1. GERAIS O QUE SãO OS IMPLANTES DENTÁRIOS

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1. GERAIS
O QUE SãO OS IMPLANTES DENTÁRIOS ?
São artefatos modernamente confeccionados em titânio, que são introduzidos à pressão ou rosqueados
dentro do osso dos maxilares (superior ou inferior) no lugar onde foi perdido o dente natural, com o
objetivo de suportar prótese dental, repondo o(s) elemento(s) perdido(s).
Quanto antes colocados, em função da reabsorção natural do osso que sustentava os dentes, maiores
podem ser seu comprimento e diâmetro, proporcionando melhores condições para uma adequada
reabilitação oral, tanto funcional, quanto estética.
Em situação ideal, podem repor um único dente perdido e, em situação extrema, através de dois ou mais
implantes permitem suportar uma barra que dará estabilidade a prótese total (sobre dentadura).
Representam, depois de décadas de estudos e pesquisas, um dos maiores avanços da Odontologia nos
tempos recentes, dando esperança a quem já não mais tinha.
DE QUE SÃO FABRICADOS OS IMPLANTES ?
Modernamente, os implantes são feitos de titânio, em vista das excelentes características de
biocompatibilidade com o tecido ósseo e meio bucal, e também pela resistência desse metal às forças a
que são submetidos os implantes durante a mastigação. Nos tempos primitivos, o homem usou e tentou
de tudo no objetivo de repor dentes perdidos. Pedra, ferro, até partes de conchas foram utilizados na fase
empírica. Com a evolução do conhecimento, foram experimentados, com relativo sucesso, o tântalo e o
vitálio cirúrgico, dentre outros metais.
Com o advento dos implantes que se integram ao osso (fenômeno conhecido como osseointegração) os
biomateriais passaram a ser melhor estudados e experimentados. Dessa fase em diante, o titânio passou
a ser o metal de eleição de todos os tipos e marcas de implantes, no mundo inteiro, o que por si só já
recomenda sua escolha.
O fato de ser um elemento neutro colabora para que, além das outras vantagens, ele não provoque
nenhuma alteração no meio orgânico, sendo inclusive usado em próteses para refazer fêmur, joelho,
clavícula etc.
ONDE SÃO FABRICADOS OS IMPLANTES ?
Praticamente em todas as partes do mundo são fabricados implantes dentários. Nos continentes mais
desenvolvidos, emprega-se tecnologia e maquinário mais evoluído, fazendo com que os Estados Unidos
e a Europa apareçam como grandes centros de produção e introdutores de novidade e evolução.
Na Europa, o velho continente, a Suécia e a Alemanha disputam a vanguarda e a liderança. Nos Estados
Unidos, as mais importantes regiões produtoras são a Califórnia e a Flórida, vindo do novo mundo a maior
produção. Os norte americanos, além de grandes produtores de implantes, são também os maiores
consumidores dos modelos europeus.
Para a América do Sul, o pioneirismo na fase dos osseointegrados, tanto no uso como na produção, cabe
aos argentinos. Especificamente no Brasil, de oito anos para cá, começaram a ser produzidos implantes,
os primeiros com idealismo e um toque empírico típico de algo que inicia; evoluindo até os dias de hoje
com marcas que começam a apresentar melhoras, ficando por conta das nossas universidades a
avaliação de sua efetiva qualidade, através de estudos de médio e longo prazo.
OS IMPLANTES EXISTEM HÁ MUITO TEMPO ?
O homem, desde os primórdios, preocupou-se em repor dentes perdidos através de próteses dentárias e
dentre várias alternativas buscadas, uma foi exatamente a implantação de peças aloplásticas (de
natureza diferente ao organismo) com essa finalidade.
Comprovando esta afirmação, existe em um museu na Universidade de Harvard (USA) um fragmento de
mandíbula identificado como da era pré-colombiana, onde são facilmente visualizados três implantes de
pedra negra, que ocuparam em vida o lugar de três dentes, visto que apresentam boa quantidade de
tártaro.
Como na maioria das áreas do conhecimento humano, a Implantodontia iniciou sua evolução científica
vertiginosa no século XX. Já em 1901, era patenteado o primeiro implante nos Estados Unidos. De lá para
cá, sua evolução foi impressionante em todas as partes do mundo.
No Brasil, os pioneiros começaram a estudar implantes na década de 50 e, a partir dos anos 60, tem-se
registros concretos da história da Implantodontia no país.
QUAL É O TAMANHO DE UM IMPLANTE ?
Os implantes, quanto a suas medidas, podem variar em diâmetro e comprimento. Quanto mais espesso
for o osso dos maxilares, mais largo será o implante que se pode colocar e quanto mais alto for o osso na
região dos maxilares, mais comprido será o implante que poderá ser colocado.
Assim sendo, os fabricantes procuram desenvolver uma variedade de medidas para adequar seus
implantes a cada situação. No diâmetro, a variação oscila entre 3 e 6mm e no comprimento esta variação
vai de 7 e 8 até 18 e 19mm. Quanto mais largo e longo for o implante colocado, maior será sua
capacidade de suporte como raiz artificial.
Nas situações em que, por grandes perdas ósseas e devido a longo período sem dentes naturais, resta
somente osso de pouca espessura e pequena altura, o implantodontista deverá procurar compensar essa
limitação, usando maior quantidade de implantes para sustentação das próteses.
ONDE SÃO FIXADOS OS IMPLANTES ?
Na maioria das vezes, os implantes são ancorados (palavra usada pelos dentistas, pela idéia da âncora
do navio, que não sai do lugar) no osso dos maxilares superior e inferior, também conhecido como
mandíbula.
Quando possível, no caso de extrações recentes, procura-se usar o próprio alvéolo das raízes como lugar
ideal para colocação dos implantes. Na ausência destes (alvéolos) os orifícios para colocação dos
implantes são abertos aproximadamente na região onde estavam as raízes (quando o objetivo é colocar
uma coroa para cada dente perdido, cada uma suportada por um implante).
Para os casos de implantações mais tardias, onde alguns implantes sustentarão um número maior de
dentes, os lugares escolhidos o são em função da distribuição de forças que cada implante terá que
sustentar, sempre que possível, permitindo boa estética.
Pacientes que perderam todos os dentes, com implantação mínima de dois a quatro implantes, podem ter
dentaduras retidas através de implantes, conhecidas como sobredentaduras.
COMO SÃO FIXADOS OS IMPLANTES ?
Existem dois princípios básicos de fixação dos implantes ao osso. O primeiro por rosqueamento (para
melhor entendimento, em um tipo de parafuso) e outro sob pressão (ou seja, por penetração, como um
prego batido).
Para os implantes de parafuso, é obtido um orifício menor que o do implante a ser colocado através do
uso de brocas com aumento progressivo de diâmetro. Depois da broca é passado um artefato que
promove a rosca no tecido ósseo. Para os implantes a pressão, é confeccionado, também por seqüência
progressiva de brocas, um orifício de mesmo diâmetro e comprimento do implante a ser colocado. Em
ambos os casos, os implantes são mantidos imóveis para permitir que o osso se una (“cole”) em sua
superfície de titânio (osseointegração).
Mais recentemente, um conceito que envolve os dois princípios (um pouco de pressão e um pouco de
rosca) adicionou o recurso de uma neoformação óssea dentro do implante (que é em forma de cilindro
oco rosqueado com janelas de comunicação entre o osso da parte externa e o da parte interna).
OS IMPLANTES FICAM APARECENDO ?
Os primeiros implantes na fase da osseointegração, e que em vista do pioneirismo ficaram muito
conhecidos, eram originários da Suécia, onde a primeira preocupação é com a reabilitação da função,
depois com a possibilidade de higienização e, finalmente, com a estética.
Para os padrões da Odontologia brasileira, altamente exigentes no tocante à estética, a primeira imagem
dos implantes osseointegrados era de “muito metal aparecendo”, o que não foi bem visto pelos pacientes
e retardou inclusive o processo de aceitação dos implantes da fase osseointegrada.
Gradativamente, inclusive por exigências estéticas dos norte-americanos e por colaboração destes na
solução dos problemas iniciais, as próteses sobre implantes foram evoluindo, e hoje a maioria dos bons
sistemas de implantes brinda seus pacientes com belas soluções estéticas.
Quando o implantodontista é capacitado e exigente, o resultado final é tão bom que muitas pessoas não
são capazes de distinguir qual é o dente natural e qual é o artificial da prótese sobre implantes.
EXISTE REJEIÇÃO AO IMPLANTE DENTÁRIO ?
A rejeição acontece quando um órgão é transplantado de uma pessoa para outra (coração, rim, por
exemplo), por estabelecimento de uma defesa orgânica natural ao corpo estranho, principalmente por
este (o transplantado) ter vida e natureza semelhante ao retirado.
Nos implantes dentários, não ocorre rejeição, primeiro porque não são transplantes, e segundo porque
não são órgãos e sim metais biocompatíveis e bioinertes, que são implantados e não transplantados.
A confusão envolvendo rejeição nos implantes dentários pode ser justificada por ocorrerem na
Odontologia transplantes dentários, que normalmente não são rejeitados por serem autógenos (mesmo
doador e receptor). Também colabora para esta idéia errada o fato de que, antes dos implantes ficarem
famosos, foram famosos os transplantes de coração do Dr. Barnard, que revolucionaram a medicina,
porém apresentaram insucessos que ocorriam justamente devido à rejeição.
Implantes e transplantes são procedimentos distintos, até mesmo porque os implantes não dão rejeição.
2. CURIOSIDADES
OS IMPLANTES PODEM SER COLOCADOS NO CONSULTÓRIO ?
Na fase inicial dos osseointegrados, tanto no Brasil como em outros países, os pioneiros realizavam suas
cirurgias em ambiente hospitalar, exatamente por entenderem que parte dos riscos quanto ao sucesso
dos implantes estava ligada à esterilização. Este procedimento fazia com que se associasse a idéia de
altos custos à colocação dos implantes.
Com o uso de autoclaves nas clínicas odontológicas e a adoção de um elenco de medidas no tocante à
assepsia, por parte dos profissionais que se dedicam a Implantodontia, a colocação de implantes em
consultórios preparados para este fim é tão segura quanto a realizada em hospitais.
O que levou de início alguns dos pioneiros a buscar hospitais foi o fato de que, naquela primeira fase, os
pacientes operados eram, em sua maioria, casos grandes e extremos, necessitando colocação de muitos
implantes em quase toda extensão dos maxilares.
Nos dias de hoje, com a Implantodontia evoluída e bem aceita, o mais comum é, constatada a falência de
um dente, sua retirada e a colocação imediata de um implante em procedimento simples e seguro,
realizado no próprio consultório.
QUANTO DEMORA A COLOCAÇÃO DOS IMPLANTES ?
Depende principalmente da quantidade de implantes a serem colocados. Para o caso da colocação de um
só implante, todo o procedimento pode variar de 20 a 40 minutos. Alguns procedimentos são os mesmos
quando colocados um ou cinco implantes (preparação da mesa cirúrgica ou paramentação do
profissional, por exemplo). Assim sendo, uma colocação de cinco implantes, que matematicamente
demandaria duas horas e meia aproximadamente, pode ser realizada em uma hora e meia .
Esse tempo total poderia ser abreviado e, na maioria dos casos, só não é por procedimentos de
segurança do paciente e profissional, tais como: preparo do leito ósseo que irá receber o implante em
frezado (perfuração) seqüencial progressivo ou preparo adequado de prótese provisória que o paciente
usará.
Especificamente, a colocação simples de um implante é um ato rápido, envolvendo cinco a 10 minutos
para cada implante, em procedimento que, na maioria das vezes, nem é percebido pelo paciente, muito
embora o anestésico usado seja somente o de efeito local. O maior ou menor tempo necessário para
colocação, depende de fatores relacionados à quantidade do osso da área a ser implantada, que algumas
vezes exige maior tempo de preparação.
É DOLOROSA A COLOCAÇÃO DOS IMPLANTES ?
Não. A dor não existe nem na colocação e nem no preparo da loja óssea para colocação do implante. Isto
não só é constatação da esmagadora maioria dos pacientes de implantes, como depoimento particular
deste autor, que já foi paciente de dois atos para colocação de três implantes. Já tendo passado por
tratamento de canal, desgaste para remoção de cárie e extrações, a colocação de implantes foi, dentre
todos, a que menos senti.
Colaboram para isto os modernos anestésicos, de maior potência e efeito mais prolongado e também os
pré-anestésicos em forma de spray ou pomada, que nos impedem de sentir inclusive a penetração da
agulha.
Outra vantagem no tocante à dor na colocação dos implantes reside no fato de o tecido ósseo,
diferentemente do tecido mole, não conter ramificações nervosas, motivo pelo qual os procedimentos nele
realizados não são percebidos.
Como depoimento, na segunda cirurgia para colocação de implantes, estava tão tranqüilo que dormi, tal a
segurança que tinha, fruto de nada ter sentido na primeira.
QUAIS SÃO OS TIPOS DE IMPLANTES?
Afora os implantes mais primitivos, que não chegaram a ser muito conhecidos, alguns tipos de implantes
antes da fase dos osseointegrados fizeram sucesso. Dentre eles, os mais conhecidos foram os
justaósseos (que eram colocados entre o osso e a gengiva), os agulhados (em formato de agulhas que
eram colocadas de três em três, para formarem um trípodo), os laminados (em forma de lâminas, que
eram colocados em uma canaleta aberta no osso) e os parafusos (em forma de parafuso, os mais
parecidos com os implantes atuais).
Na fase moderna dos osseointegrados, os tipos básicos são: em forma de parafuso, que se diferenciam
dos parafusos antigos por terem a cabeça hexagonal e um orifício com rosca onde será parafusada a
prótese; e os do tipo cilindro para colocação a pressão com janela para crescimento ósseo. O último tipo,
que é uma síntese dos mais usados, é um cilindro oco com roscas e janelas que permitem o crescimento
ósseo em seu interior e fixação também pelas janelas e parte interna.
EXISTE DIFERENÇA ENTRE UM IMPLANTE E OUTRO?
Além das diferenças de tipos de implantes, ocorrem diferenças por variações nas formas, também por
diferentes tratamentos de superfície do titânio e variações quanto à maneira de receber e fixar a prótese.
Quanto aos tipos, salvo raras exceções, os modelos seguem as três linhas básicas, mesmo as cópias e
imitações que, embora com pequenas diferenças, seguem os princípios dos modelos que lhes deram
origem.
Com referência à superfície, hoje um tema polêmico, pois em função dela se obtém melhor ou pior
qualidade de osseointegração (união ao osso). As três variantes principais são: superfície lisa ou tratada
(típica dos parafusos), superfície com plasma spray por oposição de titânio (típica dos implantes
cilíndricos) e superfície áspera com jato de pó de titânio usado para remover todas as impurezas que
ficam depois da maquinação dos implantes (típica dos implantes cilíndricos de núcleo oco).
Embora haja uma tendência para o sistema de hexágono para fixar as próteses, os implantes que
recebem munhões para cimentar as próteses estão ganhando terreno, tendo em vista de seus custos
reduzidos.
QUAIS SÃO AS MARCAS OU MODELOS MAIS CONHECIDOS ?
As marcas variam de acordo com o fabricante e mencioná-las demonstraria tendência comercial, que não
é propósito deste livro.
Mencionando modelos e seus criadores já se tem condições de diferenciar bastante bem os mais
conhecidos. O mais antigo, com aproximadamente 35 anos e 15 anos de vida comercial é o Bränemark; o
segundo, com mais de 20 anos de existência e também cerca de 15 anos de vida comercial é o de Kirsch;
o mais recente, com 18 anos de pesquisa e igualmente aproximados 15 anos de vida comercial é o de
Jaef.
Como todos já foram objetos de cópias, algumas fiéis e outras grosseiras, é importante saber distinguí-los
para poder aquilatar e avaliar as variações das respectivas cópias.
Em virtude de serem os mais usados e conhecidos, figuram nesta ordem cronológica, que é
coincidentemente a de preferência pelos odontólogos no Brasil.
EXISTEM IMPLANTES MELHORES E PIORES ?
Tal como os automóveis, apartamentos e roupas, existem implantes de melhor qualidade e os nem tanto,
havendo inclusive ótimos e ruins. Também como nos três exemplos citados, existe os que duram muito (a
vida toda) e os que duram pouco, como também é verdade que alguns dão mais garantia, outros não dão.
Estas variações estão em função da matéria prima com que são confeccionados, do grau de sofisticação
e modernidade do equipamento que os produz, o maior ou menor interesse do fabricante quanto ao
controle de qualidade, propiciando diferentes percentuais de refugo, a técnica e o quanto é investido no
tratamento de superfície dos implantes e finalmente as condições de embalagem e esterilização dos
implantes.
A decisão da marca de implantes a ser usada é na maioria das vezes atribuição do cirurgião-dentista,
sendo direito do paciente conhecer e saber o tipo de implante que está sendo colocado e certificar-se de
ser o de melhor indicação para seu caso, pois devemos considerar que implantes são para o resto da vida
e que é mais difícil a sua substituição do que sua colocação.
HÁ QUANTOS ANOS SE COLOCA IMPLANTES NO BRASIL ?
Os primeiros implantes realizados no Brasil datam de 1951 e foram do tipo justaósseo (também
conhecidos como subperiósteos colocados entre a gengiva e o osso). Em 1953, foram apresentados na
ABO (Associação Brasileira de Odontologia), em forma de trabalho científico, as dentaduras implantadas
como eram conhecidas na época, por Paulo Areal e Benjamim Bello.
Estes mesmos dois pioneiros, em 1955 ministraram o primeiro curso de Implantodontia, também na ABO
do Rio de Janeiro, para, em 1956, publicar o primeiro livro sobre implantes no pais.
Em São Paulo os pioneiros datam de 1959, tendo o Dr. João Jorge Barros como seu realizador, sendo
que os implantes utilizados também foram do tipo justaósseo. Outro pioneiro, que também publicou livro,
é José Alves de Souza, do qual conhecemos pacientes que portam implantes por ele colocados há
aproximadamente 40 anos.
Outros pionerios que, estarem ainda atuando na especialidade, não são citados por questões éticas,
tiveram importância na história recente da Implantodotia.
OS IMPLANTES DENTÁRIOS SÃO CONFIÁVEIS ?
Se a casuística dos implantes no Brasil está chegando a 50 anos, e a mundial em 2001 completará 100
anos, o tempo está com a verdade sobre o confiar em implantes.
Na fase mais recente, os implantes, além de passarem pelo crivo do tempo, têm nos estudos de
acompanhamento de médio e longo prazo realizados em universidades de conceito indiscutivel o seu
maior embasamento científico.
Os implantes sérios da atualidade, antes de serem utilizados em humanos são estudados
experimentalmente em animais, dentro de rígidos parâmetros de controle e debaixo de critérios de
sucesso estabelecidos e aceitos internacionalmente.
Aqueles que procuram total confiança nos implantes que serão colocados, poderão pedir aos
implantodontistas a bibliografia deste tipo de implante, onde aparecem os lugares e os tipos de estudos,
além de há quanto tempo e por que entidade independente os mesmos foram realizados.
OS IMPLANTES SÃO PARA O RESTO DA VIDA ?
Diferentemente de tudo que usamos ou compramos que tem uma vida útil, que se por um lado não
sabemos precisar quanto será, por outro sabemos que não irão nos acompanhar pelo resto de nossos
dias (assim acontece com roupas, calçados, objetos de uso pessoal, até mesmo automóvel) os implantes
dentários são colocados com o propósito de durarem para sempre.
Todos os estudos e pesquisas, as mudanças de formato e do material com que eram confeccionados e a
evolução da própria técnica de colocação dos implantes, que hoje obedece a rígido protocolo, são no
objetivo de se chegar ao que se acredita atingido hoje em dia: um implante para o resto dos dias de quem
o usar, ainda que o paciente que o porte seja um jovem de 15 a 20 anos, com uma expectativa de vida de
mais 50 ou 60 anos.
Por esta razão, é tão importante a escolha correta por parte do profissional que irá colocar , como dos
próprios, ainda que você já tenha 50, e lhe esperem mais 25, oxalá outros 50, e em boas condições de
saúde (inclusive bucal), com implantes.
A única ressalva que deve ser feita é sobre alguns pacientes descuidados, que cedo perderam os dentes
naturais, os quais a natureza fez para toda vida, porque estes apresentarão maior risco também com
relação aos implantes.
COM IMPLANTES POSSO MASTIGAR TUDO ?
As próteses totais, que eram orgulho da Odontologia no pós-guerra, e aqui falamos da segunda Guerra),
hoje são peças dignas de museu. Ajudavam bastante os seus usuários, minimizando o sofrimento da
mutilação dental. Colaboravam na estética, na fonética, mas tinham na mastigação a sua grande
limitação.
Alimentos mais sólidos, como carnes por exemplo, que demandam mais força na mastigação, maior
poder de corte dos dentes anteriores e maior capacidade de maceração pelos dentes posteriores eram e
são até hoje o grande tormento das próteses totais convencionais.
A diferença básica entre as próteses totais e as retidas por implantes está na sua sustentação. Enquanto
as primeiras flutuam sobre as gengivas, as sobre implantes são fixas nos ossos maxilares por parafusos e
encaixes, dando ao seu usuário a sensação agradável de poder desfrutar de todos os prazeres
conhecidos no passado, como os de poder mastigar, morder e sorrir.
As limitações, que por ventura puderem existir, serão, na maioria dos casos, pelo retardo da decisão em
se colocar implantes, o que minimiza as as chances de colocação de implantes maiores.
IMPLANTE E REIMPLANTE SÃO A MESMA COISA ?
Implantes são dispositivos aloplásticos (de natureza diferente da parte do organismo que os irá receber),
que na Odontologia de hoje, em sua quase totalidade, são confeccionados em titânio, material
biocompativel, bioinerte e neutro; e são colocados dentro dos ossos maxilares para sustentar dentes
artificiais, similares aos perdidos.
Reimplante é a recolocação de um dente avulsionado ( perdido, arrancado), normalmente por trauma (os
mais comuns em acidentes com automóveis, bicicletas, rollers ou pancadas do tipo queda, soco etc.) em
seu próprio alvéolo (lugar onde estava antes) pelo cirurgião-dentista, debaixo de adequadas condições de
assepsia e esterelização.
Assim como os implantes, os reimplantes, na maioria dos casos, dão resultado positivo e são melhor
sucedidos quanto antes realizados, motivo pelo qual, se alguma vez lhe acontcer de estar perto de uma
pessoa que por golpe perdeu um dente, oriente-a a encontrar o dente e colocá-lo em baixo da língua,
procurando imediatamente um cirurgião-dentista.
E O QUE SÃO OS TRANSPLANTES DENTÁRIOS ?
Diferentemente dos implantes e reimplantes, em que as extrações e perdas dos dentes acontecem
natural ou involuntariamente; nos transplantes dentários, os dentes são removidos intencionalmente pelo
cirurgião-dentista, com o propósito de colocá-los em outra posição, onde sua presença seja mais
necessária.
Algumas vezes, em transplantes dentários, são necessárias algumas alterações na forma da coroa do
dente, tendo em vista o formato do que ele estará substituindo. Estas são feitas com brocas especiais,
assim como são feitas algumas modificações no osso onde será colocado, por causa do diferente formato
ou posição das raízes do dente que esta sendo transplantado.
Por conta dos envolvimentos, riscos, taxas de sucesso e dificuldades, os transplantes dentários ainda não
são procedimentos de rotina nos consultórios dentários e só são realizados quando condições ideais
estão presentes ou sua necessidade for extrema.
Em casos indicados e oportunamente realizados, têm apresentado bons resultados, como atestam
pesquisas em todo o mundo.
OS MÉDICOS TAMBÉM COLOCAM IMPLANTES ?
Sim, os médicos colocam implantes de maneira parecida e em procedimentos semelhantes aos dos
implantes dentários. A principal diferença entre os implantes usados por médicos e dentistas é seu
tamanho, pela finalidade proposta que é a de sustentar ossos ou dispositivos que os sustentem.
A especialidade médica que mais usa implantes é a Ortopedia e o seu objetivo é a sustentação de ossos
com múltiplas fraturas ou de difícil consolidação.
Como não há a necessidade de mastigação ou aplicação de forças extremas nas próteses ortopédicas e
o implante tendo que somente dar apoio às estruturas, não precisando aderir-se ao osso, os
procedimentos cirúrgicos, e às vezes o próprio material empregado, são diferentes.
Em alguns países da Europa, o dentista é medico antes de ser dentista e, por isso, os que conhecem a
Implantodontia na Europa imaginam que lá são os médicos que colocam implantes dentários. Nas três
Américas, esta tarefa por lei é exclusiva dos cirurgiões-dentistas.
OS IMPLANTES SÃO COLOCADOS SÓ NA BOCA ?
Afora os implantes já mencionados da cirurgia ortopédica, alguns implantes de tipos parecidos com os
implantes dentários e em procedimentos cirúrgicos que seguem padrões similares aos odontológicos,
estão sendo colocados em outras regiões do corpo com finalidades protéticas parecidas com as
dentárias.
Assim é que alguns implantes estão sendo colocados no processo mastóide (osso atrás da orelha) para
segurar próteses auriculares, outros no orbital para sustentar próteses oculares e também no osso facial
para fixação de próteses nasais. Fora da cabeça, implantes também estão sendo colocados nas falanges
remanescentes de dedos perdidos, com propósito de fixação de prótese com dedos artificiais.
Outras regiões que algumas vezes recebem implantes são a calota craniana e crista do ilíaco. Nesses
casos, em uma segunda cirurgia, estes implantes são transplantados juntamente com osso para
maxilares com perdas ósseas severas.
Todas essas cirurgias realizadas fora da cavidade bucal, são por médicos ortopedistas.
3. SELETIVAS
EXISTE UMA IDADE LIMITE PARA COLOCAR IMPLANTES ?
Desde que as condições gerais do candidato a implantes não contra-indiquem uma cirurgia de pequeno a
médio porte, não existe nenhuma limitação quanto à idade para recebimento de implantes dentários.
Em países do primeiro mundo, onde os cuidados com a saúde bucal são maiores, a maioria dos que
recebem implantes tem idade mais avançada, visto que é somente nesta faixa que perdem seus dentes.
Existem na literatura citações de vários pacientes que se submeteram a implantações em idades acima
dos 80 anos.
Mesmo não havendo restrições e sendo os riscos quase inexistentes neste tipo de cirurgia, sempre é
oportuno consultar o médico que habitualmente esclarece o paciente sobre a oportunidade cirúrgica e
possíveis precauções a serem tomadas.
Em pacientes com mais idade, os resultados costumam ser melhores pela colaboração psicológica,
determinação e seguimento correto das orientações, além do fato de que, para esses pacientes, as
expectativas não são excessivamente otimizadas.
CRIANÇAS TAMBÉM PODEM RECEBER IMPLANTES ?
A partir do momento em que completarem o período de crescimento ósseo facial, o que pode ser
determinado por estudos de cefalometria feitos por ortodontistas, crianças estão aptas para receber
implantes.
A razão pela qual deve ser aguardada a idade óssea ideal não é o metabolismo, mas sim a possibilidade
de os implantes, colocados antes desta idade sofrerem modificações quanto à sua posição pelo próprio
crescimento, o que pode vir a alterar o planejamento da prótese.
Se outros motivos mais fortes determinarem a implantação antes desta idade, os resultados quanto a
osseointegração dos implantes serão iguais ou até melhores do que em pacientes de mais idade, visto
que as respostas de organismos mais jovens são melhores.
Existe caso relatado na literatura implantológica brasileira, onde é mencionado um caso de paciente de
quatro anos de idade. Este dado é importante para eventual necessidade de implantação antes de
completado o período de crescimento facial.
QUEM TEM DIABETE PODE RECEBER IMPLANTES ?
O diabetes não é uma contra-indicação absoluta para a colocação de implantes dentários. O importante é
o paciente a ser implantado nestas condições mantê-la controlada, especialmente durante o período de
osseointegração.
Relatos de insucessos de implantes em pacientes diabéticos estão quase sempre relacionados a pessoas
que desconheciam o problema e o implantodontista não teve sua atenção voltada para o detalhe,
provavelmente por falta de exames de sangue pré operatórios ou por pacientes que, na época dos
exames, mantinham-na controlada e por motivos alheios a vontade ou desatenção, descompensaram
justo durante o período da osseointegração.
Não existe perda ou problema maior nestes casos. O prejuízo maior é a perda do implante, o que não
impede que seja realizada uma nova implantação que, se ocorrer em condições ideais, tem todas as
possibilidades de ser bem sucedida.
Como os implantodontistas preocupam-se com uma série de detalhes antes da implantação, é
recomendável que os pacientes nesta condição, já na primeira consulta, revelem o fato e realizem um
controle mais estrito nos meses seguintes à colocação dos implantes.
PODE-SE PÔR IMPLANTE QUANDO QUEBROU A RAIZ DO DENTE ?
Não somente é possível, como esta é a situação ideal para a colocação de implante. Sempre que os
implantes puderem ser planejados antes da perda do elemento dental e colocados no mesmo ato de
remoção, logo após a extração, esta é a situação de melhor prognóstico.
O que leva a esta vantagem é o fato de, nesses casos, ser mínima a perda óssea e mantido o osso
alveolar que dá suporte aos dentes. Mantido este osso, as gengivas continuarão em sua posição habitual
e mais facilmente o cirurgião-dentista conseguirá manter contornos e papilas, tão importantes para a
estética quanto o próprio dente.
Na Odontologia moderna, onde o paciente tem melhores expectativas e maiores exigências, este deve
também ter a responsabilidade de conhecer melhor a sua parcela de colaboração para o resultado
adequado de seu tratamento, conhecendo o que é melhor para ele e quando é possível oferecer o melhor
trabalho.
A MENOPAUSA INTERFERE NO RESULTADO DA IMPLANTAÇÃO ?
A principal participação do fenômeno da menopausa no que se refere a implantes dentários é o fato de
que mulheres neste período têm menor produção de cálcio, que é um ingrediente fundamental da
reparação óssea e o princípio básico da osseointegração.
A menopausa por si só não contra-indica a implantação, mas deve servir de indicador de atenção para
com seus envolvimentos. Poucos casos extremos, como a osteoporose, contra-indicam a colocação de
implantes.
Recursos modernos, como a densitometria óssea, devem ser usados quando houver suspeitas de risco
ou simplesmente para proporcionar maior segurança, tanto ao paciente como ao profissional.
Reposições do teor de cálcio hoje são possíveis por terapêutica medicamentosa e a própria osteoporose
tem hoje tratamento adequado e compensador, principalmente quando identificada em tempo oportuno. A
colocação de implantes é boa oportunidade para realização de exames em forma de um check-up.
AS DOENÇAS DAS GENGIVAS IMPEDEM A COLOCAÇÃO DE IMPLANTES ?
A principal causa da doença das gengivas que leva à formação da placa bacteriana é a má higiene oral.
Pacientes relapsos ou desorientados quanto aos recursos e necessidade de uso de escova, fio dental,
escova unitufo, escova e higienizador interdental, fita dental, super floss e toda a gama de dispositivos
para a adequada higiene oral, fatalmente perdem seus dentes por má ou pobre higienização.
Provavelmente, se mantida a mesma atitude, perderão também seus implantes pelo mesmo motivo. Boa
conscientização é pensar que a primeira e segunda dentição foram cortesias do Criador e que nada
pagamos por elas. A terceira dentição, além de paga é relativamente custosa, o que nos deve levar a
valorizá-la mais e cuidar para mantê-la, através de uma ótima higiene oral.
Os periodontistas (especialistas em doenças da gengiva) dispõem de programas de higiene oral com
orientação segundo o grau de risco que cada paciente apresenta. São boa forma de manter melhor seus
dentes ou implantes.
PACIENTES CARDÍACOS TAMBÉM PODEM SER IMPLANTADOS ?
Como se trata de possíveis contra-indicações gerais, que saem da área de domínio do profissional da
Odontologia, deve ser buscada a acessoria do médico cardiologista.
De acordo com o estado do paciente, as contra-indicações de ordem médica podem ser crônicas (que
impedem a cirurgia para sempre) ou temporárias (permitem a cirurgia após cessada a causa que a
impedia).
A oportunidade cirúrgica será determinada em função do estado atual do paciente, grau de necessidade
da cirurgia e seu risco, por quem acompanhe o paciente há tempo suficiente para uma avaliação
adequada.
Devem ser tomadas as devidas precauções para monitoramento cardíaco, de preferência com a presença
do cardiologista do paciente, se a cirurgia for de porte médio.
HIPERTENSOS PODEM RECEBER IMPLANTES ?
O risco não é a própria cirurgia, pois ela em si em nada interfere na presão arterial e seus determinantes.
A cautela maior, e que é sempre motivo de preocupação, é a possibilidade de que hipertenso,
desnecessariamente atemorizado, tenha algum acidente cardiovascular durante o ato cirúrgico.
Por precaução, deve o paciente portador de hipertensão revelá-la ao cirurgião-dentista antes da
intervenção e buscar, com seu próprio médico, orientação adequada, preparatória à cirurgia. Para os
casos simples, um diurético e um relaxante podem, sob orientação médica, ser a solução.
Um depoimento: nas duas cirurgias para colocação de implantes a que me submeti, na primeira era
hipertenso e não sabia (pouco tempo depois, foi confirmada a hipertensão); na segunda, já sabedor e
com a pressão controlada, nenhuma alteração ocorreu e os implantes estão perfeitamente
osseointegrados. Do ponto de vista do metabolismo, nenhuma interferência ocorre na reparação óssea ao
redor dos implantes.
O FUMO ATRAPALHA NO SUCESSO DOS IMPLANTES ?
Sim, e muito. Experiências na área de tratamento das gengivas têm mostrado que os fumantes,
principalmente os que fumam em excesso, têm uma reabsorção maior, desde que tenham doença
periodontal.
Fumar provoca uma vasoconstrição periférica, o que pode afetar os primeiros estágios da cicatrização,
período importante em que o implante deve permanecer inerte e protegido, justamente para que haja uma
boa cicatrização dos tecidos moles (gengiva). Além disso, fumar eleva a temperatura que, junto com a
fumaça, irrita os tecidos que estão cicatrizando.
Se o candidato a implantes for fumante do tipo inveterado, é recomendada uma preparação antes da
cirurgia, com significativa redução e interrupção se possível, para que no período em que fumar for
desaconselhável, este candidato tenha condições de se abster do vício durante os três meses após a
cirurgia, enquanto se processa a osseointegração.
Considerando-se que a maioria coloca implantes na fase dos “enta” (acima de 40 anos), e como ex-
fumante depois de 25 anos de vício, a melhor sugestão é usar a colocação dos implantes como mais um
bom motivo para parar de fumar.
GRÁVIDAS PODEM RECEBER IMPLANTES ?
Todo e qualquer procedimento cirúrgico nos três primeiros meses da gravidez não é recomendado, em
função dos riscos quanto a uma possível interrupção da gravidez.
Como critério, se a implantação não for de emergência, necessária e inevitável (casos de acidentes com
perda traumática dos dentes), a implantação neste período não é aconselhável.
Soma-se a isso o fato de haver alteração na taxa hormonal, que se por um lado não é determinante de
insucesso nos implantes, por outro é um risco a mais, principalmente se desnecessário.
Considerar que, após o parto, a mulher terá um adequado período de disponibilidade (a osseointegração
em geral envolve três a quatro meses) e principalmente tranqüilidade para colocação dos implantes,
incluindo dieta especial e fator psicológico positivo.
QUEM JÁ USA DENTADURA PODE PÔR IMPLANTES ?
Do ponto de vista do paciente e de seu grau de satisfação com os resultados obtidos com os implantes,
indiscutivelmente os mais realizados com a prótese fixada por implantes são os realizados em pacientes
que usavam dentaduras completas, também conhecidas como próteses totais.
Ao contrário do que possa parecer, a colocação de implantes em pacientes nestas condições é mais
simples, rápida e menos onerosa, se comparada a outra necessidade com igual número de implantes. Na
quase totalidade dos casos, o sucesso é atingido.
A razão de tanta satisfação nesses pacientes é, na sua maioria, a dificuldade de mastigação. A
instabilidade da prótese, principalmente a inferior, é muito grande, a fonética também é prejudicada bem
como o lado psíquico pelo uso da dentadura. Estes fatores colaboram para a desadaptação.
Em alguns casos, quando as próteses totais são boas e executadas dentro de bons princípios, podem ser
aproveitadas mediante pequenas adaptações ou usadas como provisórias, desde que sejam de agrado
do paciente.
4. ESPECIALISTAS
EXISTEM ESPECIALISTAS EM IMPLANTES ?
Sim, como existem especialistas no tratamento de canal (endodontistas), de gengivas (periodontistas), de
crianças (odontopediatras), de correção dos dentes (ortodontistas) etc. Estão igualmente normatizados e
regulamentos pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) os especialistas na colocação de implantes e
confecção de próteses sobre implantes, os implantodontistas.
Estes, depois de cursarem a faculdade de Odontologia, fazem um outro curso com mais de 1.000 horas
de carga horária e dois anos de duração, exclusivamente voltado ao conhecimento global dos implantes e
praticam exaustivamente todas as técnicas e procedimentos ligados à Implantodontia.
Esta regulamentação ocorreu no início dos anos 90 e o CFO, antes do início dos cursos, ofereceu
àqueles que se dedicavam à Implantodontia por bastante tempo, a oportunidade de, através de
comprovação de sua casuística e prova, obterem o grau de implantodontistas.
Perante o CFO e por norma deste, os periodontistas também estão aptos à colocação de implantes e,
dentro dos cursos de graduação, a Implantodontia faz parte da disciplina de Cirurgia.
POR QUE TENHO QUE IR A OUTRO DENTISTA ?
A Implantodontia é uma especialidade odontológica tão ampla que alguns profissionais optam em se
dedicar a somente uma parte dela. A maioria o faz optando por se dedicar à parte cirúrgica dos implantes,
ou seja, exclusivamente fazer a colocação dos implantes.
Neste caso, a segunda parte, tão importante quanto a primeira, será realizada por outro especialista - o
protesista - que irá se incumbir da confecção da prótese sobre implantes. Ainda que você não veja, outro
profissional, vinculado ao Conselho Federal de Odontologia, terá participação no seu trabalho: o protético
- que terá a seu encargo a parte laboratorial da prótese.
Outro cirurgião-dentista já terá participado antes do seu trabalho: o radiologista (especialista em radiologia
odontológica), que para os estudos iniciais de cada caso executa uma radiografia panorâmica.
Um trabalho tão complexo e envolvendo tantas pessoas deve ter também, além de você, outra pessoa
encarregada de sua manutenção, o técnico em higiene dental (THD), profissão igualmente regulamentada
pelo CFO, que se dedica à prevenção e manutenção das boas e ideiais condições de saúde da cavidade
oral.
OS PROFISSIONAIS DA CAPITAL SÃO MELHORES DO QUE OS DO INTERIOR ?
Afora a rixa natural existente entre capital e interior, que sustenta muitas brincadeiras e gozações, nada
existe que determine ser o da capital ou do interior melhor implantodontista.
Os cursos e a capacitação que um outro tem de fazer são os mesmos e, muitas vezes, nos mesmos
lugares. Quando não, os cursos de especialização tanto na capital como no interior, têm o mesmo
currículo obrigatoriamente e são fiscalizados pelo mesmo órgão, o Conselho Federal de Odontologia.
Para empatar uma vez mais a eterna competição entre capital e interior, se por um lado os da capital têm
mais recursos, os do interior tem mais tempo para estudar.
O importante é pensar bem antes de decidir. Se sua cidade ou região tem implantodontistas, faça com
eles, pois, como já foi mencionado, o tratamento implantológico requer acompanhamento e consultas
depois de colocada a prótese sobre os implantes e ter feito em outra cidade poderá colocá-lo em situação
embaraçosa quando precisar dos préstimos de um implantodontista de sua cidade, em caso de
emergência.
VALE A PENA COLOCAR IMPLANTES NO EXTERIOR ?
Afora a vantagem, dispendiosa por sinal, de passear e fazer turismo enquanto se coloca implantes,
nenhuma outra razão pode levar um paciente brasileiro ao exterior para submeter-se a implantações.
Com a globalização do conhecimento e a rapidez do fluir científico, o que sabe hoje um interessado
implantodontista brasileiro é o que sabe um colega seu, quer americano ou europeu. A habilidade e
capacidade criativa do brasileiro são indiscutíveis, e existem dados que colocam nossos profissionais no
mesmo nível dos seus colegas de outras partes do mundo.
Aqui existe ainda a vantagem de os preços praticados no primeiro mundo serem bem mais elevados e,
enquanto permanecemos com a estabilidade cambial, sequer existe a vantagem pela valorização de outra
moeda.
Mesmo que hoje seja bem mais barato viajar do que há cinco anos atrás, mais barato inclusive do que
colocar implantes, não é mais necessário o pretexto para fazer turismo. O próprio preço baixo é um bom
motivo.
COMO SABER SE UM IMPLANTODONTISTA É ATUALIZADO ?
O mais certo, objetivo e rápido é observar seus certificados de cursos de atualização e aperfeiçoamento,
realizados em congressos e escolas de aperfeiçoamento profissional das entidades da classe. Verificar
ainda se são de datas recentes, em boa quantidade, e se é grande a quantidade de horas de cada curso.
Deve-se observar em diplomas colocados nas paredes de sala de espera ou no escritório, o que é bem
menos constrangedor do que perguntar e mais eficiente do que acreditar sem ver, em histórias de cursos
feitos, contadas pelo próprio profissional, a menos que este pelo tempo e pelo convívio, seja pessoa de
confiança de quem avalia.
Embora algo subjetivo, deve-se considerar os resultados bons de trabalhos realizados em pessoas
conhecidas. A avaliação é difícil de ser feita, e deve considerar há quanto tempo o trabalho foi realizado e
a opinião de quem o usa, se ele efetivamente satisfaz.
Bons profissionais, conhecedores da sua especialidade, conscientes em seu trabalho, costumam ter o
reconhecimento dos colegas de sua cidade, o que também pode ser bom indicador na avaliação da
atualização de um implantodontista.
AQUI NA CIDADE NÃO SE COLOCA IMPLANTES. ONDE IR ?
Antes de pensar assim, procure se informar bem, consultando páginas amarelas da lista telefônica,
ligando para a entidade de classe odontológica de sua região ou consultando alguns cirurgiões-dentistas
de sua cidade. Um lugar diferente para encontrar informações neste sentido é em casas de artigos
dentários, cujos vendedores conhecem a especialidade dos cirurgiões-dentistas que atendem.
Confirmada a inexistência, o mais indicado é procurar na cidade que polariza a região, pois há a
vantagem da distância não ser muita, em função do grande número de consultas que demandam todo o
tratamento. Outra vantagem é a possibilidade de o implantodontista colocar os implantes e indicar um
protesista de sua própria cidade para a realização da prótese, o que pela quantidade de visitas ao
dentista lhe trará economia de tempo e dinheiro.
Ainda não encontrando, procure uma cidade não muito distante, pois as despesas de locomoção e o
tempo despendido poderão inviabilizar ou desmotivar o término de tratamento. Hoje existem bons
implantodontistas em todas as boas cidades do país.
5. GARANTIAS
QUAIS SÃO AS GARANTIAS QUE TENHO ?
A Odontologia não é uma ciência exata, como a Matemática, por exemplo, e como tal, não se pode sobre
ela fazer afirmações do tipo “cinco vezes quatro são 20”. Mesmo assim algo se pode concluir de um
procedimento que dá certo no mundo inteiro há mais de 35 anos.
A garantia de previsão dos implantes está justamente vinculada ao fato de que, seguindo-se todos os
passos da técnica, os resultados são sempre os mesmos, exceção feita aos casos onde os implantes não
estavam indicados e, mesmo nestes, pode-se obter sucesso.
Como os resultados nos últimos 15 anos têm sido tão altos e seguros, alguns implantodontistas estão
adotando um procedimento de total garantia ao paciente: caso algum dos implantes colocados não
osseointegre, aquele implante perdido não é pago ou, se pago, o valor é devolvido ao paciente. É como
um contrato de risco, que tem dado certo porque a quase totalidade dos implantes dão certo.
Exceções ficam por conta dos pacientes que se encontram no grupo das contra-indicações, onde o certo
seria não implantar ou implantar com responsabilidade compartilhada.
QUAIS SÃO AS PROVAS CIENTÍFICAS DOS IMPLANTES ?
Universidades sérias no mundo inteiro, como Loma Linda e Harvard nos Estados Unidos, Gotemburgo na
Suécia e Araçatuba no Brasil, desenvolveram estudos e fazem continuamente pesquisas sobre implantes.
Os resultados são publicados em forma de artigos em revistas científicas no mundo inteiro.
Antes de chegarem aos humanos, os implantes foram e são testados em animais, principalmente
macacos, coelhos e cachorros; analisados e acompanhados no seu desempenho. Provas são feitas
pesquisando implantes com função simulada nestes animais.
Por estas razões é que deve ser dada preferência a marcas de implantes conhecidas, pois estas têm
bibliografia, ou seja, um conjunto de estudos e trabalhos publicados com esta determinada marca de
implantes.
Os investimentos em pesquisas são altos, com o objetivo de transmitir segurança e garantia a quem for
usar aquele produto. O retorno ocorre através de comprovações científicas, que vem a dar credibilidade
ao implante pesquisado.
QUAL É A MARGEM DE SUCESSO NOS IMPLANTES ?
Vários são os centros de pesquisas com implantes e algumas diferenças de critérios também existem,
assim como certamente existem diferenças de comportamento e taxa de sucesso entre um implante ou
outro. Porém, as variações nos resultados são pequenas.
Os bons implantes que se submetem a essas pesquisas têm apresentado resultados publicados em
artigos científicos variando entre 94 e 98 % de sucesso no global dos casos analisados. Estes números
são significativos, se considerarmos que alguns estudos acompanham 500, 1 000, 2 000 até 5 000
implantes por períodos entre cinco e 15 anos.
É difícil para um leigo estabelecer qual é o melhor, principalmente quando as variações percentuais
oscilam com diferenças de 1, 2 ou 3% entre um e outro. O importante é optar por um implante seguro e
que tenha boa documentação em pesquisas.
Do ponto de vista de quem vai usar um implante, fica a tranqüilidade de que a maioria dos bons implantes
oscilam com índices de sucesso acima de 90 %, que é um percentual significativamente alto em se
tratando de uma ciência não exata.
COMO SABER SE OS IMPLANTES FORAM REALMENTE COLOCADOS?
A maior prova é a passiva, de ter presenciado a cirurgia, que na maioria das vezes é feita com anestesia
local, permitindo ao paciente acompanhar todo o desenrolar da implantação. O próprio ato de colocar o
implante, embora indolor, é perceptível.
Embora no pós-operatório os implantes estejam submersos e não possam ser vistos ou sentidos, é
possível e normal ser feita antes da abertura dos implantes uma radiografia panorâmica, que além de
permitir a visualização dos implantes é prova documental que eles foram colocados.
Esta dúvida se justifica, visto que se imagina que algo vamos sentir após a implantação mas, ao contrário,
nada se percebe, nada se sente, nenhuma alteração é constatada, nem na própria boca onde os
implantes foram colocados.
Além de afirmação, isto é um depoimento, já que por duas vezes fui paciente de cirurgias para colocação
de três implantes, nada sentindo e tendo na segunda a sensação de que o implante não tinha sido
colocado. Eles estavam lá e continuam até hoje sem que nada demonstre sua presença.
COMO IDENTIFICAR UMA MARCA DE IMPLANTES ?
A primeira e mais simples é perguntando ao implantodontista que o colocou, pois ele certamente o sabe.
Outra é pedir para que ele lhe mostre a embalagem dos implantes colocados, também como forma de
saber quantos foram e que tamanhos têm.
Depois de colocados, a maneira mais segura é visualizando a radiografia panorâmica com os implantes
colocados ou uma radiografia periapical se foram apenas um ou dois implantes. Para identificação de
marca, a radiografia periapical é melhor pois apresenta menos distorções. Um implantodontista
observando a radiografia, pelo formato do implante, saberá identificá-lo a menos que seja uma cópia.
Algumas cópias tem pequenas diferenças do original que são percebidas por quem entende.
Para o leigo, a comparação da radiografia, com algum catálogo que mostre foto ou desenho do implante
ajudará na identificação. Servirá também a ressalva da dificuldade de determinação exata quando tratarse de uma cópia.
COMO POSSO SABER SE O MATERIAL ESTÁ ESTERILIZADO ?
Para o cirurgião-dentista, existem equipamentos que dão segurança de esterilização, tais como a estufa e
os autoclaves. Clínicas destinadas à Implantodontia, Cirurgia e Periodontia têm área própria para
esterilização.
Instrumentais esterilizados são normalmente colocados na mesa cirúrgica em tecidos, chamados pelos
cirurgiões de campos cirúrgicos, que também estão esterilizados, assim como os campos que são
colocados sobre o paciente. Estes, tal qual os gorros, máscaras e aventais usados pela equipe, estão
igualmente esterilizados.
Todos são tocados, quando estão esterilizados, procedendo de forma a não contaminá-los. Toda peça ou
instrumento estéril só é colocada em superfícies cobertas por campos estéreis. O mesmo acontece com
bandejas e caixas com instrumentos que também vão para estufa e estão também estéreis.
Este procedimento, como um todo, é para não quebrar a cadeia asséptica da sala cirúrgica. Todos estes
cuidados podem ser notados pelo paciente, ainda que desconheça o assunto.
EXISTE RISCO DE PEGAR AIDS COLOCANDO IMPLANTES ?
É importante considerar que todos os candidatos a implantes devem ser submetidos a exames de
sangue, que têm por objetivo detectar alguma anomalia ou alteração.
Tudo que participa da cirurgia (por exemplo: luvas, instrumentos, aventais, gorros, máscaras e os próprios
implantes) é esterilizado previamente, com a preocupação de proteger o paciente, não somente quanto à
AIDS, mas contra qualquer risco de infecção.
Para se ter certeza que tudo isto é feito dentro de rígidos controles, é interessante lembrar que todos
estes cuidados e precauções são feitos também no sentido de proteger o profissional que se expõe muito
mais, em virtude de realizar inúmeras cirurgias em vários pacientes.
Outra informação tranquilizadora é que com todos estes cuidados não há relato, em todo o mundo, de um
único caso de paciente que contraiu vírus da AIDS em cirurgia de colocação de implantes, ou outro
procedimento odontológico.
6. PLANEJAMENTO
QUANTOS IMPLANTES PRECISO COLOCAR ?
Tantos quantos forem necessários ou tantos quantos forem possíveis se colocar. Não existe uma regra
geral. O que existe são casos e indicações. Para cada caso há uma solução específica, até porque não
existem bocas iguais.
A falta do mesmo dente (um central superior, por exemplo) pode ter sido originada por diferentes
situações. Pode ter sido por trauma com ou sem perda de osso em função da natureza do golpe, ou por
doença periodontal com ou sem perda óssea, ou ainda com trauma oclusal e abcesso, igualmente com ou
sem comprometimento ósseo. Ou ainda por cárie não tratada adequadamente e conseqüente tratamento
de canal, com abcesso na raiz e com perda ou não de substância óssea.
Cada caso, cada situação traz como conseqüência um maior ou menor grau de perda de tecido ósseo,
que é exatamente tudo que o implantodontista precisa para colocar seu implante, maior ou menor, por
isso é importante o conhecimento de cada caso para a correta determinação de quantos implantes
colocar.
QUANTOS IMPLANTES PRECISO PARA REPÔR TRÊS DENTES ?
O ideal seria a colocação de tres implantes e confecção de coroas unitárias em cada implante colocado
na posição de cada dente. Neste tipo de solução, o ideal é colocar implantes com cabeça hexagonal para
que as próteses não se movam (girem). Se os implantes forem colocados no dia das extrações ou pouco
tempo depois (sem perda óssea), a chance de se conseguir uma boa estética (ficarem iguais aos dentes
naturais) é grande.
Se o fator preço for decisivo, podem ser colocados dois implantes e feita uma ponte cimentada, apoiada
nos dois implantes e um elemento suspenso. Se for realizada também pouco tempo depois da perda dos
dentes a estética também ficará boa .
A última alternativa, pouco usada e não muito indicada é, no caso de haver um ou dois dentes preparados
(desgastados), contíguos aos espaços onde serão colocados os implantes, colocar um só implante na
posição mediana e apoiar a prótese nos dentes preparados e no implante. A prótese para este caso pode
ser do tipo provisória ou temporária até que o paciente tenha condições de colocar mais dois implantes e
aí fazer a prótese definitiva com coroas independentes. Para esta solução também já é importante colocar
o primeiro implante hexagonal.
É PRECISO POR UM IMPLANTE PARA CADA DENTE ?
Colocando-se um implante para cada dente, melhoram consideravelmente as condições para o protesista
executar um trabalho excelente, sem limitações de apoio para próteses, ou seja sem ter que unir por trás
os dentes, fazendo com que seja visível que se trata de uma prótese.
Esta união por trás dos dentes da prótese dificulta a higienização, porque o fio dental não pode ser
passado direto como nos dentes naturais, tendo que ser introduzido pela ameia (espaço entre os dentes)
toda vez que houver uma união.
Nos dentes anteriores, por serem visíveis por inteiro, é impossível disfarçar essa união, caso não seja
colocado um implante para cada dente. Nos dentes posteriores, depois do canino, já não é tão
problemático porque aí esta união não aparece tanto. Fica só a questão da maior dificuldade de
higienização.
Quando é confeccionada uma coroa sobre cada implante, melhora também a estética das gengivas,
principalmente na região das papilas (gengivas entre os dentes) e também com a vantagem de quase não
alterar a fonética, porque os espaços por onde sai o som são praticamente os mesmos, o que não
acontece nas próteses com dentes unidos.
A vantagem econômica de um implante para cada dente é que no caso de se perder outro dente é só
colocar mais um implante e outra coroa, o que nem sempre acontece quando as próteses estão unidas
em vários dentes.
QUANTOS SÃO NECESSÁRIOS PARA REPOR UM DENTE ?
Para repor só um dente, coloca-se somente um implante. A vantagem deste sistema, em relação às
próteses convencionais, é que com o implante não é necessário desgastar os dentes vizinhos para
cimentar a prótese, nem tratar o canal destes dentes. É só pôr o implante e a coroa, sem tocar nos dentes
vizinhos.
Este tipo de trabalho, com o uso de implantes, deixa aparência mais natural sem dar a idéia que se trata
de uma prótese dental, pelo fato de não haver a união dos dentes, por trás, para sustentar o pôntico, que
corresponde ao dente perdido.
O procedimento total para colocação de um só implante varia de 30 a 40 minutos, tempo bastante inferior
ao dispendido para fazer o preparo dos dois dentes adjacentes ao perdido e o tratamento de canal.
Igualmente, quanto aos custos, uma coroa e um implante saem mais barato do que preparo de dois
dentes, canal e confecção de prótese de três elementos.
A outra alternativa para solução deste caso, a ponte móvel, além de na maioria das vezes ser perceptível,
tem de ser retirada para higienização. Ainda existe o aspecto psicológico: com a língua, pode-se sentir a
prótese e lembrar dela. O implante será igual ao dente em tudo, evitando que se possa lembrar de sua
existência.
QUANTOS IMPLANTES PODEM FIXAR UMA DENTADURA ?
Por questões de estabilidade e segurança, o ideal são quatro para mandíbula e seis para a maxila (onde
o osso é mais mole e frágil). Como situação intermediária é aceita prótese apoiada em três implantes na
mandíbula ou quatro na maxila.
No caso específico da mandíbula, quando houver bastante altura e espessura óssea que permita colocar
implantes de comprimento igual ou maior do que 12 ou 13mm e diâmetro de 4mm é possível, por razões
econômicas, ser solucionado o caso com dois implantes.
As próteses para estes tipos de casos são chamadas de sobredentaduras (overdentures) por serem
dentaduras que além do apoio mucoso das dentaduras convencionais, são retidas pelos implantes, que
impedem os movimentos antero-posteriores, indejáveis nas próteses totais.
Estas próteses trazem a seus portadores o retorno à mastigação com bons padrões, a confiança de falar
e rir em público, além de propiciar um contorno facial de melhor estética e aparência mais jovial, por
aumentarem a dimensão vertical das próteses, permitindo um melhor posicionamento de lábio e
bochechas, eliminando inclusive rugas conseqüentes ao uso de próteses pequenas.
QUANTOS IMPLANTES VÃO NUMA PRÓTESE DE BOCA TODA?
Antes é preciso saber que tipo de prótese é pretendida, além de quantidade e qualidade óssea. Havendo
osso suficiente e se o objetivo for prótese fixa, existem duas alternativas: com coroas unitárias, são
necessários 24 implantes (12 na mandíbula e 12 na maxila) ou 14 (oito na maxila e seis na mandíbula) se
a prótese for fixa com dentes unidos. Como é relativamente difícil a pessoa perder todos os dentes e ter
leito ósseo para por todos os implantes para coroas unitárias, o mais comum são próteses fixas, até o
primeiro molar.
Outra alternativa, a mais econômica, para próteses de boca toda, é a colocação de seis implantes (quatro
na maxila e dois na mandíbula) e a confecção de sobredentaduras. Como se trata de prótese mais
simples seu custo é menor e em função da menor quantidade de implantes seu valor total é bem mais em
conta.
À medida que é aumentado o número de implantes, melhora a condição de suporte para próteses mais
complexas. Isto, além do fator econômico, está ligado à condição óssea. Trabalhos maiores exigem não
só mais implantes, como também implantes de maior comprimento e diâmetro cujas disponibilidades e
possibilidades variam de caso a caso.
POSSO PÔR DOIS IMPLANTES AGORA E DOIS DEPOIS ?
Dependerá dos objetivos a que se destinam e ao tipo de prótese que será colocada. Se forem quatro
implantes para partes diferentes da boca e que não serão ligados entre si pelas próteses, em principio é
possível. Por exemplo: dois implantes para uma prótese fixa de três elementos na mandíbula e dois
implantes para próteses independentes na maxila.
Outro fator que deve ser considerado é onde e como está o tecido ósseo da região a ser implantada e
como estará este depois. Isto se justifica porque em algumas regiões da boca, de acordo com o tipo de
prótese que está sendo utilizada, o osso se reabsorve (todo órgão que não funciona, vai atrofiando), e
neste caso a não colocação imediata dos implantes (que, por serem colocados em função, interrompem o
processo de reabsorção) pode inviabilizar a colocação em futuro de médio prazo.
Uma opção, para o caso de ser econômico o motivo do adiamento da colocação dos dois implantes
restantes, é a possibilidade de colocação dos quatro implantes agora, confecção de próteses provisórias
(bem mais baratas) depois dos três a quatro meses da osseointegração e programação das próteses
definitivas para depois de um ano ou mais se necessário. Se forem implantes, as próteses provisórias
podem ser trocadas, caso o período de sua utilização seja muito longo.
SE NÃO COLOCAR AGORA, POSSO COLOCAR DEPOIS ?
O maior prejuízo com a não colocação imediata dos implantes, e que poderá dificultar ou impedir sua
colocação futura, é a progressiva perda óssea que ocorre na maioria das pessoas que perdem os dentes.
Esta reabsorção óssea é biológica e irreversível, além de ter caráter contínuo e progressivo. Dependendo
da faixa etária em que a perda dos dentes acontecem, ela poderá ser em menor ou maior grau.
Somente um cirurgião-dentista com bons conhecimentos de Implantodontia, depois de exames, que
incluem a tomada de radiografia panorâmica e mensuração óssea; poderá opinar com segurança sobre a
possibilidade de postergar o tratamento sem prejuízo em sua qualidade.
O que pode acontecer em alguns dos casos a serem estudados é que, com o decorrer do tempo, não é
possível a colocação da quantidade e comprimento dos implantes inicialmente previstos, mudando
parcialmente o plano de tratamento planejado na melhor fase para colocação dos implantes, que é logo
após a realização das extrações dentárias. Se isto por um lado não inviabiliza o tratamento, por outro
permite a realização de um tipo de prótese compatível com a época que for realizada.
QUEM PODE DIZER SE SOU CANDIDATO A IMPLANTES ?
Somente um implantodontista ou cirurgião-dentista com reconhecidos conhecimentos na especialidade,
principalmente porque o importante não é simplesmente se podem ser colocados implantes e sim
quantos, de que tamanho, onde e com que tipo de prótese serão complementados.
Outro motivo de se buscar informação segura já na primeira consulta (podem até ser três ou mais
profissionais, em função da complexidade do caso) é evitar um grande número de opiniões divergentes
de pessoas sem real domínio do tema, gerando confusão e divergências quanto às reais possibilidades
de tratamento.
Protesistas que se dedicam a confecção de próteses sobre implantes têm boas visões acerca de
alternativas de tratamento, possibilidades de utilização deste ou daquele tipo de prótese que serão
confirmadas depois dos estudos de viabilidade de colocação dos implantes necessários.
O que deve ser tomado com reservas é a opinião de outros pacientes a cerca das possibilidades de
colocação de implantes. Pacientes já implantados são ótimos como motivação e como depoimento quanto
à efetividade do tratamento. Como ciência, a colocação de implantes deve ser tratada com
implantodontistas.
EXISTE OSSO MELHOR OU PIOR PARA PÔR IMPLANTES ?
O osso analisado de uma maneira mais didática para o leigo tem duas partes distintas: cortical ( parte
externa) e trabeculada (parte interna). A parte cortical pode ser espessa ou compacta e a trabecular pode
ser densa ou de baixa densidade. Na variação das quatro possibilidades e suas combinações é que se
pode determinar se o osso de um paciente ou de parte da região do mesmo é de boa ou pior qualidade,
com vistas a colocação de implantes.
Ainda de forma leiga (dividindo em a, b, c e d) as grandes alternativas quanto a qualidade óssea são: a) a
maior parte do osso é constituída por osso cortical compacto; b) camada espessa de osso compacto
cortical envolvendo osso trabecular denso; c) maior parte composta de osso trabecular denso com
pequena espessura de osso cortical envolvendo; d) pouca espessura de osso cortical rodeando a maior
parte de osso trabecular de baixa densidade.
Considerando ainda o grau de reabsorção (perda) óssea, que seria o aspecto quantitativo (o visto
anteriormente foi o qualitativo), pode se determinar com maior exatidão se um osso é melhor ou pior para
implantação, o que será confirmado na hora da preparação do leito ósseo para colocação dos implantes.
DISSERAM QUE NÃO TENHO OSSO, O QUE FAÇO ?
Não se desespere! Pode não ter osso, mas tem solução. Primeiramente é importante saber se quem
afirmou que você não tem osso, tinha condições de fazê-lo e usou dos recursos adequados. A simples
visualização de uma radiografia panorâmica não é por si só meio seguro de avaliação. Nos casos mais
complexos (menos osso) são usados outros recursos tais como planimetria, tomografia computadorizada
e densitometria óssea, com o objetivo de ter mais precisão para afirmação categórica sobre o
remanescente ósseo.
Se ficar constatada a inexistência de osso para colocação de implante, existem alguns recursos simples
como o uso de hidroxiapatitas (que, em linguagem leiga, seria osso sintético), osso retirado do próprio
osso da cavidade oral na preparação de lojas ósseas para outros implantes, osso animal (bovino) e o uso
de membranas (barreiras) para a regeneração tecidual guiada que são formas de, impedindo a
penetração da gengiva, permitir que se forme osso onde existia o defeito ósseo.
Caso nenhuma destas alternativas resolva, restam ainda os transplantes de osso de outras regiões do
corpo (os mais comuns são crista do ilíaco, calota craniana e mento), sem contar com outras alternativas
que estão sendo pesquisadas e que passarão a ser utilizadas, assim que comprovadas.
7. PRÉ E PÓS
QUAIS SÃO AS CONTRA-INDICAÇÕES AOS IMPLANTES ?
As contra-indicações podem ser divididas em locais ou gerais. As locais estão relacionadas à boca e a
região a ser implantada e as gerais dizem respeito ao todo do paciente com vistas à cirurgia.
Quanto às locais, as mais importantes são: atrofia óssea da região a ser implantada, rebordo ósseo em
lamina de faca (fino), proximidade de acidentes anatômicos (canal mandibular, seios maxilares e fossas
nasais), alterações ósseas (osteoporose, por exemplo) e outras específicas que devem ser objeto de
análise pelo implantodontista.
Quanto às gerais, devem ser motivo de atenção do profissional e consulta ao médico do candidato a
implantes, se este julgar necessário. As que devem ser avaliadas: doenças cardíacas, vasculares,
sangüíneas, renais, reumatóides e metabólicas. Merecem análise: osteoporose, diabetes, alcoolismo,
tabagismo acentuado e desequilíbrios psicológicos.
Existem também contra-indicações ditas temporárias, que inviabilizam as implantações por um
determinado tempo. As mais comuns são infecções sistêmicas nas vias aéreas superiores, gravidez,
debilidades passageiras e pacientes com pobre higiene oral, que precisam antes de submeter-se a
implantes, ser orientados e motivados.
Como os resultados dos implantes têm um sucesso percentual elevado, o implantodontista deve estar
atento às questões acima, e o paciente é responsável por relatar anormalidades que podem influir
negativamente no resultado. Lembre-se de que, a partir de sua avaliação, o cirurgião-dentista pode
decidir o momento mais oportuno para a implantação.
POR QUE TENHO QUE FAZER RADIOGRAFIAS ?
É imprescindível que o implantodontista, antes de colocar implantes, faça uma correta avaliação se é
possível sua colocação, onde a pode fazer, que tipo e medidas de implantes pode colocar. Um dos
principais elementos para esta avaliação são as radiografias, que podem ser panorâmicas (as mais
usadas), oclusais e periapicais.
Através das radiografias, feitas por outro especialista da Odontologia, o radiologista, por contrastes de
regiões radiopacas e radiolúcidas, pode o implantodontista avaliar as dimensões do tecido ósseo, seus
contornos, proximidade dos acidentes anatômicos importantes, qualidade do tecido ósseo e o prognóstico
dos dentes adjacentes às regiões onde se pretendem colocar implantes. Também auxiliam o
implantodontista durante a cirurgia como guia de direção e posição para os implantes.
Depois do período de osseointegração, são solicitadas novas radiografias que servirão para avaliar o
estado do osso ao redor dos implantes, sua exata localização (para abertura dos implantes), funcionando
como controle clínico com vistas ao início da etapa seguinte que é a confecção de próteses sobre
implantes.
As radiografias são meio importante de comunicação entre profissionais, tanto no encaminhamento de
candidatos a implantes aos especialistas, bem como destes aos protesistas, que irão concluir o caso.
SÃO NECESSÁRIOS OUTROS EXAMES ?
Dois exames importantes são realizados pelo próprio profissional: o exame físico, com atenção especial à
cavidade bucal e a anamnese (conjunto de perguntas e informações sobre estado geral do paciente,
presente e passado).
A partir destes exames podem ser solicitados exames laboratorais específicos ou de rotina. Específicos
são para confirmação de alguma patologia e os de rotina, que são solicitados em qualquer intervenção
independente de seu grau: exames de sangue HT (hematócrito), HB ( hemoglobina) TTP (atividade de
prototrombina e plaquetas). Aos candidatos acima de 50 anos, é boa recomendação, além dos exames
acima, que sejam feitos raios-x do tórax e eletrocardiografia.
Em função dos resultados, outros exames podem ser eventualmente solicitados, como por exemplo uma
glicemia simples de jejum, para caso de suspeita de diabetes. Todos os exames realizados antes da
implantação objetivam uma dupla segurança: do paciente e do profissional. Ambos desejam o sucesso
das implantações e, para ambos, é importante cercar-se de garantias e seguranças para o correto
procedimento. O valor gasto e o tempo despendido nesta etapa são a garantia de que tudo está sendo
feito com a devida seriedade.
HÁ NECESSIDADE DE INTERNAÇÃO ?
Ao início desta nova fase dos implantes, com o advento da osseointegração e objetivando dar maior
segurança nas intervenções maiores, os pioneiros realizaram algumas intervenções em ambiente
hospitalar. Outros utilizaram deste recurso para dar um pouco mais de status ao procedimento.
Hoje, com domínio total da técnica e conhecimento amplo acerca de todas as possibilidades e
desdobramentos deste tipo de cirurgias, classificadas de pequeno porte e algumas exceções, de médio
porte, a quase totalidade das cirurgias é realizada nas próprias clínicas dos implantodontistas. É verdade
que a maioria, à medida que foram se dedicando mais aos implantes, desenvolveram melhores condições
específicas para a atividade, tais como: centro cirúrgico adequado à Implantodontia, sala de esterilização
e ambiente apropriado para atendimento a este tipo de paciente.
Atualmente, somente pacientes em condições de estado físico debilitado vão à internação para colocação
de implantes, ou pacientes que, por razões próprias, optem por anestesia geral ou analgesia, vão a
hospitais. Evidentemente, cada caso merece atenção particular, mas de forma geral a colocação de
implantes não exige a internação hospitalar, desde que todos os cuidados sejam tomados no que diz
respeito à saúde das pacientes.
É NECESSÁRIA ALGUMA PREPARAÇÃO ESPECIAL ?
A primeira é a preparação psicológica, que envolve desejo e determinação para que os implantes dêem
certo e que você possa usufruir deles da maneira que espera. As segunda é seguir corretamente as
orientações da equipe odontológica em relação à implantação.
De acordo com o caso e por decisão e orientação expressa do implantodontista, podem ser prescritos um
benzodiazepino, para controlar a ansiedade e a apreensão; um corticosteróide para prevenir a ação
antiálgica e formação de edema, e uma penicilina ou clindamicina como auxiliar na prevenção das
perimplantites infecciosas. Estas indicações variam de paciente para paciente e têm por objetivo deixá-lo
melhor preparado para o sucesso dos implantes.
Recomendações óbvias, mas oportunas de serem lembradas poderiam ser: repouso adequado na noite
anterior, alimentação apropriada (consultar o profissional), evitar situações extras, como viagens
imediatamente antes ou após as implantações, e programar atividades brandas para os dias que
sucedem à cirurgia. Boa medida é se provisionar de boa leitura ou programação de vídeo para o dia da
cirurgia. Programar os horários de forma que, tudo seja feito sem atropelos e a chegada na clínica sem
atrasos ou afobações.
EXISTE DOR NO PÓS-OPERATÓRIO ?
Não, e este é o depoimento de um paciente de duas cirurgias de implantes e que chegou até elas por
nunca ter gostado muito de submeter-se a tratamentos dentários sente-se sinais de realização da cirurgia,
mas dor que leve a sofrimento não. Talvez existam pessoas mais sensíveis a implantações e outras nem
tanto. Certo é que existem cirurgias maiores (quatro a cinco implantes ou mais) e cirurgias menores (de
um a três implantes) e que nestas a sensação de dor é menor do que naquelas.
Para cirurgias maiores ou pessoas com maior sensibilidade o implantodontista poderá prescrever algum
analgésico tipo dipirona ou paracetamol, em caso de dor pós-operatória residual após a cessassão dos
efeitos da anestesia local.
Dado que os candidatos a implantes devem ter em mente, quando pensarem em implante é que o tecido
ósseo não contém, nesta região a ser implantada, inervações sensitivas, motivo pelo qual além de não
sentir a preparação da loja óssea onde serão colocados os implantes, não existe possibilidade de dor
nesse tecido. O pouco de sensibilidade que ocorre é relativa ao tecido mole (gengiva), onde existem
ramificações e é por isso que são previamente anestesiadas localmente.
VOU TER HEMATOMAS APÓS A CIRURGIA ?
Com exceção de um reduzido grupo de pacientes que tem hematomas, inclusive por uma pressão um
pouco maior ao toque, para a maioria, quase totalidade dos pacientes que se submetem a implantações
normais, não ocorrem hematomas após a cirurgia.
Os hematomas podem ocorrer dependendo do trauma causado aos tecidos e em função de uma maior ou
menor predisposição destes, fator que varia de pessoa para pessoa. As cirurgias de colocação de
implantes são pouco traumáticas, já que não se pode falar atraumática, visto que toda cirurgia promove
algum tipo de trauma.
Comparada à maioria das cirurgias de outras partes do corpo, o trauma por ela provocado é mínimo. Por
isso o não surgimento de hematomas, que sempre temos associado à idéia de pancada forte ou torção.
É importante também saber que um dos requisitos para o sucesso dos implantes e sua osseointegração é
justamente o mínimo trauma ao tecido ósseo, de forma que este reaja com reparação e não cicatrização,
que era exatamente o que acontecia com os implantes antigamente e que não acontece hoje com esta
nova fase conhecida como implantes osseointegráveis.
A BOCA INCHA APÓS A COLOCAÇÃO DOS IMPLANTES ?
O inchaço (edema) pode ser prevenido ou controlado. Ele pode ocorrer em função da abordagem
cirúrgica do periósteo (tecido mole em contato direto com o osso), que é ricamente vascularizado. Esta
resposta é individual e varia de paciente para paciente.
Esta região se constitui no principal sítio da resposta inflamatória. As células da região migram para o
foco e aí passam a produzir substâncias, como resposta do organismo. Este, em linhas gerais, e termos
leigos é o mecanismo do edema (inchaço).
O edema pode ser combatido através da administração de medicamentos. Uns fazem antes do ato
cirúrgico (independentemente de saber se o paciente terá inchaço em maior ou menor grau), que é o
método preventivo. Outros o fazem depois do ato cirúrgico (depois de constatado o edema), que é o
método de controle. Os que medicam antes argumentam que sua ação inicia antes, já como um
preparatório preventivo e os que ministram depois justificam ser desnecessária a medicação para aqueles
que não produzem o edema. Ambos tem suas razões. O importante é que o inchaço em cirurgias de
implantes é pequeno e controlável, o que é exatamente a preocupação do paciente.
PODE HAVER INFECÇÃO DEPOIS DA CIRURGIA ?
Todas as intervenções na cavidade oral são feitas com instrumental e material esterilizado. Em
Implantodontia o cuidado é naturalmente maior, dobrado ou triplicado, porque na colocação do implante
há a situação invasiva, de abrir o tecido e colocar alguma coisa.
Esta é uma das razões do valor um pouco mais elevado da cirurgia de implantes em relação ao valor de
outras intervenções. Tudo tem que ser autoclavado ou esterilizado na estufa, ainda que seja para a
colocação de um único implante.
A preocupação com a infecção existe, porque é uma das principais causas de insucesso dos implantes.
Ela acontece com a presença de bactérias, pois estas podem causar destruição dos tecidos ao redor do
implante e reabsorção óssea. Nestes casos, está indicado o uso de antimicrobianos que são eficazes nos
sítios de implantes. Existem vários medicamentos específicos, praticamente um para cada situação que o
cirurgião-dentista elegerá, se for o caso.
O que realmente funciona, e é o ponto alto no sucesso dos implantes, é o cuidado no preparatório, não só
com o próprio paciente como com o controle da placa bacteriana, visto tratar-se de uma cirurgia eletiva
que é programada com antecedência, sem a característica da emergência, comum em muitas cirurgias.
VOU PODER ME ALIMENTAR NORMALMENTE ?
De acordo a extensão da cirurgia, o cirurgião-dentista poderá propor uma dieta progressiva.
Normalmente, esta envolve alimentação líquida fria (sucos, vitaminas e sorvetes batidos com leite no
liquidificador) no primeiro dia. O detalhe do frio tem objetivo similar à aplicação de gelo (crioterapia) ou
seja a prevenção do edema (inchaço). Para o segundo dia, a alimentação provavelmente continuará
líquida, podendo passar a pastosa (sopas, mingaus) com a diferença de ser morna. A partir daí, a
alimentação irá se regularizar dentro da primeira semana.
Na medida da normalização da alimentação, deve haver o cuidado com a região da cirurgia, onde estão
os pontos, para que alimentos sólidos não sejam triturados nesta região. Isto poderia acarretar o
rompimento dos pontos ou deiscência (retração) da gengiva. É importante que isto seja observado,
porque na primeira semana (às vezes na segunda também, de acordo com a extensão da cirurgia), será
aconselhada a não utlização da prótese para mastigação. Se preciso, deve-se usá-la apenas por
necessidade social ao aparecer em publico.
Este pequeno cuidado, que quase não interfere na rotina, é muito importante para o sucesso dos
implantes, que se desenha já nos primeiros dias após sua colocação.
PODE-SE MASTIGAR DEPOIS DE PÔR OS IMPLANTES ?
Pode, mas não deve. Algumas vezes são colocadas próteses provisórias logo após a cirurgia. Em outros
casos, em função da extensão maior da cirurgia, a provisória é colocada somente após sete a 15 dias,
como medida de precaução. Em qualquer das hipóteses, o ideal é não forçar a mastigação na região
sobre os implantes nas duas primeiras semanas após a implantação.
O motivo para não mastigar é não interferir na tênue união entre osso e implante que existe nas primeiras
semanas. Tal qual um braço quebrado, que se engessa para imobilização, os implantes também devem
permanecer imobilizados e em repouso no período da osseointegração.
Se houver mastigação sobre os implantes, algum alimento mais consistente ou mais duro ou a própria
prótese provisória que está sendo usada pode pressionar o implante e movimentá-lo, o que é altamente
negativo para sua consolidação.
Normalmente, a maioria das pessoas que vai colocar implantes já ficou um bom período sem alguns
dentes, portanto algumas semanas a mais não são grande diferença (para o paciente), mas fazem grande
diferença para a osseointegração (sucesso dos implantes).
8. PRÓTESES
POR QUE SE TEM QUE ESPERAR PARA PÔR A PRÓTESE ?
Assim como um braço ou perna quebrados, o osso que recebe um implante precisa de um período de
imobilização e repouso para se consolidar. Este período recebe o nome de osseointegração e nele reside
a base da mudança dos implantes convencionais para os osseointegráveis.
Os implantes convencionais (justaósseos, agulhados, laminados etc.) recebiam a prótese logo após a sua
colocação e, em função disso, formava-se ao seu redor um tecido diferenciado, fibroso, daí saindo o
termo fibrointegrados. Nessas circunstâncias, os implantes ficavam envoltos como que por uma cápsula.
A partir do surgimento dos implantes osseointegrados, o que se busca é um contato direto entre o
implante e o osso, sem interposição de tecidos, numa união íntima. Por este motivo, passou-se a usar o
titânio, iniciou-se a preocupação de não provocar trauma térmico no osso, começou-se a deixar o
implante sepulto (com a gengiva fechada) e principalmente a aguardar-se o período de repouso.
É em função destes cuidados (e de alguns outros não tão importantes) que ocorre a tão desejada
osseointegração e por isso deve-se esperar para a colocação da prótese definitiva. Durante este período,
o paciente usará uma prótese provisória que, em alguns casos, poderá ser a própria prótese que ele já
usava.
POR QUE É DIFERENTE PARA MAXILA E MANDÍBULA ?
Alguns autores e técnicas são categóricos em diferenciar tempos de espera para que ocorra a
osseointegração. Outros, e mais modernamente segue-se o bom senso, a partir de um prazo mínimo
tanto para maxila como para a mandíbula.
Bränemark e os pioneiros dos implantes osseointegrados falavam de seis meses de espera, tanto na
mandíbula quanto na maxila. Kirsch e os seguidores dos implantes cilíndricos mencionavam seis meses
para maxila e três meses para mandíbula. Jaef e os favoráveis a implantes cilíndricos com rosca
aguardam três meses tanto na maxila quanto na mandíbula.
Atualmente, há uma tendência para se aguardar três meses como mínimo em quase todas as técnicas.
Algumas falam em quatro meses para a maxila (onde o osso é mais esponjoso), ou para casos onde
ocorreram cirurgias mais extensas ou colocação de implantes sem osso circundando todas as suas
paredes.
Casos mais raros, que envolvem cirurgias mais complexas (levantamento de seio maxilar ou lateralização
do dentário inferior), que por não serem tão comuns e por isso não tratadas aqui, precisam de tempo de
espera maior (em torno de seis a oito meses).
VOU FICAR SEM DENTES ATÉ LÁ ?
Definitivamente não. Durante o período da osseointegração, em todos os casos e para todos os
pacientes, são confeccionadas próteses que se parecem com as definitivas, mas são provisórias, de
forma que em hipótese alguma o paciente que recebeu implantes ficará sem dentes até os implantes se
osseointegrarem.
A alguns clientes especiais (os que usavam prótese total por exemplo) é solicitado e orientado para que
fiquem os primeiros dias sem a sua prótese, principalmente para mastigar ou que a usem apenas para
falar. Para outros é feito um alívio (desgaste na prótese, por dentro, exatamente na região onde foram
colocados os implantes) justamente para que esta prótese provisória não pressione a região dos
implantes ou os próprios implantes.
Para outros, de acordo com o caso e com o tipo de prótese que usam, é possível que a própria prótese
que usam sirva de provisória. Neste caso, são feitos os alívios adequados para proteger os implantes.
Outras vezes, dentes que serão extraídos depois da colocação dos implantes por estarem com muita
mobilidade, são mantidos na boca durante o período da osseointegração com o único objetivo da
ajudarem na sustentação da prótese provisória. Para a colocação de prótese definitiva, são então
extraídos.
POSSO SAIR DA CIRURGIA COM UMA PRÓTESE ?
Sim, desde que tenha dentes adjacentes (ao lado da região onde foram colocados os implantes), em
condição de apoiar e suportar uma prótese provisória. Existindo estes dentes e mesmo que você não use
uma prótese provisória, os dentistas tem dentes, que eles chamam de dentes de estoque, para confecção
rápida de um provisório, que algumas vezes são confeccionados antes das cirurgias, outras depois de
alguns dias, em função da extensão da própria cirurgia.
A questão de ter pilares de apoio para a prótese provisória refere-se ao fato de ter de manter a região
onde foram colocados os implantes sem chances de sofrer pressão da mastigação. Em havendo estes
dentes para funcionar como apoio em regiões não muito extensas, é até aconselhável e indicado o uso de
prótese provisória para melhor proteger os implantes. Não havendo dentes para apoio e se o paciente
fizer questão de prótese, podem ser colocados implantes temporários para suportar uma prótese
provisória.
Em qualquer situação, caberá sempre ao cirurgião-dentista que colocou os implantes a decisão pelo uso
de prótese provisória ou aproveitamento da que o paciente usava, visto ser ele quem conhece a situação
e condição em que estão os implantes submersos nas gengivas.
SE COLOCAR IMPLANTES, VOU PERDER MINHA PRÓTESE ?
Dependerá exclusivamente do tipo de prótese que vinha sendo usada e do tipo de prótese que está
sendo planejada para depois da colocação dos implantes.
Por exemplo, se a prótese que vem sendo usada é uma prótese completa (dentadura), feita dentro de
princípios corretos de oclusão e em boas condições funcionais e se os implantes colocados foram dois, e
dependendo da posição que ficaram em função do osso disponível, é possível que possa ser aproveitada
a mesma prótese, anexando-se a ela os encaixes que irão fixá-la aos implantes.
Se o paciente se adapta bem à prótese que usa, qualquer que seja o seu tipo, e o que lhe incomoda é a
falta de estabilidade, o cirurgião-dentista e o protético poderão usar a antiga como modelo para confecção
da nova, o mais semelhante possível, só que agora com estabilidade.
De acordo com o caso, poderá o cirurgião-dentista decidir pelo aproveitamento da prótese atual e usá-la
apoiada nos implantes como uma prótese intermediária, por um período de um a dois anos. Este
procedimento acontece algumas vezes por medida de economia.
POR QUE SE USA PARAFUSO PARA FIXAR A PRÓTESE ?
A utilização de parafusos para fixação de próteses é um dos conceitos novos introduzidos com os
implantes osseointegrados.
Os encaixes usados até então eram do tipo presilha, grampos ou as próteses cimentadas definitivamente.
Por um lado, as próteses não tinham muita estabilidade e, por outro, não tinham como ser removidas para
a avaliação, em vista da cimentação.
Com o advento dos parafusos, as próteses odontológicas passaram a contar com alguns recursos novos,
como principal a vantagem de se poder remover as próteses de tempos em tempos ou quando
necessário, para se proceder a uma avaliação de comportamento da gengiva e do próprio osso que
circunda os implantes.
Essa remoção das próteses parafusadas, através da retirada dos parafusos, pode ser feita também para
avaliar melhor a higienização do paciente e para limpeza da própria prótese. Alem dos parafusos de
fixação, na Implantodontia moderna, também os munhões (abutments) são parafusados, fazendo com
que, em caso de necessidade de remoção de próteses cimentadas, não se percam os pilares, que
dependendo da necessidade podem ser refeitos para confecção de outra prótese.
O QUE É DENTADURA IMPLANTADA ?
É uma denominação não muito adequada para a sobredentadura, que aos ouvidos do leigo também não
é muito adequada.
Na verdade o que é implantado são somente os implantes. A dentadura tem, numa barra que é fixada
sobre os implantes, a sua retenção.
A expressão ganhou alguma divulgação porque dá uma idéia de que é fixada a partir dos implantes, sem
a mobilidade que caracteriza muitas dentaduras, especialmente em mandíbula. Algumas vezes
expressões, populares traduzem melhor para o leigo o que é uma determinada coisa do que a
denominação científica. Este é um caso típico, porque sobredentadura dá a idéia que algo fica em cima
da dentadura, quando na verdade o que irá retê-la (implantes e barra) ficam embaixo.
Desde que não induza à idéias erradas e não denote vantagens inexistentes, a linguagem popular ajuda
no entendimento.
A denominação mais correta correta para a expressão seria prótese total implanto-retida e mucosuportada, que é muito complicada.
VOU PODER TIRAR MINHA PRÓTESE ?
A pergunta transmite inicialmente uma idéia de angustia pelo uso contrariado de uma prótese a que o
paciente não se adapta, não suporta ou não lhe agrade a estética. Normalmente estas questões são
levantadas por usuários de próteses removíveis parciais ou totais.
Para estas situações a resposta é sim. A partir da colocação dos implantes, serão confeccionadas novas
próteses, as quais poderão ser fixas ou encaixadas nos implantes, que certamente eliminarão a
insegurança de próteses com muita mobilidade.
Se o que se questiona é se a prótese poderá ser retirada após colocados os implantes e confeccionada
uma nova, a resposta é: depende. Caso a opção seja prótese fixa parafusada aos implantes, o cirurgiãodentista poderá removê-la quando necessário. Na hipótese de a opção escolhida ser prótese fixa
cimentada, o paciente não poderá tirá-la, apenas o cirurgião-dentista e com auxílio de instrumentos
próprios. Em outra hipótese, de uma sobre-dentadura, o próprio paciente fará sua remoção (simples e
rápida) para sua adequada higiene. Neste caso, o fato de tirá-la dos encaixes leva a um novo conceito
nas próteses: prótese fixa removível.
MINHA PRÓTESE VAI CONTINUAR SOLTANDO ?
Existem duas possibilidades para as próteses se soltarem: caso elas sejam apoiadas sobre a mucosa
(dentaduras) e esta por reabsorção do osso não mais fixá-las adequadamente, ou caso sejam fixadas a
dentes desgastados ou núcleos colocados dentro do canal e quando a cimentação é provisória ou os
pontos de apoio não são mais suficientes para sustentar toda a prótese.
Entre as soluções convencionais para o primeiro caso, está a confecção de uma nova dentadura a cada
vez que o osso for sendo reabsorvido e, para a segunda hipótese, continuar cimentando toda vez que a
prótese soltar.
A partir dos implantes, existem possibilidades concretas de solucionar o problema das próteses que
soltam. A razão pela qual os implantes resolvem é que, após sua osseointegração, eles passam a
funcionar como pilares, ou pilares adicionais para estabilidade das próteses. Se o problema da
instabilidade é a falta de apoio com conseqüente sobrecarga para os poucos ou frágeis pontos de apoio,
a adição de implantes para esta função é a solução.
SE COLOCAR IMPLANTES, O QUE PRÓTESE POSSO FAZER ?
No caso da prótese utilizada ser uma prótese total (dentadura completa), a colocação de seis a oito
implantes em cada maxila, dependendo do comprimento destes implantes, permite a colocação de uma
prótese fixa que pode ser parafusada, de encaixes ou cimentada.
Se só for possível a colocação de dois a quatro implantes por maxilar (por fatores de ordem econômica ou
disponibilidade óssea), a alternativa é a colocação de uma barra ou bolas e confecção de uma prótese de
encaixe.
Existe uma alternativa intermediária, que é a colocação de quatro ou cinco implantes (seis se for no
maxilar superior) e confecção de uma prótese removível posterior, que, de acordo com o comprimento
dos implantes e vontade do cirurgião-dentista e do paciente, poderá ou não ter encaixes nas partes mais
extremas da prótese fixa anterior para melhorar a estabilidade da prótese removível posterior.
9. MANUTENÇÃO
QUEM TEM IMPLANTES, PRECISA ESCOVAR OS DENTES ?
O fato de usar implantes não muda as exigências de higienização bucal. Ou melhor, muda sim. Usar
implantes faz com que haja necessidade de duas vezes mais higienização: uma para não perder outros
dentes e ter que colocar mais implantes (pagando por isto, sendo que os dentes lhe foram cortesia do
Criador) e outra para manter em boas condições os implantes de forma a que eles não afrouxem e caiam.
Todo o segredo da manutenção, quer de dentes naturais, quer de dentes colocados sobre implantes, está
na correta higienização de ambos. Por quê? Porque se não adequadamente limpos, os resíduos
alimentares que ficam entre eles e embaixo dos bordos das gengivas, através da ação de bactérias que
todos nós temos na boca, formam a placa bacteriana. Esta se não for removida em tempo certo (quatro
vezes ao dia), gera o cálculo dental e infecções das gengivas, que são o início do comprometimento dos
tecidos (ósseo e gengival) que circundam o implante, iniciando-se assim a perimplantite, que é o nome
dado às inflamações (quase imperceptíveis) ao redor dos implantes.
O implantodontista irá apresentar um programa de higiene oral com todo detalhamento. Caso isso não
seja feito, solicite. Se você não entender algo, pergunte, porque é muito importante e disto depende o
sucesso do seu tratamento.
COM IMPLANTES TENHO QUE ESCOVAR TODOS OS DIAS ?
Todos os dias, quatro vezes ao dia: após o café da manha, após o almoço, após o jantar e antes de
deitar. O hábito da escovação nestes quatro momentos do dia é a garantia de dentes e gengivas fortes e
saudáveis.
Além do uso da escova dental, seu cirurgião-dentista lhe apresentará outros recursos de higiene oral que,
de acordo com o caso, estarão indicados. Procure revelar a ele com exatidão e honestidade seus reais
hábitos de higienização para que ele, com maiores conhecimentos, possa elaborar um adequado e
programa de higiene oral.
A maioria de nós é um pouco resistente à higiene bucal. Temos que ser duros com nós mesmos. Temos
de lembrar que cuidados pessoais, como o uso de papel higiênico, do desodorante, da escova de
cabelos, além de fazer a barba, o uso do absorvente, dentre outros; são imprescindíveis.
Precisamos nos concientizar que, sem dentes, não conseguimos viver e nem aparecer entre amigos, pela
vergonha de tê-los perdido. Temos de encarar a higiene oral como única forma de manter os dentes e têlos em bom estado e aparência. Devemos submeter ao nosso cirurgão-dentista controle desta
higienização, mensalmente no primeiro ano e semestralmente nos anos seguintes.
EXISTEM DISPOSITIVOS ESPECIAIS PARA HIGIENIZAÇÃO ?
Sim e são muitos, específicos para cada situação. Estes dispositivos têm por objetivo colaborar na
limpeza das próteses sobre implantes em regiões ou áreas onde a escova tem difícil acesso. São eles: o
fio ou fita dental, o superfloss (que é um tipo de fio dental específico), as escovas unitufo e interdentais
(que são igualmente específicas) e alguns líquidos que deixarão sua boca mais agradável e sadia. Como
coadjuvantes e auxiliares estão também os jatos d’água pulsantes e as escovas elétricas.
O fio e a fita dental atuam embaixo das gengivas, em áreas de difícil acesso para as escovas. O tipo
superfloss, por ser mais volumoso em uma determinada parte é usado em casos específicos, indicados
pelo cirurgião-dentista. As escovas unitufo e interdentais são destinadas aos espaços entre os dentes,
que não são área onde há boa atuação das escovas convencionais. Recursos como os enxaguatórios
bucais são complementos como também os jatos d’água pulsantes e escovas elétricas.
Cada caso terá sua própria indicação e orientação, porque cada paciente tem um grau de risco (que seu
cirurgião-dentista irá determinar por seu histórico), que irá requerer uma higiene oral específica.
COM IMPLANTES VOU CONTINUAR A TER CÁRIES ?
Nos implantes e nos dentes da prótese colocada sobre os implantes, não. Mas o cuidado tem que
continuar, inclusive para não perder os dentes vizinhos aos implantes.
Especificamente quanto aos implantes, esta (a não possibilidade de serem acometidos por caries) é uma
de suas grandes vantagens. Isto por que a placa bacteriana e as cáries são as grandes responsáveis pela
perda dos dentes. Não tendo uma delas, já diminuem muito os problemas.
Se o portador de implantes entender, por este motivo, que pode descuidar de sua higiene bucal, estará
atuando contra si próprio, pois, pensando que a perdas dos remanescentes dentes naturais e
conseqüente colocação de implantes resolverá o problema, estará se enganando. Ser relapso no cuidado
com os dentes naturais implica obrigatoriamente na desatenção com a higiene das próteses sobre
implantes.
O que as estatísticas de alto percentual de sucesso dos implantes garantem é a união deste como osso.
Nenhuma estatística fala que implantes descuidados tem garantia. Pelo contrário, quando falam de
insucessos após a osseointegração, a principal causa é sempre a má higienização. E com as
conseqüências destas não há solução, nem a colocação de implantes no lugar de implantes perdidos,
porque estes também não são garantidos.
10. CUSTOS
SÃO MUITO CAROS OS IMPLANTES ?
Por seus benefícios e vantagens, os implantes não são caros. De acordo com sua quantidade e com a
complexidade do caso (que está relacionada a perda óssea) poderão ter preços altos.
Acontece que, diferentemente de um salão ao qual se vai em meia ou no máximo uma hora e tudo está
resolvido (algumas senhoras estarão pensando que o tempo é maior, mas neste caso o preço também o
será), a Implantodontia envolve 20 a 30 consultas ou mais e, obrigatoriamente, meio ano de tratamento.
Algumas consultas durarão uma, duas horas ou mais. Envolvem também custos dos materiais e dos
próprios implantes e de laboratório técnico para confecção da prótese.
Todo o instrumental usado, em todas as seções, é esterilizado para cada atendimento e a formação do
implantodontista por norma do Conselho Federal de Odontologia são mais de 1 000 horas de curso, isto
depois de ter cursado a faculdade. Sem isto não se recebe o diploma de especialista.
Em função da qualificação e gabarito do profissional que irá colocar os implantes e confecccionar as
próteses os preços poderão ter alguma variação. Neste caso, quanto maior capacitação, maior
segurança.
POR QUE UM IMPLANTE SAI MAIS CARO DO QUE OUTRO ?
São os mesmos motivos que diferenciam um Fusca de um Santana, estes de um Omega e que fazem um
Audi ser bem mais caro. Todos são carros e basicamente fazem a mesma função. Têm algumas coisas
em comum e muitas diferenças. Nestas reside a razão da variação dos preços.
Afora detalhes importantes, como procedência e matéria prima com que são fabricados os implantes, as
diferenças dos implantes em seu formato (alguns necessitam mais tecnologia e tempo para ser
fabricados), o tipo de tratamento de superfície que lhe é realizado; a maior ou menor quantidade de
instrumentos necessários para sua colocação nos pacientes; a versatilidade e quantidade de
componentes protéticos disponíveis para as distintas soluções das próteses sobre implantes; o montante
investido pela empresa produtora em pesquisas de aprovação, ensaios, acompanhamento e controle de
qualidade.
Estas variáveis e outras não mencionadas fazem com que o preço dos implantes seja diferente. Os
profissionais de melhor nível, em função de sua formação e capacidade, costumam também ter um preço
de seus honorários profissionais um pouco maior. É interessante observar que, no final, as diferenças
entre os que cobram mais caro e os que cobram mais barato não são muito grandes, por isso é
importante consultar sempre três ou mais profissionais antes de decidir por quem os colocará.
POR QUE UM DENTISTA COBRA MAIS QUE OUTRO ?
Existem várias razões para diferenciar implantodontistas no preço cobrado para colocar implantes. A
primeira delas é seu conceito e a experiência que tem (neste caso, medida pela qualidade de implantes
colocados e não pelo tempo que os coloca), outra é a qualificação do profissional que se avalia por sua(s)
especialidades(s) e pelos cursos que fez para adquirir mais conhecimentos.
Afora a qualificação e conceito profissionais, outro fator que colabora na diferenciação é a estrutura da
clínica onde trabalha e a quantidade de pessoas que participa na equipe, principalmente se o mesmo
profissional for realizar a parte cirúrgica e protética dos implantes.
O tipo do material que usa e o custo do implante é também importante na composição do preço. No
material, devem ser considerados todos os itens para confecção da prótese e no custo do implante, não
somente deste mas também dos outros componentes necessários tais como brocas, colocadores,
cicatrizadores e também as próteses provisórias.
Colabora também a região ou cidade de atuação do implantodontista, se mais evoluída ou mais simples.
Todos estes fatores podem ser considerados no comparativo entre preços distintos de diferentes
profissionais.
SAI CARO O TRATAMENTO COM IMPLANTES ?
Em primeiro lugar, depende de quantos implantes precisam ou podem ser colocados. Em segundo lugar,
devemos considerar o tipo de prótese que será confeccionada, se fixa ou removível, se unitária, parcial ou
total. Para saber se o tratamento será custoso ou não, é importante também saber se outros dentes
precisarão ser preparados para se acoplar à prótese sobre os implantes e se estes precisarão de
tratamento de canal ou gengivas.
Na fase inicial dos implantes osseointegrados, quando poucos se dedicavam à Implantodontia, o valor
dos tratamentos era alto. Hoje, com o grande número de cirurgiões-dentistas que se dedicam a estudar e
colocar implantes e a existência de implantodontistas em todas as regiões do país, os preços além de
estarem bem mais baixos, são na maioria das vezes acessíveis.
Colabora para os tratamentos com implantes já não serem mais tão custosos, o fato de que, pela
concorrência em função do grande número de especialidades e pela estabilidade da moeda, a prática da
maioria dos profissionais de dividir sem acréscimo o valor do tratamento em três ou quatro vezes. Alguns
facilitam mais ainda, incluindo as próteses, o que até bem pouco tempo atrás era impraticável pela
desvalorização da moeda.
O QUE SAI MAIS CARO, A CIRURGIA OU A PRÓTESE ?
Os custos são praticamente equivalentes nos casos normais. Se algumas pequenas diferenças existem, é
importante considerar que algumas vezes dois implantes irão sustentar três dentes na prótese, outras
vezes três implantes são colocados para uma prótese de cinco elementos, sem contar as
sobredentaduras, onde três ou quatro implantes sustentam uma dentadura.
Fora dos casos normais, nos pacientes com pouco osso, com necessidade de enxertos e cirurgias
avançadas, o valor da fase cirúrgica fica as vezes mais alto porque quanto mais difícil for a cirurgia,
maiores limitações se terá para a confecção de próteses mais sofisticadas. Por outro lado, nos casos
mais seguros, onde após a extração de uma raiz se coloca um implante, existe a possibilidade de
soluções protéticas mais sofisticadas com parafusos, metalo-cerâmica e estética especial. Nestas
circunstâncias, a prótese acaba atingindo valores mais altos que a cirurgia e os bons resultados visíveis
são bem mais perceptíveis.
Para o cliente, o importante é tomar o orçamento por inteiro e a partir deste fazer a avaliação. Nesta
avaliação, sempre se deve considerar se o que está sendo solicitado do profissional é o melhor ou o mais
econômico. Existem as duas hipóteses e a vontade do paciente deve ser satisfeita.
PARA CINCO IMPLANTES, O PREÇO PODE SER MENOR ?
Provavelmente sim, pois nestes casos o preço unitário por implante tende a cair. Na parte cirúrgica,
porque os procedimentos de preparação da cirurgia são os mesmos para colocar um ou 10 implantes. Na
fase protética, os valores podem variar mais ou menos em função do tipo de prótese (se coroas unitárias
ou unidas) que irá ser realizada.
Evidentemente que o ideal seria não ser preciso colocar nenhum implante. Mas na hipótese de haver
necessidade de colocar um, a vantagem para o paciente é fazê-los todos de uma só vez. Não somente
pelo aspecto econômico, mas pelos fatores de tempo e aproveitamento. Para fazer uma moldagem,
provar uma prótese ou colocá-la em definitivo é mais vantajoso e menos tempo é despendido, fazê-lo
para cinco elementos de uma vez do que em cinco épocas diferentes para cinco dentes distintos.
Outro aspecto de economia são os custos básicos e fixos para o caso de três ou cinco em comparação a
um implante. Para mais implantes, o estudo e planejamento é o mesmo que para um, o mesmo
acontecendo para a preparação cirúrgica, para a cirurgia em si, para as visitas de controle, para a
abertura dos implantes e para tudo que disser respeito aos procedimentos protéticos para a conclusão do
caso.
PODE-SE PAGAR O TRATAMENTO EM PARCELAS ?
Esta é uma decisão de caráter pessoal e de exclusiva deliberação do cirurgião-dentista que irá colocar os
implantes. O importante para o candidato a implantes é saber que a maioria dos implantodontistas
atualmente parcelam o valor total do orçamento.
Outro fator que colabora na decisão de parcelar, ou em quantas parcelas poderá ser feito, é o fato do
paciente ser conhecido do profissional ou ter sido indicado por pessoa de sua confiança. Com certeza, os
mais conhecidos ou relacionados conseguirão uma condição um pouco melhor.
Se para pagamentos à vista o segredo é conseguir o melhor desconto ou procurar o melhor preço para
valores maiores ou que por varias razões não se queira pagar a vista, para pagamentos a prazo o
segredo é negociar. Negociar a quantidade de parcelas é o ideal, negociar o dia mais favorável para
quem está pagando, eventualmente com uma entrada maior conseguir um prazo maior ou ainda ir
fazendo pagamentos menores na fase preparatória do tratamento e acertar duas parcelas maiores, uma
na cirurgia e outra na entrega da prótese.
Como o resultado será sempre o comum acordo, o mais certo é comentar com clareza quais são os
desejos e as possibilidades, e averiguar com o profissional o que pode ser feito.
O PREÇO DOS IMPLANTES VAI BAIXAR ?
No início da fase da osseointegração os valores unitários por implante situavam-se entre 2 000 e 4 000
reais (usando-se comparativo com a moeda da época). No momento em que iniciou-se uma difusão maior
da Implantodontia, os preços baixaram para um patamar de 1 000 a 2 000 por implante colocado. Hoje,
dependendo do tipo, marca e procedência dos implantes, o valor oscila entre 500 e 1 000 reais.
Estes valores são genéricos mas representam situação real. As oscilações também acontecem em função
do nível do profissional. É importante lembrar que representam somente os custos da fase cirúrgica de
colocação dos implantes, visto que na fase protética, em função das distintas alternativas, é mais difícil
estabelecer comparativos.
Quem conhece custo dos implantes, custos de preparação das cirurgias e custos dos materiais e
instrumentais necessários para colocação dos implantes compreende que os preços não podem baixar
mais, pois, se isso acontecer, indicará provavelmente a utilização de um implante de qualidade inferior ou
a realização da cirurgia fora dos padrões mínimos necessários de assepsia, anti-sepsia e esterilização, o
que representa um risco para o paciente e, porque não dizer, para o próprio sucesso do implante.
11. DIVERSOS
QUEM TEM IMPLANTES SENTE ALGUMA COISA ?
É incrível! Alem de não sentir nada, não se nota nenhuma diferença entre um dente e um implante. Em
momento algum - e isto é um depoimento de quem já tem implante há mais de três anos - percebe-se
alguma diferença e nem mesmo algum sinal de sua presença.
Não se sente variações de temperatura, não se sente na hora de mastigar, na hora de escovar nem na
hora de falar. Não ocorre nenhuma variação e quando se mastiga, por não haver nenhuma lembrança de
que se usa implantes, a impressão é de que se trata de um dente natural.
Durante o período em que é confeccionada a prótese, percebe-se que estão trabalhando no implante,
tirando molde, apertando parafuso, somente pelo movimento do cirurgião-dentista. Por sensibilidade no
implante, nada é percebido.
Na verdade, é uma das maiores evoluções da ciência, uma solução definitiva, segura e que devolve
integralmente a estética e a função do dente natural, eliminando a idéia de mutilação que a falta de um
dente nos traz, sem que para isso tenhamos que lembrar que usamos um implante.
POR QUE EM ALGUMAS OS IMPLANTES FICAM MELHOR ?
Normalmente a diferença está relacionada a estética. Quando vinculada à função, a diferença se deve
aos distintos tipos de soluções protéticas.
Esteticamente, a diferença para melhor ou pior em uma ou outra pessoa relaciona-se basicamente a
quanto tempo depois de perdidos os dentes, os implantes foram colocados. Se sua colocação se dá logo
após a extração e a prótese é bem feita, a diferença entre um dente natural e outro sobre implante é
mínima, quase imperceptivel. Se, ao contrário, a colocação do implante se dá muitos anos depois, com
perda de altura óssea, de gengiva inserida, as dificuldades estéticas são grandes e as chances de se
perceber que é prótese sobre implantes, existem.
Para casos em que não foi mais possível colocar um implante para cada dente, as soluções protéticas
envolvem uniões por trás dos dentes, para manter a altura da mordida do paciente e torna-se necessário
algumas vezes alongar as coroas e a região entre os dentes e gengiva onde não existam raízes ou
implantes, ficando neste caso um pouco mais difícil de dissimular.
Para esses casos fica a certeza de que, com os recursos modernos, a Implantodontia propicia soluções
sem as quais não seria possível resolver o problema de forma tão satisfatória.
QUANTO TEMPO DEMORA TODO O TRATAMENTO ?
Varia bastante em função da extensão do caso a ser resolvido. Em linhas gerais, os casos simples levam
de quatro a cinco meses, e os mais complexos demandam de seis meses a um ano.
Neste tempo está incluída a espera para obtenção da osseointegração (aproximadamente três meses),
que na maioria das vezes é maior que o tempo do próprio tratamento. Não estão incluídos casos de
enxertos, quer de tecidos moles (gengivas), quer de osso, em que podem ser necessários de seis meses
a um ano de espera, porque estes são casos mais raros.
O tempo entre a primeira consulta, radiografias, planejamento, exames até o momento da colocação dos
implantes, em geral não ultrapassa 30 dias. Depois de feita a abertura dos implantes, o tempo médio
entre moldagem, confecção da prótese no laboratório, provas, ajustes e colocação definitiva, varia entre
30 e 60 dias, aqui também não estando incluídos os casos de exceção que, em função de outros
procedimentos, fazem com que este tempo aumente.
Estes prazos são médios e consideram disponibilidades de tempo do paciente para todas as consultas
necessárias e um profissional com agenda não sobrecarregada, que possa atender o paciente, quando
necessário, sem ter que aguardar períodos muito longos entre uma consulta e outra.
COM IMPLANTES POSSO VOLTAR A COMER DE TUDO ?
Se você repôs com implantes a quantidade de dentes que perdeu e fez coroas unitárias, sim. Você pode
continuar comendo tudo e da mesma forma e eficiência que comia antes.
Considerando como 20 dentes (10 por arcada) o mínimo para uma boa mastigação, procure raciocinar
com uma matemática simples: se você tinha 14 dentes na mandíbula ou maxila, perdeu oito da região
posterior (quatro de cada lado) e ficou com seis dentes, sua eficiência mastigatória diminuiu quase 60% e
é evidente que não poderá mastigar tudo o que mastigava e com a mesma eficiência. Se forem colocados
quatro implantes (dois de cada lado) você passará a ter 10 elementos de mastigação (seis dentes e
quatro implantes), com isto você volta a ter uma boa eficiência mastigatória, mas vão continuar faltando
quatro (em relação ao que tinha). Se os implantes forem de bom tamanho (mais de 12 ou 13mm de
comprimento), você irá receber uma boa prótese e mastigará de modo praticamente igual ao anterior.
Com a colocação de implantes, detém-se o processo da reabsorção óssea. Procure não chegar à
situação de pouco osso para então implantar, porque neste caso os implantes que poderão ser colocados
serão de tamanho pequeno e, por conseqüência, com alguma limitação mastigatória.
OS IMPLANTES MELHORAM O DESEMPENHO SEXUAL ?
Inicialmente sim, porque tendo implantes você tira a idéia de mutilação oral de sua cabeça e melhora sua
auto-estima. A colocação de implantes traz sempre junto a melhora da condição estética facial,
melhorando com isto sua auto confiança pela melhora de sua aceitação social.
Com implantes e próteses colocadas sobre eles, diminuem os preconceitos em relação à prótese, que
não tinha estabilidade ou que precisava em algum momento ser retirada para higienização. Com os
implantes você tem mais liberdade para falar, comer ou sorrir de verdade.
Alguns tipos de próteses, pelo inconveniente da higienização, com o tempo passavam a ter odor
característico. Nas próteses sobre implantes você terá total condição de higienização e, com hálito
melhorado, poderá falar mais de perto às pessoas.
A partir do uso de implantes, amplia-se a condição de comer bem, principalmente em um país como o
nosso, onde se come muita carne, e isto aumenta o estímulo para o convívio social. Além disso, os
implantes e próteses possibilitam contato direto mais livre e seguro entre as pessoas, na região oral. Esta
segurança e proximidade são muito importantes no convívio íntimo de duas pessoas (além de serem bem
mais sensuais que uma prótese total).
UM IMPLANTE QUE NÃO DEU CERTO PODE SER REFEITO ?
Modernamente, até implantes perdidos têm solução. As grandes companhias desenvolveram implantes
com um diâmetro um pouco maior do que os normais, com o objetivo de, na eventualidade de mobilidade
de um implante, poder subsituí-lo por outro maior, conhecido como implante de reinserção.
Este pequeno detalhe deu mais segurança aos implantodontistas, porque anteriormente só os implantes
mais finos se beneficiavam com a colocação de um implante de maior diâmetro. Agora, com esta reserva
técnica, inclusive os de maior diâmetro podem ser substituídos, caso falhem.
Para que este procedimento se torne possível, é importante que, ao perceber qualquer sinal de
mobilidade ou de sentir o implante, você procure o cirurgião-dentista que os colocou e relate o fato.
Quanto mais tempo passar, pior, porque caso se instale algum processo infeccioso ao redor do implante,
a primeira conseqüência é a perda óssea, que dependendo do grau, poderá inviabilizar nova implantação.
Como o sucesso dos implantes anda em torno de 95 %, os poucos casos de insucesso, que normalmente
se manifestam nos primeiros meses após a colocação, o sucesso dos implantes, está chegando agora a
96, 97 até 98%. E isto faz da Implantodontia um procedimento cada vez mais seguro.
POR QUE TANTAS PERGUNTAS ANTES DE PÔR IMPLANTES ?
Primeiro, porque a colocação de implantes ainda é uma novidade e, como tal, traz consigo muitas
curiosidades e algumas dúvidas. Normalmente, só aceitamos o que é novo depois de conhecer bem e,
para isso, temos de esclarecer todas as dúvidas, inclusive para afastar alguma insegurança.
Segundo, porque é algo bastante revolucionário, porque muda as bases dos conceitos que tínhamos a
respeito das possíveis soluções para as perdas dos dentes. A perda de um incisivo central por um jovem
de 18 anos em acidente de bicicleta, que antigamente era motivo de trauma ou complexo, hoje tem uma
solução simples, que é o implante. Essa mudança repentina nos faz ser mais interrogativos.
Terceiro, porque antes da confirmação dos implantes dentários, surgiram os transplantes de coração, de
rins e outros. Com eles veio a idéia negativa da rejeição, que sempre foi motivo de medo e que, por falta
de informação e esclarecimento, permitiu ao leigo confundir transplantes com implantes.
Quarto, sendo uma técnica relativamente nova, cirurgiões-dentistas clínicos gerais e inclusive
especialistas em outras áreas muitas vezes esquecem de indicar os implantes dentários, e você, com
mais esclarecimentos, deve perguntar por eles.
Quinto, pela falta de um livro em linguagem leiga, acessível e que respondesse a maioria das perguntas e
tirasse a maioria das dúvidas, de forma que as respostas fossem claras e não gerassem outras perguntas
e mais dúvidas.
O QUE É MELHOR, IMPLANTE OU DENTE NATURAL ?
É, e sempre será, o dente. Tem a perfeição da natureza e, com certeza, hoje se pode afirmar que, se bem
cuidados, são eternos. E, tão importante quanto isto: são GRÁTIS.
Um dente sadio, bem cuidado e higienizado é um dos elementos mais bonitos e perfeitos do corpo
humano. Embeleza o mais belo dos gestos: o sorriso. São naturais e espontâneos.
Quando falamos das vantagens de um implante, sua solidez, resistência, funcionabilidade, e
versatibilidade, reportamo-nos sempre à reposição de um dente perdido. O dente idealmente deveria,
deve e deverá sempre ser bem cuidado e nunca ser perdido. Os implantes assumem importância quase
igual aos dentes a partir do momento em que a perda destes é irreversível ou fato consumado.
Isto é importante ser dito e compreendido, para que ninguém imagine como solução para problemas com
seus dentes naturais, aguardar o momento de sua queda para colocação de implante. Tal qual a
Implantodontia, a Odontologia evoluiu de tal forma que hoje não existem problemas sem solução para os
dentes naturais. E a Implantodontia veio a completar este quadro de eficiência da Odontologia, porque
agora até a perda dos dentes tem solução: OS IMPLANTES DENTÁRIOS.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BABBUSCH, C.A. Dental Implants: Principles and Practice. Philadelphia: W.B. Saunders,1991.
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CESCHIN, J.R. O Implante na Reabilitação Bucal. São Paulo: Panamed, 1995.
MANTILLA, F.V. Implantologia Oral. Bogotá Colombia: Catalogo Científico, 1985.
REICHENBACH, M. Avaliação e discussão da observação clínica e estatística de 483 implantes TF
(Tissue Functional) colocados consecutivamente em um período de cinco anos. BCI, v.l1, n.4, 1994.
RIBEIRO, A.I. et al. Manual IMZ. 2.ed., Curitiba: Odontex, 1995.
RIBEIRO, A.I. et al. Manual TF - Tissue Functional. Curitiba: Odontex, 1993.
RIBEIRO, A.I. & REICHENBACH, M. 100 Problemas e Soluções em Implantodontia. 2.ed., Curitiba:
Odontex, 1995.
RIBEIRO, A.I.; REICHENBACH, M. 500 Perguntas e Respostas em Implantodontia. 2.ed., Curitiba:
Odontex, 1995.
SILVA, J.A. & CARVALHO, P.S.P. Próteses Fixas Cimentadas Sobre Implantes Osseointegrados.
Considerações Clínicas. BCI, v.2, n. 2, 1995.
RAZÕES PARA UM
IMPLANTE DAR CERTO
1. Escolher um dentista capacitado para colocá-lo;
2. Optar por um implante de boa qualidade;
3. Seguir as instruções quanto à medicação;
4. Ter alimentação adequada no pós-operatório;
5. Não forçar a mastigação sobre ele;
6. Aguardar o tempo certo para colocar a prótese;
7. Adequar o tipo certo de prótese para o caso;
8. Retomar a mastigação progressivamente;
9. Não submetê-lo a esforços mastigatórios exa gerados;
10. Atentar para o mais importante: a manutenção.
MOTIVOS PARA UM
IMPLANTE DAR ERRADO
1. Indicação inadequada;
2. Contra-indicação presente;
3. Ser de má qualidade;
4. Estar com a superfície contaminada;
5. Procedimento cirúrgico deficiente;
6. Escolha da prótese errada;
7. Contato prematuro;
8. Uso desapropriado da prótese;
9. Desmotivação do paciente;
10. Má higienização.
DEPOIMENTO FAMILIAR
Como vendedor e posteriormente como gerente de vendas, sempre comentei que antes de vender algum
produto é preciso comprá-lo. Para vender algo, tenho de ter certeza que se não fosse vendedor do
mesmo, iria comprá-lo.
Mais tarde adicionei que para que algo seja considerado bom, deveria poder ser usado por seus filhos.
Como paciente bem sucedido de três implantes, quero relatar que meu pai é portador de dois, minha mãe
tem três, meu segundo irmão tem quatro, minha irmã tem dois e meu quinto irmão é portador de cinco
implantes (desculpem-me por utilizar tantos números, talvez seja porque sou filho de professor de
Matemática).
É importante testemunhar que todos com 100% de sucesso, sendo que, dos seis, três receberam
implantes em situações críticas (pouco osso) e todos estão satisfeitos com suas próteses sobre implantes.
E a família que possui implantes unida, tem um motivo a mais de união: sorrir!
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