Módulo 2 Tema C - PROCESSOS ENERGÉTICOS NO MÚSCULO

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06-05-2012
C – Processos energéticos no músculo
esquelético
Miologia
Tema C
PROCESSOS ENERGÉTICOS NO MÚSCULO ESQUELÉTICO
1 – Necessidades energéticas da fibra muscular
2 – Papel do ATP
3 – Processos de ressíntese do ATP
3.1 – Aeróbico
3.2 – Anaeróbico alático e lático
4 – Interação dos diferentes processos em diferentes tipos de esforço
C – Processos energéticos no músculo
esquelético
Miologia
Tema C
NECESSIDADES ENERGÉTICAS DA FIBRA MUSCULAR
Área da biologia que se dedica ao estudo dos vários processos químicos que tornam
BIOENERGÉTICA
possível a vida celular do ponto de vista energético.
Permite entender como a capacidade para realizar trabalho depende da conversão
sucessiva de uma em outra forma de energia.
O trabalho muscular é uma questão de conversão de energia
Energia química
Energia mecânica
química em mecânica.
Ação muscular
Esta energia é utilizada pelas miofibrilas para provocar o deslize
dos miofilamentos, resultando em ação muscular e produção de
Produção de força
força.
Composição muscular (fibras I e II)
Condição física
Alimentação
O dispêndio energético pode
Intensidade
Duração
depender de muitos fatores
Ambiente
Frequência
Tipologia do exercício
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Tema C
PAPEL DO ATP
ATP
Adenosina Trifosfato
Instrumento bioquímico que serve para armazenar e utilizar energia.
Garante o fornecimento de energia às células.
Composto por um nucleótido de adenosina (A) e 3 fosfatos (Pi)
A+Pi
AMP
Adenosina mono-fosfato
A+2Pi
ADP
Adenosina di-fosfato
A+3Pi
ATP
Adenosina tri-fosfato
O ATP é necessário para as reações químicas.
Quanto maior a atividade muscular, mais ATP é consumido.
Miologia
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Tema C
PAPEL DO ATP – PROCESSOS DE RESSÍNTESE DO ATP
Processo de transformação de ATP em energia
O ATP é composto por 1 Adenosina e 3 Fosfatos.
Há muita energia armazenada na ligação entre o 2º e o 3º fosfato.
Quando uma célula precisa de energia, a ligação é quebrada para produzir ADP+Pi
Quando uma célula tem excesso de energia, produz-se ATP a partir de ADP+Pi (ressíntese).
O ATP dos músculos vem de 3 sistemas bioquímicos diferentes:
SISTEMA ATP – FOSFOCREATINA
SISTEMA GLICOLÍTICO
SISTEMA OXIDATIVO
Anaeróbio alático
Anaeróbio lático
Aeróbio
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esquelético
Miologia
Tema C
PROCESSOS DE RESSÍNTESE DO ATP
DIFERENTES TIPOS DE ESFORÇO
DIFERENTES PROCESSOS ENERGÉTICOS
SISTEMA ATP – FOSFOCREATINA
POTÊNCIA
Anaeróbio alático
SISTEMA GLICOLÍTICO
VELOCIDADE
Anaeróbio lático
SISTEMA OXIDATIVO
RESISTÊNCIA
Aeróbio
A maratona ou o jogging (exemplos) utiliza um sistema energético aeróbio (ou oxidativo).
Significa que a produção de energia utiliza oxigénio.
O lançamento do peso e a corrida de 100m (exemplos) utilizam sistemas energéticos anaeróbios.
Significa que a produção de energia não está dependente da utilização de oxigénio.
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PROCESSOS DE RESSÍNTESE DO ATP
As fibras musculares obtêm mais rendimento energético a partir da oxidação dos nutrientes que
armazenam no seu interior através de um processo aeróbio (necessita de oxigénio).
Contudo, o aparelho cardiorespiratório necessita de algum tempo para se adaptar completamente às
necessidades da atividade física.
Assim, durante a fase inicial do exercício físico, as fibras musculares obtêm o ATP a partir de dois
mecanismos anaeróbios (sem necessidade de oxigénio): o da fosfocreatina e o da glicólise anaeróbia.
8 a 10 seg.
1,5 a 2 min
Ilimitado
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PROCESSOS DE RESSÍNTESE DO ATP
SISTEMA ANAERÓBIO ALÁTICO
(ATP-fosfocreatina)
Este mecanismo é ativado no preciso momento em
que a contração da fibra muscular se inicia.
Utiliza fosfocreatina que está armazenada no
interior das fibras musculares.
A fosfocreatina é desdobrada em creatina e em
ácido fosfórico.
Este fósforo junta-se a uma molécula de ADP de
modo a formar uma nova molécula de ATP.
Este sistema é bastante eficaz no início da contração.
Mas as reservas de fosfocreatina esgotam-se rapidamente.
Assim, a fibra muscular é obrigada a recorrer a outro processo anaeróbio para obter mais ATP.
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PROCESSOS DE RESSÍNTESE DO ATP
SISTEMA ANAERÓBIO LÁTICO
(Glicolítico)
Este mecanismo consiste na degradação do
glicogénio armazenado no interior das fibras
musculares.
Permite a junção das moléculas de ácido fosfórico
com outras de ADP.
Obtém-se:
2 moléculas de ATP por mole de glicose
2 moléculas de água e 2 moléculas de ÁCIDO LÁTICO
A velocidade de eliminação do ácido lático é menor
do que a velocidade de produção.
Cerca de 2 min. após o início da atividade, o
aparelho cardiorrespiratório começa a adaptar-se
ao exercício físico e a transportar maiores
quantidades de O2 para o tecido muscular.
Com a acumulação de ácido lático, atinge-se o
LIMIAR DE LACTATO, que provoca dores musculares e
fadiga. Há necessidade de proceder a um mecanismo
de remoção do ácido lático dos músculos.
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PROCESSOS DE RESSÍNTESE DO ATP
SISTEMA AERÓBIO
(Oxidativo)
Este processo fornece 10x mais energia do que os
anaeróbios.
Tem a vantagem de não gerar substâncias residuais
tóxicas.
Utiliza :
Reservas de glicogénio armazenadas mos músculos
Glicogénio do fígado – através da corrente sanguínea
Ácidos gordos das reservas de gordura
Em último caso utiliza as proteínas
O O2 e os nutrientes entram numa “cadeia
respiratória” (ciclo de Krebs)
A respiração aeróbia produz ATP num ritmo mais
lento, mas pode continuar o fornecimento por
muitas horas.
Forma:
Dióxido de Carbono (eliminado pela respiração)
Água
ATP
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INTERAÇÃO DOS DIFERENTES PROCESSOS EM DIFERENTES TIPOS DE ESFORÇO
A energia necessária para a realização de todas as tarefas que nosso corpo necessita é proveniente
do ATP, fabricada em todas as células vivas como um modo de capturar e armazenar energia.
À medida que o corpo vai realizando suas funções, o ATP é degradado e, consequentemente,
restaurado por outra fonte energética que pode ser proveniente da fosfocreatina, das ácidos gordos,
dos lípidos ou das proteínas.
 Conforme as necessidades energéticas, o corpo utiliza o pouco ATP que tem disponível.
À medida que o ATP acaba, é solicitado o uso da fosfocreatina para ressintetizar o ATP. Porém a
fosfocreatina também é reduzida.
 Então, o nosso organismo terá que solicitar outro macronutriente para realizar a ressíntese do ATP.
Entretanto, o organismo precisa de determinar qual o substrato energético a utilizar: gordura, na
forma de ácidos gordos, ou glícidos na forma de glicose ou glicogénio muscular, dependendo de dois
fatores: a velocidade de ressíntese do ATP e se há ou não a presença de oxigénio:
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INTERAÇÃO DOS DIFERENTES PROCESSOS EM DIFERENTES TIPOS DE ESFORÇO
 Na presença de oxigénio e na pouca necessidade de solicitação deste macronutriente (glicose), o
organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP, uma vez que a gordura gera mais ATP que a
glicose, e sua fonte é praticamente ilimitada no nosso corpo, não levando-o ao risco de sofrer pela má
utilização deste substrato.
 Por outro lado, na necessidade de alta velocidade de ressíntese do ATP o organismo irá optar pela
glicose ou glicogénio hepático e muscular; como em exercícios extenuantes e muito intensos. Isso
também ocorreria na ausência de oxigênio durante o processo de transformação para gerar energia,
chamado de ciclo da glicólise. Esse ciclo seria capaz de gerar energia suficiente para ressíntese do ATP,
mas teria um efeito indesejável, a produção de ácido lático, que faria com que o exercício fosse
interrompido minutos depois pela instalação da fadiga muscular dos músculos exercitados.
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