UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio FENÔMENOS DE TRANSPORTES I Prof. ME RUBENS GALLO Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ II - EQUAÇÕES BÁSICAS NA FORMA INTEGRAL PARA UM VOLUME DE CONTROLE Professor, Rubens Gallo: Engenharia Mecânica 2 Slide: 01/00 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio 2.1 - TÓPICOS 3 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio • Leis básicas para um sistema. • Relação entre as derivadas e a formulação para um volume de controle. • Equação da conservação da massa. • Equação da quantidade de movimento para um volume de controle inercial. • Equação da quantidade de movimento para um volume de controle com aceleração retilínea. • Equação da quantidade de movimento para um volume de controle com aceleração arbitrária. • Equação da conservação da energia – Primeira lei da termodinâmica. 4 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio 3.2 – SISTEMA E VOLUME DE CONTROLE 5 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio • Sistema – É uma quantidade de matéria de massa e identidade fixa, que escolhemos como objeto de estudo; – Esta quantidade de matéria está contida por uma fronteira através da qual não há fluxo de massa. 6 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio • Volume de controle É uma determinada região delimitada por uma fronteira onde uma determinada quantidade de matéria é observada. 7 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio 3.3 – DESCRIÇÃO DO PROBLEMA 8 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ • Campus Cornélio Procópio Lagrangeana (sistema): consiste em identificar certas partículas do fluido e a partir daí observar variações de propriedades ao longo do tempo; • Euleriana (volume de controle): consiste em fixar o tempo e observar as propriedades do fluido em vários pontos pré-estabelecidos podendo-se assim obter uma “visão” do comportamento do escoamento naquele instante. 9 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio 3.4 – TIPOS DE BALANÇO 10 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio • Globais (abordagem euleriana); • Diferenciais (abordagem lagrangeana) 11 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Abortagem euleriana • o volume de controle delimita uma caixa preta; • as equações de balanço são aplicadas através da envoltória do volume de controle; • o volume de controle pode incluir paredes sólidas, e • não fornece informações sobre o comportamento ponto a ponto do sistema, apenas valores • globais (ou seja, entradas e saídas). 12 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Abordagem lagrangiana • o elemento de volume é infinitesimal; está dentro da caixa preta; • permite ao observador “observar” variações das grandezas no interior do volume de controle; • o balanço é aplicado geralmente sobre uma única fase, e • o balanço é integrado até os limites da fase com o auxílio de condições de contorno para • encontrar a solução particular do problema. 13 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio 3.5 – LEIS BÁSICAS DA DINÂMICA DOS FLUIDOS PARA SISTEMAS 14 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ As leis básicas são expressas usando a descrição lagrangiana em termos de um sistema, um conjunto fixo de partículas materiais. Por exemplo, se considerarmos um escoamento através de uma tubulação, poderíamos indentificar uma quantidade fixa de fluido em um tempo t, esse sistema, então se moveria devido a uma velocidade para uma localização a jusante no tempo t + t. Qualquer uma das leis básicas poderia ser aplicada a esse sistema. 15 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio 16 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CONSERVAÇÃO DA MASSA Como um sistema é, por definição, uma porção arbitrária de matéria de identidade fixa, ele é constituído da mesma quantidade de matéria em todos os instantes. A conservação da massa exige que a massa, M, do sistema seja constante. dM dt 0 sistema M sistema M ( sistema ) dm d V ( volume ) 17 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Segunda lei de Newton Para um corpo movendo-se em relação a um referencial fixo, a segunda lei de Newton estabelece que a soma de todas as forças externas agindo sobre o sistema é igual à taxa de variação da quantidade de movimento linear. 18 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ dV dP F ma m dt dt sistema Psistema M ( sistema ) Vdm V d V ( sistema ) 19 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Princípio da quantidade de movimento angular. O princípio da quantidade de movimento angular (ou do momento da quantidade de movimento) para um sistema estabelece que a taxa de variação da quantidade de movimento angular é igual à soma de todos os torques atuando sobre o sistema. 20 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ dH T dt H sistema M ( sistema ) sistema r Vdm r V d V ( sistema ) Torque devido as forças de superfícies. Torque devido a um trabalho realizado por um eixo. T r Fs r gdm Teixo Torque devido as forças de campo. 21 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Primeira lei da termodinâmica – Equação da Conservação da Energia. A primeira lei da termodinâmica é um enunciado da conservação da energia para um sistema, ela pode ser escrita na forma de taxa como: 𝒒𝒕𝒐𝒕 = 𝒒𝒆𝒏𝒕 − 𝒒𝒔𝒂𝒊 𝝏𝒒𝒕𝒐𝒕 𝝏𝑾𝒕𝒐𝒕 𝒅𝑬 − = 𝝏𝒕 𝝏𝒕 𝒅𝒕 Esistema M ( sistema ) 𝒒𝒕𝒐𝒕 − 𝑾𝒕𝒐𝒕 = 𝒔𝒊𝒔𝒕 edm 𝒅𝑬 𝒅𝒕 𝒔𝒊𝒔𝒕 𝒘𝒕𝒐𝒕 = 𝒘𝒆𝒏𝒕 − 𝒘𝒔𝒂𝒊 V ( sistema ) e d V2 eu gz 2 22 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio E para um volume de controle? Como ficam essas equações? 23 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio 3.6 – TEOREMA DE TRANSPORTE DE REYNOLDS 24 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Este teorema tem como premissa transformar as equações válidas para um sistema em equações válidas para um volume de controle. (i.e. converte do sistema Lagrangeano para o Euleriano) 25 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Porque a formulação em volume de controle? • É extremamente difícil identificar e seguir a mesma massa de fluido em todos os instantes, como deve ser feito para aplicar a formulação do sistema; • O que nos interessa, geralmente, não é o movimento de uma dada massa de fluido, mas sim o efeito do movimento global de fluido sobre algum dispositivo ou estrutura. 26 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Propriedades extensivas Uma propriedade extensiva depende da massa do sistema, exemplo: quantidade de movimento, energia, etc. Propriedades intensivas Uma propriedade intensiva independe da massa do sistema, exemplo: temperatura, pressão, etc. 27 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Toda a grandeza extensiva tem uma intensiva a ela associada, denominada grandeza específica, seja B uma propriedade extensiva qualquer, a sua propriedade intensiva b pode ser representada por: dB b dm (3.1) 28 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio A figura abaixo mostra o escoamento de um fluido através de um bocal convergente, os pontos (1) e (2) indicam, respectivamente, a entrada e saída do volume de controle, no instante t, o sistema e o volume de controle coincidem 29 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio A figura abaixo mostra o sistema no instante i + dt. 30 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Algumas observações: • O volume de controle é estacionário e coincidente com a tubulação entre as seções (1) e (2). • O sistema considerado é o fluido que ocupa o volume de controle no instante t (instante inicial). • Em t + dt o fluido deslocou-se um pouco para a direita, ou seja, o sistema considerado já não coincida mais com o volume de controle. • O fluido que coincide com a seção (2) da superfície de controle no instante t se moverá a uma distância x2=V2*t. 31 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio • O fluido que se encontrava na seção (1) se deslocara de uma distância x1 V1 t • As direções dos escoamentos nas seções (1) e (2) são normais a estas superfícies e os valores de V1 e V2 são constantes. 32 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ No instante t , podemos escrever: B(t ) VC B(t ) sist (3.2) No instante t + dt: B(t dt ) VC B (t dt ) sist b1 A1 1x1 b2 A2 2 x2 (3.3) 33 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Estamos interessados na variação da quantidade B no intervalo de tempo t, dado por: 𝜹𝑩 𝜹𝒕 = 𝑩(𝒕 + 𝒅𝒕) 𝒔𝒊𝒔𝒕 − 𝑩(𝒕) 𝒔𝒊𝒔𝒕 𝜹𝒕 𝒔𝒊𝒔𝒕 (3.4) Substituindo a Eq. (3.3) na (3.4), temos: 𝜹𝑩 𝜹𝒕 = 𝒔𝒊𝒔𝒕 𝑩(𝒕 + 𝒅𝒕) 𝑽𝑪 + 𝒃𝟐 𝑨𝟐 𝝆𝟐 ∆𝒙𝟐 − 𝒃𝟏 𝑨𝟏 𝝆𝟏 ∆𝒙𝟏 𝜹𝒕 (3.5) 34 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Substituindo a Eq. (3.2) na (3.5) e rearranjado, tem-se: 𝜹𝑩 𝜹𝒕 = 𝑩(𝒕 + 𝒅𝒕) 𝑽𝑪 − 𝑩(𝒕) 𝒔𝒊𝒔𝒕 𝑽𝑪 + 𝒃𝟐 𝑨𝟐 𝝆𝟐 ∆𝒙𝟐 − 𝒃𝟏 𝑨𝟏 𝝆𝟏 ∆𝒙𝟏 𝜹𝒕 (3.5) Aplicando a definição de limite para t 0. 𝐥𝐢𝐦 𝜹𝒕→𝟎 𝜹𝑩 𝜹𝒕 = 𝐥𝐢𝐦 𝜹𝒕→𝟎 𝒔𝒊𝒔𝒊 𝑩(𝒕 + 𝒅𝒕) 𝑽𝑪 𝜹𝒕 − 𝑩(𝒕) 𝑽𝑪 + 𝐥𝐢𝐦 𝜹𝒕→𝟎 𝒃𝑨𝝆∆𝒙 𝜹𝒕 𝟐 − 𝒍𝒊𝒎 𝜹𝒕→𝟎 𝒃𝑨𝝆∆𝒙 𝜹𝒕 𝟏 (3.6) 35 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Lembrando que: x1 V1 t e x2 V2 t (3.7) Substituindo a Eq. (3.7) na (3.6): 𝐥𝐢𝐦 𝜹𝒕→𝟎 𝜹𝑩 𝜹𝒕 = 𝐥𝐢𝐦 𝜹𝒕→𝟎 𝒔𝒊𝒔𝒊 𝑩(𝒕 + 𝒅𝒕) 𝑽𝑪 𝜹𝒕 − 𝑩(𝒕) 𝑽𝑪 + 𝐥𝐢𝐦 𝜹𝒕→𝟎 𝒃𝑨𝝆𝑽𝜹𝒕 𝜹𝒕 𝟐 − 𝒍𝒊𝒎 𝜹𝒕→𝟎 𝒃𝑨𝝆𝑽𝜹𝒕 𝜹𝒕 𝟏 (3.8) 36 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Supondo que a velocidade e as propriedades do fluido permaneçam constantes ao longo do escoamento e aplicando a definição de derivada, a Eq. (3.9) pode ser escrita como: dB dt sist dB b2 A2 2V2 b1 A1 1V1 dt VC (3.10) Da Eq. (3.1) podemos escrever: B M ( sistema ) bdm b d (3.11) VC 37 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio A Eq. (3.10) pode ser reescrita da seguinte maneira: dB dt sist d b d b2 A2 2 x2 b1 A11x1 dt VC (3.12) A equação acima foi deduzida para uma situação particular, onde eu tenho o fluxo entrando e saindo em apenas um ponto do volume de controle e as velocidades de entrada e saída é normal a superfície de controle. 38 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Para generalizar a equação, precisamos achar uma maneira de relacionar o vetor velocidade com a superfície de controle, isso pode ser feito usando-se o produto vetorial entre dois vetores. 39 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Da definição de integral podemos escrever. 2 b V dA b V A 2 1 2 2 2 b1 1V1 A1 b V dA (3.13) SC O Teorema de Transporte de Reynolds, pode ser escrito da seguinte maneira: dB dt sist d b d SC b V dA dt VC (3.14) 40 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Interpretação dos termos do Teorema de Transportes de Reynolds - TTR Representa a taxa de variação de qualquer dB dt propriedades extensiva do sistema, por exemplo: sist massa, energia, etc. 41 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio É a taxa de variação com o tempo da d bd dt VC propriedade extensiva B dentro do volume de controle. b – é a propriedade intensiva correspondente aB 42 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ d Campus Cornélio Procópio É o elemento de massa contido no volume de controle. bd VC É a quantidade total da propriedade extensiva N contida dentro do volume de controle. 43 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio 3.7 – EQUAÇÃO DA CONSERVAÇÃO DA MASSA 44 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Um sistema é uma determinada coleção de partículas do fluído, portanto, sua massa permanece constante. Definindo a propriedade extensiva B = m e a sua propriedade intensiva correspondente b = 1, do Teorema de Transporte de Reynolds, podemos escrever: dm d d V n dA dt sistema dt VC SC (3.15) 45 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Como uma das características de um sistema é que massa não pode cruzar a sua fronteira, portanto, a quantidade de massa é sempre constante e consequentemente ela permanece constante ao longo do tempo, portanto: dm 0 dt sistema (3.16) d 0 d V n dA dt VC SC (3.17) 46 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Para escoamentos permanente: 0 V n dA (3.18) SC Para escoamentos uniformes e permanentes: 0 VA s VA e (3.19) 47 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio 3.8 – EQUAÇÃO DA CONSERVAÇÃO DA ENERGIA PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA 48 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Energia Mecânica e Eficiência A energia mecânica pode ser definida como a forma de energia que pode ser convertida direta e completamente em trabalho mecânico por um dispositivo mecânico ideal como, por exemplo, uma turbina ideal. Energia cinética e potencial são consideradas energias mecânicas. 49 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio A energia térmica não uma energia mecânica uma vez que ela não pode ser convertida em trabalho direta e completamente. Bomba Transfere energia para o fluido. Turbina Retira energia do fluido. Pressão aumenta. Pressão diminui Portanto, a pressão em um escoamento também é uma forma de energia mecânica 50 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ A energia mecânica de um fluido em escoamento por unidade de massa pode ser expresso por: P V2 e gz 2 (3.20) Energia de escoamento Energia potencial Energia cinética 51 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Variação de energia P2 P1 V22 V12 e g z2 z1 2 (3.21) emec 0 trabalho mecânico fornecido ao fluido emec 0 trabalho mecânico extraído do fluido 52 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio A transferência de energia mecânica, em geral, é realizada por um eixo rotativo e, então, o trabalho mecânico quase sempre é chamado de trabalho de eixo. Uma bomba ou um ventilador recebem o trabalho de eixo (em geral, de um motor elétrico) e o transferem para o fluido como energia mecânica (menos as perdas por atrito). Uma turbina, por outro lado, convertem a energia mecânica de um fluido em trabalho de eixo. 53 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Na ausência de irreversibilidades como o atrito, a energia mecânica pode ser totalmente convertida de uma forma mecânica para outra, e a eficiência mecânica de um dispositivo ou processo pode ser definida como: mec Emec , perda E Energia mecânica saindo mec ,e 1 Energia mecânica entrando Emec , s Emec ,e (3.22) 54 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Bomba bomba Aumento da energia mecânica do fluido Emec, fluido Wbomba ,u Energia mecânica entrando Weixo,e Wbomba (3.23) Weixo , s W Energia mecânica saindo turbina Diminuição de energia mecânica do fluido Emec , fluido Wturbina ,e (3.24) Turbina turbina 55 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Eficiência do motor ou gerador Motor motor Potência mecânica saindo Weixo,s Potência elétrica entrando Welétrica ,e (3.25) Welétrica ,s Potência elétrica saindo Potência mecânica entrando Wmecânica ,e (3.26) Turbina gerador 56 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Eficiência Combinada Motor - Bomba bomba motor bombamotor Wbomba ,u Welétrica ,e Emec , fluido Welétrica ,e (3.27) Gerador - Turbina turbina gerador turbina gerador Welétrica ,s Wturbina ,e Welétrica ,s Emec , fluido (3.28) 57 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Transferência de Energia por Trabalho – W • Um sistema pode envolver inúmeras formas de trabalho, e o trabalho total pode ser expresso como: 𝑾𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝑾𝒆𝒊𝒙𝒐 + 𝑾𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 + 𝑾𝒗𝒊𝒔𝒄𝒐𝒔𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 + 𝑾𝒐𝒖𝒕𝒓𝒐𝒔 (2.29) 58 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Weixo - é o trabalho transmitido por um eixo giratório. Wpressão - é o trabalho realizado pelas forças de pressão sobre a superfície de controle. Wviscosidade - é o trabalho realizado pelas compónentes normais e de cisalhamento das forças viscosas na superfície de controle. Woutros - é o trabalho realizado por outras forças, tais como: elétricas, magnéticas e outras. 59 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Trabalho de Eixo • Muitos sistemas de escoamento envolvem uma máquina como uma bomba, uma turbina, um ventilador ou um compressor, cujo eixo atravessa a superfície de controle, e a transferência de trabalho associada a todos esses dispositivos é chamada apenas de trabalho de eixo Weixo. 𝑾𝒆𝒊𝒙𝒐 = 𝝎 ∙ 𝑻𝒆𝒊𝒙𝒐 = 𝟐 ∙ 𝝅 ∙ 𝒏 ∙ 𝑻𝒆𝒊𝒙𝒐 (2.30) 60 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Trabalho realizado por forças de pressão. • Considere um gás que esteja sendo comprimido em um cilindro por um pistão como mostra a figura, podemos escrever: 𝜹𝑾𝒇𝒐𝒓𝒏𝒕𝒆𝒊𝒓𝒂 = 𝑷 ∙ 𝑨 ∙ 𝒅𝒔 (2.31) 61 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Dividindo ambos os lados da equação por dt, temos a taxa de variação no tempo do trabalho de fronteira, ou seja, potência. 𝜹𝑾𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 = 𝜹𝑾𝒇𝒓𝒐𝒏𝒕𝒆𝒊𝒓𝒂 𝜹𝑾𝒇𝒓𝒐𝒏𝒕𝒆𝒊𝒓𝒂 𝒅𝒔 = =𝑷∙𝑨∙ = 𝑷 ∙ 𝑨 ∙ 𝑽𝒑𝒊𝒔𝒕ã𝒐 𝜹𝒕 𝒅𝒕 (2.32) 62 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Considere uma quantidade material de fluido (um sistema) com forma arbitrária, que se move com o escoamento e pode deformar-se sob a influência da pressão 𝜹𝑾𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 = −𝑷 ∙ 𝒅𝑨 ∙ 𝑽𝒏 = −𝑷 ∙ 𝒅𝑨 ∙ 𝑽 ∙ 𝒏 (2.33) 63 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ O sinal negativo na equação garante que o trabalho realizado pelas forças de pressão é positivo quando seja realizado no sistema, e negativo quando realizado pelo sistema. A taxa total de trabalho realizado pelas forças de pressão é obtida pela integração da equação ao longo de toda a superfície. 𝑾𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 = − 𝑷 𝑽 ∙ 𝒏 𝒅𝑨 = − 𝑨 𝑨 𝑷 𝝆 𝑽 ∙ 𝒏 𝒅𝑨 𝝆 (2.34) 64 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Transferência de energia na forma de potência. 𝑾𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝑾𝒆𝒊𝒙𝒐 + 𝑾𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 = 𝑾𝒆𝒊𝒙𝒐 − 𝑷 𝑽 ∙ 𝒏 𝒅𝑨 (2.35) 𝑨 Equação da primeira lei da Termodinâmica para um sistema: 𝒅𝑬 𝒅𝒕 = 𝒒𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 + 𝑾𝒆𝒊𝒙𝒐 − 𝒔𝒊𝒔𝒕𝒆𝒎𝒂 𝑷 𝑽 ∙ 𝒏 𝒅𝑨 (2.36) 𝑨 65 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Definindo a propriedade extensiva B = E e a sua propriedade intensiva correspondente b = e, do Teorema de Transporte de Reynolds, podemos escrever: 𝒅𝑬 𝒅𝒕 𝒔𝒊𝒔𝒕𝒆𝒎𝒂 𝒅 = 𝒅𝒕 𝒆𝝆𝒅∀ + 𝑽𝑪 𝒆𝝆 𝑽 ∙ 𝜼 𝒅𝑨 (2.38) 𝑺𝑪 Onde: 𝑽𝟐 𝒆=𝒖+ + 𝒈𝒛 𝟐 (2.38) 66 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Forma geral da Equação da Conservação da Energia, para volumes de controle fixos, móveis ou deformáveis 𝒒𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 + 𝑾𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 − 𝑺𝑪 𝑷 𝒅 𝝆 𝑽 ∙ 𝜼 𝒅𝑨 = 𝝆 𝒅𝒕 𝒆𝝆𝒅∀ + 𝑽𝑪 𝑺𝑪 𝑽𝟐 𝝆 𝒖+ + 𝒈𝒛 𝟐 𝑽 ∙ 𝜼 𝒅𝑨 (2.39) ´Taxa líquida de energia Taxa de variação Fluxo líquido de energia transferid a para o sistema de energia dentro que cruza a superfície de para o volume de controle do volume de controle com o fluxo de na forma de trabalho e calor. controle. massa. 67 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ A Eq. (3.37) pode ser reescrita da seguinte maneira: 𝒒𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 + 𝑾𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅 == 𝒅𝒕 𝒆𝝆𝒅∀ + 𝑽𝑪 𝑺𝑪 𝑷 𝑽𝟐 𝝆 +𝒖+ + 𝒈𝒛 𝝆 𝟐 m V n dA Lembrando que: 𝑽 ∙ 𝜼 𝒅𝑨 (2.40) (2.41) SC Da convenção de sinais adotada, podemos escrever a equação da energia da seguinte maneira: 𝒒𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 + 𝑾𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝒅 𝒅𝒕 𝒆𝝆 𝑽 ∙ 𝜼 𝒅𝑨 = 𝑽𝑪 𝒎 𝑷 𝑽² +𝒖+ + 𝒈𝒛 𝝆 𝟐 − 𝒔 𝒎 𝑷 𝑽² +𝒖+ + 𝒈𝒛 𝝆 𝟐 (2.42) 68 𝒆 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Da definição de entalpia, podemos escrever. 𝑷 𝒉=𝒖+ 𝝆 𝒒𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 + 𝑾𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝒅 𝒅𝒕 𝒆𝝆 𝑽 ∙ 𝜼 𝒅𝑨 + 𝑽𝑪 (2.43) 𝒎 𝒉+ 𝑽² + 𝒈𝒛 𝟐 − 𝒔 𝒎 𝒉+ 𝑽² + 𝒈𝒛 𝟐 (2.44) 69 𝒆 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Equação da energia em regime estacionário 𝒒𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 + 𝑾𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝒎 𝒉+ 𝑽² + 𝒈𝒛 𝟐 − 𝒔 𝒎 𝒉+ 𝑽² + 𝒈𝒛 𝟐 (2.45) 𝒆 Para apenas uma entrada e saída do volume de controle. 𝑞𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 + 𝑊𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑚 𝑢𝑠 − 𝑢𝑒 𝑃𝑠 − 𝑃𝑒 𝑉𝑠2 − 𝑉𝑒2 + + + 𝑔 𝑧𝑠 − 𝑧𝑒 𝜌 2 (2.46) 70 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Dividindo a Eq. (3.44) pela vazão mássica, tem-se: 𝑞𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 + 𝑊𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑢𝑠 − 𝑢𝑒 Onde: 𝑃𝑠 − 𝑃𝑒 𝑉𝑠2 − 𝑉𝑒2 + + + 𝑔 𝑧𝑠 − 𝑧𝑒 𝜌 2 𝒒𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒒𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝒎 𝑾𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝑾𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝒎 (2.48) (2.47) Calor transferido por unidade de massa. (2.49) Trabalho transferido por unidade de massa. 71 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Rearranjando a Eq. (2.35): Energia mecânica saindo do volume de controle 𝑷𝒆 𝑽𝟐𝒆 𝑷𝒔 𝑽𝟐𝒔 𝑾𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 + + + 𝒈𝒛𝒆 = + + 𝒈𝒛𝒔 + 𝒖𝒔 − 𝒖𝒆 − 𝒒𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝝆 𝟐 𝝆 𝟐 Energia mecânica entrando no volume de controle (2.50) Para uma situação de fluxo ideal, sem irreversibilidade devido ao atrito, esse termo tem que ser igual a zero 72 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 𝒒𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝒖𝒔 − 𝒖𝒆 (2.51) A equação acima diz que todo o calor entrando no volume de controle tem que ser igual a variação da energia interna do fluido ao atravessar o volume de controle. Qualquer aumento no calor transferido em relação a variação da energia interna deve-se a transformação irreversível de energia mecânica em energia térmica, denominada energia mecânica perdida. 73 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Portanto, a energia mecânica perdida pode ser calculada pela equação: 𝒆𝒎𝒆𝒄,𝒑𝒆𝒓𝒅 = 𝒖𝒔 − 𝒖𝒆 − 𝒒𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 (2.52) O balanço de energia mecânica pode ser escrito da seguinte maneira: 𝒆𝒎𝒆𝒄,𝒆 = 𝒆𝒎𝒆𝒄,𝒔 + 𝒆𝒎𝒆𝒄,𝒑𝒆𝒓𝒅 (2.53) Ou: 𝑷 𝑽² 𝑾𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 + + + 𝒈𝒛 𝝆 𝟐 𝒆 𝑷 𝑽² = + + 𝒈𝒛 𝝆 𝟐 + 𝒆𝒎𝒆𝒄,𝒑𝒆𝒓𝒅 (2.54) 𝒔 74 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Lembrando que: 𝑾𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝑾𝒆 − 𝑾𝒔 = 𝑾𝒃𝒐𝒎𝒃𝒂 − 𝑾𝒕𝒖𝒓𝒃𝒊𝒏𝒂 𝑷 𝑽² + + 𝒈𝒛 𝝆 𝟐 + 𝑾𝒃𝒐𝒎𝒃𝒂 𝒆 𝑷 𝑽² = + + 𝒈𝒛 𝝆 𝟐 (2.55) + 𝑾𝒕𝒖𝒓𝒃𝒊𝒏𝒂 + 𝒆𝒎𝒆𝒄,𝒑𝒆𝒓𝒅 (2.56) 𝒔 75 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Multiplicando a Eq. (2.56) pela vazão mássica, tem-se: 𝒎 𝑷 𝑽² + + 𝒈𝒛 𝝆 𝟐 + 𝑾𝒃𝒐𝒎𝒃𝒂 = 𝒎 𝒆 𝑷 𝑽² + + 𝒈𝒛 𝝆 𝟐 + 𝑾𝒕𝒖𝒓𝒃𝒊𝒏𝒂 + 𝑬𝒎𝒆𝒄,𝒑𝒆𝒓𝒅 (2.57) 𝒔 𝑬𝒎𝒆𝒄,𝒑𝒆𝒓𝒅 = 𝑬𝒎𝒆𝒄 𝒑𝒆𝒓𝒅,𝒃𝒐𝒎𝒃𝒂 + 𝑬𝒎𝒆𝒄 𝒑𝒆𝒓𝒅,𝒕𝒖𝒓𝒃𝒊𝒏𝒂 + 𝑬𝒎𝒆𝒄 𝒑𝒆𝒓𝒅,𝒆𝒏𝒄𝒂𝒏 (2,58) 76 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Dividindo a Eq. (2.57) pela vazão mássica e aceleração da gravidade, obtém-se: 𝑷 𝑽² + +𝒛 𝝆𝒈 𝟐𝒈 + 𝒉𝒃,𝒖 𝒆 𝑷 𝑽² = + +𝒛 𝝆𝒈 𝟐𝒈 + 𝒉𝒕,𝒖 + 𝒉𝑳 (2.59) 𝒔 Das definições de rendimento: ℎ𝑏,𝑢 = 𝑊𝑏,𝑢 𝑊𝑏,𝑢 𝜂𝑏 𝑊𝑏 = = 𝑔 𝑚𝑔 𝑚𝑔 (2.60) ℎ𝑡,𝑢 = 𝑊𝑡,𝑢 𝑊𝑡,𝑢 𝑊𝑡 = = 𝑔 𝑚𝑔 𝜂𝑡 𝑚𝑔 𝒆𝒎𝒆𝒄 𝒑𝒆𝒓𝒅,𝒆𝒏𝒄𝒂𝒏 𝑬𝒎𝒆𝒄 𝒑𝒆𝒓𝒅,𝒆𝒏𝒄𝒂𝒏 𝒉𝑳 = = 𝒈 𝒎𝒈 (2.61) (2.62) 77 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Caso especial: Fluido incompressível, sem trabalho mecânico e sem irreversibilidades. 𝑷 𝑽² + +𝒛 𝝆𝒈 𝟐𝒈 = 𝒆 𝑷 𝑽² + +𝒛 𝝆𝒈 𝟐𝒈 (2.63) 𝒔 EQUAÇÃO DE BERNOULLI 78 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Limitações do uso da Equação de Bernoulli • Escoamento em regime estacionário ou permanente. • Escoamento sem atrito. • Nenhum trabalho de eixo • Fluido incompressível. • Nenhuma transferência de calor. 79 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Linhas Piezométrica (HGL – Hidraulic Grade Line) e Linha de Energia (EGL – Energy Grade Line ) Normalmente é conveniente representar o nível de energia mecânica graficamente usando alturas para facilitar a visualização dos diversos termos da Equação de Bernoulli. 80 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Energia por unidade de massa. Altura de carga devido a pressão estática. Altura de elevação. Carga de pressão Carga de elevação 𝑷 𝑽² + + 𝒛 = 𝑯 = 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 𝝆𝒈 𝟐𝒈 Carga de velocidade Carga total Altura de carga devido a pressão dinâmica. Altura de carga total do Escoamento. (2.64) 81 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Se um piezômetro (mede a pressão estática) é colocado em um tubo, como mostra a figura, o líquido sobe a uma altura de P/g acima do centro do tubo. A linha piezométrica (HGL) é obtida fazendo isso em diversos locais ao longo do tubo e desenhando uma linha através dos níveis de líquido dos piezômetros. 82 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Se um tubo de Pitot (que mede a pressão estática e dinâmica) for colocado em um tubo, o líquido sobe a uma altura de P/g+V2/2g acima do centro do tubo ou a uma distância V2/2g acima do HGL. A linha de energia (EGL) é obtida fazendo isso em vários locais ao longo do tubo e desenhando uma linha através dos níveis de líquido nos tubos de Pitot. 83 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Para o caso de escoamento sem atrito. 84 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio 85 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Observando que o fluido também tem carga de elevação z (a menos que o nível de referência seja tomado como a linha central do tubo), a HGL e a EGL podem ser definidas da seguinte maneira: a linha que representa a soma da pressão estática e as cargas de elevação, 𝑷 𝝆𝒈 + 𝒛, é chamada de linha piesométrica. A linha que representa a carga total do fluido, 𝑷 𝝆𝒈 + 𝑽𝟐 𝟐𝒈 + 𝒛 , é chamada de linha de energia. A diferença entre as alturas EGL e HGL é igual à carga dinâmica. 86 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Para um fluido ideal: 87 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Pressões Estática, Dinâmica e de Estagnação Pressão Pressão estática ou pressão termodinâmica hidrostática, representa os efeitos da coluna de fluido. 𝑽² 𝑷 + 𝝆 + 𝒈𝒛 = 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 𝟐 (2.65) Pressão dinâmica, representa o aumento de pressão quando o fluido em movimento é parado isoentropicamente. 88 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Pressão total é a soma das pressões estática, dinâmica e hidrostática. Pressão de estagnação é a soma das pressões estática e dinâmica. 𝑷𝒆𝒔𝒕𝒂𝒈 𝑽² = 𝑷+𝝆 𝟐 (2.66) A pressão de estagnação representa a pressão em um ponto no qual do fluido é parado totalmente de forma isoentrópica. 89 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio 90 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio 3.9 – EQUAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO PARA UM VOLUME DE CONTROLE COM ACELERAÇÃO ARBITRÁRIA 91 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Segunda lei de Newton para um sistema com movimento relativo a um sistema inercial de coordenadas. F dPXYZ dt (2.67) sistema XYZ – representa o sistema referencial inercial. PXYZ sistema M ( sistema ) VXYZ dm (2.68) F a XYZ dm (2.69) M ( sistema ) 92 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio O problema básico é relacionar aXYZ com a aceleração axyz medida em relação a um sistema de coordenadas nãoinercial. Para esse fim, considere o referêncial não-inercial, xyz, mostrado na figura abaixo. 93 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Da figura acima, podemos observar: • 𝑅 - posiciona o sistema de referência não inercial xyz em relação ao sistema de referência fixo XYZ. • O sistema não inercial gira com velocidade angular 𝜔. • 𝑟 - posiciona a partícula em relação ao referencial móvel. • 𝑋 - posiciona a partícula em relação ao referencial fixo. 94 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Da geometria da figura, podemos escrever: X Rr (2.70) r xiˆ yjˆ zkˆ (2.71) Derivando a Eq. (3.70) em relação ao tempo, temos: VXYZ dX dR dr dr Vref dt dt dt dt (2.72) 95 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ dr d ˆ ˆ dx dy ˆ dz ˆ diˆ djˆ dkˆ xi yj zkˆ iˆ j kx y z dt dt dt dt dt dt dt dt Vxyz dx ˆ dy ˆ dz ˆ i j k uiˆ vjˆ wkˆ dt dt dt diˆ djˆ dkˆ r x y z dt dt dt (2.73) (2.74) (2.75) Combinando as Eqs. (2.73), (2.74) e (2.75), temos: dr Vxyz r dt (2.76) 96 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Substituindo a Eq. (2.76) na (2.72), encontramos: VXYZ Vref Vxyz r (2.77) Derivando a Eq. (2.76) em relação ao tempo, tem-se: a XYZ dVXYZ dVref dVxyz d r dt dt dt dt (2.78) 97 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Da Eq. (2.76), tem-se: dVxyz dt axyz Vxyz (2.78) d d dr r r r Vxyz r dt dt dt d r r Vxyz r dt (2.79) (2.80) 98 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Substituindo as Eqs. (2.78) e (2.80) na (2.78), vem: a XYZ aref axyz 2 Vxyz r r (2.81) Significado físico de cada termo da Eq. (2.81) a XYZ Aceleração retilínea absoluta de uma partícula em relação ao sistema de referência fixo XYZ. 99 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio aref Aceleração retilínea absoluta da origem do sistema de referência móvel, xyz, em relação ao referencial fixo, XYZ. axyz Aceleração retilínea de uma partícula em relação ao sistema de referência móvel xyz (essa aceleração seria aquela vista por um observador colocado sobre a referência móvel xyz) 100 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 2 Vxyz Campus Cornélio Procópio http://www.geomundo.com.br/meio-ambiente-40137.htm Aceleração de Coriolis decorrente do momento da partícula dentro do sistema de referência móvel xyz. r Aceleração centrípeta devida a rotação do sistema de referência móvel xyz. r Aceleração tangencial devida à aceleração angular do sistema de referência móvel xyz. 101 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Substituindo a Eq. (2.81) na (2.69), temos: aref axyz 2 Vxyz r r dm Fsistema (2.82) M ( sistema ) Ou: Fsistema aref 2 Vxyz r r dm M ( sistema ) Lembrando que: axyz dm (2.83) M ( sistema M ( sistema ) axyz dm M ( sistema ) dVxyz dt dm dPxyz d V dm ) xyz dt M ( sistema dt (2.84) sistema 102 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Combinando as Eqs. (2.83) e (2.84), obtemos: Fsistema dPxyz a 2 V r r dm xyz ref dt M ( sistema ) FB FS (2.85) sistema dPxyz a 2 V r r dm xyz ref dt M ( sistema ) (2.86) sistema 103 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ B Pxyz e a sua propriedade b Vxyz Vrel do Teorema de Definindo a propriedade extensiva intensiva correspondente Transporte de Reynolds, podemos escrever: dPxyz dt FB FS Onde: sistema d Vrel d SC Vrel n Vrel dA dt VC (2.87) d a 2 V r r d rel VC ref Vrel d SC Vrel n Vrel dA dt VC (2.88) Vref V VVC 104 Campus Cornélio Procópio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Equação da quantidade de movimento para um volume de controle inercial. FB FS d V d SC V n V dA dt VC (2.89) Equação da quantidade de movimento para um volume de controle movendo-se com velocidade constante. FB FS d Vrel d Vrel n Vrel dA dt VC SC (2.90) 105 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Cornélio Procópio Equação da quantidade de movimento para um volume de controle com aceleração retilínea. FB FS VC aref d d Vrel d Vrel n Vrel dA dt VC SC (2.92) 106