UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Curso de Física QUALIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE RUÍDO EM AMBIENTES LABORAIS NO DISTRITO FEDERAL Autor: Eduardo Hermínio Noronha Orientador: Prof. Dr.Sérgio Luiz Garavelli BRASÍLIA 2007 EDUARDO HERMÍNIO NORONHA QUALIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE RUÍDO EM AMBIENTES LABORAIS NO DISTRITO FEDERAL Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Universidade Católica de Brasília para obtenção do título de Licenciado em Física Orientador: Dr, Sérgio Luiz Garavelli QUALIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE RUÍDO EM AMBIENTES LABORAIS NO DISTRITO FEDERAL RESUMO O estudo sobre os efeitos da poluição sonora é de grande importância, uma vez que alguns danos causados ao aparelho auditivo são irreversíveis e de sérias conseqüências para saúde física e mental das pessoas por eles afetadas. O presente estudo teve como objetivo determinar se trabalhadores de certas atividades profissionais no Distrito Federal, estão expostos a níveis de ruído acima dos permitidos pela norma trabalhista brasileira. Foram coletados dados em vários ambientes e a partir destes, foi feita uma análise da intensidade dos níveis de ruído presente nestes ambientes e dos problemas que eles podem causar às pessoas que os freqüentam. O trabalho experimental desenvolvido demonstrou que os níveis de poluição sonora presentes em certas atividades profissionais apresentaram valores acima dos 85 dB recomendados para uma jornada de oito horas segundo a OMS e ABNT. A partir da análise do espectro sonoro realizada pode-se concluir que o protetor tipo plugue pode ser utilizado em qualquer uma das atividades avaliadas. Palavras-chave: ambientes laborais, ruído ocupacional, proteção auditiva. 2 INTRODUÇÃO No decorrer da história, os homens têm acompanhado a evolução dos conceitos da palavra trabalho, observando que ele se constitui num ato de transformação da natureza: os seres humanos alteram a natureza de acordo suas necessidades. O trabalho gera transformações no corpo dos trabalhadores, tanto de ordem física como mental, além de efeitos positivos e negativos. O desenvolvimento da indústria surgiu com a Revolução Industrial, que foi acompanhada pela implantação de grandes centros de produção com componentes e máquinas industriais geralmente muito ruidosas (MELLO, 1999). Segundo Creppe e Porto (2001), foi na época da Revolução Industrial que iniciaramse as investigações sobre as condições as que os operários eram submetidos, pois o grande número de mão de obra existente e o desejo de grandes lucros levavam a situações onde até mesmo crianças eram compradas de suas famílias para atuarem como mão de obra em parques industriais. Surgia na Inglaterra em 1802, a primeira lei sobre condições de trabalho. Esta lei regulamentou o limite de 12 horas de trabalho por dia para os menores, proibindo seu trabalho noturno, obrigava os empregadores a lavar as paredes das fábricas uma vez por ano, bem como exigia a ventilação das mesmas. Esta lei foi fundamental para a melhoria das condições de trabalho. Dentre os agentes que agridem o trabalhador, o ruído excessivo tem recebido um grande destaque nas últimas décadas, já que é uma conseqüência do desenvolvimento das cidades. Segundo a Organização Mundial de Saúde (WHO, 1999), a partir de 55 decibéis os efeitos da poluição sonora já aparecem, tendo como sintoma um leve estresse e a partir de 70 dB em muitos indivíduos já aparecem os sintomas que indicam prejuízos à saúde. Muitas pessoas não percebem é que são os níveis de ruídos moderados os responsáveis por grande parte dos problemas auditivos. Isso porque eles são toleráveis e aparentemente adaptáveis pela audição humana, devido ao ritmo da vida moderna. Uma pesquisa realizada por Yorg e Zannin (2003) pode exemplificar este fato, quando várias pessoas foram questionadas se os níveis de ruído encontrados em seu ambiente laboral e/ou em seu ambiente urbano, produzia alguma espécie de incômodo, a resposta freqüente foi: "...Nós já estamos acostumados a estes ruídos, com o tempo a gente se acostuma...". Respostas dessa natureza demonstram claramente que a exposição contínua ao ruído não é mais considerada como algo incômodo. Os problemas causados por excesso de ruído, como fadiga, perturbação do sono, problemas cardiovasculares, perdas auditivas, irritabilidade, estresse, alergias, distúrbios 3 digestivos, úlceras, falta de concentração, entre outros, prejudicam a saúde e o bom desempenho nas atividades profissionais (DANI e GARAVELLI, 2001). Para Gerges (2000), o primeiro efeito fisiológico de exposição a elevados níveis de ruído, é a perda de audição na faixa de freqüências entre 4000 e 6000 Hz. Normalmente o efeito é acompanhado pela sensação de percepção do ruído após o afastamento da fonte ruidosa. Este efeito é temporário e o nível original do limiar da audição é recuperado. Esta é a chamada mudança temporária do limiar de audição (MTLA) e qualquer redução na sensibilidade de audição é considerada como perda de audição (GERGES, 2000). A exposição contínua a altos níveis de pressão sonora pode acarretar: “Se a exposição ao ruído é repetida antes da completa recuperação, a perda temporária da audição pode tornar-se permanente não apenas nas freqüências citadas, mas em freqüências maiores e menores” (GERGES, 2000; pág. 46). REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Som As ondas sonoras possuem natureza mecânica, o que significa que se propagam devido às forças elásticas atuantes sobre as partículas do meio. De acordo com Resnick, Halliday e Krane (2003), as ondas mecânicas propagam-se através de qualquer meio, seja ele sólido, liquido e gasoso, sendo que nestes dois últimos, as ondas sonoras só podem ser longitudinais (pelo fato dos fluidos não suportarem forças de cisalhamento), consequentemente as partículas do meio sempre oscilarão nas mesma direção de propagação da onda. Segundo Young e Freedman (2004) a velocidade de uma onda mecânica depende inteiramente das propriedades do meio, podendo ser escrita de acordo com a Equação (1) v= γRT M (1) onde: γ é a razão entre as capacidades caloríficas a pressão e a volume constante; R a constante universal dos gases; T a temperatura do meio e M a massa molar do meio de propagação. Podemos concluir que a velocidade do som em um gás é: • independente da pressão; • diretamente proporcional a • inversamente proporcional a T; M. A velocidade do som no ar a 300 K é de aproximadamente 332 m/s. O aumento da frequência produz uma redução no comprimento de onda, de tal forma que o produto da Equação (2) permanece constante 4 v = λf (2) Dentro da faixa de freqüências de 20 até 20000 Hz as ondas sonoras são audíveis. Nível de intensidade sonora – o decibel (dB) A resposta do ouvido humano à variações de intensidades sonoras é aproximadamente logarítmica, então para Resnick, Halliday e Krane (2003), é conveniente utilizarmos uma escala dessa natureza que é chamada de nível de intensidade sonora (NIS), que é definida pela Equação (3) NIS = 10log I I0 (3) O NIS é definido com base em uma intensidade de referência I0, que é adotada como 10-12 W (limiar da audição humana). Os níveis de intensidade sonora são medidos em m2 unidades chamadas decibels (dB). Ruído Ruído pode ser classificado como algo indesejável, porém Bistafa (2006) considera que esse julgamento depende do contexto. Qual o significado do termo “indesejável”? O que dizer do som de uma serra elétrica? Certamente seria classificado como ruído se alguém estivesse tentando dormir. Porém esse mesmo som teria uma outra classificação no caso de um supervisor de obras da construção civil observando seus subordinados à distância. Para Gerges (2000) som e ruído não são sinônimos. Um ruído é um tipo de som, porém um som não é necessariamente um ruído. Nível sonoro equivalente O potencial de danos à audição de um dado ruído depende não somente de seu nível, mas também de sua duração. Para Gerges (2000) uma exposição de um minuto a 100 dB não é tão prejudicial quanto uma exposição de 60 minutos a 90 dB. É possível estabelecer um valor único, conhecido como Leq, que é o nível sonoro médio integrado durante uma faixa de tempo especificada. O cálculo é baseado na energia do ruído (ou pressão sonora quadrática). O Leq pode ser definido pela Equação (4) 1 P 2 (t) L eq = 10log ∫ 2 dt T P0 (4) 5 onde: T é o tempo de integração; P(t) é a pressão acústica instantânea; P0 é a pressão acústica de referência (2 x 10-5 N/m2). Espectro sonoro A qualidade que permite distinguir um som grave de um som agudo chama-se altura. Assim, costuma-se dizer que o som do violino pode ser “alto” ou “agudo”, e o do violoncelo é “baixo” ou “grave”. A altura de um som depende de sua frequência. Quanto maior a frequência mais agudo será o som e vice-versa. Bistafa (2006) cita que podem ser considerados graves os sons de frequência inferior a 200 Hz; os médios situados entre 200 e 2000 Hz; e os agudos acima de 2000 Hz. Segundo Bistafa (2006) essa divisão não é rigorosa, mas tem a vantagem de basear-se em números simples. Sons numa única frequência são chamados de tons puros, porém os sons comumente ouvidos dificilmente são tons puros. Na realidade, os sons que escutamos são quase sempre uma combinação de tons puros em diversas frequências. Conhecer o espectro sonoro de um ambiente de trabalho torna-se importante quando Araújo (2002) afirma que as altas freqüências são as mais traumatizantes, desencadeando lesões cocleares, além disso Barros (1998) afirma que o espectro, nível de pressão sonora, tempo e a dose de exposição influenciam nas perdas auditivas. Portanto uma análise dos níveis de ruído e do espectro influencia na escolha do EPI (equipamento de proteção individual) por parte de empresa. As figuras 1 e 2 mostram como são os protetores tipo abafador (concha) e inserção (plugue). Figura 1: Protetor concha. Disponível em www.segurancaetrabalho.com.br/download/pca-programa.ppt 6 Figura 2: Protetor plugue. Disponível em www.segurancaetrabalho.com.br/download/pca-programa.ppt A figura 3 mostra a atenuação dos protetores tipo plugue e tipo concha. Figura 3: Atenuação dos protetores. Fonte: Berger, apud: Bistafa, 2006, pág. 348. Com adaptações. A figura 3 mostra que para regiões inferiores a 500 Hz o protetor tipo plugue apresenta uma maior atenuação. Nas faixas entre 500 e 2000 Hz a atenuação do protetor tipo plugue é maior. Nas regiões acima de 2000 Hz as atenuações de ambos protetores praticamente se equivalem. Bandas de frequências Equipamentos de medição acústica normalmente fornecem o espectro sonoro em bandas ou faixas de frequências. Bistafa (2006) considera que um dos parâmetros que caracterizam a banda de frequência é a sua largura. A largura pode ser larga ou estreita, dependendo da instrumentação utilizada, o espectro de banda estreita pode ser obtido com a largura de 1 Hz, e até menor. O espectro de banda larga pode ser obtido com a largura constante ou variável. Um espectro de banda larga com a largura variável bastante utilizado é o de bandas de oitava, 7 em que a largura de cada banda é aproximadamente 70% da frequência central. Assim, para a frequência central de 1000 Hz, a largura da banda é de 700 Hz. Filtros ponderadores Também denominados simplesmente de ponderadores, para Bistafa (2006) são utilizados para modificar o espectro sonoro de acordo com a resposta do sistema auditivo às freqüências contidas no som. Os medidores de nível de pressão sonora incorporam filtros ponderadores que tentam aproximar a sensação subjetiva de intensidade dos sons, a grandeza fornecida, no entanto, continua sendo o nível de pressão sonora só que ponderado. A figura 4 mostra como as curvas de cada modo de compensação. A → desenfatiza as baixas freqüências e reproduz a sensibilidade humana; B → ênfase um pouco maior para as baixas freqüências; C → quase plana; D → desenvolvida para avaliação de ruídos de sobrevôos de aeronaves (penaliza altas freqüências). Figura 4: Circuitos de compensação A,B,C e D. Fonte:Bistafa 2006, Sabe-se que a ponderação A apresenta as maiores atenuações para freqüências inferiores a 1000 Hz, seguida da ponderação B, com a ponderação C apresentando as menores atenuações. 8 Uma forma de se deduzir o conteúdo de freqüências do ruído medido consiste em comparar os valores obtidos com as três ponderações. Caso esses valores estejam próximos, o ruído é predominantemente composto por freqüências acima de 600 Hz, aproximadamente. Caso os valores obtidos com as ponderações B e C forem maiores do que com a ponderação A, o ruído apresenta componentes significativas nas freqüências abaixo de 600 Hz. Para Gerges (2000), os níveis mostrados na figura 4 são relativos, para um NPS de 70 dB em 1000 Hz, por exemplo, o ouvido humano percebe integralmente 70 dB(A), entretanto, se este nível está em 50 Hz, o ouvido humano percebe um NPS 70 - 30,2 = 39,8 dB(A). Dose De acordo com Gerges (2000) a dose é o parâmetro utilizado para caracterização da exposição ocupacional ao ruído, expresso em porcentagem de energia sonora. A exposição a níveis diferentes é considerada dentro dos limites permitidos da Portaria Brasileira 3.214, se o valor de Dose Diária de Ruído - D, calculada pela Equação (5), não excede a unidade. D= Cn C1 C2 C3 C4 + + + + ...+ Tn T1 T2 T3 T4 (5) onde: Ci é o tempo real de exposição a um específico nível de pressão sonora e Ti é o tempo total permitido para o mesmo. Para o cálculo da dose percentual de ruído absorvida diariamente, além da Equação (5), a Equação (6) também pode ser utilizada D= Texp 8 (L crit −L eq ) q ×2 × 100 % (6) onde: Texp é o tempo de exposição; Lcrit é o nível limiar de integração a partir do qual os valores devem ser computados para fins de determinação da dose de exposição; Leq é o nível médio baseado na equivalência de energia definido pela Equação (4); q é o incremento de dose que quando adicionado a um determinado nível, implica a duplicação da dose de exposição ou a redução para a metade do tempo máximo permitido. Um exemplo para podermos entender o que é o incremento de dose é o seguinte: se utilizarmos o fator q=5, que é o valor utilizado no Brasil e nos EUA, para um Leq de 90 dB(A) e uma exposição diária de 8 horas, temos uma dose diária de 200%, caso utilize-se um fator q=3, que é o valor utilizado nos países europeus , para o mesmo Leq de 90 dB(A) e tempo de exposição diária de 8 horas, teremos uma dose diária de 317%. 9 A Tabela 1 expressa os critérios a serem adotados na análise da dose diária segundo a NR-15 (Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho) que estabelece em seu Anexo N° 1, os Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente. Tabela 1 – Critérios para medição da dose de ruído Parâmetro Jornada Ruído para Jornada Incremento de dose Circuito de Ponderação Circuito de Resposta Nível Limiar de Integração Faixa de Medição Valor 8 horas 85 dB 5 dB A Lenta 85 dB 85-115 dB Os limites segundo a NR-15, são objetos de estudos para verificar sua real eficácia na proteção do trabalhador. Algumas entidades preocupadas com a segurança, como a FUNDACENTRO – Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - , estipulam critérios mais rígidos para a avaliação da exposição pessoal ao ruído. Em sua Norma de Higiene Ocupacional NH0-01, que não possui força de lei, a FUNDACENTRO (1999) recomenda que seja adotado o incremento de dose de 3 dB além do nível limiar de integração de 80 dB, ou seja, exposições a níveis inferiores a 80 dB(A) não são consideradas no cálculo da dose. A FUNDACENTRO também recomenda, que de acordo com o valor constatado pela medição de ruído, sejam adotadas medidas para preservação auditiva dos trabalhadores. A Tabela 2 apresenta estas medidas em função da dose (%) e como estes valores podem ser considerados tecnicamente (CREPPE e PORTO, 2001). Tabela 2 – Critério de tomada de decisão (FUNDACENTRO) Dose - % Consideração técnica Atuação recomendada 0 – 50 Aceitável 50 – 80 Acima do nível de ação No mínimo manutenção da condição existente Adoção de medidas preventivas 80 – 100 Região de incerteza Acima de 100 Acima do limite de exposição Adoção de medidas preventivas e corretivas Adoção de medidas corretivas Legislação trabalhista Atualmente no Brasil, as condições do ambiente de trabalho são fiscalizadas pelo Ministério do Trabalho ao editar as Normas Regulamentadoras (NRs). Essas normas 10 estabelecem as condições mínimas de higiene e segurança que devem ser oferecidas pelos empregadores. Segundo a legislação trabalhista (BRASIL, 1994), todo indivíduo que trabalha ou trabalhará num ambiente com elevados níveis de pressão sonora deve ser submetido a exames audiométricos periódicos, para que o estado de sua audição seja avaliado. O primeiro exame audiométrico é realizado no momento da admissão e este exame é considerado como referencial, pois os exames posteriores serão comparados com ele. As normas trabalhistas indicam os valores máximos de tempo que um trabalhador pode estar submetido a níveis específicos de ruídos. A estimativa do tempo máximo de exposição tolerada Tt, ou seja, o tempo máximo permitido sem proteção auditiva pode ser obtida seguindo a Equação (7) Tt = 8 × 2 (L crit ) - L eq q (7) A Tabela 3 expressa a máxima exposição permissível sem protetor auditivo em função dos níveis de pressão sonora, segundo a NR-15 (Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho). Tabela 3 – Máxima exposição diária permissível Nível de Ruído dB(A) Máxima Exposição Diária Permissível 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 105 30 minutos 110 15 minutos 115 7 minutos NOTA: O EPI, segundo as normas trabalhistas, é indicado para níveis e tempos superiores ao da tabela. 11 Segundo Bistafa (2006), as normas e legislações que tratam do ruído ocupacional estabelecem limites baseados em um compromisso entre os riscos associados à exposição ocupacional a determinado nível de ruído, e os benefícios que o indivíduo e a sociedade podem retirar do trabalho realizado nessas condições, portanto, as decisões não podem se basear exclusivamente em considerações biológicas. Programa de conservação auditiva (PCA) Quando se pretende realizar o controle dos níveis de ruído, atender a legislação, ou mesmo prever o nível de ruído de uma fábrica, ainda que na fase de projeto, é fundamental a realização de medições. Os resultados vão refletir o futuro de uma empresa e/ou pessoas, além de influenciar nos objetivos, planejamento, investimento e proteção. Pode-se ainda ser citado que um controle dos níveis de pressão sonora gera: • Benefício direto: a redução do estresse e fadiga, relacionados à exposição ao ruído, geram um aumento da produtividade do empregado; • Manutenção da imagem da empresa: prática de políticas que dizem respeito à saúde e segurança dos funcionários; • Redução da rotatividade do quadro de pessoal: a melhoria do relacionamento entre os funcionários torna o ambiente mais agradável, reduzindo gastos extras devidos a novas contratações e treinamentos; • Redução de gastos: prevenção de possíveis pagamentos de indenizações. Quando ocorre o afastamento do trabalhador, além de prejudicar o próprio funcionário, gera prejuízos para as empresas, já que na maioria das vezes, não existe mãode-obra treinada para substituir o funcionário acidentado, interferindo assim, nos prazos de entrega dos produtos e levando conseqüentemente a insatisfação da clientela. De acordo com Bistafa (2006), a proteção auditiva deve ser a última iniciativa na redução dos níveis de ruído que chegam até a orelha, além disso, existem normas sobre a utilização e fornecimento de protetores auditivos: a empresa é obrigada a fornecer aos empregados gratuitamente, Equipamento de Proteção Individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.(NR-6 da CLT, apud BISTAFA, 2006, pág.345). Segundo Gerges (2000), os EPI’s não vedam completamente a passagem do ruído, pois o protetor pode vibrar contra a almofada e o ar dentro da concha. Também, devido à flexibilidade do canal do ouvido, os protetores de inserção (tipo plugue) podem vibrar e 12 limitar sua atenuação. Portanto, os dois tipos de protetores (inserção e concha), nas baixas freqüências é limitada a valores que ficam em torno de 6 e 20 dB. OBJETIVO Este estudo tem como objetivo avaliar os níveis de pressão sonora (NPS), em determinados ambientes laborais no Distrito Federal, afim de detectar se estes ambientes podem ser considerados como insalubres de acordo com os limites permitidos pela legislação trabalhista. Como objetivos específicos destacam-se: • Avaliar o ruído no ambiente em situações normais, com o intuito de evitar qualquer espécie de “mascaramento” dos resultados. • Realizar uma avaliação do espectro sonoro em bandas de oitava, para que o tipo de ruído em cada ambiente possa ser determinado. • Identificar, a partir do espectro sonoro de cada ambiente avaliado, o tipo de protetor auditivo a ser utilizado. METODOLOGIA Este estudo fez parte do trabalho da dissertação de mestrado de Borger (2007) numa parceria entre a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Católica de Brasília (UCB), sendo que o grupo da UCB avaliou e analisou os dados referentes aos níveis de ruído e do espectro sonoro, e o grupo da UnB realizou exames audiométricos nos trabalhadores e analisou a influência do espectro sonoro na perda auditiva dos trabalhadores. No trabalho de Borger (2007) assim como neste, foram avaliadas as condições acústicas em uma marmoraria, marcenaria e uma metalúrgica, e com o intuito de completar o presente estudo e pela facilidade de acesso, foram avaliados os níveis de ruído em ônibus da nova frota que integram o sistema de transporte coletivo do Distrito Federal e num consultório dentário do Curso de Odontologia da UCB. As medidas nas indústrias foram realizadas no mês de maio de 2007, no período da manhã, com uma média de quarenta operários que apresentam uma jornada de trabalho de oito horas por dia. As medidas nos ônibus foram realizadas no mês de junho de 2007, no período da manhã, durante os seguintes trajetos: Riacho Fundo - W3 Sul, W3 Sul - Park Shopping, Park Shopping - Riacho Fundo, onde cada trajeto foi percorrido em aproximadamente 25 minutos, que foi o tempo das medições. 13 Foram utilizados os equipamentos SIP95 da 01 dB, com tripé e protetor de vento, o uso do protetor de vento sobre o microfone é sempre recomendável a fim de evitar possíveis interferências da velocidade do ar e proteger o microfone contra poeira. O dosímetro de ruído da Pulsar também foi utilizado. Devido a dificuldades burocráticas, os dosímetros não foram utilizados nas medidas no consultório dentário e no interior dos ônibus, porém na indisponibilidade da utilização desses equipamentos a FUNDACENTRO (1999) oferece procedimentos alternativos para outros tipos de medidores não fixados no trabalhador, que podem ser utilizados na avaliação da dose de ruído e para tanto a Equação (6) foi utilizada. Na clínica do Curso de Odontologia da UCB, o medidor de nível de pressão sonora foi posicionado a menos de um metro do profissional, durante o procedimento de uma obturação que durou cerca de 20 minutos. Nas medições no interior dos ônibus, o equipamento foi posicionado próximo ao condutor e consequentemente do motor, evitando ao máximo, qualquer espécie de movimento do equipamento. O Leq (nível de pressão sonora) foi lido em resposta lenta (slow) a cada 1 segundo, no modo de compensação A. Os dosímetros de ruído foram ajustados de forma a atender aos seguintes parâmetros: Circuito de ponderação “A”; Circuito resposta lenta (slow); Nível limiar de integração de 85 dB(A), que corresponde a uma dose de 100% para uma exposição de 8 horas; Faixa de medição entre 85 e 115 dB(A), que significa que níveis abaixo de 85 dB(A) não serão considerados, bem como proibida qualquer ocorrência acima de 115 dB(A); Incremento de dose igual a 5. Antes de cada medição, os aparelhos foram calibrados e todas as medidas foram realizadas seguindo as recomendações da NBR 10.151. Também foram verificadas a integridade eletromecânica e coerência da resposta do instrumento bem como as condições de cargas das baterias. Os dosímetros ficaram presos próximos a orelha dos trabalhadores, sem interferir em seus movimentos de tal forma que o ruído a que o mesmo está exposto durante a medição pudesse ser avaliado. Antes da medição foi informado aos trabalhadores: Do objetivo do trabalho; Que a medição não deveria interferir em suas atividades habituais, devendo manter a sua rotina de trabalho; 14 Que as medições não efetuariam gravação de conversas; Que o equipamento nele fixado só poderia ser removido pelo avaliador; Que o microfone nele fixado não poderia ser tocado ou obstruído; As medidas foram iniciadas somente após o microfone estar ajustado e fixado no trabalhador e retiradas após a interrupção da medição. Como a medição que foi aproximadamente de quatro horas, não cobriu toda a jornada de trabalho, a dose foi projetada para a jornada diária efetiva de trabalho, determinando-se a dose diária. Os dados referentes a análise do espectro sonoro foram armazenados no SIP 95 e analisados com o programa dBTrait da 01dB. Todos os procedimentos de avaliação interferiram o mínimo possível nas condições ambientais e operacionais características das condições de trabalho em estudo. RESULTADOS E DISCUSSÕES Os resultados obtidos nas avaliações para o parâmetro Leq estão expressos na Tabela 4, assim como o percentual da dose diária e o tempo máximo de exposição permitido pela legislação trabalhista brasileira. Tabela 4- Leq, dose e o tempo de exposição máximo tolerado Ambiente Metalúrgica Marcenaria Marmoraria Ônibus Consultório Leq (A) 103,3 108,5 104,5 76,5 67,1 Dose(%) 1264,1 2599,2 1492,9 30,7 8,3 Tt(h) 0,6 0,3 0,5 26,9 95,6 Na Tabela 5, estão os valores da análise do espectro sonoro nos ambientes avaliados. Tabela 5- Dados referentes à análise do espectro sonoro nos ambientes avaliados Frequência (Hz) Marmoraria dB(A) Marcenaria dB(A) Metalúrgica dB(A) Ônibus dB(A) Consultório dB(A) 31,5 63 125 250 500 1000 2000 4000 8000 16000 73,9 73,5 71,6 76,6 86,3 86,0 83,3 80,8 71,0 60,4 72,1 70,8 87,3 87,6 90,1 89,4 88,0 81,6 76,7 66,9 81,0 79,7 87,1 92,3 93,1 90,9 90,5 91,7 93,0 88,8 60,1 63,2 67,4 70,7 68,1 70,2 68,4 62,1 51,7 39,3 43,4 54,1 61,8 64,3 73,0 74,4 68,8 75,3 72,3 59,4 15 Pode-se verificar que os níveis de pressão sonora a que os trabalhadores das indústrias estão submetidos são elevados. O limite máximo para a dose percentual, que deveria ser de 100%, é ultrapassado nas três indústrias. Neste caso, a situação é extremamente preocupante do ponto de vista da qualidade de vida e da saúde ocupacional. Entre os valores encontrados para o Leq nas indústrias e os níveis do espectro sonoro existe uma diferença, já que o dosímetro acompanhou o trabalhador durante toda sua atividade, onde ocorre a operação de várias máquinas, e o medidor de pressão sonora captou o espectro do ruído ambiental, com todas as máquinas em funcionamento no centro de cada pátio, com certa distância das máquinas. Costa (1988) avaliou a audição de 714 metalúrgicos com menos de dez anos de exposição a ruído, pertencentes a três indústrias no interior de São Paulo, e encontrou em 22,9% dos trabalhadores indícios de PAIR (Perda Auditiva Induzida por Ruído). Kwitko e Pezzi (1990) analisaram a audição de 524 trabalhadores de indústrias metalúrgicas de Porto Alegre, e encontraram 246 (46,9%) trabalhadores com PAIR. Lopes et al. (2004) ao analisar marcenarias no Paraná, encontrou que uma serra circular emite níveis de ruído que chegam a 97,5 dB(A), seguido pela plaina com 95,2 dB(A) e a serra de fita com 93,4 dB(A). Venturoli et al. (2003) ao avaliar marcenarias no Distrito Federal, encontrou para essa máquinas um valor de 101,3 dB(A), Em marmorarias, não foram medidos esforços para a aquisição de máquinas cada vez mais aperfeiçoadas que cortam e lapidam o mármore e o granito, este último por sua vez, peça fundamental em acabamentos dentro da construção civil, que de acordo com Fernandes e Rossi (2001) são efetuados com peças de grande poder abrasivo que produzem níveis elevados de ruído. Harger e Branco (2004) realizaram um estudo em marmorarias do Distrito Federal, onde foi verificado que em trabalhadores desse tipo de indústria a prevalência de dano auditivo foi de 48% dos trabalhadores que realizaram exames audiométricos, sendo que o maior grau de perda auditiva na freqüência de 6000 Hz. Segundo esses autores é possível que existam diferenças no espectro sonoro entre as máquinas mais antigas e as atuais, ou seja, o tipo de ruído pode mudar à medida que as máquinas se modernizam. Na avaliação dos níveis de ruído no interior dos ônibus, merece destaque que Ribeiro e Garavelli (2004), encontraram 86 dB(A) para ônibus que integram o sistema do transporte coletivo do Distrito Federal. Em uma avaliação realizada em setembro de 2006 pela mesma equipe, foi identificada uma predominância de baixas freqüências, porém com um Leq(A) que chegava em alguns casos a 88,7 dB(A), pode ser observado que com a substituição de boa parte da frota, as baixas freqüências ainda prevaleceram, porém o Leq(A) encontrado não passou de 76,5 dB(A). Esse resultado mostra que um motor em boas 16 condições reduz consideravelmente os níveis de ruído no interior dos ônibus do transporte coletivo. Vale a pena ressaltar que os níveis de ruído em um consultório odontológico não são contínuos por oito horas, por isso, a exposição não se assemelha a exposição de outras atividades profissionais avaliadas. Os níveis de ruído encontrados no consultório odontológico podem ser considerados desconfortáveis e como foi observada uma predominância para altas freqüências e Araújo (2002), considera estas como as mais nocivas ao aparelho auditivo. Fiorini (1995) cita que os odontólogos e seus assistentes formam um grupo de profissionais que está particularmente ameaçado pelos efeitos do ruído, pois durante um dia de trabalho passam muito tempo expostos a ruídos de alta freqüência, originários principalmente das turbinas. Coloquialmente conhecidas como brocas. Segundo Gonçalves (1989), os ruídos chegam a provocar uma redução de 60% na produtividade, pois dificultam a concentração, propiciando erros, desperdícios e acidentes por distração. Costa (1989) observou várias fontes de ruído em um consultório odontológico, tais como: compressor de ar, turbina de alta velocidade, sugadores de saliva, além de outros fatores como o som ambiente e ruídos externos. Lacerda et.al. (2002) observou que algumas peças de mão de alta rotação alcançaram 76 dB(A). Nogueira (1983), afirma que não se conhecem casos de perda auditiva em dentistas pela utilização de peças de mão, de velocidade média e baixa, porém, as peças de mão com turbina de alta rotação produzem níveis de ruído extremamente altos, que são considerados como causa da perda de audição. Silva (2003) realizou uma pesquisa sobre o impacto da poluição sonora nos usuários do transporte coletivo de Goiânia e constatou que os ônibus chegavam a emitir níveis de ruído em torno de 87,5 dB(A), esse autor ao realizar um questionário entre os usuários, observou que 12,5% dos entrevistados consideravam o ruído desconfortável. Filho et al. (2002) estudaram a prevalência da PAIR em 104 condutores de ônibus no município de Campinas, SP. Os resultados mostraram 59,6% com audição normal, 32,7% com perda auditiva induzida por ruído e 7,7% com outras alterações auditivas. Fonseca et al. (1993) avaliaram a exposição ao ruído dos motoristas e cobradores de ônibus urbanos da cidade de São Paulo e constataram que, para os veículos com motor dianteiro, o ruído ultrapassava os limites previstos na legislação trabalhista. De acordo com a FUNDACENTRO (1999) a situação nos ônibus e no consultório é aceitável, já nas indústrias a exposição é elevada, sendo necessária à adoção de medidas corretivas. Ao analisar a Tabela 5, pode ser observado que nas indústrias os maiores níveis de ruído concentram-se na região de 500 Hz, para os ônibus a região de 250 Hz foi a que 17 apresentou a maior intensidade, já para o consultório odontológico pode ser verificado que em 4000 Hz foi encontrada a maior intensidade. De posse dessas informações e analisando a figura 3 é possível fazer a escolha do tipo de protetor auditivo que pode ser utilizado em cada atividade, essa sugestão encontra-se na Tabela 6. Tabela 6- Tipo de protetores em cada atividade Atividade Tipo de protetor Marmoraria plugue /concha Marcenaria plugue /concha Metalúrgica plugue/ concha Ônibus plugue Consultório plugue Como os níveis de ruído encontrados para o consultório dentário e no interior dos ônibus não excedem os níveis permitidos pela legislação trabalhista, a proteção auditiva pode ser utilizada para reduzir qualquer espécie de incômodo. Uma outra alternativa para a escolha do EPI pode ser a utilização da Equação (8) dB(A) na orelha = dB(A) – (NRR – 7 dB) (8) De acordo com Bistafa (2006) o NRR (do inglês – Noise Reduction Rating) ou classe de redução de ruído, expresso em decibels, é obtido em laboratório utilizando-se métodos normalizados. Quanto maior o NRR, maior será a atenuação do protetor em ambientes ruidosos. CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com os resultados obtidos, pode-se concluir que: • De maneira geral, o maquinário utilizado nas indústrias, apresenta níveis de ruídos acima do nível estabelecido pela Portaria Nº 3.214 na NR – 15, Anexo 1, sendo portanto, ambientes de trabalho insalubres, tornando obrigatório consequentemente, a utilização de protetores auditivos. • Um aspecto importante observado nas indústrias é uma politica de Redução do Ruído Ambiental, além de programas de conservação auditiva com a realização de exames audiométricos periódicos. Na metalúrgica, certas iniciativas para controle de ruído mereceram destaque: a) Máquinas de corte que emitiam níveis elevados de ruído foram substituídas por prensas. • b) Nas prensas onde há a queda de materiais, a altura foi reduzida. c) Utilização de tapetes de borracha no piso onde ocorrem impactos. A medição dos níveis de ruído nos postos de trabalho é importante para o redimensionamento da carga horária de trabalho nas atividades analisadas, assim como para a orientação do tipo de EPI que deve ser utilizado. 18 • A substituição de uma parte considerável da frota de ônibus no Distrito Federal contribuiu para que os níveis de ruído emitidos fossem reduzidos de forma significativa trazendo um maior conforto tanto para usuários quanto para funcionários. • A utilização de protetores auditivos para os rodoviários é importante, já que além da redução da exposição do próprio ruído já existente, outros tipos de ruído como: sirenes, buzinas e freadas e carros de som podem vir a acarretar em alguma espécie de desconforto. • Apesar dos níveis de ruído encontrados no consultório odontológico não excederem os níveis permitidos pela legislação trabalhista, a proteção auditiva é importante para que acidentes devido à falta de concentração decorrentes ao ruído sejam reduzidos. 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, S. 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