Qualificação e Quantificação dos Níveis de Ruído em

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UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE
BRASÍLIA
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Curso de Física
QUALIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS NÍVEIS
DE RUÍDO EM AMBIENTES LABORAIS NO
DISTRITO FEDERAL
Autor: Eduardo Hermínio Noronha
Orientador: Prof. Dr.Sérgio Luiz Garavelli
BRASÍLIA
2007
EDUARDO HERMÍNIO NORONHA
QUALIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE RUÍDO EM AMBIENTES
LABORAIS NO DISTRITO FEDERAL
Trabalho de Conclusão de Curso submetido à
Universidade Católica de Brasília para
obtenção do título de Licenciado em Física
Orientador: Dr, Sérgio Luiz Garavelli
QUALIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE RUÍDO EM AMBIENTES
LABORAIS NO DISTRITO FEDERAL
RESUMO
O estudo sobre os efeitos da poluição sonora é de grande importância, uma vez que alguns danos
causados ao aparelho auditivo são irreversíveis e de sérias conseqüências para saúde física e mental
das pessoas por eles afetadas. O presente estudo teve como objetivo determinar se trabalhadores de
certas atividades profissionais no Distrito Federal, estão expostos a níveis de ruído acima dos
permitidos pela norma trabalhista brasileira. Foram coletados dados em vários ambientes e a partir
destes, foi feita uma análise da intensidade dos níveis de ruído presente nestes ambientes e dos
problemas que eles podem causar às pessoas que os freqüentam. O trabalho experimental
desenvolvido demonstrou que os níveis de poluição sonora presentes em certas atividades
profissionais apresentaram valores acima dos 85 dB recomendados para uma jornada de oito horas
segundo a OMS e ABNT. A partir da análise do espectro sonoro realizada pode-se concluir que o
protetor tipo plugue pode ser utilizado em qualquer uma das atividades avaliadas.
Palavras-chave: ambientes laborais, ruído ocupacional, proteção auditiva.
2
INTRODUÇÃO
No decorrer da história, os homens têm acompanhado a evolução dos conceitos da
palavra trabalho, observando que ele se constitui num ato de transformação da natureza:
os seres humanos alteram a natureza de acordo suas necessidades. O trabalho gera
transformações no corpo dos trabalhadores, tanto de ordem física como mental, além de
efeitos positivos e negativos. O desenvolvimento da indústria surgiu com a Revolução
Industrial, que foi acompanhada pela implantação de grandes centros de produção com
componentes e máquinas industriais geralmente muito ruidosas (MELLO, 1999).
Segundo Creppe e Porto (2001), foi na época da Revolução Industrial que iniciaramse as investigações sobre as condições as que os operários eram submetidos, pois o
grande número de mão de obra existente e o desejo de grandes lucros levavam a situações
onde até mesmo crianças eram compradas de suas famílias para atuarem como mão de
obra em parques industriais. Surgia na Inglaterra em 1802, a primeira lei sobre condições de
trabalho. Esta lei regulamentou o limite de 12 horas de trabalho por dia para os menores,
proibindo seu trabalho noturno, obrigava os empregadores a lavar as paredes das fábricas
uma vez por ano, bem como exigia a ventilação das mesmas. Esta lei foi fundamental para a
melhoria das condições de trabalho.
Dentre os agentes que agridem o trabalhador, o ruído excessivo tem recebido um
grande destaque nas últimas décadas, já que é uma conseqüência do desenvolvimento das
cidades.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (WHO, 1999), a partir de 55 decibéis os
efeitos da poluição sonora já aparecem, tendo como sintoma um leve estresse e a partir de
70 dB em muitos indivíduos já aparecem os sintomas que indicam prejuízos à saúde. Muitas
pessoas não percebem é que são os níveis de ruídos moderados os responsáveis por
grande parte dos problemas auditivos. Isso porque eles são toleráveis e aparentemente
adaptáveis pela audição humana, devido ao ritmo da vida moderna. Uma pesquisa realizada
por Yorg e Zannin (2003) pode exemplificar este fato, quando várias pessoas foram
questionadas se os níveis de ruído encontrados em seu ambiente laboral e/ou em seu
ambiente urbano, produzia alguma espécie de incômodo, a resposta freqüente foi: "...Nós já
estamos acostumados a estes ruídos, com o tempo a gente se acostuma...". Respostas
dessa natureza demonstram claramente que a exposição contínua ao ruído não é mais
considerada como algo incômodo.
Os problemas causados por excesso de ruído, como fadiga, perturbação do sono,
problemas cardiovasculares, perdas auditivas, irritabilidade, estresse, alergias, distúrbios
3
digestivos, úlceras, falta de concentração, entre outros, prejudicam a saúde e o bom
desempenho nas atividades profissionais (DANI e GARAVELLI, 2001).
Para Gerges (2000), o primeiro efeito fisiológico de exposição a elevados níveis de
ruído, é a perda de audição na faixa de freqüências entre 4000 e 6000 Hz. Normalmente o
efeito é acompanhado pela sensação de percepção do ruído após o afastamento da fonte
ruidosa. Este efeito é temporário e o nível original do limiar da audição é recuperado. Esta é
a chamada mudança temporária do limiar de audição (MTLA) e qualquer redução na
sensibilidade de audição é considerada como perda de audição (GERGES, 2000).
A exposição contínua a altos níveis de pressão sonora pode acarretar:
“Se a exposição ao ruído é repetida antes da completa recuperação, a perda
temporária da audição pode tornar-se permanente não apenas nas freqüências citadas, mas
em freqüências maiores e menores” (GERGES, 2000; pág. 46).
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Som
As ondas sonoras possuem natureza mecânica, o que significa que se propagam
devido às forças elásticas atuantes sobre as partículas do meio. De acordo com Resnick,
Halliday e Krane (2003), as ondas mecânicas propagam-se através de qualquer meio, seja
ele sólido, liquido e gasoso, sendo que nestes dois últimos, as ondas sonoras só podem ser
longitudinais
(pelo
fato
dos
fluidos
não
suportarem
forças
de
cisalhamento),
consequentemente as partículas do meio sempre oscilarão nas mesma direção de
propagação da onda.
Segundo Young e Freedman (2004) a velocidade de uma onda mecânica depende
inteiramente das propriedades do meio, podendo ser escrita de acordo com a Equação (1)
v=
γRT
M
(1)
onde: γ é a razão entre as capacidades caloríficas a pressão e a volume constante; R
a constante universal dos gases; T a temperatura do meio e M a massa molar do meio de
propagação. Podemos concluir que a velocidade do som em um gás é:
• independente da pressão;
• diretamente proporcional a
• inversamente proporcional a
T;
M.
A velocidade do som no ar a 300 K é de aproximadamente 332 m/s. O aumento da
frequência produz uma redução no comprimento de onda, de tal forma que o produto da
Equação (2) permanece constante
4
v = λf
(2)
Dentro da faixa de freqüências de 20 até 20000 Hz as ondas sonoras são audíveis.
Nível de intensidade sonora – o decibel (dB)
A
resposta
do
ouvido
humano
à
variações
de
intensidades
sonoras
é
aproximadamente logarítmica, então para Resnick, Halliday e Krane (2003), é conveniente
utilizarmos uma escala dessa natureza que é chamada de nível de intensidade sonora
(NIS), que é definida pela Equação (3)
NIS = 10log
I
I0
(3)
O NIS é definido com base em uma intensidade de referência I0, que é adotada como
10-12
W
(limiar da audição humana). Os níveis de intensidade sonora são medidos em
m2
unidades chamadas decibels (dB).
Ruído
Ruído pode ser classificado como algo indesejável, porém Bistafa (2006) considera
que esse julgamento depende do contexto. Qual o significado do termo “indesejável”? O que
dizer do som de uma serra elétrica? Certamente seria classificado como ruído se alguém
estivesse tentando dormir. Porém esse mesmo som teria uma outra classificação no caso de
um supervisor de obras da construção civil observando seus subordinados à distância. Para
Gerges (2000) som e ruído não são sinônimos. Um ruído é um tipo de som, porém um som
não é necessariamente um ruído.
Nível sonoro equivalente
O potencial de danos à audição de um dado ruído depende não somente de seu nível,
mas também de sua duração. Para Gerges (2000) uma exposição de um minuto a 100 dB
não é tão prejudicial quanto uma exposição de 60 minutos a 90 dB. É possível estabelecer
um valor único, conhecido como Leq, que é o nível sonoro médio integrado durante uma
faixa de tempo especificada. O cálculo é baseado na energia do ruído (ou pressão sonora
quadrática). O Leq pode ser definido pela Equação (4)
1 P 2 (t)
L eq = 10log ∫ 2 dt
T P0
(4)
5
onde: T é o tempo de integração; P(t) é a pressão acústica instantânea; P0 é a pressão
acústica de referência (2 x 10-5 N/m2).
Espectro sonoro
A qualidade que permite distinguir um som grave de um som agudo chama-se altura.
Assim, costuma-se dizer que o som do violino pode ser “alto” ou “agudo”, e o do violoncelo é
“baixo” ou “grave”. A altura de um som depende de sua frequência. Quanto maior a
frequência mais agudo será o som e vice-versa. Bistafa (2006) cita que podem ser
considerados graves os sons de frequência inferior a 200 Hz; os médios situados entre 200
e 2000 Hz; e os agudos acima de 2000 Hz. Segundo Bistafa (2006) essa divisão não é
rigorosa, mas tem a vantagem de basear-se em números simples. Sons numa única
frequência são chamados de tons puros, porém os sons comumente ouvidos dificilmente
são tons puros. Na realidade, os sons que escutamos são quase sempre uma combinação
de tons puros em diversas frequências.
Conhecer o espectro sonoro de um ambiente de trabalho torna-se importante quando
Araújo (2002) afirma que as altas freqüências são as mais traumatizantes, desencadeando
lesões cocleares, além disso Barros (1998) afirma que o espectro, nível de pressão sonora,
tempo e a dose de exposição influenciam nas perdas auditivas. Portanto uma análise dos
níveis de ruído e do espectro influencia na escolha do EPI (equipamento de proteção
individual) por parte de empresa. As figuras 1 e 2 mostram como são os protetores tipo
abafador (concha) e inserção (plugue).
Figura 1: Protetor concha. Disponível em www.segurancaetrabalho.com.br/download/pca-programa.ppt
6
Figura 2: Protetor plugue. Disponível em www.segurancaetrabalho.com.br/download/pca-programa.ppt
A figura 3 mostra a atenuação dos protetores tipo plugue e tipo concha.
Figura 3: Atenuação dos protetores. Fonte: Berger, apud: Bistafa, 2006, pág. 348. Com adaptações.
A figura 3 mostra que para regiões inferiores a 500 Hz o protetor tipo plugue
apresenta uma maior atenuação. Nas faixas entre 500 e 2000 Hz a atenuação do protetor
tipo plugue é maior. Nas regiões acima de 2000 Hz as atenuações de ambos protetores
praticamente se equivalem.
Bandas de frequências
Equipamentos de medição acústica normalmente fornecem o espectro sonoro em
bandas ou faixas de frequências. Bistafa (2006) considera que um dos parâmetros que
caracterizam a banda de frequência é a sua largura. A largura pode ser larga ou estreita,
dependendo da instrumentação utilizada, o espectro de banda estreita pode ser obtido com
a largura de 1 Hz, e até menor.
O espectro de banda larga pode ser obtido com a largura constante ou variável. Um
espectro de banda larga com a largura variável bastante utilizado é o de bandas de oitava,
7
em que a largura de cada banda é aproximadamente 70% da frequência central. Assim,
para a frequência central de 1000 Hz, a largura da banda é de 700 Hz.
Filtros ponderadores
Também denominados simplesmente de ponderadores, para Bistafa (2006) são
utilizados para modificar o espectro sonoro de acordo com a resposta do sistema auditivo às
freqüências contidas no som. Os medidores de nível de pressão sonora incorporam filtros
ponderadores que tentam aproximar a sensação subjetiva de intensidade dos sons, a
grandeza fornecida, no entanto, continua sendo o nível de pressão sonora só que
ponderado. A figura 4 mostra como as curvas de cada modo de compensação.
A → desenfatiza as baixas freqüências e reproduz a sensibilidade humana;
B → ênfase um pouco maior para as baixas freqüências;
C → quase plana;
D → desenvolvida para avaliação de ruídos de sobrevôos de aeronaves (penaliza altas
freqüências).
Figura 4: Circuitos de compensação A,B,C e D. Fonte:Bistafa 2006,
Sabe-se que a ponderação A apresenta as maiores atenuações para freqüências
inferiores a 1000 Hz, seguida da ponderação B, com a ponderação C apresentando as
menores atenuações.
8
Uma forma de se deduzir o conteúdo de freqüências do ruído medido consiste em
comparar os valores obtidos com as três ponderações. Caso esses valores estejam
próximos, o ruído é predominantemente composto por freqüências acima de 600 Hz,
aproximadamente. Caso os valores obtidos com as ponderações B e C forem maiores do
que com a ponderação A, o ruído apresenta componentes significativas nas freqüências
abaixo de 600 Hz. Para Gerges (2000), os níveis mostrados na figura 4 são relativos, para
um NPS de 70 dB em 1000 Hz, por exemplo, o ouvido humano percebe integralmente 70
dB(A), entretanto, se este nível está em 50 Hz, o ouvido humano percebe um NPS 70 - 30,2
= 39,8 dB(A).
Dose
De acordo com Gerges (2000) a dose é o parâmetro utilizado para caracterização
da exposição ocupacional ao ruído, expresso em porcentagem de energia sonora.
A exposição a níveis diferentes é considerada dentro dos limites permitidos da
Portaria Brasileira 3.214, se o valor de Dose Diária de Ruído - D, calculada pela
Equação (5), não excede a unidade.
D=
Cn
C1 C2 C3 C4
+
+
+
+ ...+
Tn
T1 T2 T3 T4
(5)
onde: Ci é o tempo real de exposição a um específico nível de pressão sonora e Ti é o tempo
total permitido para o mesmo.
Para o cálculo da dose percentual de ruído absorvida diariamente, além da Equação
(5), a Equação (6) também pode ser utilizada
D=
Texp
8
(L crit −L eq ) q
×2
× 100 %
(6)
onde: Texp é o tempo de exposição; Lcrit é o nível limiar de integração a partir do qual os
valores devem ser computados para fins de determinação da dose de exposição; Leq é o
nível médio baseado na equivalência de energia definido pela Equação (4); q é o incremento
de dose que quando adicionado a um determinado nível, implica a duplicação da dose de
exposição ou a redução para a metade do tempo máximo permitido. Um exemplo para
podermos entender o que é o incremento de dose é o seguinte: se utilizarmos o fator q=5,
que é o valor utilizado no Brasil e nos EUA, para um Leq de 90 dB(A) e uma exposição diária
de 8 horas, temos uma dose diária de 200%, caso utilize-se um fator q=3, que é o valor
utilizado nos países europeus , para o mesmo Leq de 90 dB(A) e tempo de exposição diária
de 8 horas, teremos uma dose diária de 317%.
9
A Tabela 1 expressa os critérios a serem adotados na análise da dose diária
segundo a NR-15 (Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho) que estabelece em
seu Anexo N° 1, os Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente.
Tabela 1 – Critérios para medição da dose de ruído
Parâmetro
Jornada
Ruído para Jornada
Incremento de dose
Circuito de Ponderação
Circuito de Resposta
Nível Limiar de Integração
Faixa de Medição
Valor
8 horas
85 dB
5 dB
A
Lenta
85 dB
85-115 dB
Os limites segundo a NR-15, são objetos de estudos para verificar sua real eficácia
na proteção do trabalhador. Algumas entidades preocupadas com a segurança, como a
FUNDACENTRO – Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do
Trabalho - , estipulam critérios mais rígidos para a avaliação da exposição pessoal ao ruído.
Em sua Norma de Higiene Ocupacional NH0-01, que não possui força de lei, a
FUNDACENTRO (1999) recomenda que seja adotado o incremento de dose de 3 dB além
do nível limiar de integração de 80 dB, ou seja, exposições a níveis inferiores a 80 dB(A)
não são consideradas no cálculo da dose.
A FUNDACENTRO também recomenda, que de acordo com o valor constatado pela
medição de ruído, sejam adotadas medidas para preservação auditiva dos trabalhadores. A
Tabela 2 apresenta estas medidas em função da dose (%) e como estes valores podem ser
considerados tecnicamente (CREPPE e PORTO, 2001).
Tabela 2 – Critério de tomada de decisão (FUNDACENTRO)
Dose - %
Consideração técnica
Atuação recomendada
0 – 50
Aceitável
50 – 80
Acima do nível de ação
No mínimo manutenção da condição
existente
Adoção de medidas preventivas
80 – 100
Região de incerteza
Acima de 100
Acima do limite de exposição
Adoção de medidas preventivas e
corretivas
Adoção de medidas corretivas
Legislação trabalhista
Atualmente no Brasil, as condições do ambiente de trabalho são fiscalizadas pelo
Ministério do Trabalho ao editar as Normas Regulamentadoras (NRs). Essas normas
10
estabelecem as condições mínimas de higiene e segurança que devem ser oferecidas pelos
empregadores.
Segundo a legislação trabalhista (BRASIL, 1994), todo indivíduo que trabalha ou
trabalhará num ambiente com elevados níveis de pressão sonora deve ser submetido a
exames audiométricos periódicos, para que o estado de sua audição seja avaliado. O
primeiro exame audiométrico é realizado no momento da admissão e este exame é
considerado como referencial, pois os exames posteriores serão comparados com ele.
As normas trabalhistas indicam os valores máximos de tempo que um trabalhador
pode estar submetido a níveis específicos de ruídos. A estimativa do tempo máximo de
exposição tolerada Tt, ou seja, o tempo máximo permitido sem proteção auditiva pode ser
obtida seguindo a Equação (7)
Tt = 8 × 2
(L
crit
)
- L eq q
(7)
A Tabela 3 expressa a máxima exposição permissível sem protetor auditivo em
função dos níveis de pressão sonora, segundo a NR-15 (Norma Regulamentadora do
Ministério do Trabalho).
Tabela 3 – Máxima exposição diária permissível
Nível de Ruído dB(A)
Máxima Exposição Diária Permissível
85
8 horas
86
7 horas
87
6 horas
88
5 horas
89
4 horas e 30 minutos
90
4 horas
91
3 horas e 30 minutos
92
3 horas
93
2 horas e 40 minutos
94
2 horas e 15 minutos
95
2 horas
96
1 hora e 45 minutos
98
1 hora e 15 minutos
100
1 hora
102
45 minutos
105
30 minutos
110
15 minutos
115
7 minutos
NOTA: O EPI, segundo as normas trabalhistas, é indicado para níveis e tempos superiores ao da tabela.
11
Segundo Bistafa (2006), as normas e legislações que tratam do ruído ocupacional
estabelecem limites baseados em um compromisso entre os riscos associados à exposição
ocupacional a determinado nível de ruído, e os benefícios que o indivíduo e a sociedade
podem retirar do trabalho realizado nessas condições, portanto, as decisões não podem se
basear exclusivamente em considerações biológicas.
Programa de conservação auditiva (PCA)
Quando se pretende realizar o controle dos níveis de ruído, atender a legislação, ou
mesmo prever o nível de ruído de uma fábrica, ainda que na fase de projeto, é fundamental
a realização de medições. Os resultados vão refletir o futuro de uma empresa e/ou pessoas,
além de influenciar nos objetivos, planejamento, investimento e proteção.
Pode-se ainda ser citado que um controle dos níveis de pressão sonora gera:
•
Benefício direto: a redução do estresse e fadiga, relacionados à exposição ao
ruído, geram um aumento da produtividade do empregado;
•
Manutenção da imagem da empresa: prática de políticas que dizem respeito à
saúde e segurança dos funcionários;
•
Redução da rotatividade do quadro de pessoal: a melhoria do relacionamento
entre os funcionários torna o ambiente mais agradável, reduzindo gastos extras
devidos a novas contratações e treinamentos;
•
Redução de gastos: prevenção de possíveis pagamentos de indenizações.
Quando ocorre o afastamento do trabalhador, além de prejudicar o próprio
funcionário, gera prejuízos para as empresas, já que na maioria das vezes, não existe mãode-obra treinada para substituir o funcionário acidentado, interferindo assim, nos prazos de
entrega dos produtos e levando conseqüentemente a insatisfação da clientela.
De acordo com Bistafa (2006), a proteção auditiva deve ser a última iniciativa na
redução dos níveis de ruído que chegam até a orelha, além disso, existem normas sobre a
utilização e fornecimento de protetores auditivos:
a empresa é obrigada a fornecer aos empregados gratuitamente,
Equipamento de Proteção Individual adequado ao risco e em perfeito
estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de
ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes e danos à saúde dos empregados.(NR-6 da CLT, apud
BISTAFA, 2006, pág.345).
Segundo Gerges (2000), os EPI’s não vedam completamente a passagem do ruído,
pois o protetor pode vibrar contra a almofada e o ar dentro da concha. Também, devido à
flexibilidade do canal do ouvido, os protetores de inserção (tipo plugue) podem vibrar e
12
limitar sua atenuação. Portanto, os dois tipos de protetores (inserção e concha), nas baixas
freqüências é limitada a valores que ficam em torno de 6 e 20 dB.
OBJETIVO
Este estudo tem como objetivo avaliar os níveis de pressão sonora (NPS), em
determinados ambientes laborais no Distrito Federal, afim de detectar se estes ambientes
podem ser considerados como insalubres de acordo com os limites permitidos pela
legislação trabalhista.
Como objetivos específicos destacam-se:
•
Avaliar o ruído no ambiente em situações normais, com o intuito de evitar
qualquer espécie de “mascaramento” dos resultados.
•
Realizar uma avaliação do espectro sonoro em bandas de oitava, para que o tipo
de ruído em cada ambiente possa ser determinado.
•
Identificar, a partir do espectro sonoro de cada ambiente avaliado, o tipo de
protetor auditivo a ser utilizado.
METODOLOGIA
Este estudo fez parte do trabalho da dissertação de mestrado de Borger (2007) numa
parceria entre a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Católica de Brasília (UCB),
sendo que o grupo da UCB avaliou e analisou os dados referentes aos níveis de ruído e do
espectro sonoro, e o grupo da UnB realizou exames audiométricos nos trabalhadores e
analisou a influência do espectro sonoro na perda auditiva dos trabalhadores.
No trabalho de Borger (2007) assim como neste, foram avaliadas as condições
acústicas em uma marmoraria, marcenaria e uma metalúrgica, e com o intuito de completar
o presente estudo e pela facilidade de acesso, foram avaliados os níveis de ruído em ônibus
da nova frota que integram o sistema de transporte coletivo do Distrito Federal e num
consultório dentário do Curso de Odontologia da UCB.
As medidas nas indústrias foram realizadas no mês de maio de 2007, no período da
manhã, com uma média de quarenta operários que apresentam uma jornada de trabalho de
oito horas por dia.
As medidas nos ônibus foram realizadas no mês de junho de 2007, no período da
manhã, durante os seguintes trajetos: Riacho Fundo - W3 Sul, W3 Sul - Park Shopping, Park
Shopping - Riacho Fundo, onde cada trajeto foi percorrido em aproximadamente 25 minutos,
que foi o tempo das medições.
13
Foram utilizados os equipamentos SIP95 da 01 dB, com tripé e protetor de vento, o
uso do protetor de vento sobre o microfone é sempre recomendável a fim de evitar possíveis
interferências da velocidade do ar e proteger o microfone contra poeira. O dosímetro de
ruído da Pulsar também foi utilizado.
Devido a dificuldades burocráticas, os dosímetros não foram utilizados nas medidas
no consultório dentário e no interior dos ônibus, porém na indisponibilidade da utilização
desses equipamentos a FUNDACENTRO (1999) oferece procedimentos alternativos para
outros tipos de medidores não fixados no trabalhador, que podem ser utilizados na avaliação
da dose de ruído e para tanto a Equação (6) foi utilizada.
Na clínica do Curso de Odontologia da UCB, o medidor de nível de pressão sonora
foi posicionado a menos de um metro do profissional, durante o procedimento de uma
obturação que durou cerca de 20 minutos.
Nas medições no interior dos ônibus, o equipamento foi posicionado próximo ao
condutor e consequentemente do motor, evitando ao máximo, qualquer espécie de
movimento do equipamento.
O Leq (nível de pressão sonora) foi lido em resposta lenta (slow) a cada 1 segundo,
no modo de compensação A.
Os dosímetros de ruído foram ajustados de forma a atender aos seguintes
parâmetros:
ƒ
Circuito de ponderação “A”;
ƒ
Circuito resposta lenta (slow);
ƒ
Nível limiar de integração de 85 dB(A), que corresponde a uma dose de 100% para
uma exposição de 8 horas;
ƒ
Faixa de medição entre 85 e 115 dB(A), que significa que níveis abaixo de 85 dB(A)
não serão considerados, bem como proibida qualquer ocorrência acima de 115
dB(A);
ƒ
Incremento de dose igual a 5.
Antes de cada medição, os aparelhos foram calibrados e todas as medidas foram
realizadas seguindo as recomendações da NBR 10.151. Também foram verificadas a
integridade eletromecânica e coerência da resposta do instrumento bem como as condições
de cargas das baterias.
Os dosímetros ficaram presos próximos a orelha dos trabalhadores, sem interferir em
seus movimentos de tal forma que o ruído a que o mesmo está exposto durante a medição
pudesse ser avaliado. Antes da medição foi informado aos trabalhadores:
ƒ
Do objetivo do trabalho;
ƒ
Que a medição não deveria interferir em suas atividades habituais, devendo manter
a sua rotina de trabalho;
14
ƒ
Que as medições não efetuariam gravação de conversas;
ƒ
Que o equipamento nele fixado só poderia ser removido pelo avaliador;
ƒ
Que o microfone nele fixado não poderia ser tocado ou obstruído;
As medidas foram iniciadas somente após o microfone estar ajustado e fixado no
trabalhador e retiradas após a interrupção da medição. Como a medição que foi
aproximadamente de quatro horas, não cobriu toda a jornada de trabalho, a dose foi
projetada para a jornada diária efetiva de trabalho, determinando-se a dose diária. Os dados
referentes a análise do espectro sonoro foram armazenados no SIP 95 e analisados com o
programa dBTrait da 01dB.
Todos os procedimentos de avaliação interferiram o mínimo possível nas condições
ambientais e operacionais características das condições de trabalho em estudo.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados obtidos nas avaliações para o parâmetro Leq estão expressos na
Tabela 4, assim como o percentual da dose diária e o tempo máximo de exposição permitido
pela legislação trabalhista brasileira.
Tabela 4- Leq, dose e o tempo de exposição máximo tolerado
Ambiente
Metalúrgica
Marcenaria
Marmoraria
Ônibus
Consultório
Leq (A)
103,3
108,5
104,5
76,5
67,1
Dose(%)
1264,1
2599,2
1492,9
30,7
8,3
Tt(h)
0,6
0,3
0,5
26,9
95,6
Na Tabela 5, estão os valores da análise do espectro sonoro nos ambientes
avaliados.
Tabela 5- Dados referentes à análise do espectro sonoro nos ambientes avaliados
Frequência (Hz)
Marmoraria dB(A)
Marcenaria dB(A)
Metalúrgica dB(A)
Ônibus dB(A)
Consultório dB(A)
31,5
63
125
250
500
1000
2000
4000
8000
16000
73,9
73,5
71,6
76,6
86,3
86,0
83,3
80,8
71,0
60,4
72,1
70,8
87,3
87,6
90,1
89,4
88,0
81,6
76,7
66,9
81,0
79,7
87,1
92,3
93,1
90,9
90,5
91,7
93,0
88,8
60,1
63,2
67,4
70,7
68,1
70,2
68,4
62,1
51,7
39,3
43,4
54,1
61,8
64,3
73,0
74,4
68,8
75,3
72,3
59,4
15
Pode-se verificar que os níveis de pressão sonora a que os trabalhadores das
indústrias estão submetidos são elevados. O limite máximo para a dose percentual, que
deveria ser de 100%, é ultrapassado nas três indústrias. Neste caso, a situação é
extremamente preocupante do ponto de vista da qualidade de vida e da saúde ocupacional.
Entre os valores encontrados para o Leq nas indústrias e os níveis do espectro
sonoro existe uma diferença, já que o dosímetro acompanhou o trabalhador durante toda
sua atividade, onde ocorre a operação de várias máquinas, e o medidor de pressão sonora
captou o espectro do ruído ambiental, com todas as máquinas em funcionamento no centro
de cada pátio, com certa distância das máquinas.
Costa (1988) avaliou a audição de 714 metalúrgicos com menos de dez anos de
exposição a ruído, pertencentes a três indústrias no interior de São Paulo, e encontrou em
22,9% dos trabalhadores indícios de PAIR (Perda Auditiva Induzida por Ruído). Kwitko e
Pezzi (1990) analisaram a audição de 524 trabalhadores de indústrias metalúrgicas de Porto
Alegre, e encontraram 246 (46,9%) trabalhadores com PAIR.
Lopes et al. (2004) ao analisar marcenarias no Paraná, encontrou que uma serra
circular emite níveis de ruído que chegam a 97,5 dB(A), seguido pela plaina com 95,2 dB(A)
e a serra de fita com 93,4 dB(A). Venturoli et al. (2003) ao avaliar marcenarias no Distrito
Federal, encontrou para essa máquinas um valor de 101,3 dB(A),
Em marmorarias, não foram medidos esforços para a aquisição de máquinas cada
vez mais aperfeiçoadas que cortam e lapidam o mármore e o granito, este último por sua
vez, peça fundamental em acabamentos dentro da construção civil, que de acordo com
Fernandes e Rossi (2001) são efetuados com peças de grande poder abrasivo que
produzem níveis elevados de ruído.
Harger e Branco (2004) realizaram um estudo em marmorarias do Distrito Federal,
onde foi verificado que em trabalhadores desse tipo de indústria a prevalência de dano
auditivo foi de 48% dos trabalhadores que realizaram exames audiométricos, sendo que o
maior grau de perda auditiva na freqüência de 6000 Hz. Segundo esses autores é possível
que existam diferenças no espectro sonoro entre as máquinas mais antigas e as atuais, ou
seja, o tipo de ruído pode mudar à medida que as máquinas se modernizam.
Na avaliação dos níveis de ruído no interior dos ônibus, merece destaque que
Ribeiro e Garavelli (2004), encontraram 86 dB(A) para ônibus que integram o sistema do
transporte coletivo do Distrito Federal. Em uma avaliação realizada em setembro de 2006
pela mesma equipe, foi identificada uma predominância de baixas freqüências, porém com
um Leq(A) que chegava em alguns casos a 88,7 dB(A), pode ser observado que com a
substituição de boa parte da frota, as baixas freqüências ainda prevaleceram, porém o
Leq(A) encontrado não passou de 76,5 dB(A). Esse resultado mostra que um motor em boas
16
condições reduz consideravelmente os níveis de ruído no interior dos ônibus do transporte
coletivo.
Vale a pena ressaltar que os níveis de ruído em um consultório odontológico não são
contínuos por oito horas, por isso, a exposição não se assemelha a exposição de outras
atividades profissionais avaliadas.
Os níveis de ruído encontrados no consultório odontológico podem ser
considerados desconfortáveis e como foi observada uma predominância para altas
freqüências e Araújo (2002), considera estas como as mais nocivas ao aparelho auditivo.
Fiorini (1995) cita que os odontólogos e seus assistentes formam um grupo de
profissionais que está particularmente ameaçado pelos efeitos do ruído, pois durante um dia
de trabalho passam muito tempo expostos a ruídos de alta freqüência, originários
principalmente das turbinas. Coloquialmente conhecidas como brocas. Segundo Gonçalves
(1989), os ruídos chegam a provocar uma redução de 60% na produtividade, pois dificultam
a concentração, propiciando erros, desperdícios e acidentes por distração.
Costa (1989) observou várias fontes de ruído em um consultório odontológico, tais
como: compressor de ar, turbina de alta velocidade, sugadores de saliva, além de outros
fatores como o som ambiente e ruídos externos. Lacerda et.al. (2002) observou que
algumas peças de mão de alta rotação alcançaram 76 dB(A).
Nogueira (1983), afirma que não se conhecem casos de perda auditiva em dentistas
pela utilização de peças de mão, de velocidade média e baixa, porém, as peças de mão
com turbina de alta rotação produzem níveis de ruído extremamente altos, que são
considerados como causa da perda de audição.
Silva (2003) realizou uma pesquisa sobre o impacto da poluição sonora nos usuários
do transporte coletivo de Goiânia e constatou que os ônibus chegavam a emitir níveis de
ruído em torno de 87,5 dB(A), esse autor ao realizar um questionário entre os usuários,
observou que 12,5% dos entrevistados consideravam o ruído desconfortável.
Filho et al. (2002) estudaram a prevalência da PAIR em 104 condutores de ônibus no
município de Campinas, SP. Os resultados mostraram 59,6% com audição normal, 32,7%
com perda auditiva induzida por ruído e 7,7% com outras alterações auditivas.
Fonseca et al. (1993) avaliaram a exposição ao ruído dos motoristas e cobradores de
ônibus urbanos da cidade de São Paulo e constataram que, para os veículos com motor
dianteiro, o ruído ultrapassava os limites previstos na legislação trabalhista.
De acordo com a FUNDACENTRO (1999) a situação nos ônibus e no consultório é
aceitável, já nas indústrias a exposição é elevada, sendo necessária à adoção de medidas
corretivas.
Ao analisar a Tabela 5, pode ser observado que nas indústrias os maiores níveis de
ruído concentram-se na região de 500 Hz, para os ônibus a região de 250 Hz foi a que
17
apresentou a maior intensidade, já para o consultório odontológico pode ser verificado que
em 4000 Hz foi encontrada a maior intensidade. De posse dessas informações e analisando
a figura 3 é possível fazer a escolha do tipo de protetor auditivo que pode ser utilizado em
cada atividade, essa sugestão encontra-se na Tabela 6.
Tabela 6- Tipo de protetores em cada atividade
Atividade
Tipo de protetor
Marmoraria
plugue /concha
Marcenaria
plugue /concha
Metalúrgica
plugue/ concha
Ônibus
plugue
Consultório
plugue
Como os níveis de ruído encontrados para o consultório dentário e no interior dos
ônibus não excedem os níveis permitidos pela legislação trabalhista, a proteção auditiva
pode ser utilizada para reduzir qualquer espécie de incômodo.
Uma outra alternativa para a escolha do EPI pode ser a utilização da Equação (8)
dB(A) na orelha = dB(A) – (NRR – 7 dB)
(8)
De acordo com Bistafa (2006) o NRR (do inglês – Noise Reduction Rating) ou classe
de redução de ruído, expresso em decibels, é obtido em laboratório utilizando-se métodos
normalizados. Quanto maior o NRR, maior será a atenuação do protetor em ambientes
ruidosos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com os resultados obtidos, pode-se concluir que:
•
De maneira geral, o maquinário utilizado nas indústrias, apresenta níveis de
ruídos acima do nível estabelecido pela Portaria Nº 3.214 na NR – 15, Anexo 1,
sendo portanto, ambientes de trabalho insalubres, tornando obrigatório
consequentemente, a utilização de protetores auditivos.
•
Um aspecto importante observado nas indústrias é uma politica de Redução do
Ruído Ambiental, além de programas de conservação auditiva com a realização
de exames audiométricos periódicos. Na metalúrgica, certas iniciativas para
controle de ruído mereceram destaque:
a)
Máquinas de corte que emitiam níveis elevados de ruído foram
substituídas por prensas.
•
b)
Nas prensas onde há a queda de materiais, a altura foi reduzida.
c)
Utilização de tapetes de borracha no piso onde ocorrem impactos.
A medição dos níveis de ruído nos postos de trabalho é importante para o
redimensionamento da carga horária de trabalho nas atividades analisadas,
assim como para a orientação do tipo de EPI que deve ser utilizado.
18
•
A substituição de uma parte considerável da frota de ônibus no Distrito Federal
contribuiu para que os níveis de ruído emitidos fossem reduzidos de forma
significativa trazendo um maior conforto tanto para usuários quanto para
funcionários.
•
A utilização de protetores auditivos para os rodoviários é importante, já que além
da redução da exposição do próprio ruído já existente, outros tipos de ruído
como: sirenes, buzinas e freadas e carros de som podem vir a acarretar em
alguma espécie de desconforto.
•
Apesar dos níveis de ruído encontrados no consultório odontológico não
excederem os níveis permitidos pela legislação trabalhista, a proteção auditiva é
importante para que acidentes devido à falta de concentração decorrentes ao
ruído sejam reduzidos.
19
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