Idade Média

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Idade Média
História da Teoria Musical I
Prof. Diiósnio Machado Neto
Era Comum
• A teoria musical, nos primeiros anos do
Cristianismo, era ainda muito distante da
prática musical
– Até mesmo a música litúrgica, centrada sobre a
salmodia, pouco ou nada refletia os problemas da
teoria musical
• Musica como o termo para pensamento musical
• A musica não pode ser separada da história da
educação, da filosofia, enfim, da erudição
Oratória
• O termo musica aparece no sistema
educacional romano como elemento da
oratória, ao redor do séc. I dC.
– Fazia parte das artes (disciplinas) que era
fundamental para o homem de relevância social
(homo liber)
• Daqui a ideia de ars liberalis
• Música era um aprendizado necessário para
aprender a “encadear” fatos e referências
– Elemento de uma lógica para expor pensamentos
Ars liberalis
Esta tabela representa bem o impacto do pensamento grego da música como
àrea ligada essencialmente à matemática. Por sua vez, indica que a lógica
matemática era o princípio da lógica do próprio pensamento. No entanto, para Martianus,
a música era considerada o elo entre a humanidade e o divino.
Cícero
• Somnium Scipionis
– Sons derivados das razões que mantém as esferas
em equilíbrio no cosmos
• Sentido pelo espírito, que é o caminho para a verdade
– A música auxilia esse caminho. Isso porque a razão que estava
na ordem do mundo físico e metafísico era a mesma da
música
» A música revelaria a verdade na medida de sua qualidade
no uso das razões dessa ordem universal
• Aqui novamente volta a questão das razões das notas
e dos intervalos
Agostinho
• De Musica
– Tradição Pitagórica: a matéria básica da música é o
número, principalmente a razão que governa as
consonâncias
• Aplica os mesmo conceitos da razão da música aos versos.
• Duas tradições
– Doutrina Cristã e Ordem Universal: vinculada a ideia das
ars liberales.
– A música como elo entre a mente e uma realidade
transcendental para uma elevação ao um conhecimento
de uma verdade racional (ocorrido no divino)
• Este é um aspecto fundamental para uma fundamentação
filosófica da musica no que já era um doutrina mística
Boethius
• Um dos mais influentes pensadores da
Antiguidade
– Influenciado pelo pensadores gregos como
Nicomacus, Ptolomeu, Euclides, Platão e
Aristóteles
• Considera a princípio as ars liberalis como o modo no
qual o espírito encontra o pensamento incorpóreo do
universo.
– Mostra pouco interesse com as ars liberales romanas como a
gramática, retórica e dialética
– Introduz um ensino de matemática pelo estudo da música que
perseverou por um milênio.
Quadrivium
• Multitude e Magnitude
– Unidade, a mesma essência
• Representado por números
– Magnitude, ou contínua quantidade: infinitamente
divisível
• Representado por formas
• As áreas de estudos
– Aritmética, estudos dos números; Música, estudo das
razões; Geometria estudo das magnitudes imóveis
(formas); Astronomia, estudos das magnitudes móveis
(planetas)
• Música se transformou assim fundamental para o estudo da
filosofia, pois trazia em sua essência a questão das razões
De institutione musica
• Pensada numa relação entre da experiência
sensual com a verdade racional e a Retórica
romana
• A música é a única, porque é a única disciplina
sensual entre todas as outras
– Por isso afeta o comportamento e molda o caráter
• A pessoa deveria cultivar a música porque ela reflete a
princípio nas quais as quantidades se expressam em
belas razões e proporções
– Essas razões não dependiam de experiências sensoriais, elas
era em essência verdadeiras
Seguindo a Pitágoras
• Boethius oferece uma “história” do sistema
tonal grego
• Para discutir a divisão no monocórdio
emprega várias letras para representar os
pontos geométricos
– Esses pontos são desinados “cordas”ou “notas”
• A coleção de notas era determinada com uma pequena
notação
– Era o princípio, sem que quisesse Boethius, da noção de ponto
como notação.
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