UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA DISCIPLINA METODOLOGIA DA MUSCULAÇÃO PROF. ADAUTO JOÃO PULCINELLI ESTRUTURA DOS PROGRAMAS DE TREINAMENTO DE MUSCULAÇÃO Qualquer programa de treinamento de musculação deve estar relacionado a objetivos pré-determinados que orientam a prescrição dos exercícios. Somente a partir dos objetivos propostos é que poderemos traçar as estratégias de trabalho com mais eficiência, rapidez e segurança. Em relação aos objetivos gerais dos programas de musculação, estes podem ser classificados inicialmente em: a) Treinamento Geral ou Básico = voltado ao desenvolvimento harmônico de todos os grupos musculares e serve de base para os programas de preparação neuromuscular de atletas e sedentários; b)Treinamento Específico = voltado ao desenvolvimento da força muscular específica de modalidades esportivas. É usado principalmente durante a fase de preparação específica e competitiva dos planos anuais de treinamento, como também em programas de reeducação com exercícios corretivos para postura e recuperação de problemas musculares (como atrofias, hipotonias, etc). Metodologicamente a estrutura de um programa de treinamento de força apresenta três fases distintas: 1. AVALIAÇÃO INICIAL = Cabe nesta fase realização de: 1. Exame médico 2. Medidas cineantropométricas 3. Exame postural 4. Confecção de fichas de treino (planilhas) 2. CONSTRUÇÃO DAS SÉRIES DE EXERCÍCIOS = Considerando as informações do exame médico, das medidas antropométricas e do exame postural, o programa deverá considerar: 2.1 Horário e tempo disponível para o treinamento 2.2 Equipamentos disponíveis 2.3 Faixa Etária 2.4 Sexo 2.5 Estado Individual de treinamento 2.6 Número de exercícios por sessão 2.7 Formas de execução do exercício 2.8 Disposição seqüencial de realização dos exercícios. 1 3. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO = Observação atenta da execução dos exercícios durante a sessão e reavaliação periódica dos resultados. Para uma construção mais segura do plano de treinamento de força, devemos compreender perfeitamente a influência das variáveis (intrínsecas extrínsecas e) que influenciam os efeitos anátomo-funcionais, bem como a utilização de mecanismos de controle do treino. As variáveis internas ou extrínsecas compreendem aquelas interferências e limitações de natureza genética, como por exemplo, a faixa etária, a idade, o sexo, raça e o estado de treinamento. Já as variáveis extrínsecas são compostas pelos fatores ambientais como a temperatura, o horário, equipamentos, técnicas de execução dos exercícios, etc. 1. VOLUME DE TREINAMENTO O volume (quantidade de trabalho realizado) incorpora, além da duração em horas de treinamento, o número de quilos, libras ou toneladas erguidas por sessão, o número de exercícios realizados e o número de séries e repetições feitas por exercício. Um alto volume de treinamento é usado para o desenvolvimento da resistência muscular, em virtude das muitas repetições realizadas. Na medida que se adaptam a volumes maiores de treinamento, os indivíduos começam a sentir uma melhor recuperação entre séries d exercícios e as sessões de treinamento (BOMPA, 2001). 2. INTENSIDADE DE TREINAMENTO No treinamento de força, a intensidade é expressa como uma porcentagem da carga ou uma repetição máxima (1RM). A intensidade é determinada pelo esforço do sistema muscular e nervoso central. A intensidade é regulada pela carga, velocidade do movimento e variação dos intervalos de repouso entre as repetições. A carga de treinamento expressa como intensidade, refere-se à massa em kg ou peso erguidos. No treinamento de força se emprega as seguintes escalas de intensidade: a)Carga Supermáxima = aquela que excede a força o indivíduo. Na maioria dos casos, cargas entre 100 e 125% podem ser usadas pela aplicação do método excêntrico (cede à força da gravidade). Ao usar cargas supramáximas, há necessidade de duas pessoas observando, postadas em cada lado dos halteres, para evitar acidentes. Apenas atletas com uma forte história de treinamento de força devem usar cargas supramáximas. b)Carga Máxima= representam de 90 a 100% da máxima. c) Carga Pesada =representa 80% a 90% de 1 RM. d) Carga Média = representa 50 a 80% de 1 RM. e) Carga Baixa = representa 30 a 50% de 1 RM. A carga deve relacionar-se ao tipo de força que está sendo desenvolvida e, mais importante, deve estar de acordo com a combinação específica ao esporte, resultando da mescla de força com velocidade e da força com resistência. 2 Tabela1: Valores de intensidade e carga usados no treinamento de força Valor de intensidade Carga Porcentagem de 1RM Tipo de contração 1 Supramáxima >105 Excêntrica/isométrica 2 Máxima 90-100 Concêntrica 3 Pesada 80-90 Concêntrica 4 Média 50-80 Concêntrica 5 Baixa 30-50 Concêntrica BOMPA (2001). 3. NÚMERO DE EXERCÍCIOS Para BAECHLE & GROVES (2000), um programa avançado pode incluir até 20 exercícios. Entretanto, um programa básico ou inicial precisa apenas incluir um exercício para cada uma das grandes áreas musculares. As áreas de importância particular são o peito (peitorais maior e menor) braços – bíceps (bíceps braquial e braquial) e tríceps, ombros (deltóide), costas (grande dorsal, trapézio, rombóides), coxas (quadríceps e isquiopoplíteos) e abdômen (reto abdominal e oblíquos interno e externo). Um programa completo inclui ainda exercícios para o antebraço, região lombar e panturrilhas. Para BOMPA (2001), o número e tipo dos exercícios devem ser selecionados de acordo com os seguintes fatores: 3.1 –Nível de desempenho e Idade Um dos principais objetivos de um programa de treinamento para atletas juniores ou iniciantes é o desenvolvimento de uma base anatômica e fisiológica sólida. Nestes casos, devemos selecionar muitos exercícios (de 9 a 12) que abordem os músculos motores primários. Já o principal objetivo do treinamento de atletas avançados é alcançar o mais alto nível de desempenho pessoal. Assim, os programas de força devem ser específicos, com apenas alguns exercícios (3 a 6) dirigidos para os músculos motores primários. 3.2 – Fase do treinamento Um programa geral de treinamento de força é desejável na fase de preparação física de básica, bem como depois da fase de transição (férias), quando um novo plano anual deve começar a construir as bases para o treinamento futuro. Para que este programa envolva a maioria dos grupos musculares, o número de exercícios precisa ser alto (de 9 a 12). Em relação às modalidades esportivas, à medida que o programa avança, o número de exercícios é reduzido, culminando na fase competitiva, apenas com exercícios específicos e essenciais (de 3 a 5 ). 4. ORDEM DE EXECUÇÃO Exercitar os grandes grupos musculares antes dos grupos pequenos é uma abordagem aceita por muitos autores. Sempre que formos elaborar um programa de musculação para iniciantes, a ordem de incidência dos exercícios sobre a musculatura deve permitir que os grandes grupos musculares sejam trabalhados antes dos pequenos, pois estes últimos tendem a fadigar-se mais rapidamente (BITTENCOURT, 1986). Em relação aos programas esportivos de preparação neuromuscar, BOMPA (2001), sugere que os exercícios alternem os membros e os grupos musculares a fim de garantirem uma melhor recuperação. Para o autor, apesar dos livros de musculação proporem uma ordem diferente (grupos de músculos grandes primeiro, depois grupos de músculos 3 pequenos), esse procedimento cansa os músculos pequenos, incapacitando os atletas ao treinamento dos músculos grandes. Para BAECHLE & GROVES (2000) existem várias maneiras de distribuir os exercícios numa sessão de musculação utilitária. A ordem de realização dos exercícios afeta a intensidade do treinamento e é, por isso, uma consideração muito importante. Alternar exercícios para parte superior e inferior do corpo não produz um nível de intensidade tão alto como realizar primeiro todos os exercícios para a parte inferior do corpo. Os exercícios que incluem múltiplos músculos e articulações (ou Multiarticulares – como supino, puxada atrás, agachamento) são mais intensos do que aqueles que incluem apenas uma articulação e menos músculos (ou Monoarticulares – voador, pullover na máquina, extensão de perna). Existem, então, duas organizações mais comuns, que são: 1) Exercitar os grandes grupos musculares antes dos pequenos; 2) Alternar exercícios de “empurrar” (extensão) com os de “puxar” (flexão). Para obter articulações fortes, desenvolvimento físico proporcional e uma boa postura, BAECHLE & GROVES (2000) sugerem a realização de pares de exercícios para grupos musculares opostos: • Peito com região dorsal •Parte anterior do braço com sua parte posterior •Parte anterior de antebraço (palma da mão) com a posterior (costas da mão) •Abdominais com a região lombar •Parte anterior com a posterior da coxa •Parte anterior com a posterior da perna 5. NÚMERO DE REPETIÇÕES DOS EXERCÍCIOS E VELOCIDADE DE EXECUÇÃO Conforme BOMPA (2001), tanto o número de repetições quanto a velocidade de execução dos exercícios de força são funções da sobrecarga de treino. Quanto maior a carga, menor o número de repetições e mais lentamente serão realizadas. Para o desenvolvimento da força máxima (85 a 105%), o número de repetições e muito baixo (1 a 7). Para exercícios com a finalidade de desenvolver potência (50 a 80% de 1RM) o número de repetições é moderado (5 a 10). Para RML de curta duração, o ideal é de 10 a 30 repetições. A resistência muscular de média duração requer 30 a 60 repetições, ininterruptas. A resistência muscular de longa duração exige um número alto de repetições, às vezes até o limite do indivíduo, ou mais de 100-150. PORCENTAGEM DE 1 RM 100 95 90 85 80 75 70 65 60 50 40 30 NÚMERO DE REPETIÇÕES 1 2-3 4 6 8-10 10-12 15 20-25 25 40-50 80-100 >100-150 BOMPA (2001) 4 A velocidade é crítica no treinamento de força. Para os melhores efeitos de treinamento a velocidade deve ser rápida e explosiva em alguns tipos de trabalho; para outros deve ser de lenta a média. O treinamento para a força máxima e hipertrofia muscular exigem uma velocidade de execução dos exercícios lenta; para a resistência muscular a velocidade de execução é média, e para a potência ou força explosiva os exercícios devem ser executados de forma explosiva (ou balística). 6. NÚMERO DE SÉRIES Uma série é um número de repetições por exercício seguido por um intervalo de descanso. Exemplo: 3 x 8 (três séries de oito repetições). O número de séries depende do número de exercícios e da combinação de força: a) Séries básicas = 1 a 2 séries de exercício b) Intermediárias = de 3 a 4 séries de exercícios c) Avançada = mais de 5 séries De acordo com BAECHLE & GROVES (2000) existe alguma controvérsia quanto ao fato de séries múltiplas (2 ou mais) serem melhores do que séries únicas, para desenvolver força, hipertrofia e/ou resistência muscular. Enquanto o treinamento de 1 série funciona bem durante os primeiros estágios (10 semanas), existe uma crescente evidência a favor de séries adicionais nos estágios mais avançados do treinamento. Séries múltiplas proporcionam um estímulo melhor, pois recrutam todas as fibras de um músculo. “Quando três ou mais séries são realizadas, a probabilidade de recrutar fibras adicionais torna-se maior”. 7. TIPOS DE SÉRIES 1. Simples ou Alternada Trabalha-se um grupo muscular e em seguida exercita-se outra região anatômica. Previne a fadiga muscular precoce. Indicado para Circuit Training na fase básica da preparação física esportiva 2. -Localizada por articulação 2.1- Completa: todos os exercícios incidindo sobre a musculatura de uma determinada articulação. Todos os movimentos daquela articulação são explorados. 2.2-Pré-exaustão: Com o objetivo de exaurir o músculo-alvo, usar um exercício monoarticular (isolado) antes do exercício composto. Exemplo: Voador, crucifixo ou cruzamento de cabos antes do supino Realiza-se 2 ou 3 exercícios para um mesmo grupo muscular, sem que, entretanto, outro grupo muscular vizinho interfira no seu desenvolvimento. 2.3-Agonista/Antagonista (Super-set): Consiste em trabalhar dois músculos antagônicos, praticamente sem repouso. RODRIGUES & CARNAVAL, 1997. 5 ARTICULAÇÃO Tornozelo Tornozelo Joelho Quadril Ombro Ombro Cotovelo Coluna lombar *PROPORÇÕES ENTRE AGONISTAS E ANTAGONISTAS EXERCÍCIO PROPORÇÃO Flexão plantar/dorsiflexão (gastrocnêmio, sóleo/tibial anterior) 3:1 Inversão/eversão (tibial anterior/peritoneais) 1:1 Extensão/flexão (quadríceps/isquiotibiais) 3:2 Extensão/flexão (extensores da coluna, glúteo máximo, iliopsoas, 1:1 reto-abdominal, tensor da fáscia lata) Flexão/extensão (deltóides anteriores/trapézio, deltóides 2:3 posteriores) Rotação interna/rotação externa (subescapular/supra-espinhal, 3:2 infra-espinhal, redondo menor) Flexão/extensão (bíceps/tríceps) 1:1 Flexão/extensão (iliopsoas, eretores da coluna/abdominais) 1:1 * Para movimentos isocinéticos e concêntricos lentos; BOMPA (2001) 3. Parcelada Usada por culturistas experientes. O programa é dividido em 1 ou 2 dias. A) Em 1 dia Manhã = Cintura escapular e braços Tarde = Tronco Noite = Coxas e pernas B) Em 5 dias: Rotina fracionada: 2ª, 4ª e 6ª feiras = parte superior. 3ª e 5ª feiras e sábados = parte inferior 4. Prioritária Dá-se maior ênfase à determinada região visando uma recuperação de atrofia ou outro motivo específico. Usada na fase específica dos macrociclos de treinamento esportivo. NETO (1999), apresenta-nos outras séries voltadas ao desenvolvimento da força máxima e hipertrofia muscular, classificadas de acordo com a necessidade ou não de ajuda durante os treinos execução dos exercícios. TREINO SEM ASSISTÊNCIA 1. PRÉ-EXAUSTÃO=Usar um exercício monoarticular antes do exercício composto 2. DROP SET = Uma série é realizada até o esgotamento total, quando então a carga é diminuída em 40%. A série é então imediatamente continuada até o esgotamento total. 3. PAUSA DE REPOUSO = Realizar um número máximo de repetições de boa qualidade, parar por alguns segundos, e retornar para mais algumas repetições com a mesma carga. 4. REPETIÇÃO PARCIAL = Realizar com total amplitude o movimento até a falha total da fase positiva e, sem oscilação, manter movimentos estritos, mas com amplitude menor, por mais algumas repetições (1-3). 5. SÉRIE ROUBADA = vencer a sobrecarga da fase positiva com um balanceio (roubar). 6 TREINO PARA COM ASSISTÊNCIA 1. REPETIÇÃO FORÇADA = o parceiro promove a ajuda após o atleta ter alcançado, por meios próprios a falha total. 2. CONTRAÇÃO DE PICO = Muitas vezes utilizado com ajuda preconiza a contração isométrica, por 2 a 3 segundos no ponto do arco do movimento em que o músculo-alvo tende a sofrer a máxima contração do seu ventre. 3. NEGATIVAS = associadas à repetição forçada, após a falha total e mais algumas repetições forçadas utilizando ajuda, o parceiro de treino auxilia na fase positiva e libera a carga para que o atleta, controladamente, realize sozinho a fase negativa. 4. SOBRECARGA NA FASE NEGATIVA = consiste em aplicar uma sobrecarga extra na fase negativa. 5. SUPERSÉRIE =preconiza agrupar dois exercícios para grupos musculares opostos e realiza-los alternadamente. 6. SÉRIE COMBINADA = dois exercícios diferentes são executados para um mesmo músculo, um após o outro, sem intervalo. 7. SÉRIE GIGANTE = selecionam-se de três a quatro exercícios, executando-os uma após o outro, com o mínimo de intervalo possível. È uma série combinada com um maior número de exercícios. 8. INTERVALO DE DESCANSO ENTRE AS SÉRIES O intervalo de descanso é uma função da carga empregada no treinamento, do tipo de força que está sendo desenvolvida e da taxa de explosão envolvida na realização do exercício. Conforme BAECHLE & GROVES (2000), períodos de descanso mais longos entre as séries proporcionam tempo para que os “energizantes” (fosfatos) da contração muscular se reconstruam, possibilitando que os músculos exerçam força maior. De acordo com BOMPA (2001), um descanso completo por 30 segundos restaura aproximadamente 50% do ATP e CP gasto; Um intervalo de um minuto entre várias séries de 15 a 20 repetições é insuficiente para restaurar a energia muscular e permitir a execução de alta tensão muscular; Um intervalo de 3 a 5 minutos ou mais permite uma reposição quase completa de ATP/CP. Depois do trabalho até a exaustão, um intervalo de 4 minutos é insuficiente para eliminar o ácido lático dos músculos que trabalharam ou para repor todas as exigências de energia (glicogênio). % CARGA >105 (excêntrico) 80-100 60-80 50-80 30-50 SUGESTÃO DE INTERVALOS DE DESCANSO ENTRE AS SÉRIES VELOCIDADE INTERVALO APLICAÇÃO Lenta 4-5 min Melhorar força máxima e tônus muscular Lenta a Média 3-5 min Melhorar a força máxima e tônus muscular Lenta a Média 2 Melhorar a hipertrofia muscular Rápida 4-5 min Melhor potência Lenta a Média 1-2 Melhorar a RML BOMPA (2001) 7 9.FORMAS DE EXECUÇÃO DOS EXERCÍCIOS RODRIGUES & CARNAVAL (1997) classificam as diferentes formas de execução dos exercícios em: 1)Simples = usa toda amplitude do arco articular 2)Roubado = com balanceamento ou ajuda de outros grupos musculares (acessórios). 3)Ajudado = com auxílio externo 4)Parcial = não executado na amplitude total do arco articular 5)Concentrado = em máquinas que proporcionam um pré-estiramento 6)Repetição forçada = com ajuda após obtenção da falha muscular (combinação de simples com ajudada). 7)Positivo-negativo = aumento da carga na fase excêntrica do exercício 8)Resistência negativa = somente execuções excêntricas 10. A RESPIRAÇÃO DURANTE OS EXERCÍCIOS BITTENCOURT (2001) apresenta uma classificação para as formas de respirar durante a execução dos exercícios de força. As técnicas respiratórias são as seguintes: 1. Bloqueada = inspira-se, executa o exercício e depois expira. 2. Eletiva Ativa = inspira-se na fase positiva e expira na fase negativa 3 Eletiva Passiva = expira-se na fase positiva e inspira na fase negativa. 4 – Continuada =respira-se normalmente durante a execução do exercício 5 – Combinada = combinações entre as respirações: a) Bloqueada e seletiva-ativa Inspira-se e bloqueia. Realiza-se o movimento positivo e expira-se na fase negativa b) Bloqueada e eletiva passiva Com o peso no final da fase positiva, inspira-se bloqueia. Realiza-se o movimento negativo e, expira-se na fase positiva. 11 – A ESPECIFICIDADE DO TREINAMENTO COM PESOS CONCEITO DE ESPECIFICIDADE E VARIÁVEIS DE PLANEJAMENTO DE PROGRAMA Intensidade Capacidade %1RM Repetições Séries Intervalo Leve RML 60-70 12-20 2-3 20-30 seg Moderada Hipertrofia 70-80 8-12 3-6 30-90 seg Pesada Força 80-100 1-8 3-5+ 2-5 min BAECHLE & GROVES (2000) CONCEITO DE ESPECIFICIDADE E VARIÁVEIS DE PLANEJAMENTO DE PROGRAMA VALÊNCIA REPETIÇÕES VELOCIDADE F. Dinâmica 1a6 lenta Hipertrofia 6 a 10 lenta/média Potência 6 a 12 rápida RML 13 a 40 média % CARGA N GRUPOS INTERVALO 90-100% 4a6 2' a 5' 70 a 90% 3a6 3' 60 a 80% 3a6 2' a 5' 40 a 60% 2a4 1' a 2' 8 RODRIGUES & CARNAVAL (2001) FONTES BAECHLE, T. R. & GROVES, B. R. Treinamento de força: Passos para o sucesso. 2a ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. BITTENCOURT, N. Musculação: Uma Abordagem Metodológica. Rio de Janeiro: Editora Sprint, 1984. BOMPA, T. O. A Periodização no Treinamento Esportivo. São Paulo: Editora Manole Ltda, 2001. NETO, W. M. G. Musculação total: técnicas de execução dos exercícios, vol. 1. GUARULHOS, SP: Phorte, 1999. RODRIGUES, C. E. C. & CARNAVAL, P. E. Musculação: Teoria e Prática. 21 a edição, Rio de Janeiro: Editora Sprint, 2001. 9