado.
Por esse motivo, para as empresas maiores, é necessário que se identifiquem inicialmente as
necessidades de cada executivo. Para que haja um bom sistema de informações, há necessidade da
formação de uma cultura para a administração. É muito comum o executivo se envolver muito em
suas tarefas rotineiras, de forma há sobrar pouco tempo para a leitura e informação. No entanto,
algumas empresas brasileiras já estão exigindo que seus executivos se dediquem a leituras e
pesquisas. Isto ocorre principalmente entre algumas empresas de consultoria.
Para obter um sistema de informações adequado, sugerem-se os seguintes procedimentos às
grandes empresas:
1º passo - obter apoio da administração;
2º passo - fazer uma revisão de todos as funções e objetivos de marketing;
3º passo - decidir a respeito da estrutura organizacional;
4º passo - implantar o sistema - fazer a implantação de forma gradual
Bases para a coleta de informação
SUBSISTEMA DE CONTABILIDADE INTERNA
O uso de dados contábeis é uma das formas mais utilizada pelos executivos para obterem
informações, em grande parte devido à possibilidade de disporem destes dados facilmente na própria
empresa. Os dados apresentados de forma regular podem fornecer para os administradores
importantes informações como tendência dos lucros, nível de gastos, contas a pagar compras
realizadas, vendas feitas por áreas, vendedores etc.
É importante, porém, que cada um dos dados tome seu rumo certo. Informações sobre custos
devem ser fornecidas talvez ao gerente de compras, ao passo que vendas por áreas e clientes ao
gerente de vendas ou marketing, e assim sucessivamente.
SUBSITEMA DE INTELIGÊNCIA DE MARKETING
Todas as informações dos executivos obtidas através de jornais, revistas, relatórios,
exposições, feiras, vendedores entre outras, devem ser consideradas e fazem parte deste
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Apostila Específica – Curso de Tecnologia em Marketing
subsistema. As informações devem ser selecionadas para que sejam relevantes aos executivos,
possivelmente condensadas para maior facilidade de leitura e disseminadas no tempo devido.
Há empresas que preferem contratar serviços externos para a inteligência. Estes serviços
podem envolver desde relatórios que indicam preferências de consumidores em bases regulares até
relatórios que informem níveis de estoques. Outras empresas, como a Lux, aqui no Brasil, fornecem
recortes dos principais jornais do país no ramo de atuação de assuntos relacionados ao da empresa.
Seja qual for a fonte, o importante é criar um fluxo de dados relevantes que permitem a tomada de
decisões com bases na informação do meio ambiente de atuação.
SUBSITEMA DE CIÊNCIA DE MARKETING
Se o SIM como sistema deve facilitar os administradores, a ciência de marketing é um aspecto
que não pode estar excluído de consideração.
O subsistema de ciência de marketing inclui toda a utilização de modelos e gráficos que
possam auxiliar na decisão. Modelo é a especificação de um conjunto de variáveis e seus interrelacionamentos projetados para representar algum sistema ou processo real em todo ou em parte.
Com o auxílio dos computadores, os modelos podem ser eficientemente usados constituindose como uma importante ajuda para o tomador de decisões. A aplicação de modelos é a tentativa de
transportar a realidade para fórmulas matemáticas que a representem. É um importante componente
decisório que deve ser usado com uma boa dose de julgamento pessoal.
PESQUISA
É um dos mais importantes subsistemas do SIM. Pesquisa de mercado é uma forma
sistemática de coleta, registro e análise de dados relativos a problemas ou oportunidades de
marketing e pode ser realizada de forma constante (painéis) ou para resolver um problema específico
(ad hoc).
Apesar de que no Brasil o uso da pesquisa para decisões de marketing não atingiu ainda cifra
expressiva, o número de usuários parece Ter aumentado substancialmente nos últimos dez anos. Os
administradores brasileiros estão gradativamente reconhecendo a importância de conhecer com maior
profundidade determinadas situações, reduzindo o risco de tomada de decisões erradas.
 Tipos de pesquisa:

Pesquisa exploratória: procura-se obter uma luz a respeito de quais itens deve incluir na
pesquisa. Visa determinar os aspectos principais a serem pesquisados.

Pesquisa descritiva: Tem o objetivo de descrever uma situação

Pesquisa experimental: aplicação de uma determinada variável,
com o resultado sendo
anotado para uma comparação do desempenho atual com o anterior.
26
Apostila Específica – Curso de Tecnologia em Marketing
 Tipos de dados:
 secundários: são compilados por outras fontes;
 primários: coleta feita diretamente em campo.
 Passos de pesquisa (Os 5 P’s):

Propósito: É a determinação daquilo que se pretende fazer.
 Planejamento: A partir do tipo de informação desejada, decide-se qual plano de pesquisa usar
pesquisa descritiva ou experimental?

Dados secundários ou primários?

Observação (informal) ou questionário (formal)?

Questionário via correio, telefone ou pessoalmente?

Perguntas abertas, fechadas ou dicotômicas?

Pesquisar o universo ou amostragem?

Amostragem probabilística ou não probabilística?

Procedimentos: É a operacionalização do planejamento;

Processamento: É a parte analisadora do sistema, que monta o resultado dos questionários ou
das informações coletadas; e

Propagação: É a divulgação dos dados pelo pesquisador.
27
Apostila Específica – Curso de Tecnologia em Marketing
6. COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
O comportamento do consumidor consiste em atos, processos e relacionamentos sociais
apresentados por indivíduos ou grupos antes, durante e depois de um processo de troca. São quatro
os fenômenos interligados que caracterizam o comportamento com o cliente, isto é, com o
consumidor: As pessoas – indivíduos e grupos formais ou informais de tamanhos diversos; as
atividades – incluem as ações e processos; as relações interpessoais – interface entre as pessoas; e as
experiências.
Assim para lançar no mercado produtos que atinjam os objetivos do conceito de marketing e
para se manter um nível satisfatório de atendimento, um requisito de sua importância é entender a
razão e a forma pela qual os consumidores realizam suas compras.
Somente através do entendimento do comportamento do consumidor será possível viabilizar
produtos e serviços que atendam exatamente aos desejos e necessidades dos mesmos.
Devido à importância do conhecimento do consumidor, foram desenvolvidos estudos e teorias
que pudessem traduzir e auxiliar na interpretação dos anseios dos diversos grupos de compradores,
que compram por diferentes motivos e razões.
O cliente ‘consumidor’ diante de uma situação de compra age em decorrência de uma série de
influências de ordem interna ou externa. Como fatores internos, estão incluídos os principais
componentes da estrutura psicológica do indivíduo, sua formação passada e expectativas futuras. Por
outro lado as influências externas advêm do meio ambiente em que vive, incorporando-as no seu
comportamento.
A teoria mais importante e que se refere a sentimentos de pós-compra é a de festinger,
conhecida como 'dissonância cognitiva. Não existe um convívio harmonioso entre atitudes, crenças e
cognição, após uma tomada de decisão. O Indivíduo entrará em Estado de Ansiedade. Entretanto, a
maior ou menor ansiedade dependerá de alguns fatores como: o grau de importância psíquica e
financeira da decisão; o número elevado de alternativas.
Quando ocorre a dissonância, o indivíduo procura diminuí-la, agindo de uma das seguintes
maneiras: Procura informações que reforçam a decisão; Percebe mais as informações que reforçam a
decisão; e evita os aspectos negativos da decisão e reforça os positivos.
Entender o consumidor é uma das tarefas mais difíceis do marketing, apesar de toda a sua
importância. Os consumidores recebem influências internas e externas, que compreendem o seguinte:
28
Apostila Específica – Curso de Tecnologia em Marketing

Influências internas: fatores psicológicos, como motivação,
aprendizagem, percepção, atitudes, personalidade.

Influências externas: família, classe social, grupos de referência e cultura.
FATORES INTERNOS
FATORES DE ORDEM PSICOLÓGICA
MOTIVAÇÃO
A força interna que dirige o comportamento das pessoas é a motivação. Os indivíduos sentemse motivados a comprar, em grande parte impulsionada pela proteção de si própria. Esta força interna
que leva as pessoas a comprarem produtos e serviços poderá ser de ordem fisiológica ou psicológica.
O principal fator que impulsiona os indivíduos ao ato de compra é uma necessidade não satisfeita.
Um esforço de coordenar a hierarquia das necessidades foi feito por Maslow, um psicólogo e
professor, que desenvolveu a teoria de que a satisfação dos desejos e necessidade motiva o ser
humano a buscar o objetivo de auto-realização.
APRENDIZAGEM
Outro aspecto com os administradores de marketing estão normalmente preocupados é como
os consumidores aprendem. Conhecer os principais motivos poderá ajudar a promover produtos ou
serviços de forma que facilite aos clientes visados estabelecer uma preferência pelos produtos da
29
Apostila Específica – Curso de Tecnologia em Marketing
empresa. O aprendizado é uma alteração de comportamento mais ou menos
permanente que ocorre como resultado da prática.
Algumas linhas de pensamentos antagônicos existem para explicar o aprendizado dos
consumidores. A escola de estímulo-reposta, diz que os indivíduos aprendem em conseqüência das
experiências adquiridas (reforço positivo/reforço negativo).
Outra importante teoria para os homens de marketing é o princípio da generalização. Na
generalização tendemos a responder a uma nova situação da mesma forma que respondemos a
situações similares no passado.
Entretanto, ao invés de generalizar, o menino poderia discriminar (princípio da
discriminação). A discriminação ocorre a partir da constatação que nem todas as generalizações são
apropriadas.
Escola cognitiva: defende que o que aprendemos são estruturas cognitivas. Enquanto uma
escola defende a idéia que aprendemos com um ato mecânico, instintivo, a outra defende que
aprendemos através do pensamento, da lógica, mesmo sem experiências anteriores.
Para o marketing podemos adaptar estas teorias de aprendizagem para entender como os
consumidores aprendem a comprar os produtos e mantêm fidelidade à marca. Os produtos são
comprados de formas diferenciadas. Essa diferença dá uma boa orientação para o marketing. Aos
produtos de consumo o estímulo criado pela propaganda de forma mais massificada será importante,
ao passo que para produtos mais complexos outros detalhes promocionais poderão ser de maior
importância, como folhetos explicativos, vendedores bem preparados para explicar o funcionamento
de produtos, entre outras ferramentas que possam auxiliar uma decisão mais racional.
PERCEPÇÃO
É o processo pelo qual um indivíduo seleciona, organiza e interpreta a informação para dar
significado ao mundo. A maneira como percebemos as coisas ao nosso redor é muito variável de
acordo com nossas experiências passadas, crenças, atitudes, valores, personalidade etc.
À medida que vamos adquirindo maiores conhecimentos e experiências, nossa estrutura
interna cognitiva vai-se alterando também. A percepção muda com o nível de conhecimento e a
familiaridade que se tem com os assuntos. A percepção irá variar também de acordo com as
necessidades dos indivíduos.
Um importante aspecto quanto à percepção é que os consumidores são seletivos, percebendo
certos estímulos que são mais consistentes com seu estilo de vida. Este fato é conhecido como
percepção seletiva. Conhecendo as características do segmento e principais valores e atitudes
predominantes no segmento escolhido, é possível adequar estratégias promocionais de forma que
atinjam os consumidores-alvos e que o produto seja devidamente percebido.
ATITUDES
Consistem no conhecimento e sentimentos positivos ou negativos a respeito de algum objeto.
São normalmente apreendidas no convívio dos indivíduos com os grupos sociais que freqüentam.
30
Apostila Específica – Curso de Tecnologia em Marketing
Desta forma encontramos no mercado pessoas com atitudes favoráveis ou
desfavoráveis a determinados assuntos.
As atitudes geralmente são estáveis e não mudam repentinamente. Mudar uma atitude
desfavorável é um trabalho difícil e requer grandes investimentos. É importante os administradores
de marketing conhecerem as atitudes dos consumidores em relação a seus produtos, pois isto poderá
sugerir esforços especiais para mudar ou manter alguma situação do mercado. Normalmente, as
atitudes são determinadas através de pesquisas que procuram identificar a opinião dos consumidores.
FATORES EXTERNOS
FAMÍLIA
É um dos primeiros determinantes do comportamento do indivíduo (é umas das fontes mais
importante na determinação de hábitos e costumes). Os pais são responsáveis diretamente pela
socialização. Muitos hábitos são transmitidos na própria unidade familiar.
CLASSE SOCIAL
Determinam diferenças no comportamento dos indivíduos.
GRUPOS DE REFERÊNCIA
Podem ser primários e secundários;
Primários são os formados por indivíduos que afetam mais diretamente nossas vidas como:
família, amigos e vizinhos.
Os secundários são formados principalmente por associações fraternais, profissionais, clubes etc.
A influência deste grupo não é tão acentuada como nos casos dos primários, mas interferem de
muitas formas no comportamento do consumidor
CULTURA
Consistem em um conjunto de valores, percepções, preferências e comportamentos
adquiridos. A cultura é a soma total do conhecimento, opiniões, idéias, artes, leis, costumes, tradições
e hábitos adquiridos pelos indivíduos como membros de uma sociedade. É tudo aquilo que o povo
tem, pensa e faz como membro de sua sociedade.
Sub-Cultura: Deriva da cultura, com identificação + específica e socialização de seus
membros. Inclui: nacionalidade, religião, grupos sociais ligados a esporte, lazer etc.
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Apostila Específica – Curso de Tecnologia em Marketing
7. ÉTICA E SUSTENTABILIDADE
A relação da ética e a sustentabilidade da empresa tornaram-se um diferencial para que a
empresa possa se destacar no mercado, pois a ética tem a função de motivar e revigorar aqueles
que de alguma forma integram a empresa, e até mesmo toda a sociedade pode ser beneficiada.
Segundo Toffler, ética deriva da palavra grega “ethos”, que significa tanto caráter quanto
sentimento de comunidade – o que poderíamos chamar de cultura. Se formos fazer uma enquete
sobre o que pensamos sobre a definição de ética, fora a questão do etnocentrismo, provavelmente
estaríamos rodeados pelos princípios de honestidade, lealdade, bondade, que a maioria das pessoas
respeita. Há um grande dilema sobre o certo e o errado, que são relativos aos conceitos de bom e
mau.1
A ideia de Aguilar reflete sobre a implementação de uma ética empresarial que proporciona
aos funcionários e outros interessados a oportunidade de trabalhar em uma atmosfera de confiança
e respeito mútuo. Podendo fornecer a lideres empresariais condições favoráveis à promoção da
inovação e aceitação de riscos, tão essenciais em longo prazo a excelência empresarial.
O fato de a ética ser retomada, apesar da crise, impõe o reconhecimento de que o ser
humano é capaz de exercer sua consciência moral e de responsabilizar-se pelos seus atos. Nesse
sentido, diz Gonçalves, a consciência moral se confunde com a liberdade. O pressuposto básico
que orienta consciência moral e, portanto, da liberdade é o conhecimento. Você já sabe que a fase
atual da economia capitalista criou um clima favorável ao surgimento de inúmeras interpretações –
tanto otimistas como pessimistas – quanto ao futuro da sociedade do trabalho.
Sabe, também, que o conhecimento é uma condição indispensável ao exercício da liberdade
e, portanto, da cidadania. Por isso não podemos desconhecer que a possibilidade de estendê-lo à
grande massa dos trabalhadores (durante tanto tempo excluídos de seu acesso) cria perspectivas de
que se venha a resgatar o valor do trabalho. E isso permite instituir uma nova ética nas empresas e
na sociedade como um todo.
Existem dois fatores que minimizam as controvérsias e fazem ainda mais sustentável a ética
das empresas frente à concorrência e ao mercado: a identificação de lideres que tenham
compromisso e que não caiam na armadilha de subestimar as dificuldades inerentes ao
desenvolvimento e a definição das questões éticas relevantes para a empresa (elaboração do
Código de Ética, por exmplo). Algumas empresas enquanto tentam evitar crises éticas promovem
salvaguardas como aplicar punições, ou até mesmo, deixar de investir em certos produtos e
serviços como medo de expor seu pessoal a tentações antiéticas. Contudo, recentemente muitas
1
CISNEIRO, João Augusto Bastos. A ética como ferramenta para a sustentabilidade das empresas. Faculdade de
Ciência Humanas. Disponível em: < http://www.comunicar.com.br/downloads/artigo%20etica.pdf>.
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empresas passaram a confiar em diretrizes mais formais, e adotaram o código de ética como
filosofia e expressão do desejo da administração e de seu pessoal.
É hoje uma tendência cada vez mais constante na organização das fábricas a tomada de
consciência sobre a importância de que o trabalho seja estruturado a partir de tarefas globais. Elas
seriam executadas por equipes de profissionais suficientemente qualificados para dar conta de um
máximo de atividades e para assumir responsabilidade com autonomia e criatividade.Essa forma de
estruturação do trabalho não só representa o rompimento com o taylorismo, como também anuncia
uma nova orientação relativa a políticas de recursos humanos. Tal política visa à autodeterminação
e ao crescimento de todos os envolvidos no processo de trabalho nas organizações.
Mas seria ingênuo acreditar que a revalorização e o futuro da sociedade do trabalho
dependeriam exclusivamente de uma política de recursos humanos voltada para a qualificação do
trabalhador. Sabe-se que, numa economia globalizada, com um processo de produção flexível, a
qualificação do trabalho não é garantida de emprego e nem o cria. No entanto, não resta dúvida de
que, no atual quadro econômico, os novos empregos passarão a absorver os trabalhadores mais
qualificados.
Nessas circunstâncias, uma reflexão sobre a dimensão ética empresas deverá passar
necessariamente pelo resgate da qualificação profissional, mais incluirá outros aspectos
organizacionais, fundamentais ao resgate da dimensão pública da ética e, conseqüentemente, ao
resgate da cidadania.
Para pensar a questão ética nas organizações empresariais é necessário, antes de tudo,
definir o objetivo desse tipo de organização. Uma organização empresarial, utilizando determinada
tecnologia, produz algum bem ou serviço, para ser comercializado em função do atendimento a
demandas da sociedade.
Cabe à empresa desempenhar com qualidade sua missão específica. Assim, por exemplo,
espera-se de uma universidade que ela prepare o profissional do futuro; de um hospital, que cuide
da doença; de uma indústria automobilística, que produza bons carros; de um restaurante, que
ofereça boa comida. Por outro lado, esse desempenho não pode estar dissociado de seu objetivo
principal, que é a obtenção de lucro. Mas não se pode perder de vista que uma organização
empresarial está localizada numa comunidade. Ela oferece emprego aos moradores, paga impostos
e a tecnologia que utiliza causa algum impacto sobre essa comunidade.
Logo, ao refletir sobre a dimensão ética na empresa, precisamos compreender que, além
dos compromissos relativos ao seu funcionamento interno, a organização empresarial possui
compromissos externos, de ordem social.
E quais são esses compromissos? Como honrá-los?
Vamos analisar, inicialmente, a questão do lucro, seu objetivo primeiro. Essa, que parece
uma questão de interesse exclusivo da empresa, tem também importantes repercussões sociais. A
primeira responsabilidade de uma empresa é apresentar um bom desempenho econômico, de forma
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Apostila Específica – Curso de Tecnologia em Marketing
a cobrir custos e acumular capital. A conseqüência do seu sucesso econômico tende a se desdobrar
socialmente em empregos, melhores salários e arrecadação de impostos, preços mais adequados ao
consumidor, e qualidade dos serviços – fatores relacionados à justiça social. O objetivo de obter
lucro é, portanto, absolutamente legítimo. Isso porque uma empresa falida, não-lucrativa é má
empregadora, malvista na comunidade e não gera capital para a criação de empregos futuros.
O outro compromisso seria o comprometimento social da empresa se expressa, ainda, no
seu engajamento com programas culturais e filantrópicos de interesse da comunidade, nos seus
projetos de preservação ambiental, especialmente porque, nesse último caso, a tecnologia por ela
utilizada costuma causar impactos sobre o meio ambiente.
Na medida em que no mundo contemporâneo a economia está predominantemente
organizada com base na iniciativa privada, torna-se indispensável o comprometimento amplo das
organizações com as questões sociais. Hoje, política social e ambiente escapam do âmbito do
governo, tornando-se responsabilidade de organizações empresarias e não-governamentais.
O compromisso das organizações empresarias é, hoje, muito mais amplo do que a própria
relação emprego-empregador: ele envolve questões raciais, de sexo, de distribuição de renda,
manutenção do meio ambiente, enfim, os problemas mais gerais que afligem a sociedade. Hoje, o
que se põe em questão é o desenvolvimento de uma prática coerente com uma ética pública, o que
significa que fiquem preservados os interesses da organização, sem comprometimento das ações
que contribuam para o bem-estar e o desenvolvimento da sociedade como um todo.
Para aborda os demais compromissos que uma organização precisa assumir de modo a ser
conceituada como ética é necessário pensarmos nos atores ou agentes do processo organizacional,
aqueles que fazem a empresa, que são responsáveis pelo desenvolvimento de sua política e das
atividades necessárias ao alcance de seus objetivos. Nesse caso, estamos falando de empregadores
(que passamos a identificar como o administrador) e empregados.
A motivação como impulsionador de uma organização moderada e equilibrada, a ética,
pode envolver todos os participantes de uma organização, no processo de uma conduta e se
tornarem mais competitivos perante o mercado.
Desta forma, como (e o que) a ética traz a sustentabilidade nas organizações empresariais?
O fato é que por um princípio moral e até de sentimento humano como consumidores
permanecemos ao lado do bem contra o mal, do justo contra o injusto, e assim, caminhamos ao
lado de empresas que fornecem creches para os filhos de seus funcionários, promovem diversidade
da força de trabalho, atuam na prevenção e segurança do trabalho, lutam contra o assédio sexual,
combatem discriminação, trabalham com consciência de preservação a natureza, incentivam
atividades de reciclagem e outras ações que notoriamente são aprovadas por um consenso, comum
e democrático, favorecendo assim a sustentabilidade nas empresas.
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Apostila Específica – Curso de Tecnologia em Marketing
8. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
CONSUMIDOR
Segundo Frazzio Junior (2005, p.591): “o consumidor é toda pessoa física ou jurídica que
adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final, isto é, para uso próprio”. Dessa
forma, não podemos falar das organizações sem focar a importância de um dos parceiros mais
presentes no cotidiano: o consumidor. Para que as empresas passem a crescer e aumentar cada vez
mais seu desempenho, elas precisam proteger o consumidor sinalizando os seus direitos e as mais
diversas situações.
O Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) define em seu art. 2º o consumidor
como “toda pessoa física ou jurídica que adquira ou utiliza produto ou serviço como destinatário
final”. Existem muitas correntes doutrinárias que buscam explicar tal conceito, especialmente a
expressão destinatário final dada pelo legislador, entretanto a interpretação deve ser dada da forma
mais ampla possível, atendendo os princípios e as finalidades do Código de Defesa do
Consumidor.
Destinatário final então será aquele que adquirir a título gratuito ou oneroso ou aquele que,
mesmo não tendo adquirido, utilizou ou consumiu o produto ou serviço, sendo este o fim da cadeia
produtiva.
O Código de Defesa do Consumidor ainda trás a figura do consumidor por equiparação
conforme se destacam no parágrafo único do artigo 2º e nos artigos 17 e 29, casos em que se
aplicam as disposições do Código para aqueles que efetivamente não se adquiriram produto ou
serviço, mas os utilizaram ou simplesmente estão expostos a estes (consumidor equiparado).
Existem assim dois tipos de consumidores:
Consumidor Real – é o destinatário final que retira o produto ou serviço do mercado de
consumo através de sua aquisição ou utilização (art.2º CDC)
Consumidor equiparado – a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja
intervindo nas relações de consumo (art. 2º, parágrafo único); todas as vítimas do evento danoso.
(art. 17 do CDC); as pessoas expostas às práticas comerciais e à disciplina contratual (art. 29 do
CDC).
Em qualquer relação de consumo, duas partes são bem identificadas, ou seja, o consumidor
e o fornecedor ou vendedor de um produto ou serviço. Essa relação tem como objetivo primordial
a satisfação de uma necessidade do consumidor, que submete as condições dos vendedores ou
fornecedores do produto ou serviço.
De acordo com Coelho (2005, p.392): “as organizações tem a dúplice missão de prevenir
danos causados ao consumidor e conferir-lhe mecanismos de proteção concreta e eficaz
suscetíveis de reparar integralmente os danos derivados da sua posição de consumidor”. As
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empresas precisam assumir com eficiência essa responsabilidade, utilizando como ferramenta o
Código de Defesa do Consumidor – CDC, que tem a tutela legalizada do consumidor através do
arcabanço da Constituição Federal, através do seu artigo 5º, inciso XXXII que diz: “o Estado
promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor”.
DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
O Código de Defesa do Consumidor, artigo 6º, estabelece os direitos básicos do
consumidor:
a) Proteção à vida e à saúde - Antes de comprar um produto, ou utilizar um serviço, o
consumidor deve ser avisado pelo fornecedor, dos possíveis riscos que ele possa oferecer à sua
saúde ou segurança.
b) Educação para o consumo - Todo o consumidor tem direito a receber orientação sobre o
consumo adequado e correto de cada produto ou serviço.
c) Escolha de produtos e serviços - O consumidor deve ter assegurado a liberdade de
escolha dos produtos e serviços e a igualdade das contratações.
d) Informação - Ao entrar em um estabelecimento comercial ou contratar alguma empresa
de serviços, o consumidor tem o direito de ser informado de maneira clara e objetiva dos
diferentes produtos e serviços oferecidos, com especificações correta quanto: a quantidade,
característica, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que eles possam apresentar decorrente
do uso inadequado.
e) Proteção contra a publicidade enganosa ou abusiva - O Código garante proteção ao
consumidor contra métodos comerciais, desleais, práticas e cláusulas abusivas ou impostas no
fornecimento de produtos e serviços.
f) Proteção contratual - O Código tomou possível fazer mudanças em cláusulas contratuais
que estabeleçam prestações desproporcionais ou revisão em razão de fatos posteriores que possam
causar dificuldade no cumprimento do mesmo por ter se tomado excessivamente oneroso.
g) Indenização - Caso haja algum descumprimento ou falha nos serviços prestados o
consumidor tem o direito de ter a reparação de danos patrimoniais, morais, individuais, coletivos e
difusos.
h) Acesso à justiça - O Código garante ao consumidor o acesso à justiça através dos órgãos
judiciários, administrativos e técnicos e assegura a proteção jurídica aos necessitados.
i) Facilitação da defesa de seus direitos - O Código facilita a defesa dos direitos do
consumidor permitindo até, que em certos casos, seja invertido o ônus da prova dos fatos.
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j) Qualidade dos serviços públicos - Existem normas no Código de Defesa do Consumidor
que asseguram a prestação de serviços públicos de qualidade, assim como o bom atendimento ao
consumidor pelos órgãos públicos ou empresas concessionárias desses serviços.
FORNECEDOR
De acordo com Frazzio Junior (2005, p. 594):
Fornecedor é o responsável – Pessoa física, jurídica, pública ou privada, nacional
ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados – que desenvolve atividades
de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Podemos atribuir alguns deveres e responsabilidades dos fornecedores. São eles:
- Informar a respeito da periculosidade e nocividade de alguns produtos/serviços;
- Fornecer peças de reposição enquanto o produto for comercializado;
- Zelar pela lealdade, evitando práticas abusivas contra o consumidor;
- Dar informações adequadas sobre os eventuais riscos à saúde e segurança dos usuários
dos produtos etc.
Podemos entender que as responsabilidades e obrigações dos consumidores se assemelham
com as dos fornecedores e aos empresários das organizações, pois o dever da informação é
responsabilidade de todos os envolvidos no processo de negociação.
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor – CDC, a responsabilidade do
fornecedor se refere pelo fato do produto ou pelo fato do serviço.
O artigo 12 do CDC afirma que: “podem ser responsabilizados o fabricante, o produtor, o
construtor nacional ou estrangeiro e o importador”. Essa responsabilidade ocorre de forma
solidária, independente da assistência da culpa, no caso de reparação de danos causados aos
consumidores por defeitos que tem como causas a fabricação, construção, montagens, fórmulas,
manipulação, apresentação dos produtos, acondicionamento dos produtos, projetos e por
informações insuficientes e inadequadas. Ou seja, tanto o fabricante, como o importador, por
exemplo, são os responsáveis em reparar o dano causado pelo produto, o consumidor pode exigir a
reparação de qualquer um deles, visto que a responsabilidade entre eles é solidária (todos são
igualmente responsáveis perante o consumidor).
A responsabilidade civil do fornecedor definida no Código de Defesa do Consumidor, nos
artigos 12 e 18, é objetiva, ou seja, independente de culpa o fornecedor é responsável pelo fato e
pelo vício de seus produtos ou serviços, isto porque a teoria do risco, hoje adotada
excepcionalmente no Novo Código Civil, aqui se aplica como regra, pois é inerente à atividade
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econômica, ademais se associam a esse conceito todos os princípios e finalidades do Código de
Defesa do Consumidor.
Em algumas situações específicas, o fornecedor se isentará ou excluirá da
responsabilidade, são as chamadas excludentes de responsabilidade:
 Comprovar que não colocar o produto/serviço no mercado;
 Comprovar que o defeito inexiste;
 Comprovar a exclusividade na culpa do consumidor ou terceiros.
No artigo 13 do CDC o comerciante também poderá ser responsável pelo vício ou defeito
do produto nos seguintes casos:
 O fabricante não puder ser encontrado;
 O produto não traz identificação do produtor;
 Não conservar adequadamente os produtos.
VICIOS E FATO DO PRODUTO
O vício é aquele que compromete a qualidade ou a quantidade do produto ou do serviço que
os tornem impróprios ou inadequados para o consumo a que se destinam e também lhes diminuam
o valor, aplicando-se a responsabilidade solidária a todos os tipos de fornecedores de cadeia de
produção do bem ou do serviço, nos termos do artigo 18.
O vício pode ser aparente, de fácil constatação, aparecendo no singelo uso ou consumo do
produto ou serviço, ou pode ser oculto, quando só aparecem algum ou muito tempo após o uso e/ou
que, por estarem inacessíveis ao consumidor, não podem ser detectados na utilização ordinária.
De acordo com o artigo 26 do CDC, o consumidor só poderá reclamar os vícios aparentes e
de fácil constatação nos seguintes PRAZOS:
- 30 dias (fornecimento de produto/serviço não duráveis)
- 60 dias (fornecimento de produto/serviço duráveis)
A contagem do prazo decadencial ocorre a partir da entrega do produto/serviço ou do
término da execução dos serviços.
O fornecedor terá um prazo de 30 dias para sanar o vício de qualidade, ou o consumidor
poderá exigir: abatimento proporcional do preço; restituição da quantia paga ou substituição do
produto por outro da mesma espécie.
Entende-se por fato do produto ou serviço o defeito que atinge a essência da coisa, é um
vício acrescido de um problema extra, algo intrínseco ao produto ou serviço, que causa dano maior
que simples mau funcionamento, a quantidade errada, perda do valor pago – já que o produto ou
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serviço não cumpriu o fim ao qual se destinava, impondo, como regra, a responsabilidade do
fornecedor real, conforme determina o artigo 12, casos em que o acidente de consumo será
resolvido com o pagamento de indenização por danos morais e ou materiais.
O Código de Defesa do Consumidor deu ao consumidor uma proteção legal buscando
impor a qualidade nos produtos e serviços ofertados no mercado de consumo e, assim, atribuiu
uma garantia legal para todos os produto e serviços, independentemente de concordância do
fornecedor ou qualquer termo expresso.
A chamada garantia legal esta prevista no artigo 26 do Código de Defesa do Consumidor,
sendo de 30 dias para produtos e serviços não duráveis e 90 dias para produtos e serviços duráveis.
Entretanto muitos fornecedores reais também oferecem garantias aos seus produtos e
serviços, numa tentativa de demonstrar a qualidade e durabilidade dos mesmos, essa garantia
denominada garantia contratual deve ver conferida mediante termo expresso, conforme orienta o
artigo 50 do Código.
DIREITO DE ARREPENDIMENTO
Quando a vendo do produto for realizada fora do estabelecimento, utilizando-se da internet,
revista, telefone, por exemplos, o direito tem o direito de arrependimento, também chamado de
direito de reflexão. Partindo do pressuposto que o cliente não estaria totalmente decidido, e que
pode ter sofrido algum tipo de erro ou impulso, o cliente pode devolver o produtor, sem arcar com
nenhum ônus, dentro do prazo de 7 (sete) dias.
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
Existem casos em que a justiça pode desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade,
responsabilizando diretamente o diretor ou administrador. São eles:
- Abuso de direito;
- Excesso de poder;
- Falência;
- Infração da lei, fato ou ato lícito ou violação dos estatutos ou contrato social;
- Encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
INFRAÇÕES E PENALIDADES
De acordo com o artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor e os artigos 12 e 13 do
Decreto nº 2181/97, seguem abaixo algumas práticas infrativas ou abusos contra o consumidor:
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a) Recusar, sem justificativa, de atender a demanda dos consumidores de serviços;
b) Enviar ou entregar, sem solicitação anterior, qualquer produto/serviço ao consumidor;
c) Explorar a fraqueza ou falta de conhecimento do consumidor, tendo em vista sua saúde,
idade, condição social para vender produtos/serviços;
d) Realizar os serviços sem antes elaborar orçamento e obter a autorização do consumidor;
e) Deixar de executar novamente os serviços, quando for o caso, sem custo a ser pago;
f) Deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação;
g) Oferecer produtos ou serviços sem prestar as informações precisas, claras, ostensivas e
compreensíveis sobre as características, qualidade, quantidade, preço, condições de
pagamento, garantia, prazos de validade, origem, encargos, dentre outras informações
importantes;
h) Elaborar cadastros com informações irreais ou imprecisas;
i) Submeter o consumidor inadimplente à situação constrangedora ou de ameaça;
j) Deixar de informar ao consumidor, por escrito, a abertura de cadastro, ficha, registro de
dados pessoais e de consumo, quando não for solicitada por ele;
k) Deixar de comunicar ao consumidor, no prazo de 05 dias úteis, as correções cadastrais por
ele solicitadas;
l) Deixar de entregar o termo de garantia devidamente preenchido com as informações
previstas no parágrafo único do artigo 50 da Lei 8078 de 1990 etc.
Nos casos de inobservância às normas contidas no CDC e na Lei 8078 de 1990, o fornecedor se
sujeitará as seguintes penalidades isoladas ou cumulativas, ao descumprir as garantias legais do
consumidor ou desobedecer às imposições da lei:
- Multa;
- Apreensão do produto;
- Inutilização do produto;
- Cassação do registro do produto no órgão competente;
- Proibição de fabricação do produto;
- Suspensão temporária da atividade;
- Intervenção administrativa etc.
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