Introdução a Sistemas Operacionais Prof. Alexandre Monteiro Recife ‹#› Contatos Prof. Guilherme Alexandre Monteiro Reinaldo Apelido: Alexandre Cordel E-mail: [email protected] [email protected] Site: http://www.alexandrecordel.com.br/fbv Celular: (81) 9 9801-1878 Computador Moderno Componentes físicos (hardware) • Um ou mais processadores • Memória • Discos Sistema Complexo • Impressoras • Vários outros dispositivos de E/S (tela, mouse…) Gerenciar todos estes componentes requer uma camada de software (abstração, um modelo mais simples do computador) – o sistema operacional Exemplo de SO’s SO’s mais conhecidos • UNIX • Windows (95/98/ME) (NT/2000/XP/Vista/7/8) • Linux (Suse, Ubuntu, Debian, Fedora, Kurumin) • MAC OS X • Solaris • Free BSD • Symbian • IOS • Android • Chorme OS • Ubuntu Mobile OS Exemplo de SO’s Programa com o qual usuários interagem Windows e Linux •Shell (interpretador de linhas comandos) - DOS, Bash, SH, CSH, KornShell, etc.) •GUI (Graphical User Interface) •Não são parte do sistema operacional, embora o utilize para realizar seu trabalho. Shell vs. SO Shell é tudo no linux é 1000% poderoso, e é capaz de se fazer tudo nele, como: ouvir MP3, editar textos, navegar na internet, fazer monitoramento de rede, configurações do sistema, usar icq, irc, ou seja, absolutamente. Bash é o padrão do linux ele completa comandos com a tecla TAB, pode-se ter cores para identificar pastas e arquivos, tem-se repetição de comandos, varias teclas de atalho para manipulação das linhas (sintaxe de comando) mostra o usuário o nome da máquina e a pasta que se está (coisa que o SH não faz), então um se difere do outro por estas funcionalidades, uns tem mais outros menos. MS-DOS (Microsoft Disk Operating System) é um sistema operacional baseado em um prompt de linhas de comando e é bastante limitado. Exemplo de SO’s O iOS é a base do iPhone, do iPad e do iPod touch. Como o iOS foi projetado para aproveitar as tecnologias avançadas de cada hardware Apple, os seus dispositivos estão anos à frente. Android é um sistema operacional móvel (SO) baseado no núcleo linux e atualmente desenvolvido pela empresa de tecnologia Google utilizando a linguagem de programação Java. O Chrome OS é um avançado sistema operacional de código aberto baseado em Linux que é totalmente focado na web e nos serviços oferecidos pelo Google, a empresa que o criou. Computador Moderno Fonte: Tanenbaum, Modern Operating Systems 3 ed, São Paulo p.1, 2010 Prentice-Hall, Inc. All rights reserved. Computador Moderno Sistema Operacional BIOS Inicialização do Sistema Operacional A BIOS é um software especial que faz a interface dos principais componentes de hardware de seu computador com o sistema operacional. Ela geralmente é armazenada em um chip de memória flash na placa-mãe, mas algumas vezes o chip é de um outro tipo de ROM. Quando você liga seu computador, a BIOS faz diversas coisas. Esta é a seqüência normal: 1. Verifica a configuração (setup) da CMOS para os ajustes personalizados 2. Carrega os manipuladores de interrupção e acionadores (drivers) de dispositivos 3. Inicializa registradores e gerenciamento de energia 4. Efetua o autoteste durante a energização (POST - Power On-Self Test) 5. Exibe as configurações do sistema 6. Determina quais dispositivos são inicializáveis 7. Começa a seqüência de inicialização (conhecida como bootstrap ou, de forma mais reduzida, como boot) Inicialização do Sistema Operacional A primeira coisa que a BIOS faz é verificar a informação armazenada em uma minúscula quantidade de RAM (64 bytes) localizada em um chip fabricado com a tecnologia CMOS (Complementary Metal Oxide Semicondutor). O CMOS é uma pequena área de memória volátil, alimentada por uma bateria, que é usada para gravar as configurações do Setup da placa mãe e o relógio de tempo real “real time clock”, “underclock”, “overclock” e “clear CMOS”. A Configuração da CMOS fornece informações detalhadas particulares para seu sistema e pode ser alterada de acordo as mudanças do sistema. A BIOS usa essas informações para modificar ou complementar sua programação padrão conforme necessário. Depois de verificar a configuração de CMOS e carregar os manipuladores de interrupção, a BIOS determina se a placa de vídeo está operacional. Em seguida, a BIOS verifica se se trata de uma inicialização a frio (cold boot) ou de uma reinicialização (reboot). Ela faz isso verificando o valor no endereço de memória 0000:0472. Um valor 1234h indica uma reinicialização e a BIOS salta o restante do POST. Caso contrário, é considerada uma inicialização a frio. Se for uma inicialização a frio, a BIOS verifica a RAM fazendo um teste de escrita/leitura de cada endereço da memória. Ele verifica as portas PS/2 ou portas USB em busca de um teclado e um mouse. Ela procura por um barramento PCI (Peripheral Component Interconnect) e, caso encontre algum, verifica todos os cartões PCI. Se a BIOS encontrar algum erro durante o POST, ela notificará o usuário por meio de uma série de bips ou uma mensagem de texto exibida na tela. Um erro nesse ponto quase sempre representa um problema de hardware. Quaisquer drivers especiais, como aqueles para adaptadores de SCSI (Small Computer System Interface) são carregados a partir do adaptador e a BIOS exibe essa informação. Inicialização do Sistema Operacional A BIOS então considera a seqüência de dispositivos de armazenamento identificada como dispositivos de inicialização n configuração de CMOS. O BIOS tentará iniciar a seqüência de boot a partir do primeiro dispositivo. Se a BIOS não encontrar um dispositivo, tentará o próximo dispositivo na lista. Agora, o BIOS lê o setor zero (que contém apenas 512 bytes, denominado Master Boot Record) do HD. Essa área contém um código que alavanca a inicialização do sistema operacional. Outros dispositivos de boot (CDs, disquetes etc.) têm a capacidade de emular esse setor zero. No caso do Windows, o Master Boot Record (MBR) verifica qual partição do HD está ativa (configurada como Master) e inicializa o “setor um” dela — essa área tem um código com a simples missão de carregar o setor dois. A etapa seguinte consiste na leitura de um arquivo de configuração de boot, o Boot Loader (quando falamos do Window trata-se do NTLDR). A partir dele, é inicializado o núcleo (kernel). Assim como o BIOS estabelece a ligação entre hardware e sistema, o kern serve para firmar uma comunicação estável entre hardware e software. Nessa fase, é ele quem assume o controle do computador. O kernel carrega os arquivos principais e informações básicas do sistema operacional (incluindo o registro), além de relacionar os componentes de hardware com as respectivas DLLs e drivers. No entanto, o kernel não carrega todos os processos para não sobrecarregar o sistema — somente as operações essencia são colocadas em atividade para possibilitar o início do Windows (Services). A tela de escolha de usuários é exibida e, após o logon, os programas relacionados para começar junto com o sistema sã carregados. SO como máquina estendida Sistemas operacionais tornam o hardware pouco atraente em abstrações mais interessantes SO: Interface de Usuário - GUI SO: Interface de Usuário - Shell SO como Gerenciador de Recursos Gerencia e protege memória, dispositivos de E/S e outros recursos (hardware) como mouse, teclado, impressora, etc. Permite o compartilhamento (multiplexação) de recursos •no tempo (time-sharing) - Ex.: múltiplos programas compartilham o processador (executam) ao mesmo tempo •no espaço - Ex.: um sistema de arquivos (parte do SO) permite que dados de diferentes usuários/arquivos compartilhem o espaço em disco Mais uma vez: O que é um SO? É uma Máquina Estendida •Oculta os detalhes complicados que têm quer ser executados •Apresenta ao usuário uma máquina virtual, mais fácil de usar É um Gerenciador de Recurso •Cada programa tem um tempo com o recurso - Ex.: compartilhamento de CPU •Cada programa tem um espaço no recurso - Ex.: compartilhamento de memória Vídeo A história dos principais Sistemas Operacionais https://www.youtube.com/watch?v=nt0P8ZAYuUo História dos SO’s e dos Comutadores Primeira geração: 1945 - 1955 •Válvulas, painéis de programação Segunda geração: 1955 - 1965 •transistores, sistemas em lote Terceira geração: 1965 – 1980 •CIs (circuitos integrados) e multiprogramação Quarta geração: 1980 – presente •Computadores pessoais Hoje: onipresença – computação ubíqua 1ª Geração Computadores com “programas fixos” – todos até a década de 40 • Programa implícito no hardware • A maioria tinha propósito específico, como acontece com as calculadoras modernas • Apenas uma minoria podia ser reprogramada, o que era feito de maneira mecânica - Ligando e desligando fios 21 1ª Geração Computadores de programas armazenados a partir da década de 40 com o SSEM – Manchester Small-Scale Experimental Machine • São os computadores modernos, de propósito geral • Diferentes programas podem ser criados e carregados na memória • Programas escritos usando um conjunto de instruções, representadas em código binário - Linguagem de máquina! • Não havia Sistema Operacional 22 Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Manchester_Small-Scale_Experimental_Machine 23 ENIAC – 1º Computador Programável Pesava 30 toneladas, media 5,50 m de altura e 25 m de comprimento e ocupava 180 m² de área construída. Foi construído sobre estruturas metálicas com 2,75 m de altura e contava com 70 mil resistores e 17.468 válvulas a vácuo ocupando a área de um ginásio desportivo, diodos de cristal de 7200, 1.500 relés, 70.000 resistores, 10.000 capacitores e cerca de 5 milhões de juntas soldadas à mão. Segundo Tom Forester, quando acionado pela primeira vez, o ENIAC consumiu tanta energia que as luzes de Filadélfia piscaram. Processador de 20 ciclos de clock de 0,1MHz na unidade. Era incapaz de armazenar programa em memória (cartões perfurados) – Em 1970 DRAM de 1KB, mais tarde 256KB SDRAM. ENIAC 1ª Geração A linguagem de máquina do SSEM pode ser entendida (grosseiramente) como a primeira linguagem de programação Essa linguagem define a associação entre uma instrução em binário e o efeito dela sobre o hardware • Linguagem entendida diretamente pelo processador • Cada arquitetura de computador define a sua própria linguagem 26 História dos SO’s Exemplo de instrução • Somar o valor dos registradores 1 e 2 e guardar o resultado no registrador 3 Exemplo de código de máquina (fictício) 1011100 0001 0010 0011 adição reg. 1 reg. 2 reg. 3 Podemos ver que escrever um programa em linguagem de máquina não é trivial... 27 História dos SO’s Programadores definiram uma notação simbólica para representar seus programas • Usada para anotar seus programas em papel antes de passar para linguagem de máquina Essa notação definia símbolos para representar cada instrução, tais como: • ADD – operação de adição • LOAD – operação de leitura da memória • R1 – representa o registrador 1 • ... 28 História dos SO’s A nova notação simbólica recebeu o nome de linguagem assembly ou linguagem de montagem Exemplo de instrução em assembly •ADD R1 R2 R3 - Representa a mesma operação dada antes em código de máquina 29 História dos SO’s Não demorou até alguém ter a idéia de criar um programa para traduzir... • De um texto digitado na linguagem assembly • Para um arquivo em linguagem de máquina Este tipo de programa passou a ser conhecido pelo nome de assembler ou montador • Um compilador primitivo 30 História dos SO’s Programar em linguagem de montagem, porém, ainda tinha muitas das desvantagens da própria linguagem de máquina O principal problema era a necessidade de pensar não só no algoritmo em si, mas no funcionamento do hardware 31 História dos SO’s Começaram a surgir outras linguagens mais elaboradas • Fortran (1957) • LISP (1959) • COBOL (1960) • BASIC (1964) • C (1972) • etc. 32 História dos SO’s Facilitaram a vida dos programadores ao tornar a notação mais intuitiva e mais distante dos detalhes de hardware Por exemplo, o comando Fortran temp = 2 + 3 Engloba várias operações de hardware: 1. Carregar os operadores em registradores 2. Operar a adição, guardando o resultado em algum registrador 3. Copiar o conteúdo do registrador de resultado para a memória 33 História dos SO’s As novas linguagens que surgiram foram chamadas de linguagens de alto nível Em contraste, as linguagens assembly e de montagem passaram a ser chamadas de linguagens de baixo nível 34 2ª Geração Estrutura de um job típico (lote de cartões) Transistores e sistemas em lote (batch) - Mainframes (a) (b) (c) (d) (e) (f) Programadores levam os cartões para o 1401 1401 gravada o lote de tarefas dos cartões em fita operador levava a fita de entrada para 7094 7094 executava o processamento operador levava a fita de saída para o 1401 coloca a fita no 1401 que imprime a saída 2ª Geração $JOB -> $FORTRAN -> $LOAD -> $RUN -> $END Fonte -> Compila -> Carrega -> Processa -> Finaliza 3ª Geração CI’s e Sistema de multiprogramação •Três jobs na memória 4ª Geração Computadores Pessoais (1º SO – CP/M) DOS como sistema operacional (Bill Gates) Diversidade dos SOs Sistemas operacionais de computadores de grande porte (mainframe) Sistemas operacionais de servidores / redes Sistemas operacionais de multiprocessadores (paralelismo) Sistemas operacionais de computadores pessoais Sistemas operacionais de dispositivos portáteis/móveis (ex. celulares) Sistemas operacionais de tempo-real Sistemas operacionais embarcados Sistemas operacionais de cartões inteligentes Sistemas operacionais de sensores Estrutura do SO: Sistema Monolítico Modelo simples de estruturação de um sistema monolítico. Monoprogramado vs. Multiprogramado Sistemas Operacionais Monoprogramados ou Monotarefa são os SO que executam apenas um programa do usuário de cada vez. Por exemplo, se se utiliza um processador de texto e se pretende fazer um desenho, tem que se fechar o processador de texto e abrir a folha de desenho. •Ex.: MS-DOS Monoprogramado vs. Multiprogramado Sistemas Operacionais Multiprogramados ou Multitarefa são os SO que executam dois ou mais programas aparentemente em simultâneo. Este é o conceito de Paralelismo Concorrente. Na verdade o que o processador faz é atribuir frações de tempo aos programas que estão a executar. Existem diferentes técnicas de multitarefa. •Multitarefa cooperativa •Multitarefa preempetiva •Multitarefa multithreading Monoprogramado vs. Multiprogramado Multitarefa cooperativa: Executa dois ou mais programas em simultâneo mas o programa que está em primeiro plano tem controle sobre o processador. Neste caso se este programa falhar bloqueia o computador e tem que ser reiniciado. Exempo de SO: Windows 3.x e versões anteriores ao Mac OS 8. Multitarefa preempetiva: É o processador que controla a execução dos programas, desta forma permite ao sistema operacional recuperar o controle caso um programa bloqueie. O utilizador perde os trabalhos do programa que falhou mas os restantes programas continuam a trabalhar. Exemplo de SO: Unix; Linux; Windows 95 e superiores; MAC OS 8 e superiores. Multitarefa multithreading: Executa mais que uma tarefa do mesmo programa. Os programas criam threads, ou seja, tarefas distintas que executam determinadas funções dentro do mesmo programa. Por exemplo, quando conversamos em um chat, outro thread está escutando se alguém está querendo falar. Os mais recentes SO utilizam este tipo de multitarefa. Monoprocessado vs. Multiprocessado Monoprocessamento é a capacidade de um sistema operacional executar vários processos compartilhando memória mas utilizando apenas um processador. Multiprocessamento é a capacidade de um sistema operacional executar simultaneamente dois ou mais processos em Paralelo. Pressupõe a existência de dois ou mais processadores. Este é o conceito de Paralelismo Real. Difere da multitarefa, pois esta simula a simultaneidade, utilizando-se de vários recursos, sendo o principal o compartilhamento de tempo de uso do processador entre vários processos. Monousuário vs. Multiusuário Monousuário •O SO controla e considera apenas um usuário por vez. •Ex. MS-DOS Multiusuário •O SO identifica usuários diferentes por suas contas (username e senha) e permite perfis diferentes. •Ex. Mac OS, Windows XP, Linux... Sistemas Operacionais Clássicos Batch: Sistema Operacional em lote, era utilizado por terminais de máquinas de grande porte, que reuniam um “lote de programas” para enviar para execução, onde o usuário não interage com o seu programa. Time-sharing: permite que diversos usuários compartilhem o computador onde cada usuário possui seu programa (ou parte dele) na memória principal e o processador é alocado por um pequeno período de tempo (fatia de tempo ou time slice) a cada programa de usuário. Real-time: responde dentro de um período de tempo previamente especificado (geralmente muito pequeno), a estímulos gerados externamente e utiliza conceitos de multiprogramação, oferecendo facilidades para as aplicações de tempo real. Estrutura do SO: Sistema Camadas Estrutura em camadas Modularidade Hierarquia Facilita evolução e adaptação a novos ambientes (Flexibilidade) Estrutura do SO: Sistema Camadas Estrutura em camadas Modularidade Hierarquia Facilita evolução e adaptação a novos ambientes (Flexibilidade) Vídeo A evolução dos Computadores e suas Gerações https://www.youtube.com/watch?v=aCAyrscLwKM Referências Sistemas Operacionais Modernos – 2ª Edição. A. Tanenbaum, 2003. Modern Operating Systems 3 e. Prentice-Hall, 2008. Introdução a Sistemas Operacionais Prof. Alexandre Monteiro Recife ‹#›