1 A família da adolescente com anorexia nervosa: sua dinâmica como pano de fundo para o surgimento do transtorno alimentar. Aldenira Barbosa Cavalcante1 Maria Alexina Ribeiro2 Universidade Católica e Brasília - UCB Resumo A Anorexia Nervosa (AN) caracteriza-se por uma perda de peso acentuada, resultante de uma restrição calórica voluntária do paciente devido a um temor exacerbado de engordar e a uma busca implacável da magreza. Esta dissertação objetivou compreender a dinâmica de famílias que possuem um membro adolescente portador de Anorexia Nervosa. Adotamos uma metodologia qualitativa, pesquisa-ação e uma adaptação da metodologia de Grupo Multifamiliar. Os participantes foram três famílias com adolescentes do sexo feminino. Os instrumentos utilizados foram: roteiro de entrevista semi-estruturada, genograma, colagem, construção do ciclo de vida familiar e gravação em áudio - MP3. A análise demonstrou dificuldades múltiplas no sistema familiar, como: disfunção na comunicação; conflito conjugal com a adolescente anoréxica se posicionando triangulada com os pais; negligência dos pais da adolescente; depressão das mães; mães dependentes afetivamente das filhas, fronteiras internas difusas e evitação de conflitos. Palavras-chave: anorexia nervosa, família, dinâmica familiar, adolescência. Introdução Os transtornos alimentares são doenças psiquiátricas caracterizadas por graves alterações do comportamento alimentar e, em sua maioria afetam adolescentes e adultos jovens. A idade das meninas anoréxicas caiu de 12-14 anos para 7-8 anos, atingindo todos os níveis socioeconômicos segundo Fráguas (2009). 1 Mestre em Psicologia, Psicóloga da Universidade Católica de Brasília. 2 Professora Doutora em Psicologia da Universidade Católica de Brasilia. 2 Segundo Martins e Diniz (2006), a terapia de família tem um lugar importante no tratamento clínico da AN, pelo fato de o paciente não se considerar doente, o que o leva a não procurar, por si mesmo, um tratamento. Assim, a participação da família garante a continuidade do tratamento, sendo um instrumento importante na recuperação dos pacientes, dando suporte também ao espaço de resolução de problemas, de crescimento para suas famílias e para a própria equipe interdisciplinar envolvida no atendimento do caso. Psiquiatras e psicólogos que trabalham com crianças e adolescentes há muito enfatizam a importância dos fatores familiares na anorexia nervosa. A partir dessas considerações, nos propusemos a investigar as complexas relações entre a anorexia nervosa e a dinâmica familiar. O objetivo de nossa pesquisa foi compreender a dinâmica de famílias que possuem um membro adolescente portador de anorexia nervosa, identificando aspectos do relacionamento familiar, como as regras, fronteiras, papéis e comunicação, bem como a percepção das famílias sobre a doença e seus sintomas. Adolescência e Ciclo de Vida Familiar Encarada como uma fase do ciclo de vida familiar, a adolescência apresenta tarefas particulares, que envolvem todos os membros da família. Pode-se dizer, então, que este período se constitui como uma fase de transição do indivíduo, da infância para a idade adulta, evoluindo de um estado de intensa dependência para uma condição de autonomia pessoal (SILVA; BASTOS, 2008). Para Carter e McGoldrick (1995) as famílias com filhos adolescentes devem estabelecer fronteiras mais permeáveis que as famílias com filhos mais jovens e os pais não podem mais impor uma autoridade completa. Minuchin e Fishman (2007) enfatizam a mudança na forma de negociação como o fator mais relevante nessa fase. Numa compreensão sistêmica, o sintoma tem uma função no e para o funcionamento familiar. O que se espera é que a família se adéqüe às mudanças internas e externas, adaptando-se às novas circunstâncias sem perder a continuidade. A família é denominada por Minuchin (2007) de matriz de identidade, onde a experiência humana de identidade tem dois elementos: um sentido de pertencimento e um sentido de ser separado. O sentido de pertencimento de cada membro é influenciado por seu sentido de pertencer a uma família especifica. O sentido de separação e de individuação ocorre 3 através da participação em diferentes subsistemas familiares em diferentes contextos familiares, tanto quanto através da participação em grupos extra familiares. Método Participantes Foram convidadas para participar da pesquisa 10 famílias que estavam sendo atendidas em uma instituição pública de saúde do Distrito Federal selecionadas de acordo com os seguintes critérios: adolescentes do sexo feminino com diagnóstico de transtorno alimentar Anorexia Nervosa; Idades compreendidas entre 11 e 18 anos; e familiares das adolescentes que concordarem em participar do projeto mediante a assinatura do “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido”. Escolhemos três famílias para essa pesquisa que se intitularam como: Perfeição, Esperança e Amorosa. Família Perfeição - é de classe socioeconômica baixa, residente em uma cidade satélite do Distrito Federal. A configuração da família é nuclear, composta por cinco pessoas: o par parental e três filhos. O pai, Sr. Jacinto tem 36 anos, é comerciante, dono de um bar que funciona na frente de sua casa; a mãe, Srª. Julia, tem 28 anos, é dona de casa e vendedora autônoma de produtos de beleza; seus filhos Janaina, diagnosticada com AN, tem 13 anos, Lucas 10 anos e Cleber de 6 anos, todos estudantes, moram em casa própria, são evangélicos e possuem renda familiar de R$ 570,00 mensais. Família Esperança - residente em uma cidade satélite do Distrito Federal, é Católica, de classe sócio-econômica baixa, composta por cinco pessoas: o pai, Sr Rafael aposentado por problemas de saúde, a mãe Srª Dorina, de 37 anos, dona de casa, e seus filhos Gisele de 14 anos, Luan de 16 anos e Abel de 6 anos, todos estudantes. Residem em casa própria e sua renda mensal gira em torno de 2 salários mínimos. Família Amorosa - reside em uma cidade satélite do Distrito Federal na casa da avó materna de Vera, é evangélica e de classe sócio-econômica baixa, a genitora de Vera não quis estipular uma renda familiar, pois no momento está desempregada. A família é composta pela mãe, Srª Maria, de 50 anos, Saladeira (desempregada), a avó Maria, de 66 anos, aposentada, e seus irmãos Karla, de 25 anos, Tâmara, de 23 anos, Moisés, de 21 anos, Amarílis, de 16 anos e Sara, de 13 anos, todos estudantes. A Srª Maria veio para Brasília morar na casa de sua mãe quando seu marido faleceu, aos 29 anos, de infarto. Antes de se casar com o Sr. Jorge, namorou Antônio, pai de Karla, depois namorou Giovane, pai de Tâmara, e por último namorou João, pai de Moisés. Atualmente Maria namora João, de 49 anos. 4 Encontros do Grupo Multifamiliar 1º encontro: Tema: o crescimento dos filhos. Trabalhamos com as fases do ciclo de vida familiar; Tarefas de desenvolvimento na fase da adolescência; individualização e socialização; O papel dos pais: orientação e proteção; e liberdade versus limites, individualização versus pertencimento. 2º encontro: Tema: o diagnóstico da AN e as estratégias de enfrentamento. Utilizamos como roteiro: Como e quando a família recebeu o diagnóstico; reações e estratégias de enfrentamento; tratamento e acompanhamento recebidos atualmente; e mudanças na dinâmica familiar para atender às necessidades dos filhos e enfrentamento das novas demandas. 3º encontro: Tema: Comunicação e expressão de afeto na família. como roteiro utilizamos: comunicação em geral na família; sentimentos presentes entre os membros da família; como são manifestados esses sentimentos e como os membros da família reagem a eles; e colagem. 4º encontro: Tema: A relação entre pais e filhos. Como roteiro utilizamos: os diferentes papéis familiares: pai, mãe, filho, filha, irmãos; a relação pai/filhos, mãe/filhos, irmãos e a ralação conjugal; como eram as relações dos pais com os próprios pais; qual é o lugar dos filhos nessas famílias; e diferentes relações de acordo com a idade dos filhos. Apresentamos o genograma de cada família, e para a discussão transgeracional pedimos para falar sobre as pessoas que foram importantes na família e por que foram. Discussão dos dados História familiar Os dados do estudo foram submetidos a uma análise de conteúdo (BARDIN, 1997) e interpretados de acordo com a abordagem sistêmica da família. De acordo com a abordagem sistêmica, o conhecimento da história familiar pode nos dar dados importantes para conhecer a família no momento atual e sua forma 5 de lidar com questões de desenvolvimento e também de resolver problemas. A relação com as famílias de origem é a chave para a compreensão da relação dos casais. Na família Esperança, Dorina relatou que seus pais sempre tiveram um relacionamento distante: “quando eu era criança e adolescente nóis morava na roça ... meus pais não conversava com a gente, eu e meus irmãos, hoje eles ainda mora junto ... sem contato assim de marido e mulher ... minhas irmãs continuam casadas, mas também tem problemas com os marido”. Na confecção do genograma, Janaina afirma que sua mãe tem uma relação conflituosa com ela, enquanto é muito cuidadosa com seus irmãos e pai. Disse que o pai e ela são muito unidos e, quando indagada sobre sua melhor amiga, ela respondeu “que era seu pai e seria para ele que pediria ajuda”. Gisele durante a elaboração de seu genograma informou que existe um distanciamento muito grande com sua mãe e seu pai, apesar de estar sempre em casa, se comporta como se estivesse ausente. Vera relata que tem conflitos com sua avó materna “que se sente excluída e muitas vezes invisível”. Há conflito também entre sua mãe e seus tios maternos, mas que a relação entre seu irmão e irmãs é boa. O surgimento dos sintomas e o diagnóstico O diagnóstico da AN sofreu mudanças através do tempo e, ainda hoje, os critérios para se diagnosticar o transtorno são discutidos. De acordo com Nunes et al. (2006), a negação da gravidade do seu estado físico, por parte da menina, é um sinal da presença de sintomas da AN, e se manifesta na forma perturbada de vivenciar o baixo peso. Essa resistência em aceitar o diagnóstico pode ser observada no caso de Gisele que, apesar de ter sido explicado que ela apresentava sintomas de AN, através da equipe médica da Instituição e pela pesquisadora - o aspecto emagrecido, a pele ressecada e pálida, e a queda de cabelo – não houve mudança em sua percepção sobre o transtorno. Quando indagada sobre seu diagnóstico, diz que: “eu não tenho esse transtorno ai não ... me vejo bonita e com um corpão ... apenas tenho que nutrir mais meu corpo”. Referindo-se aos diferentes sintomas que surgem na família e ao que representam na dinâmica familiar, Minuchin (1982) acredita que este é produto de um sistema familiar disfuncional e à medida que a família se torna mais funcional, o 6 sintoma, perdendo a sua função, tende a desaparecer. Na família Amorosa, a partir do momento em que começaram a ter conhecimento dos sintomas da AN apresentados por Vera, toda a família nuclear e extensa se empenhou para se reorganizar e modificar a dinâmica familiar, na intenção de proporcionar melhores cuidados a ela, conforme ela diz: “meu tio Ivan, depois que a minha mãe conversou e contou o que a nutricionista disse de mim, ele explicou pra toda a família.... minha avó, agora, fica pedindo pra eu comer toda hora”. De acordo com a mãe de Janaina, a menina se nega a comer na presença da família, e esconde comida embaixo da cama e em roupas, e às vezes provoca o vômito, conforme seu relato: “acho comida dentro das roupas, embaixo da cama ... e às vezes sinto um cheiro de vômito em casa”. Embora Janaina não costume comer compulsivamente grande quantidade de comida, esses sintomas nos lembram o subtipo de anorexia “compulsão periódica/purgativo” (DSM IV – APA, 2003), se levarmos em conta o fato de que costuma induzir o vômito. Dinâmica familiar A dinâmica familiar é uma das dimensões mais estudadas pelos autores sistêmicos que têm desenvolvido trabalhos sobre a AN. Minuchin, Nichols e Lee (2009) se referem às famílias de jovens com AN como “famílias psicossomáticas”, e descrevem as mesmas como tendo as seguintes características clássicas: demasiado envolvimento, superproteção e evitação de conflitos. A forma como o casal e a filha da família Perfeição se relaciona, nos remete ao conceito de triangulação de Bowen (1978, apud NICHOLS; SCHWARTZ, 1998), que teria a função de desviar o conflito conjugal para a filha que apresenta os sintomas. Ficando doente, Janaina chama para si todas as atenções da família, não dando oportunidade para que os conflitos do casal venham à tona, ficando assim o casal “protegido”, pois não entraria em confronto. Observamos que, quando Janaina apresenta adoecimento, é o pai que ela aceita que cuide dela. Dessa forma, ficando doente, Janaina estaria mediando os conflitos dos pais, o que a impediria de viver suas próprias tarefas de desenvolvimento como adolescente. A menina está muito ligada e dependente do pai, o que podemos observar durante os encontros, o fato de confirmar que “combina em 7 tudo com o pai” e que não gosta de sair com a mãe por que: “ela veste umas roupas que Deus do céu...”. Observamos que as relações no subsistema fraterno da família Esperança são de companheirismo e carinho. Luan mostrou-se preocupado quando Gisele afirma que: “ela (sua mãe) criou uma barreira entre a gente, ela é uma estranha pra mim”, Luan após ouvir esta afirmação olha para sua mãe e diz: “tá vendo que a gente precisa melhorar mãe”. No caso de Vera, a questão da negligência, de falta de carinho, da discriminação da própria família, soou como um pedido de socorro que não foi ouvido: em nossas interpretações era como se ela dissesse: “oi mãe estou aqui, me veja, me ajude, me perceba”. Além disso, aparecem conflitos encobertos da família nuclear com a família extensa, por causa do namoro de Vera com um ex-namorado de seu tio materno. Observamos que as adolescentes precisam de acolhimento, porém resistem a pedir ajuda. Vera não tem com quem contar, os irmãos costumam afastar-se e não compreendem sua conduta introvertida e não sabem como lidar com essa irmã, que se recusa a se alimentar. Sentem-se impotentes e escolhem a distância. No caso de Vera, a partir do aparecimento dos sintomas a família começou a se preocupar, e em suas observações ela coloca que: “parece que começaram a me perceber, dentro de casa”. Como Minuchin, Nichols e Lee (2009) ressaltam, a mãe da anoréxica alterna de um extremo a outro, nesse caso do restritivo de atenção e afeto ao permissivo em relações amorosas. Segundo os autores, no caso de doenças psicossomáticas, o objetivo do tratamento é estimular a individuação acessando a dinâmica familiar. No caso da Gisele, os almoços e jantares em família são momentos de conflito, pois não querem participar. Os pais discutem: a genitora quer todos à mesa e o genitor quer comer à frente da TV para assistir o jornal. No caso de Janaina, mãe e filha discutem porque ela não quer se alimentar. As três adolescentes participantes desta pesquisa sentem-se incompreendidas pela família: seus familiares não conseguem entender: “como? e por quê? se há comida e não comem? E demoram em entender o diagnóstico da doença Outra dimensão importante da dinâmica familiar é a comunicação que foi observada nas famílias estudadas. Satir (1988) identifica comunicação com 8 comportamento interacional e postula que a doença familiar é derivada de métodos inadequados de comunicação entre os membros da família. Na família Esperança, a mãe esteve sempre presente no tratamento da filha. Luan e Gisele demonstraram uma boa comunicação, estavam sempre sorrindo e buscando um ao outro nos encontros. Já Dorina apresentou dificuldade em se comunicar com Gisele em todos os encontros. Durante os encontros no GM Janaina demonstrou descontração na presença do pai, mas, na presença da mãe tinha dificuldade de se expressar, apresentando uma comunicação confusa e pouco à vontade. Considerações finais Esta pesquisa foi delineada com o objetivo de conhecer a dinâmica familiar de famílias que possuem uma adolescente com anorexia nervosa, identificando os padrões de relacionamento intrafamiliar. Utilizando a metodologia do Grupo Multifamiliar, estudamos algumas dimensões do relacionamento familiar no que diz respeito à estrutura familiar, à fase do ciclo de vida, à percepção da família sobre os sintomas, e aos sentimentos dos familiares em relação ao diagnóstico e às formas de adaptação familiar. Também de acordo com a abordagem sistêmica, não é possível entrevistar uma família sem fazer intervenções, por isso acreditamos que esse estudo provocou mudanças na dinâmica familiar. Pudemos observar no decorrer dos encontros, que os membros das famílias contavam fatos que mostravam que alguns padrões de relacionamento sofreram mudanças, como por exemplo: maior autonomia de Gisele; maior atenção das mães em relação às filhas, principalmente no caso de Vera; diminuição dos sintomas da AN em Janaina; aumento do ciclo de amizades de Gisele com a participação de encontros de jovens na Igreja; e maior envolvimento de Maria com sua filha Vera. Estas mudanças observadas mostraram a contribuição que a abordagem familiar pode dar quando se trata de anorexia nervosa em adolescentes. Alguns aspectos foram sinalizados pelas famílias: 1) a percepção dos familiares de que não existe uma única forma correta de lidar com as dificuldades decorrentes da doença; 2) a conclusão de que precisam observar melhor as mudanças de 9 comportamento dos filhos; 3) a percepção de que o momento do diagnóstico causa sofrimento a todos; 4) a importância de buscar informações sobre os sintomas da filha; 5) o entendimento de que o tratamento familiar é eficaz para a união da família; 6) o sentimento de que dividir as angústias em relação à AN, com as demais famílias é importante; 7) o entendimento que a adesão ao tratamento exige mudanças no ambiente familiar; 8) o fortalecimento dos vínculos familiares após compartilhar seus sofrimentos com outras famílias. A metodologia do GM trouxe complementos importantes possibilitando a abordagem de vários aspectos e considerando o caráter multifatorial do transtorno. Acreditamos que esta metodologia, além de facilitar a adesão ao tratamento, fortalece a dinâmica familiar, que é imprescindível nestes casos. Referências Bibliográficas American Psychiatric Association (APA). DSM-IV: manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Trad. Cláudia Dornelles; 4.ed.rev. Porto Alegre, Artmed, 2003. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1997. BORGES, S.M. Anorexia nervosa e família - um estudo de caso. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Mestrado em Psicologia da Universidade Católica de Brasília - UCB, 2009. CARTER, B. ; MCGOLDRICK, M. As Mudanças no Ciclo de Vida Familiar: Uma Estrutura para a Terapia Familiar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. COSTA, L. F., PENSO, M. A.; ALMEIDA, T. M. C. O Grupo Multifamiliar como um método de intervenção em situações de abuso sexual infantil. Psicol. USP, dez. 2005, vol.16, no.4, p.121-146. ISSN 1678-5177. FRÁGUAS, A. M. 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