Nº 84 Junho/2009 DEPENDÊNCIA QUÍMICA Drogas ilícitas mataram 200 mil usuários em 12 meses As estatísticas revelam a extensão do problema: quase 5% da população mundial já fez uso de drogas ao menos uma vez, o equivalente a 208 milhões de pessoas. Os dados, divulgados recentemente pelo Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (Unodc), voltaram a ser expostos neste mês de junho e especialmente no dia 26, quando se comemorou o Dia Internacional de Combate às Drogas. O “Relatório Mundial sobre Drogas de 2008” do Unodc mostra, ainda, que as drogas ilícitas foram responsáveis pela morte de 200 mil usuários nos 12 meses de 2005, ano da medição. Embora assustador, o Unodc lembrou que o número de mortes anuais relacionadas ao consumo de álcool (2,5 milhões) e de tabaco (5 milhões) é muito maior. De acordo com a pesquisa, o Brasil é o segundo maior mercado de cocaína das Américas, com cerca de 870 mil usuários adultos – entre 15 e 64 anos –, somente atrás dos Estados Unidos, que possuem cerca de 6 milhões de consumidores da droga. O consumo anual da droga passou de 0,4% da população adulta em 2001 para 0,7% em 2005. O maior número de usuários se concentra nas regiões Sudeste e Sul do país. O Brasil também é responsável pelo maior volume de maconha apreendido na América do Sul no último ano, com 167 toneladas. E o consumo da maconha e do haxixe no País aumentou duas vezes e meia. Em 2001, 1% dos brasileiros consumia a droga. Em 2005, o número chegou a 2,6%. Como enfrentar – Segundo o Unodc, os países em desenvolvimento são os que mais sofrem por “não conseguirem enfrentar os líderes do tráfico e a dependência química com seus governos enfraquecidos”. Para as Nações Unidas, o enfrentamento do problema deve ser feito em três frentes, nas quais deve-se agir em conjunto: •tratar o problema de drogas como questão de saúde pública (prevenção, atenção e tratamento); •prevenir o crime (romper elos entre crime organizado, corrupção e terrorismo), e •respeitar os direitos humanos (particularmente em relação ao dependente químico e ao usuário de drogas). Mobilização O Dia Internacional de Combate às Drogas, comemorado em 26 de junho, foi escolhido pelo Unodc para lançar, simultaneamente em diversas cidades do mundo, inclusive no Brasil, a edição de 2009 do Relatório Mundial sobre Drogas. O documento reúne dados estatísticos e análises de tendências sobre a situação do mercado das drogas ilegais em todo o mundo, inclusive sobre produção, tráfico e consumo, servindo como base de referência a governos para a implementação de políticas públicas para o setor. Leia mais nas págs 2, 3 e 4 RECADASTRE-SE Na edição anterior do Cabesp +Vida foi encartado um formulário para atualização cadastral dos titulares e dependentes dos planos Cabesp. Esse recadastramento atende às exigências da Agência Nacional de Saúde (ANS) estabelecidas na Resolução Normativa Nº 187 de 09 de março deste ano. O formulário pode ser enviado sem custo pelo correio. Se você não recebeu o formulário, poderá encontrá-lo no portal www.cabesp.com.br e enviá-lo por email para o endereço: [email protected]. SAIBA MAIS: Obs: Não é necessário o envio de nenhuma outra documentação. Em caso de dúvida, contate o Disque Cabesp – 0800 722-2636. Tabagismo: mulheres são maiores vítimas da dependência psicológica Câncer de Mama: detecção precoce propicia cura Gripe suína: governo garante preparo brasileiro para enfrentar pandemia Semana dos aposentados: Cabesp marca presença na Colônia do Guarujá 4 5 6 8 drogas Codependência atinge Em entrevista ao Cabesp +Vida, a psicóloga do Centro de Tratamento Bezerra de Menezes, Dra. Maria Heloisa Bernardo, lembra o peso do alcoolismo e do tabaco em dados sobre uso de drogas. “Estatísticas sobre alcoolismo nos países em desenvolvimento são sempre precárias”, explica Maria Heloisa. Ela conta que a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) divulga que, na América Latina, pesquisas sobre a prevalência do alcoolismo na população têm índices que variam entre 3% e 23%. “Aproximadamente 10% de qualquer segmento pop­ulacional sofre diretamente em algum grau da doença do alcoolismo. No Brasil, podemos estimar uma pop ulação de aproximadamente 16 milhões de alcoólatras atualmente”, afirma a especialista. Seguindo seu raciocínio, uma conta rápida pode chegar a números ainda mais impressionantes. Se para cada doente tivermos uma família com média aproximada de três pessoas (conforme censo), teremos então 64 milhões de indivíduos doentes física, emocional e mentalmente. Estes fazem parte da codependência, doença que a família desenvolve por conviver em um relacionamento altamente disfuncional. “Esta epidemia compromete gravemente a saúde global do País”, lembra Maria Heloisa. E a realidade em relação ao cigarro, segundo ela, não é diferente. Veja os principais trechos da entrevista: FOTO: www.morguefile.com O que é, de forma ampla, a dependência química? Maria Heloisa Bernardo – Deixando de lado as questões acadêmicas e por razões puramente clínicas, consideramos a dependência química uma doença. Ela tem semelhanças com o câncer, diabetes e cardiopatias que, no longo prazo, produzem danos físicos, psicológicos e sociais. É uma condição na qual uma pessoa desenvolve dependência bio-psico-social a qualquer substância que altere o humor. A dependência química leva a pessoa a usar droga para conseguir gratificação no curto prazo. Mas a dependência cria desconforto no longo prazo e é acompanhada por obsessão, compulsão e perda de controle. Com a evolução da doença, o uso interfere negativamente no viver, existe uma compulsão avassaladora para usar novamente, apesar das consequências dolorosas no longo prazo. O dependente químico usa a droga para aliviar a dor criada pelo seu uso. Assim, o uso contínuo do químico leva ao uso contínuo. Isto é o ciclo da doença. 2 Em que momento a dependência é constatada? Maria Heloisa – De forma simplista, se pode considerar que a pessoa tenha desenvolvido a dependência quando perde o controle do consumo, ou seja, quando planeja determinado padrão de uso e não mais consegue mantê-lo, excedendo-se na periodicidade e na quantidade da substância ingerida. Associado a isso, se observa que a maneira que usa a substância passa a causar-lhe problemas nas várias áreas da vida, começando com os relacionamentos mais próximos e abarcando todas as esferas da vida da pessoa. Como evitar que o vício se instale dentro de casa? Maria Heloisa – Crianças e jovens sabem muito mais sobre o mundo do que pretendem seus pais, porém, a sua visão da realida- 64 milhões de brasileiros de é ainda muito distorcida pela juventude e inexperiência. É dever dos adultos alertá-los contra as drogas e o álcool e oferecer-lhes perspectivas adequadas. Como os pais devem agir? Maria Heloisa – Aqui cabe um ponto para reflexão. A interpretação paterna sobre o uso do álcool e das drogas é fundamental. Achamos que a experimentação é apenas uma fase que a criança atravessa ou achamos que é um processo perigoso que ela não pode entrar? É melhor escolher a segunda opção, devido à gravidade do problema. Somos os melhores amigos de nossos filhos, ou somos os seus pais? Às vezes não se consegue ser as duas coisas ao mesmo tempo. “Meu filho de 16 anos é o meu melhor amigo. Converso com ele e conto-lhe todos os meus problemas. - Ele me ouve.” - Caberia aqui a pergunta: - E quem é a mãe / pai? Nós adultos sabemos que a juventude é tempo de amadurecimento. Como convencer os nossos filhos de que álcool e drogas vão interferir nesse processo? Maria Heloisa – Devemos ter em mente três motivações principais do comportamento adolescente, inclusive quanto a usar ou não álcool e drogas. A primeira questão é que os jovens devem aprender que não usar é mais aceitável do que usar. Que não existem negociações sobre situações que coloquem em risco a saúde, segurança ou a integridade do filho, e que, por mais que tentemos não poderemos ser pais perfeitos. O que a família deve fazer, especialmente em relação aos adolescentes? Maria Heloisa – Relaciono a seguir algumas orientações gerais sobre fatores de proteção ao uso, abuso e dependência do álcool e outras drogas entre crianças e adolescentes: • Eduquem-se sobre a dependência química; • Telefonem e se reúnam com os pais dos amigos de seus filhos; • Tenham valores e opiniões firmes dentro da família; Codependência é um transtorno do comportamento que comumente se instala em pessoas que convivem e se envolvem emocionalmente com dependentes químicos. Caracteriza-se pela necessidade constante (e às vezes compulsiva) de cuidar do adicto (dependente químico) para evitar que use a droga de escolha ou que seu comportamento seja percebido pelos outros. É um “amor” doentio e possessivo, que faz com que a pessoa esqueça de si mesma e passe a viver em função do outro. Esse comportamento disfuncional, além de não ajudar o dependente químico, compromete a saúde física e mental dos familiares, acarretando inúmeros prejuízos nas suas relações sociais. • Digam à sua família qual é a sua opinião a respeito de álcool e drogas; • Avaliem esta questão: tomem a decisão de levar as crianças em viagens de férias com a família. Divirtam-se; • Os pais podem e devem ter acesso ao quarto dos filhos. Geralmente é lá que eles escondem coisas; • Aprendam algo sobre equipamentos para usar drogas (cachimbos, odores); • Conheçam as crianças e jovens, mas principalmente os pais dos amigos de seus filhos. Ajudem esses pais a se educarem; • Estabeleçam normas; • Um bom grupo de iguais é um modo maravilhoso de ajudar os seus filhos a crescer sem drogas e saudáveis, andando pelos caminhos certos; • Um mau grupo de pares pode facilmente desencaminhar os jovens e os pais precisam da pressão dos pares e também de apoio próprio; • No mundo de hoje, em que as pessoas vivem isoladas, é importante construírem uma extensão da família, seja quem for que a componha; • Pais solteiros ou divorciados precisam reconhecer que, se os seus filhos convivem entre si e exercem pressão mútua, os pais precisam unir-se uns aos outros e constituir vínculos fortes, compartilhando energia e força afetiva, principalmente os pais avulsos. Fale sobre a importância da ajuda da família no processo. Maria Heloisa – A melhor ajuda que a família pode oferecer ao dependente é se concentrar em sua própria vida, recuperação e crescimento pessoal. Se não fizer isso, desenvolve a codependência. O familiar também está afetado pelo problema e é o responsável pela própria recuperação. Mesmo que o dependente se recupere, o codependente permanece com a síndrome ativa; há necessidade de tratamento e atenção ao seu problema. O que os codependentes precisam saber? Maria Heloisa – Codepen­dentes devem receber informações sobre a dependência química e os sintomas que acompanham a recuperação. Precisam compreender que a dependência química é uma síndrome ao invés de defeitos de caráter, distúrbios emocionais ou doença mental. Precisam reconhecer e aceitar a codependência e envolver-se com grupos de autoajuda, como Al-anon / Naranon ou aconselhamento especializado com profissional habilitado no campo da dependência química e da codependência. A experiência mostra que o familiar pode ser um poderoso aliado na recuperação do dependente químico, desde que siga os passos da sua própria recuperação. Reconhecendo a sua própria doença e focalizando-se nela, fica envolvido em seu próprio tratamento. A codependência deve ser apresentada como doença familiar, todos os seus membros devem ser incentivados a se tratar. É comum o dependente evoluir em sua recuperação, enquanto o codependente apresenta sérias recaídas, tornando-se seriamente disfuncional. Ninguém desenvolve a dependência química e a codependência de um dia para o outro. Portanto, a recuperação levará um longo período de tempo. continua pág. 4 3 drogas Qual o meio mais eficaz de se auxiliar no processo de recuperação de um dependente químico? Maria Heloisa – Estratégia extremamente eficiente para motivar o dependente à ajuda e ao tratamento é romper com os mecanismos de facilitação. As tentativas de argumentar, ameaçar, implorar ou discutir racionalmente para que eles busquem tratamento, quase nunca surte efeito. Geralmente, é necessário que ocorra uma situação de crise ou de significativa perda pessoal para que se consiga derrubar as barreiras levantadas pelo dependente e motivá-lo a buscar ajuda. A família/ empregador precisa deixá-lo perceber que a maneira com que ele está usando ou bebendo está afetando negativamente a sua vida. É necessário que ele assuma a responsabilidade pelas consequências danosas do uso e do seu comportamento disfuncional. O que significa esse rompimento? Maria Heloisa – Na prática, romper com os mecanismos de facilitação significa: não cobrir os cheques sem fundo que ele usou; não impedir que seja preso quando rouba; não se dirigir aos pontos de tráfico só para impedir que ele corra perigo; não negar que ele seja dependente químico; não encobrir seus problemas e mentiras; não resolver os problemas para eles; não justificar o seu uso devido aos problemas que enfrenta na vida... Uma boa sugestão aos dependentes e familiares é procurar ajuda de aconselhamento especializado e/ou os grupos anônimos para tratamento. Onde buscar ajuda Grupos de Anônimos específicos para pais e familiares: • Amor Exigente (Grupos de pais e familiares de usuários de drogas): www.amorexigente.org.br • Naranon (Grupos de familiares e pais dos Narcóticos Anônimos): www.naranon.org.br • Al-anon (Grupos de familiares dos Alcoólicos Anônimos): www.al-anon.org.br • Coda (Codependentes Anônimos): www.codabrasil.org • Divisão de Prevenção e Educação (Dipe) do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil de São Paulo: faz cursos gratuitos sobre o tema para a população em geral, com carga de 16 horas. www.policiacivil.sp.gov.br - Tel: (11)3815-8761. Fontes: •Maria Heloisa Bernardo é psicóloga do Centro de Tratamento Dr. Bezerra de Menezes (credenciado Cabesp) www.bezerrademenezes.org.br •Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (Unodc) www.unodc.org tabagismo Mulheres são as principais vítimas da dependência psicológica do cigarro O público feminino é o preferido do cigarro quando o assunto é dependência psicológica. Levantamento feito pelo Grupo de Apoio ao Tabagista (GAT) do Hospital A.C.Camargo, destaca que, psicologicamente, o tabaco gera nas mulheres efeitos mais intensos e, portanto, causa dificuldades adicionais para que abandonem o vício. “Isso ocorre porque as mulheres são mais sujeitas aos sintomas de depressão e ansiedade. Problemas no trabalho, brigas com o namorado ou dificuldades para educar os filhos são fatores que costumam fazer com que elas fumem mais”, destaca a psiquiatra e coordenadora do GAT, Célia Lídia da Costa. A relação entre cigarro e mulheres aumenta os riscos de câncer de pulmão (causador de 98% dos casos) como também de cânceres de boca, esôfago, laringe, faringe, garganta, pâncreas, rim, bexiga, estômago e colo de útero. Outras consequências são o aumento da taxa de infertilidade, alterações menstruais e doenças cardiovasculares. “Os riscos são ampliados quando o tabaco está associado ao uso de métodos anticoncepcionais. Pode também causar problemas na gravidez, interferindo diretamente na saúde do bebê, que pode nascer com peso abaixo do ideal, pois o tabaco diminui a chegada de nutrientes pela placenta”, destaca o diretor do Departamento de Cirurgia Torácica do Hospital A.C.Camargo, Jefferson Luiz Gross. 4 Dependência psicológica X dependência química Estudo do GAT feito com seis mil pacientes em tratamento conclui que em 50% dos casos a dependência do cigarro é exclusivamente psicológica, sendo indicada, nestes casos, a terapia em grupo. Apenas 20% dos pacientes apresentaram dependência grave de nicotina e 30% são dependentes leves ou moderados da substância. A Cabesp é sua aliada na luta contra o fumo. Consulte www.cabesp.com.br ESPAÇO PUBLICITÁRIO Câncer de mama Detecção precoce aumenta as chances de cura em 90% Segundo dados do Instituto do Câncer do Ministério da Saúde (Inca), o câncer de mama é o que mais causa mortes entre as mulheres no Brasil. Para este ano, estima-se o surgimento de 235 mil novos casos de câncer para o sexo feminino. Desses, 49 mil são de câncer de mama, tipo de tumor que mais aumentou nos últimos anos. clínico, realizado pelo ginecologista, e a mamografia, que é a radiografia da mama. Este exame permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros), aumentando em 90% as chances de tratamento e cura do tumor. Prevenção – O crescimento das estatísticas reforça a necessidade de conscientização da mulher sobre os cuidados com a saúde e sobre a importância dos exames preventivos. Os exames mais eficazes são o Fonte: Instituto Nacional do Câncer (Inca) A Campanha de Prevenção ao Câncer de Mama da Cabesp está em sua reta final. Muitas mulheres já realizaram a mamografia. Se você ainda não fez, não perca mais tempo! Lembre-se: você é a grande responsável pela sua saúde. Cuide-se! fique por dentro Funcionários Banesprev ganham assistência da Cabesp Diretorias e gerências da Cabesp e da Banesprev em cerimônia de celebração do convênio FOTO: RONALDO ROMANO Desde o dia 1º de maio, os funcionários do Banesprev contam com a assistência Médica e Odontológica oferecida pela Cabesp, com direito às coberturas previstas na lei 9656/98 e às obrigatórias editadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Esse plano oferece as coberturas: ambulatorial, hospitalar, obstetrícia e odontológica, com acomodação em quarto individual e abrangência nacional. O convênio foi celebrado por meio da adesão do patrocinador (Banesprev) com a patrocinada (Cabesp). 5 Gripe suína O que você precisa saber Desde o dia 25 de abril, quando a Organização Mundial da Saúde alertou sobre o rápido andamento da transmissão do vírus Influenza A (H1N1), popularmente conhecido como “gripe suína”, o Ministério da Saúde colocou em ação o seu plano para evitar e conter o avanço da doença no Brasil. A transparência na divulgação das informações é parte importante desse plano. O objetivo é prestar o correto esclarecimento sobre a situação da doença no País para que seja evitada a automedicação, além de manter a sociedade segura sobre os procedimentos adotados pelas autoridades sanitárias brasileiras. Nesta reportagem, você vai encontrar as principais informações sobre o assunto. Acompanhe! As primeiras ocorrências da “gripe suína” foram confirmadas pelo Ministério da Saúde em 7 de maio. De lá até o fechamento desta edição do jornal Cabesp +Vida, em 19 de junho, havia 131 casos confirmados no Brasil. Entre os 131 casos confirmados, 107 (81,7%) tiveram como local provável de infecção outros países. Os outros casos, segundo o Ministério da Saúde, foram de transmissão autóctone (dentro do território nacional). Desse modo, conforme as informações oficiais até então divulgadas, a transmissão no Brasil é limitada, sem evidências de transmissão sustentada do novo vírus Influenza A(H1N1) de pessoa a pessoa, tendo em vista que todos esses casos têm vínculo epidemiológico com casos importados. Independentemente disso, o Ministério da Saúde lembra que, para todos os casos confirmados, estão sendo realizados busca ativa e monitoramento das pessoas que estabeleceram contato próximo com os pacientes. No dia 11 de junho, após a realização da quarta reunião do Comitê de Emergência da OMS, conforme estabelecido no Regulamento Sanitário Internacional (RSI 2005), a Diretora Geral da OMS, Dra. Margaret Chan, elevou o nível de preparação para a pandemia do vírus Influenza A(H1N1) da fase 5 para fase 6. De acordo com a OMS, a fase 6 significa que a disseminação da infecção entre humanos, no nível comunitário, ocorre em diferentes regiões (continentes) do mundo. Esta situação cumpre o critério para definição de pandemia. No entanto, apesar da alteração de fase, o evento permanece caracterizado como de gravidade moderada e não há recomendações aos países para o fechamento de fronteiras ou restrições ao comércio e viagens internacionais. credenciamentos A Cabesp formalizou 42 novos credenciamentos em várias especialidades e localidades no período de março a abril/2009. Abaixo, citamos alguns exemplos. Veja a relação completa da rede credenciada no site www.cabesp.com.br. Nome Cidade Especialidade Tricia Mambrim de Almeida Prado Americana/SP Endocrinologia Claudio de Carvalho Villas Boas Assis/SP Urologia Ecogin Ltda Belo Horizonte/MGGinecologia e Obstetrícia Alcio Jacinto Conttri Espírito Santo do Pinhal/SP Urologia Alberto Vicentini Filho Itatiba/SP Otorrinolaringologia Otaviano da Silva Cardoso Felício Jaú/SP Proctologia Daniel Rosito Pivotto Jaú/SP Endocrinologia Felipe Jose Vieira Juiz de Fora/MG Cirurgia Geral Alessandra Miranda Papine Monte Alto/SP ClÍnica Geral Odontológica Carlos Renato de Oliveira Souza Olímpia/SPGinecologia e Obstetrícia Marcos Roberto de Assis Pinto Ourinhos/SP Psiquiatria Lara Picoli Pelegrineli Pederneiras/SP Fisioterapia e Reeducação Postural Global (RPG) Luci Meire Bertelli Roseiro Penapolis/SP Nutricionista Centro de Radiol. Odont. Macuco Santos/SP Radiologia Odontológica MDM - Medicina DiagnÓstica Maringolo S/S São José do Rio Pardo/SP Radiodiagnóstico, Ultrassonografia e Tomografia Computadorizada LEITE & SOUZA CLÍNICA MÉDICA LTDA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS CIRURGIA DO APAR. DIGEST. E CIRURGIA GERAL CROP – Centro de Radiol. Diag. Odont. Passaro Ltda Sorocaba/SP Radiologia Odontológica Selma Regina Toledo Toschi Tietê/SP ClÍnica Geral Odontológica 6 sobre o vírus Influenza A (H1N1) Atualize-se sobre o Influenza A (H1N1) O que é? É uma doença respiratória aguda (gripe), causada pelo vírus A (H1N1). Este novo subtipo do vírus da influenza é transmitido de pessoa a pessoa, principalmente por meio da tosse ou do espirro e pelo contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. Quais são os sintomas? Febre alta, acima de 38º, tosse, podendo estar acompanhada de outros sintomas, como dor de cabeça, dores musculares e nas articulações e dificuldades respiratórias. Como pode ocorrer o contágio? O contágio pode ocorrer até dois dias antes ou cinco dias após o aparecimento dos sintomas. Atualmente, a atenção maior é para pessoas que estiveram em áreas afetadas pela doença, como México e Estados Unidos, nos últimos dez dias e aos contatos próximos de pessoas suspeitas de terem contraído a doença. Não é transmitida pela ingestão da carne de porco (cozida ou assada), pois o vírus morre em altas temperaturas. Existe vacina? Não existe vacina contra este novo subtipo de vírus da Influenza. Os estudos estão em andamento. A vacina contra gripe comum não protege contra a gripe do vírus A (H1N1). Há tratamento para Influenza (H1N1) no Brasil? Sim. O Ministério da Saúde adotou protocolo para tratamento com medicamento antiviral para pacientes infectados. As pessoas que apresentarem sintomas, deverão procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima. Não tomar medicação sem indicação médica, pois além de mascarar sintomas e retardar o diagnóstico, pode causar resistência ao vírus. Cuidados para se evitar a influenza: •Lavar as mãos com água e sabão (depois de tossir ou espirrar, depois de usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar os olhos, boca e nariz); •Usar lenço de papel descartável; •Proteger a boca e o nariz com lenços, ao tossir e espirrar; •Orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até cinco dias após o início dos sintomas); •Evitar aglomerações e ambientes fechados; •É importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias; •Restrição do ambiente de trabalho para evitar disseminação; •Hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e hábito de atividade física. Segundo as informações oficiais, a transmissão no Brasil do vírus da Influenza A (H1N1) é limitada e não há evidência de sustentabilidade da transmissão de pessoa a pessoa. Quais as recomendações do Ministério da Saúde para os viajantes internacionais? Aos viajantes que se destinam aos países afetados: •Em relação ao uso de máscaras cirúrgicas descartáveis, seguir rigorosamente as recomendações das autoridades sanitárias locais durante toda a permanência nos países afetados; •Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável; •Evitar locais com aglomeração de pessoas; •Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal; •Evitar tocar olhos, nariz ou boca; •Lavar frequentemente as mãos com água e sabão; •Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar horário de contato com doentes e roteiro de viagens recentes a estes países; •Não usar medicamentos sem orientação médica. Aos viajantes que estão retornando de viagens internacionais: •Viajantes procedentes de outros países, independente de ter ou não casos confirmados, que apresentarem alguns dos sintomas da doença até dez dias após saírem destas áreas afetadas devem: - Procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima; - Informar ao profissional de saúde o seu roteiro mais próximo. O que fazer A orientação do Ministério da Saúde é que, caso apresente sintomas da gripe Influenza A (H1N1), o cidadão procure a unidade de saúde mais próxima. Se for caso suspeito, o médico deverá fazer a notificação e encaminhá-lo portando máscara cirúrgica ao hospital de referência para avaliação clínica, isolamento, coleta de amostras biológicas e tratamento adequado. Não tomar medicação sem indicação médica, pois além de mascarar sintomas e retardar o diagnóstico, pode causar resistência ao vírus. Fontes: Ministério da Saúde portal.saude.gov.br/portal/ saude/profissional/area.cfm?id_ area=1534 Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Organização Pan-Americana de Saúde www.opas.org.br Organização Mundial da Saúde www.who.int (informações em inglês e espanhol) 7 ESPAÇO PUBLICITÁRIO Assembléia geral Contas da Cabesp foram aprovadas A Assembléia Geral Ordinária da Cabesp, realizada em 25 de abril, no Esporte Clube Banespa, em São Paulo, registrou 1.527 associados presentes ou representados por procuração. Foram aprovadas as contas do exercício de 2008 e a Previsão Orçamentária para o exercício de 2009, além de terem sido referendados todos os Regulamentos. Acompanhe os números das votações no quadro abaixo: Sim Não Branco Nulo Total Contas/2008 1523 3 1 0 1527 Previsão/ 2009 1522 3 2 0 1527 Regulamentos • Coparticipação 747 741 1 38 1527 • Penalidades 1367 145 2 13 1527 • Inclusão de Companheiro/a na Assistência Direta 1462 59 0 6 1527 • Subsídio da Assistência à Saúde 1503 16 8 0 1527 Semana do aposentado Colônia foi palco para cuidados com a saúde A equipe de Promoção à Saúde da Cabesp marcou presença mais uma vez na Semana do Aposentado, evento realizado nos dias 7, 15 e 28 de maio na Colônia de Férias da Afabesp, no Guarujá. No III Espaço Saúde Cabesp, FOTOS: Arquivo - promoçÃo à Saúde os participantes do evento passaram por controles clínicos, como medida de pressão arterial, de glicose, de peso, altura e cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) e receberam massagem realizada por fisioterapeutas. O espaço faz parte da estratégia do setor de Promoção à Saúde para levar informações aos beneficiários sobre alimentação saudável, importância da atividade física, dos cuidados com a pele e do uso de preservativos. Além da Os participantes do evento mostraram muita disposição e interesse com as orientações e os serviços oferecidos pela Equipe Cabesp orientação profissional, houve distribuição de material informativo e brindes patrocinados por prestadores parceiros da Cabesp. No total, participaram mais de 580 pessoas e mais de 90% deram nota máxima à iniciativa: dez. Para fechar o evento, palestras educativas com os temas Diabetes, Cuidados com a Pele e Reeducação Postural atraíram mais 260 pessoas. A expectativa é conseguir despertar no beneficiário o interesse pela própria saúde e pela adoção (ou manutenção) de hábitos saudáveis. Publicação da Caixa Beneficente dos Funcionários do Banco do Estado de São Paulo, dirigida aos seus associados. Sede: Rua Boa Vista, 293 Centro - São Paulo/SP CEP 01014-915. - Diretor Presidente: Eduardo José Prupest - Diretor de Operações: Jorge Angelo Lawand - Diretor Administrativo: Dorival Jesuíno Faustino - Diretor Financeiro: Julio Higashino - Disque Cabesp: 0800-722 2636. Fax: (11) 2185-1291 - Fale Conosco: www.cabesp.com.br - Fale Conosco. Edição e Produção: AMG & Editores Associados, Comunicação Integrada [email protected] - Colaboração: Mariana Nogueira e Maria Aparecida Leite - Projeto Gráfico: Carlos Rocha - Tiragem: 30.000 exemplares. 8 O conteúdo dos anúncios publicitários é de inteira responsabilidade do anunciante, não alterando as regras estabelecidas pela CABESP quanto à cobertura, autorização, ao perfil e ao sistema de livre escolha.