curas e milagres

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CURAS E MILAGRES
DONS
A FÉ CRISTÃ
A fé cristã é um dom de Deus. Dom é um presente. Deus dá a fé. Ninguém pode
crer pela sua própria razão ou força, visto sermos por natureza cegos, mortos e inimigos
de Deus: "Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para
ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente". (1
Co 2.14). (Ef 2.1; 1 Co 12.3).
A fé cristã é um dom de Deus. É Graça mesmo. "Porque pela graça sois salvos,
mediante a fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus". (Ef 2.8).
Pela Palavra de Deus, o Espírito Santo atua poderosamente nos corações
daqueles que não lhe resistem obstinadamente, e gera neles a fé. " Pois não me
envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo o que
nele crê". (Rm 1.16).
A Palavra de Deus é clara: "Hoje, ao ouvirdes a sua voz (DO SENHOR), não
endureçais os vosso corações". (Hb 3.8)
E O QUE É A FÉ CRISTÃ? A fé cristã não é um simples conhecimento de algumas
verdades bíblicas, mas é um conhecimento vivo e atuante. EM QUE SENTIDO? Pela
Palavra de Deus o Espírito Santo ilumina a pessoa. Isto é, a pessoa reconhece o Deus
Triúno como o único Deus; estremece diante da santidade de Deus, reconhece ser um
mísero pecador, réu da Eterna condenação; reconhece também, pelo evangelho o
amor de Deus em Cristo Jesus, que reconciliou a humanidade com Deus por seu
sacrifício na cruz. A pessoa sabe: Jesus é o meu único e suficiente Salvador. A fé cristã
se apega à palavra de Deus, especialmente às promessas da graça. Ela diz: Jesus é o
meu Salvador e Senhor. E ao se firmar nas promessas, ela é corajosa. Ela não se firma
em seus próprios pensamentos, sonhos e desejos. A fé em si não é causativa: Isto é, ela
não tem poder em si mesma. O PODER É DE DEUS, a quem a fé agarra em sua palavra
(Ordem e Promessa). A fé não tem nada a ver com simples pensamento positivo. O
pensar positivamente é firmar-se sobre si mesmo. A fé não se firma em si mesma, mas
se apega às promessas de Deus. Por exemplo, se minha consciência me acusa de
pecado, vou examinar-me à luz da palavra de Deus. Se errei, preciso me arrepender.
Então recorro à graça de Cristo. Firmado na Palavra de Deus, posso dizer à minha
consciência: "Fique quieta! Você não tem mais o direito de me acusar. Meu pecado
foi pago por Cristo em quem confio. Pela Palavra de Deus o Espírito Santo age
poderosamente e me concede paz – Se preocupações me perturbam, recorro à
palavra de Jesus: "Não andeis ansiosos" (Mt 6.31-34). Em oração lanço minhas
preocupações sobre Jesus (1 Pe 5.7), e peço que Cristo em assista. Releio textos da
Escritura, recito Salmos. O Espírito santo atua no coração. A Paz volta. Se por um
motivo ou situação perigosa, o medo da morte me assaltar, recorro à palavra de Deus:
"Não temas. Eu venci a morte". (Lc 12.4,32). O Espírito Santo atua no coração e o
acalma. Assim o espírito Santo age por meio da palavra de Deus.
Como filhos do Pai, não impomos a ele a nossa vontade. Oramos como filhos.
Expomos ao Pai, como filhos, nossos desejos, anseios, dificuldades e sabemos que o Pai
nos escuta e fará aquilo que lhe apraz, aquilo que realmente coopera para o nosso
bem (Rm 8.28), o bem estar dos que nos cercam e o bem do seu reino (Jo 15.16). Jesus
já nos ensinou a dizer: "SEJA FEITA A TUA VONTADE" . Dizer seja feita a tua vontade não
é duvidar das promessas de Deus. Dizer seja feita a tua vontade talvez seja o pedido
mais difícil de se fazer, mas revela profunda humildade.
É importante dizer que orar com fé não é fazer negociação com Deus, do tipo:
Senhor, prometo ou dou isto ou aquilo, se atenderes o meu pedido. Quando a fé não
tem ordem e promessa expressa de Deus, o cristão coloca seu pedido no condicional:
"Se for de tua vontade".
SINAIS DA FÉ
Muitas pessoas já me perguntaram: "Como posso saber se estou na verdadeira fé cristã?". O
apóstolo João dá a resposta em sua carta: "Nisto conhecemos que permanecemos nele... Aquele que
permanecer no amor permanece em Deus, e Deus nele" (1 Jo 4.13-21).
QUAIS SÃO OS SINAIS? O primeiro sinal é em relação ao objeto da fé: Reconhecer a Jesus
como o Filho de Deus, Salvador do mundo, o MEU SALVADOR. A fé cristã se apega ao amor que
Cristo nos revelou em sua paixão e morte de cruz, pelo qual reconciliou a humanidade com alegria e
esperança. Este amor nos leva a amar a Deus e ao próximo, que são os frutos da fé. O amor a Deus se
revela no apego à palavra de Deus, na luta contra o pecado e no empenho por vida santificada. Estes são
os sinais da verdadeira fé cristã. Enquanto que a Justificação (AQUILO QUE DEUS FEZ E FAZ POR
NÓS) é perfeita, a Santificação (AQUILO QUE NÓS FAZEMOS EM RESPOSTA AO QUE DEUS JÁ
FEZ) é imperfeita. Por isso quando a lei nos acusa e diz: "Veja, como você ainda é pecador. Você não é
cristão. Você não tem nenhum dos sinais da fé. Então não devemos olhar para dentro de nós, para o Cristo
"em nós"; sob a acusação da lei cumpre-nos olhar imediatamente para o Cristo "por nós" na cruz. Nosso
consolo e fundamento da fé não está em nós, mas fora de nós, no Cristo que morreu "por nós" na cruz.
Se o Espírito Santo é um dom tão precioso, se ele nos guia na verdade, nos fortalece a fé, nos enche
o coração de amor a Deus e ao próximo, como é possível haver entre os cristãos ainda tantas dúvidas,
tantas fraquezas, tantas imperfeições? Diante desta pergunta é importante lembrar que, apesar de sermos,
como cristãos, templos do Espírito Santo, temos ainda nossa natureza carnal, que nunca muda, que está
sempre inclinada para todo o mal, que luta contra o Espírito e contra a fé. Os teólogos do passado já
expressaram esta verdade dizendo: "Somos simultânea e totalmente pecadores e santos". O cristão,
conforme sua natureza carnal, é totalmente pecador. O apóstolo Paulo confessa: "Eu sei que em mim, isto
é, na minha carne não habita bem nenhum" (Rm 7.18). Ele afirma isso como apóstolo. E conforme sua fé,
o cristão é totalmente santo, porque Deus lhe perdoa abundante e diariamente todos os pecados, o declara
justo e santo. Assim, conforme a carne somos totalmente pecadores e conforme a fé totalmente
santos. Isto estabelece uma luta interna. Nossa luta contra nossa carne e a carne contra o Espírito. "E os
que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com suas paixões e concupiscências" (Gl 5.24). Isto requer
do cristão permanente apego à Palavra de Deus, oração sem cessar e vigilância. Nessa luta, há altos e
baixos. O Espírito Santo nos assiste em nossas fraquezas e nos fortalece (Gl 5.25). Há cristãos fracos e
fortes na fé; há, na vida de cada cristão momentos de fraqueza e momentos de vitória sobre o mal. A luta
diária, é sinal de estarmos na verdadeira fé cristã. Por outro lado precisamos lembrar que há na igreja
cristã também hipócritas. Pessoas que confessam a Cristo com a boca, mas não crêem. É joio no meio do
trigo, do qual Cristo fala (Mt 13.25). Além disto há também falsos profetas. Uma característica dos dias
finais (Mc 13.22).
DONS
Hoje, fala-se muito nos dons do Espírito e na importância de se buscar esses dons.
Alguns lêem as passagens referente aos dons como lei. Falam da necessidade de
cada um descobrir o seu dom e, então, buscar um campo de ação. Alguns afirmam
terem dons de curar, de falar em outras línguas, etc. E outros ficam muito preocupados
e dizem: "Não sei, não tenho dons especiais. SERÁ QUE SOU CRISTÃO? É importante
lermos estas passagens de forma evangélica, e lembrar que Cristo concede dons
"Quando e onde lhe apraz" (1 Co 12.11). Deus concede dons na medida em que ele
os julga necessários.
Deus é muito claro ao dizer por meio do apóstolo Paulo: "PROCURAI COM ZELO OS
MELHORES DONS" (1 Co 12.31). O que significa isto? Qual o parâmetro para se
saber quais são os melhores dons? Infelizmente, acentua-se hoje, os dons antes da
necessidade. Cabe-nos olhar em nosso redor, para nosso campo de ação e descobrir
ali as necessidades das pessoas, da congregação, da igreja e então agir sobre as
mesmas em amor, conforme nossa responsabilidade como pai, mãe, filho, filha,
patrão, empregado, cidadão, autoridade, etc. Isto nos leva à oração, para pedirmos
a Deus forças, habilidades, do, recursos para servir. Isto é o contrário da busca de dons
para auto projeção, ou auto realização, ou à base da exigência da lei. É importante
notar que Jesus, ao conferir a Pedro novamente o apostolado não lhe perguntou
sobre dons e habilidades, mas uma coisa só: "PEDRO, AMAS-ME MAIS DO QUE ESTES?"
(Jo 21.15).
O QUE DIZ PAULO SOBRE OS DONS DO ESPÍRITO
SANTO? Um estudo de 1 Co 12 e 13
I - INTRODUÇÃO
Deus não é estático. Ele se revela em ação. Não conhecemos Deus
fora da ação: cria o mundo, chama Abraão, liberta o povo da escravidão
egípcia, guia as tribos pelo deserto, reconduz os exilados, envia seu
Filho, ordena proclamar o Evangelho a todo o mundo...
Esta concepção dinâmica de Deus contrasta com as noções correntes
na cultura de que os coríntios provinham. O "deus" Aristotélico, por
exemplo, é estático; não conhece o mundo porque o contato com o mundo
imperfeito mancharia a sua perfeição absoluta. O apóstolo nega também
a ação às divindades populares, em virtude da existência puramente
imaginária. Em oposição ao Deus que cria, preserva e redime o mundo
através da Palavra, as divindades helênica são "ídolos mudos".
O que se observa no plano cósmico, observa-se também no plano
individual. A vida espiritual é resultado da ação de Deus. A ação de
Deus nos homens realiza-se através do Espírito. Os homens tocados pelo
Espírito Santo confessam Jesus como Salvador e Senhor. Os homens podem
anatematizar (NEGAR) Jesus por iniciativas próprias, mas só o poder do
Espírito Santo os leva a confessar o nome de Jesus.(1 Co 12.3).
]
O CORPO DE CRISTO:
a. Noção de Corpo – Antes de se refletir sobre a expressão "Corpo de
Cristo" convém considerar o sentido de corpo (soma). Corpo
significa, nas epístolas de Paulo, de preferência corpo vivo.
Corpo não é, nessa acepção, matéria exclusivamente. É síntese de
matéria e espírito. Através do corpo o homem se relaciona com
Deus e o mundo. O corpo é objeto da ação de Deus. O corpo é lugar
em que Deus age e se manifesta no mundo. O corpo é vivo e é ação
b. O corpo de Cristo. A compreensão do termo corpo (soma) auxilia a
compreender o que significa a expressão "Corpo de Cristo". O
corpo de Cristo é indivisível. Apresenta dois aspectos: Um deles
é o visível, terreno, material. O corpo de Cristo é formado de
homens; mas esta realidade terrena é parte de uma realidade
divina, o Espírito de Deus. Como o Espírito é um só. Desde que o
Espírito não age independente de Cristo, o corpo animado pelo
Espírito é o Corpo de Cristo. O Corpo de Cristo é o lugar em que
Deus se manifesta ao mundo. A presença do corpo é a presença de
Deus. Este corpo é sempre vivo.
Ninguém por natureza pertence ao corpo de Cristo. O Espírito
Santo incorpora os que crêem no corpo de Cristo. O Batismo incorpora
em Cristo. Somos batizados para dentro de Cristo (eis hen soma).
Quem é incorporado no corpo de Cristo torna-se membro de Cristo. No
corpo vivo não há membros mortos. Deus age no mundo através do corpo
de Cristo, através dos que estão unidos a Cristo, os membros.
II - OS CARISMAS - DONS ( 1 Co 12.4-11)
Toda atividade exercida por um membro é um dom (carisma). Há
dons gerais e dons particulares. Os dons gerais foram conferidos a
todos os membros indistintamente. Confessar o nome de Jesus (12.3) é
um dom geral. A partir do v. 4, Paulo passou a tecer considerações
em torno dos dons particulares. Paulo enumera 11 carismas (dons):
a) Diaconia – serviço/ servir. Paulo coloca o serviço em
evidência. Cristo revolucionou o conceito de serviço. O serviço era
tido como uma atividade desprezível. Jesus considera sua atividade
salvadora diaconia (serviço) (Lc 22.26). Todo serviço autêntico na
igreja deve ser feito na intenção de Cristo, a de servir.
É interessante destacar que o apóstolo Paulo recomenda buscar
os maiores dons. Quais são eles? Paulo parece responder à maneira de
Cristo: O maior dom é o menor, a diaconia. Por isso ele coloca este
dom em primeiro lugar. Também é interessante destacar que Paulo
coloca a palavra diaconia no plural. Por que? Porque a diaconia pode
ser exercida de muitas maneiras.
b) Enérgema – realização. É uma palavra que aparece também no
plural e refere-se a ação de Deus no homem. Enérgema é uma
capacidade de trabalho dado por Deus que se manifesta na realização
de todos os dons.
c) Logos sofias – palavra de sabedoria. Sofia significa por
vezes sabedoria prática (Mt 12.42), capacidade de julgar.
d) Logos gnoseos – Palavra de conhecimento. Pode significar um
profundo conhecimento de Deus (1 Co 14.6).
e) Pistis – Fé. Na literatura bíblica significa confiança nas
promessas de Deus. Deve-se distinguir a fé mediante a qual o homem
se apropria da salvação e a fé de que o apóstolo fala como um dom
particular. A primeira é comum a todos que os que crêem, a Segunda
diz respeito a vida cristã e pode apresentar-se com diversa
intensidade. Nesse sentido, a fé pode ser fraca (Rm 14.1-4), pode
ter deficiência (1 Ts 3.10), pode crescer (2 Co 10.15). Sempre que
uma qualidade se refere à vida cristã, está sujeita a modificações.
A fé que marca a vida cristã pode chegar a realizar atos fantásticos
(1 Co 13.2). Nessa passagem Paulo fala da possibilidade de ter TODA
A FÉ, a fé inteira, completa..
f) Charismata Iamatou (Dons de Curar) e Energemata Dynameou
(Operações de milagre) devem ser tomados como uma unidade.
IMPORTANTE:
Jesus, em vida, não eliminou a doença, a dor e a morte. Os
sinais por ele operados eram exemplares esporádicos daquilo que
um dia se ofereceria em toda a plenitude.
1 - A CURA NATURAL OU CIENTÍFlCA
ATRAVES DA MEDICINA
Costumamos distinguir quatro categorias de curas:
A cura natural ou científica através da medicina. A Bíblia fala em doença, médicos e
remédios. E ela também fala na origem dos sofrimentos.
A doença entrou no mundo em conseqüência do pecado. Ela espelha o estado espiritual do homem
que se rebelou contra Deus: "Toda a cabeça está doente e todo o coração enfermo. Desde a planta do pé
até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas. contusões e chagas inflamadas, umas e outras não
espremidas, nem atadas, nem amolecidas em óleo." Is 1.5.6. O crente aceita a enfermidade como medida
salutar de Deus para mortificar-lhe a carne e fortalecer-lhe o espírito. É a vontade de Deus que o enfermo
use todos os recursos permitidos com o fim de recuperar a saúde, da mesma forma como diariamente
sacia a fome e sede. O evangelista Lucas era médico e acompanhava, por vezes, o apóstolo Paulo, que não
tinha boa saúde. Cl 4.14. Paulo dá este conselho a Timóteo: "Não continues a beber somente água; usa um
pouco de vinho por causa das tuas freqüentes enfermidades." 1 Tm 5.23. O bom samaritano, socorrendo o
assaltado, "pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhe óleo e vinho". Lc 10.34. Jesus declara: "Os sãos não
precisam de médico, e sim os doentes." Mt 9.12.
É sem razão que adeptos de determinados grupos se opõem a injeções. vacinas e
transfusões de sangue. Conta a história que, quando apareceram as primeiras vacinas, houve
círculos eclesiásticos que argumentavam da seguinte forma: não devemos contrariar a Deus
quando ele nos quer fazer sofrer, ao que contra-argumentou um famoso pregador da época,
lembrando que nesse caso também não deveríamos usar o guarda-chuva, visto ser Deus o
autor da chuva.
2 A CURA POR AUTO-SUGESTÃO
A segunda categoria poderíamos chamar de cura por auto-sugestão. E um campo
vastíssimo, porque invade a área do psiquismo. Corpo e mente estão intimamente ligados, e
são muitos os casos em que não poderão ser tratados separadamente. A medicina de nossos
dias agitados calcula que cinqüenta por cento das pessoas sofrem de psiconeurose, a qual por
sua vez afeta os pontos fracos do organismo do homem. Como resultado distinguimos entre
doenças orgânicas e doenças funcionais E são estas, as funcionais, que em certos casos
podem ser curadas por curandeiros profissionais, visto que é grande o poder da vontade e da
auto-sugestão do paciente.
A própria Bíblia faz alusão ao fato em passagens do livro Provérbios: "O espírito firme
sustém o homem na sua doença." 18.14. "O coração alegre é bom remédio." 17.22 "A
ansiedade do coração do homem o abate, mas a boa palavra o alegra." 12.25. "O coração
alegre aformoseia o rosto." 15.13.
Portanto, quando num culto o pastor/pregador põe sua mão sobre a cabeça do sofredor e
com voz firme e postura autoritária expurga o mal sob invocação de Deus, dificilmente esta
pessoa, se manterá impassível: algo mexerá com seus nervos e provocará uma sensação de
melhoria. É muito raro um pastor/pregador tentar curar um cego de nascença, um tuberculoso,
um diabético, um dente cariado, um leproso, ou transformar água em vinho, multiplicar pães ou
ressuscitar mortos.
3 - A CURA MEDIÚNICA
É inegável que existe ainda a cura mediúnica, isto é, uma cura que não é obtida por
meios naturais, mas através de poderes sobrenaturais, por intermédio de pessoas ligadas a
eles. O cristão sabe que Deus não está presente neste jogo, e se não é Deus, só pode ser o
príncipe das trevas que "se transforma em anjo de luz", amigo e benfeitor dos sofredores, bem
assim como "os seus próprios ministros se transformam em ministros de justiça. . . em
apóstolos de Cristo". 2 Co 11.13-15.
Não é tudo auto-sugestão e não é tudo fraude no espiritismo e na umbanda, bem como
nas práticas fetichistas de numerosos povos nativos, pois ocorrem fenômenos "segundo a
eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios da mentira". 2 Ts 2.9. "Mães de
santos", que se converteram a Cristo, confessaram que haviam recebido poderes
extraordinários do maligno. Mas o diabo cobra preço altíssimo pelos favores que presta. Em
troca da cura do corpo ele quer a alma, por menos não faz. Basta alguém procurar uma
benzedeira, para correr sérios riscos na sua alma. Cura mediúnica é feitiçaria em alto grau. Só
o sangue de Jesus liberta desta escravidão.
4 - CURAS PELA ORAÇÃO DA FÉ
Por fim podemos falar, para grande consolo nosso, em curas obtidas pela oração da fé.
Importa, no entanto, resumirmos com clareza o que a respeito nos ensina a Escritura, a fim de
nos precavermos do espírito entusiasta tão em voga em círculos onde um cristianismo emotivo
e sentimentalista pode afastar da linha sóbria e autêntica seguida por Jesus.
Deus permite que o crente sofra dores como medida de correção para o bem da alma.
Lembremos o exemplo de Jó. E só Deus sabe a medida necessária da correção, sua
intensidade e duração.
Somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo. 1 Co
11.32.
O Senhor corrige a quem ama. Hb 12.6.
Tanto assim que a doença é aspecto comum na vida dos apóstolos e seus discípulos.
Sabemos de casos entre os companheiros do apóstolo Paulo. Timóteo tinha "freqüentes
enfermidades". 1 Tm 5.23. A Trófimo Paulo deixou doente em Mileto. 2 Tm 4.20. Epafrodito
"adoeceu mortalmente; Deus, porém, se compadeceu dele". Fp 2.26. Ele próprio, Paulo, sofria
de "um espinho na carne". 2 Co 12.7. Como se portará o crente na enfermidade? Ele não se
rebela contra a mão de Deus que pesa sobre ele, mas se curva em humildade e
arrependimento e confia no amor do Pai celeste. Sobretudo, a angústia ensina a buscar a Deus
na sua palavra e estimula a oração fervorosa. E jamais um filho de Deus baterá às portas do
reino das trevas em busca de ajuda. É fundamental lembrarmos como Jesus ensinou:
"SEJA FEITA A TUA VONTADE".
- A tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência,
esperança. Rm 5.3,4
- Ele fere, e as suas mãos curam. Jó 5.18.
- A tua palavra me vivifica. Si 119.50.
- Regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração perseverantes. Rm
12.12.
- Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás. SI 50.15.
- Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração. Tg 5.13.
- E quando familiares e irmãos na fé unem suas preces em favor do angustiado. têm uma
promessa toda especial: "Se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de
qualquer coisa que porventura pedirem, ser-lhe-á concedida por meu Pai que está nos céus"
Mt 18.19
 Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração
sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. Tg 5.14.
Precisamos distinguir entre cura milagrosa e atendimento de orações.
A cura milagrosa da era apostólica se deve ao fato de terem sido os apóstolos
expressamente habilitados por Jesus a realizarem prodígios e sinais: ‘Cura enfermos,
ressuscitai mortos, purifica leprosos, expeli demônios". Mt 10.8.
- (Os doze) expeliam muitos demônios e curavam numerosos enfermos, ungindo-os com
óleo Mc 6.13.
- As credenciais do apóstolo foram apresentadas no meio de vós, com toda a
persistência, por sinais, prodígios e poderes miraculosos. 2 Co 2.12.
O atendimento das oraç5es em nome de Jesus se baseia na promessa divina, válida para
todos os tempos e em qualquer situação, desde que são condicionadas á vontade de Deus.
Por isso o apóstolo Paulo exorta os crentes: "Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo,
porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com
ações de graça" Fp 4.6. E o mesmo apóstolo, após ter suplicado três vezes em vão a que Deus
o libertasse de um mal que o afligia, se conforma humildemente e se apega a uma promessa
superior: "A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza." 2 Co 12.8,9.
É importante a lição que a resposta dada a Paulo encerra para todos os ministros de
Deus: a cura da alma imortal é sumamente mais necessária do que a cura do corpo perecível E
não é bom sinal quando um pastor ganha fama de homem "de poderes" e é chamado apenas
para curar doentes físicos. Sua missão vai mais além.
Atos 3:16 Pela fé em o nome de Jesus, é que esse mesmo
nome fortaleceu a este homem que agora vedes e reconheceis; sim,
a fé que vem por meio de Jesus deu a este saúde perfeita na
presença de todos vós. (ver textos abaixo – ref. cruzadas)
5- TODAS AS OBRAS DO DEUS
CRIADOR SÃO MILAGRES
Todas as obras do Deus Criador são milagres autênticos de seu poder que um mundo
sonolento e insensível à grandiosidade que o rodeia não sabe enxergar e avaliar.
Não podemos furtar-nos de citar WIII Durant em sua crítica à filosofia materialista de
nossos dias: "É espantoso que um pensador tão sutil e um poeta tão etéreo como Santayana
amarrasse ao pescoço o fardo esmagador de uma filosofia que após séculos de esforços
continua tão incapaz como sempre o foi de explicar o crescimento de uma flor ou o riso de uma
criança."
- Tu és o Deus que operas maravilhas. SI 77.14.
- Quão grandes, Senhor, são as tuas obras! Os teus pensamentos, que profundos SI 92.5
- Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas
obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem. SI 139.14
6 - A OBRA DA SALVAÇÃO É O MILAGRE
DO AMOR DE DEUS
A obra da salvação é o milagre do amor de Deus, que sacrificou por nós seu próprio
Filho, o "Maravilhoso" (Is 9.6), e nele nos oferece, através da mensagem do evangelho, o céu
aberto com todo o seu esplendor e glória.
"Grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne, foi justificado em
espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória".
1 Tm 3.16.
7-O MAIOR DOS MILAGRES SOU EU,
FEITO FILHO DE DEUS
O maior dos milagres sou eu, pobre pecador, remido pelo sangue do Cordeiro, e
regenerado por obra do Espírito Santo e feito filho de Deus pela fé em Cristo Jesus
"Fiel é a palavra e digna de toda aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar
os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas, por esta mesma razão me foi concedida
misericórdia, para que em mim, o principal, evidenciasse Jesus Crista a sua completa
longanimidade e servisse eu de modelo a quantos hão de crer nele para a vida eterna". 1 Tm
1.15,16.
"Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos
fostes batizados em Crista, de Cristo vos revestistes". GI 3.26,27.
8 - OUE DIZER DOS MILAGRES NO
SENTIDO COMUM DA PALAVRA?
Que dizer dos milagres no sentido comum da palavra, segundo os dicionários os definem
como fenômenos que não têm explicação natural dentro da experiência e dos conhecimentos
do homem?
A Bíblia ensina que só Deus pode fazer milagres. Só Deus opera prodígios. SI 72. 8.
O único que opera maravilhas. SI 136.4.
É o mesmo poder com que Jesus realizou seus milagres.
"Eu e o Pai somos um" Jo 10.30
"Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós, com milagres, prodígios e
sinais. At 2.22.
Jesus não queria satisfazer a curiosidade dos homens perante Herodes, (Lc 23.8,9), nem
conquistar o povo em troca de benefícios terrenos (querem-no como rei, Jo 6.15), nem
impressionar a incredulidade manifesta (em Nazaré "não pôde fazer nenhum milagre, senão
curar uns poucos enfermos. . . Admirou-se da incredulidade deles". Mc 6.5,6).
Antes Jesus queria manifestar a sua glória, comprovar sua messianidade (Is35.5,6; Mt
11.5,6; JO 3.2), fortalecer a fé dos seus, e socorrer os necessitados ("Tenho compaixão desta
gente", Mtl5.32).
Deus concedeu este poder, em casos especiais e com finalidades especiais, a anjos
(proteção de Daniel, 6.22 e de Pedro, At 12.9) e a homens escolhidos do Antigo e do Novo
Testamento para consumar os planos divinos (Moisés, Josué, Elias), para ajudar os crentes em
necessidades, e para credenciar o ofício de seus mensageiros.
"Porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os
teus caminhos. SI 91.11.
"E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor, e
confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam. (Primeiro a pregação do evangelho,
o maior dos milagres depois segue o menor: o sinal). Mc 16.20.
Sendo assim, homem algum possui este poder para dispor dele quando quiser, a ponto
de se apresentar ao público como milagreiro profissional, apto para prestar ajuda aos
sofredores. Ademais, imaginemos as manchetes do mundo inteiro, caso um deles pudesse
imitar os milagres de Jesus relatados por João em seu evangelho, em número de sete:
- Transformação de água em vinho. 2.1-11
- Cura do filho de um oficial do rei, em Caná 4.46-54
- Cura de um paralítico. 5.1-9
- Pão para cinco mil. 6.1-15
- Jesus anda sobre o mar 6.16-21
- Cura de um cego de nascença. 9.1-12
- Ressurreição de Lázaro. 11.146
"A nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim, contra os principados e potestades,
contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões
celestes". Ef 6.12.
"Faraó, porém, mandou vir os sábios e encantadores; e eles, os sábios do Egito, fizeram
também o mesmo com as suas ciências ocultas". Ex 7.11.
"Também muitos dos que haviam praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os
queimaram diante de todos". At 19.19.
"Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e
sinais e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem porque não
acolheram o amor da verdade para serem salvos, é por este motivo, pois, que Deus lhes
manda a operação do erro, para darem crédito à mentira". 2 Ts 2.9-11.
Realmente, no passado houve épocas em que aprouve a Deus, em sua insondável
sabedoria, providenciar com que homens atuassem, na qualidade de instrumentos revestidos
de poderes do alto, na execução dos planos divinos no tocante a formação, proteção e
propagação de seu reino na terra. Tais épocas se caracterizam ainda pela aparição ostensiva
de anjos e, sobretudo, pela divina inspiração que resultou nos Livros Sagrados, a Bíblia.
Referindo-se a estas épocas, J. D. Davis, no seu 'Dicionário da Bíblia", diz textualmente:
"Os milagres da Bíblia limitam-se, quase exclusivamente, a quatro períodos, separados entre si
por alguns séculos.
1. O período em que Deus operou o livramento de seu povo do cativeiro do Egito e seu
estabelecimento na terra de Canaã sob o comando de Moisés e de Josué.
2. (2) Os milagres operados durante as lutas de morte entre o paganismo e a religião
verdadeira no tempo dos profetas Elias e Eliseu.
3. (3) A intervenção divina no modo por que se manifestou o poder de Javé sobre os
deuses do paganismo, mesmo na terra do exílio, como se deu com Daniel e seus
companheiros." - A respeito do 4º período que abrange "o estabelecimento do
cristianismo", trataremos logo abaixo. Finaliza o autor: "Afora estes períodos, os
milagres são muito raros. . . são quase inteiramente desconhecidos durante muitos
séculos depois da criação até ao Êxodo."
O último dos profetas, Malaquias, encerra seu Livro, e, simultaneamente, todo o período
da revelação, com a promessa do precursor do Messias (3.14.4-6). E agora reina o silêncio
completo: sem inspiração, sem milagres, nem outras manifestações diretas de Deus. Diz um
autor: "Os 400 anos do período interbíblico caracterizam-se pela cessação da revelação bíblica,
pelo silêncio profundo em que Deus permaneceu em relação ao seu povo, pois durante esse
período, nenhum profeta se levantou em nome de Deus." Os próprios livros apócrifos
acompanham o silêncio nas áreas indicadas.
Com a vinda do Messias, Deus inicia um novo capítulo na história da igreja seria o 4º
período, recém mencionado. O Antigo Concerto é abolido e cede lugar à Nova Aliança (Jr
31.31). No "tempo oportuno da reforma' (Hb 9.10) processa-se uma mudança que causa
tremendo impacto. Cai o sábado. Rasga o véu no templo. Acabam os holocaustos, a
circuncisão, as purificações. O sinédrio está alarmado, o povo desnorteado. Já começara com
João Batista (ele não fazia milagres, Jo 10.41) que testemunhava daquele que haveria de vir. E
este, homem feito, impõe-se no templo, faz valer sua autoridade. É interpelado: "Que sinal nos
mostras, para fazeres estas coisas?" (Jo 2.18).
E Jesus, depois do primeiro milagre em Caná, "estando ele em Jerusalém, durante a
festa da páscoa", continua a fazer sinais, assim que "muitos creram no seu nome" (Jo 2.23), e
um representante do sinédrio chegou a confessar: "Ninguém pode fazer estes sinais que tu
fazes, se Deus não estiver com ele." Jo 3.2. É importante o fato que o próprio Filho de Deus
quebrou o silêncio de quatro séculos e fez surgir, atravessando os portais de pentecostes, a
era apostólica, em que os apóstolos e alguns de seus discípulos (Estêvão, Filipe) realizaram
sinais, conforme lemos em Hb 2.3,4.."A qual (a grande salvação), tendo sido anunciada
inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; dando Deus
testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres, e por distribuições do
Espírito Santo segundo a sua vontade."
Isso no passado. E agora que a igreja do Novo Testamento está formada, consolidada e
espalhada por todo o mundo, tudo indica que vivemos novamente num período intermediário, o
qual separa a primeira vinda de Jesus na carne da sua segunda vinda para o juízo final. A
diferença entre o período atual e o anterior é a seguinte:
Estamos cumprindo a palavra de Jesus: "E será pregado este evangelho do reino por
todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim." Mt 24.14. Não esperamos
novas revelações, a Escritura está completa. Hb 1.t2; Jo 8.31,32; 2 Tm 3.16; Ap 22.18.
Quanto à manifestação ostensiva de anjos, temos apenas este aviso de Jesus:
"Quando vier o Filho do homem na sua majestade e todos os anjos com ele." Mt 25.31.
O apóstolo Paulo foi o último a receber o chamado imediato para o ministério (1 Co 15.9;
At 9.15) e, desde então, a igreja segue seu exemplo ao prover as congregações com fiéis
pastores (At 14.23; 1 Tm 5.22), sem que estes necessitem de visões e sinais para confirmar a
autenticidade de sua mensagem.
Lembremos ainda as palavras de censura que Jesus dirige a um de seus apóstolos:
"Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram, e creram . Jo 20.29. E Jesus
o disse ao findar o seu ministério, após a sua ressurreição.
Nada impede1 pois, segundo o que foi exposto, que a passagem Mc 16.17-18 seja
enquadrada na era apostólica, iniciada neste exato momento da despedida de Jesus de seus
discípulos. Diz o texto:
"Em meu nome expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se
alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se puserem as mãos sobre enfermos, eles
ficarão curados." Como interpretar estas palavras? Olhando o quadro de perto, chegaremos às
seguintes conclusões:
Os fenômenos citados (para usar a linguagem corrente) formam um bloco, um todo. Isto
é, ninguém poderá fazer escolha arbitrária, talvez dizendo: expelir demônios e curar enfermos,
disso me encarrego, mas falar "novas" línguas, pegar numa jararaca ou numa cascavel ou
tomar um copo com cianureto, isso já e' coisa diferente.
Não, não é coisa diferente, pois o bloco valeu na era apostólica. Vejamos: (1 e 5) "Tendo
chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos para os
expelir, e para curar toda sorte de doenças e enfermidades." Mt 10.1. (2) "A multidão se
possuiu de perplexidade," porquanto cada um os ouvia falar em sua própria língua." At 2.6 (3)
Paulo, na ilha de Malta, que acolhera os náufragos salvos da tempestade, foi mordido por uma
víbora, que cravou suas presas na mão dele, inoculando-lhe todo o veneno mortífero".
Os bárbaros esperavam vê-lo "cair morto de repente", mas "mudando de parecer, diziam
ser ele um deus". At 28.Sss.
(4) Não há no Novo Testamento menção de um caso de alguém "beber alguma coisa
mortífera", só no Antigo Testamento (2 Rs 4.40 - morte na panela", na época de Eliseu).
Contudo há situações análogas, como aquela em Listra, quando Paulo, depois de apedrejado e
considerado morto, foi arrastado para fora da cidade. Lá atirado, mortalmente ferido, sangrando
e desfigurado - de repente levanta-se o Paulo de sempre, volta à cidade, com seus passos
pequenos, mas firmes, para continuar sua missão. At 14.19-20.
O "bloco" pode ser ampliado por tantos outros sinais ocorridos na era apostólica. "O
Senhor confirmava a palavra da sua graça, concedendo que por mão deles (Paulo e Barnabé
se fizessem sinais e prodígios." At 14.3. Pedro curou o coxo no templo (At 3.6), o paralítico
Enéias (At 9.34), ressuscitou Dorcas (At 9.40). Paulo curou um coxo de nascença em Listra (At
14.10), a jovem adivinhadora (At 16.18), o pai do chefe da ilha de Malta e os "demais enfermos
da ilha". At 28.8,9. Enfim, "muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo, pelas mãos dos
apóstolos". At 5.12.
Nesta altura, você talvez apontará para as palavras iniciais do "bloco": Estes sinais hão
de acompanhar aqueles que crêem", e perguntará se Jesus não fala aqui indistintamente de
todos os que crêem, isto é, de todos os cristãos em todas as épocas? A resposta será um não
e um sim.
Olhemos primeiro para o não. Seria aterrador o pensamento de que a existência da fé
devesse depender da capacidade de realizar milagres. Neste caso, quantos crentes teria
havido no passado, e quantos haveria hoje? Já citamos os nomes em evidência do Antigo e do
Novo Testamento: Moisés, Josué, Elias, Eliseu e, respectivamente, Pedro, Paulo, Estêvão,
Filipe. Além do coletivo "os apóstolos". Uns poucos na história de milênios. E os outros, os
milhares de milhares de fiéis que compunham e compõem o corpo vivo de Cristo? Que dizer
deles? Onde ficaremos nós?
O sim o dirá, pois nos leva a falarmos da grande ressalva, a ressalva da fé, válida para
todos os tempos, desde que seja bem compreendida dentro das linhas básicas que a própria
Bíblia nos sugere, com o fim de evitarmos perturbações, dúvidas e contorções num campo
onde misticismo e superstição facilmente se confundem. Jesus diz: "Tudo é possível ao que
crê". Mc 9.23. Em que sentido? Que poder possui o crente? De si próprio nenhum poder ele
possui. Sendo a fé um dom de Deus, ela se apega à graça e misericórdia deste Deus e apela
para o seu poder. E Jesus mostra de que maneira o crente deve agir: "Tudo quanto pedirdes
em oração, crendo, recebereis." Mt 21.22. O crente não faz sinais, prodígios, curas, ele apenas
leva tudo a Deus em oração e confia na sua ajuda. Apenas isso e nada mais.
Este sim, porém, está condicionado á vontade e aos propósitos manifestos de Deus.
Jesus novamente nos orienta: "Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu." Isso não
só inclui o tempo oportuno e a maneira determinados por Deus como ainda em muitos casos
depende de uma autorização expressa da parte dele. Se assim não tosse, seriam de difícil
compreensão as palavras que precedem a passagem recém citada "tudo quanto pedirdes..."
quando Jesus afirma: "Mas até mesmo se a este monte disserdes.- Ergue-te e lança-te no mar,
tal sucederá." Mt 21.21ss. Será um convite para, depois do culto, testarmos a nossa fé
ordenando a um monte nas redondezas a que se mova do lugar? Isso seria tentar o Senhor
nosso Deus (Mt 4.7), Por quê? Porque não recebemos ordem de fazê-lo. Moisés havia
recebido a ordem, "nas águas de Meribá", diante da rocha maciça, e duvidou que dela pudesse
jorrar água. Pedro, andando sobre as ondas enfurecidas do mar, de repente teve medo,
"reparando na força do vento" e começou a submergir - esquecera o vem! do Mestre. Os
discípulos, certa vez, estranharam por não poderem curar um lunático. Haviam esquecido a
autorização em Mt 10.1 e tiveram que ouvir de Jesus a causa do fracasso: a pequenez da
vossa fé. Mt 17.20. Da mesma forma, os sinais enumerados em Mc 16.17,18 dependem de
uma autorização especial de Deus. Não cabe a nós criar situações para testar a fé, é Deus
quem o faz. A nós cabe orar a ele para que com seu poder faça milagres, a sua maneira, para
nos socorrer nos momentos mais cruciantes, quando só um milagre nos pode ajudar - e orar
realmente com uma fé que remove montes".
10 - O QUE UM FILHO DE DEUS
NÃO PODE ESQUECER
Só Deus pode fazer milagres.
Deus concede em determinadas épocas e para determinados fins a homens escolhidos o
poder de realizar milagres.
Dificilmente encontraremos no Novo Testamento indícios de que a nossa época
intermediária se revista das características da era apostólica (inspiração, manifestação
ostensiva de anjos, visões, sinais milagrosos), antes somos advertidos, nós que vivemos nos
"últimos tempos "de que surgirão falsos Cristos e falsos profetas operando grandes sinais e
prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos", Mt 24.24 - o que levou um teólogo a
dizer: Em lugar de buscarmos sinais devíamos temê-los. Tanto mais Jesus nos anima a
pedirmos tudo ao nosso Pai, em oração sincera, em seu nome, e nos promete atendimento de
acordo com os desígnios divinos. É o que basta a um filho de Deus.
Ao cristão a doença não é sinônimo de mal, nem tampouco a saúde de bem. Ele confia,
mesmo que não entenda, que tudo coopera para o seu bem (Rm 8.28) e, por isso, pede que
Deus lhe fortaleça a fé para aceitar a sua vontade (Mt 6.10);
O cristão, embora creia que Jesus o salvou do pecado, da morte e do poder do diabo,
sabe que ainda não está no céu, que é peregrino e que no mundo pode passar por aflições (Jo
16.33). Ele, porém, também sabe que os sofrimentos que porventura tiver que enfrentar não
poderão ser comparados com a glória que lhe está reservada (Rm 8.18) e que Deus pode usar
a doença para querer discipliná-lo (Hb 12.5,6);
O cristão não quer e não pode manipular a Deus, exigindo dele a cura ou marcando dia e
hora para sessões de cura. Antes, o cristão procura imitar o exemplo do apóstolo Paulo que
aceitou humildemente a vontade do Senhor (2 Co 12.7-10);
IMPORTANTE:
Ao contrário do que alguns grupo religiosos ensinam por aí, não depende de muita ou
pouca fé para que alguém seja curado ou não por Deus. Cristo e os apóstolos até mesmo
curaram quem não tinha nenhuma fé (Mt 8.28-34 e At 16.16-18). A cura ou não sempre
dependerá da vontade de Deus.
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importantíssimos sobre o assunto de Curas e milagres, tão na moda hoje em dia –
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(Rev. Adelar Munieweg).
Atos 3:16 Pela fé em o nome de Jesus, é que esse mesmo nome
fortaleceu a este homem que agora vedes e reconheceis; sim, a fé
que vem por meio de Jesus deu a este saúde perfeita na presença
de todos vós. (ver textos abaixo – ref. cruzadas)
Atos 3:6 Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que
tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!
Atos 4:7 e, pondo-os perante eles, os argüiram: Com que poder ou em nome de
quem fizestes isto?
Atos 4:10 tomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, de que, em
nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus
ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado
perante vós.
Atos 4:30 enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por
intermédio do nome do teu santo Servo Jesus.
Atos 16:18 Isto se repetia por muitos dias. Então, Paulo, já indignado,
voltando-se, disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, eu te mando:
retira-te dela. E ele, na mesma hora, saiu.
Mateus 9:22 E Jesus, voltando-se e vendo-a, disse: Tem bom ânimo, filha, a
tua fé te salvou. E, desde aquele instante, a mulher ficou sã.
Atos 14:9 Esse homem ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos e vendo
que possuía fé para ser curado,
Atos 19:13 ¶ E alguns judeus, exorcistas ambulantes, tentaram invocar o nome
do Senhor Jesus sobre possessos de espíritos malignos, dizendo: Esconjurovos por Jesus, a quem Paulo prega.
Atos 19:14 Os que faziam isto eram sete filhos de um judeu chamado Ceva,
sumo sacerdote.
Atos 19:15 Mas o espírito maligno lhes respondeu: Conheço a Jesus e sei
quem é Paulo; mas vós, quem sois?
Atos 19:16 E o possesso do espírito maligno saltou sobre eles, subjugando a
todos, e, de tal modo prevaleceu contra eles, que, desnudos e feridos,
fugiram daquela casa.
Atos 19:17 Chegou este fato ao conhecimento de todos, assim judeus como
gregos habitantes de Éfeso; veio temor sobre todos eles, e o nome do Senhor
Jesus era engrandecido.
Mateus 17:19 Então, os discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram
em particular: Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo?
Mateus 17:20 E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois
em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a
este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível.
Mateus 21:21 Jesus, porém, lhes respondeu: Em verdade vos digo que, se
tiverdes fé e não duvidardes, não somente fareis o que foi feito à figueira,
mas até mesmo, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, tal
sucederá;
Mateus 21:22 e tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis.
Marcos 11:22 Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus;
Marcos 11:23 porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este
monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer
que se fará o que diz, assim será com ele.
Marcos 16:17 Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu
nome, expelirão demônios; falarão novas línguas;
Marcos 16:18 pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem,
não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão
curados.
Lucas 17:5 Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé.
Lucas 17:6 Respondeu-lhes o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de
mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela
vos obedecerá.
João 14:12 ¶ Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará
também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para
junto do Pai.
1 Coríntios 13:2 Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os
mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de
transportar montes, se não tiver amor, nada serei.
Atos 3:8 de um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no
templo, saltando e louvando a Deus.
Atos 8:14 ¶ Ouvindo os apóstolos, que estavam em Jerusalém, que Samaria
recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João;
Atos 8:15 os quais, descendo para lá, oraram por eles para que recebessem o
Espírito Santo;
Atos 8:16 porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles, mas
somente haviam sido batizados em o nome do Senhor Jesus.
Deuteronômio 32:4 Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os
seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e
reto.
João 7:23 E, se o homem pode ser circuncidado em dia de sábado, para que a
lei de Moisés não seja violada, por que vos indignais contra mim, pelo fato
de eu ter curado, num sábado, ao todo, um homem?
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