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Mestrado em Engenharia Biomédica
1º ano 1º semestre
Introdução à Engenharia Biomédica
Fisiologia do Sistema Nervoso
Autónomo
Avaliação da Variação da Pressão Intra-Ocular em Indivíduos
Normais durante o Teste Pressor ao Frio
Alexandre Matos
Joana Saraiva
Joana Serafim
Joana Sousa
Prof . Isabel Rocha
Sumário
•
•
•
•
•
•
Introdução
Objectivo
Métodos e População
Resultados
Discussão / Conclusão
Bibliografia
Introdução
• Breve introdução teórica ao sistema nervoso
• Aspectos gerais do sistema nervoso
autónomo
– Anatomia: Divisões Simpática e Parassimpática
– Fisiologia
•SNA e Sistema Cardiovascular
•SNA e circulação ocular
•A disfunção autonómica e formas de avaliação
Sistema Nervoso
Central
Encéfalo e medula
espinhal
Periférico
Autónomo
Somático
Funcionamento do SN
Receptores
Sensoriais
Sistema Nervoso
Central
Sistema Nervoso
Somático
Sistema Nervoso
Autónomo
Músculos
Esqueléticos
Músculos lisos,
Músculo
Cardíaco e
glândulas
Sistema Nervoso Autónomo
Sinais originados no bulbo.
É influenciado pelo hipotálamo e pelo córtex
Inerva o músculo liso, cardíaco e glândulas.
Acção involuntária
Neurónios pré e pós-ganglionares
•Sistema Nervoso Simpático
•Sistema Nervoso Parassimpático
Sistema Nervoso Simpático
Nervos oriundos dos segmentos toráxicos e
lombares da medula espinhal (T1 a L2)
Um neurónio pré-ganglionar (liberta Ach)
Um neurónio pós-ganglionar (liberta NE)
Funcionamento do SN Simpático
Estimulado pelo esforço físico ou certas
emoções, tais como o medo, embaraço ou
raiva.
Resposta “luta ou fuga”
Efeitos:
•Dilatação das pupilas
•Aumento da frequência cardíaca e da
pressão arterial
•Dilatação das vias respiratórias
•Dilatação dos vasos sanguíneos dos órgãos
envolvidos na luta contra o perigo
Sistema Nervoso Parassimpático
Nervos oriundos do crânio (III, VII, IX
e X) e da zona sagrada
Nervo vago representa 80 % da sua
actividade
Neurónio pré-ganglionar (liberta Ach)
Neurónio pós-ganglionar (liberta Ach)
Existência de gânglios terminais
Funções do SN Parassimpático
Conserva e restaura a energia do corpo durante
os períodos de repouso e recuperação
Actividades de “repouso-e-digestão”
Efeitos:
•Diminuição da frequência cardíaca
•Diminuição das vias respiratórias
•Constrição das pupilas
Acções antagónicas mas complementares
O SNA e o Sistema Cardiovascular
Bulbo
Receptores
Barorreceptores
Quimioreceptores
Proprioreceptores
Pressão arterial, concentração
de O2 e CO2 e pH
Nervo Vago (X)
parassimpático
Nervo
Glossofaríngeo
(IX)
Medula
Espinhal
Nervos Cardíacos Aceleradores
simpático
Barorreflexo
Estímulo:
Baixa de PA
Barorreceptores
Centro
Cardiovascular
Aumento da
actividade
simpática
Diminuição da
actividade
parassimpática
Aumento da resistência
vascular periférica
Aumento
da FC
Aumento da PA
O Olho
Retineana
Dupla circulação
Circulação retineana
Circulação coroideia
Uveal
Auto-regulada
Não auto-regulada
Controlada pelo SNA
O Olho
Fibras simpáticas
Causam vasoconstrição
Originam-se no gânglio cervical
superior, libertando noradrenalina
Fibras parassimpáticas
Originam-se no tronco cerebral, ao
nível do nervo facial
Inervam os vasos
coroideus
Pressão Intra-Ocular (PIO)
Pressão exercida pelo humor aquoso no olho
Forma indirecta de avaliar a circulação ocular
Dependente da
Taxa de produção do humor aquoso
Drenagem para o canal de Schlemm
O SNA e a PIO
A produção e drenagem de humor
aquoso está relacionada com o sistema
cardiovascular
Ainda não se chegou a uma conclusão
quanto à relação da circulação no olho
com SNA
Estimulação do SNP aumenta a PIO
Estimulação do SNS diminui a PIO
Homeostase
Equilíbrio indispensável ao bom funcionamento do
organismo
Homeodinâmica : dinâmica que advém do facto do
organismo sofrer alterações constantes e evoluir no
sentido de repor os valores de homeostase
SNA é responsável pela manutenção da
Homeostase
Disfunções Autonómicas
Simpático
Desequilíbrio
Parassimpático
Exemplos de Disfunções Autonómicas
Manobras Provocativas Autonómicas
Provoca-se um desequilíbrio intencional entre o SNP e o SNS
de forma não-invasiva
•Teste Pressor ao Frio
•Manobra de Valsalva
•Teste de Tilt
•Respiração Profunda
Teste Pressor ao Frio
Objectivo
Perceber como varia a Pressão Arterial e a Pressão Intra-Ocular
em indivíduos normais durante o Teste Pressor ao Frio.
Métodos e População
População : 7 voluntários saudáveis (4 homens e 3 mulheres)
com idades idade média de 59 ± 12 anos. Nenhum destes
indivíduos apresentava problemas cardiovasculares, neurológicos
nem disfunções metabólicas. Não estavam sob efeito de
fármacos, cafeína, xantinas, tabaco ou álcool.
Métodos e População
Condições : O teste foi realizado num laboratório adequado, num
ambiente calmo, com temperatura e humidade controladas, durante a
manhã, após um pequeno almoço ligeiro.
Protocolo Experimental : É colocado um tonómetro na superfície da
córnea e aguarda-se 15 min. De seguida, o indivíduo imerge a mão no
recipiente com gelo fundida a 4º C durante 1 min. A pressão arterial,
frequência cardíaca e
pressão intra-ocular são monitorizadas
continuamente.
Métodos e População
Análise de dados :
A análise das variáveis cardiovasculares foi feita em dois períodos de
tempo
• 30 s antes do estímulo (basal).
• 30 s após o pico máximo atingido pela variável durante o teste
pressor ao frio (CPT).
Análise Estatística : Foi usado o teste t-Student e as diferenças foram
consideradas significativas para p < 0,05. Os resultados foram
apresentados sob a forma de média e desvio-padrão.
Resultados
Monitorização contínua da frequência cardíaca e da pressão sanguínea
(Task Force)
Basal
CPT
HR (bpm)
BP (mmHg)
IOP (mmHg)
24.9 / 3.2
27.4 / 3.9
Monitorização contínua da pressão intra-ocular (Pascal)
Resultados
Variables
Basal
Cold Pressure Test
Significant (S) / Not
Significant (NS)
IOP
(mmHg)
18.2 ± 3.4
23.0 ± 7.8
NS
Mean Blood Pressure
(mmHg)
90.8 ± 11.1
110.0 ± 10.9
S
Variables
Systolic Perfusion Pressure
(SPP)
(mmHg)
Diastolic Perfusion
Pressure (DPP)
(mmHg)
Mean Perfusion Pressure
(MPP)
(mmHg)
Significant (S) /
Not Significant
(NS)
Formula
Basal
Cold Pressure
Test
SBP – IOP
104.5 ± 14.8
120.0 ± 15.5
S
DBP – IOP
62.1 ± 10.8
75.2 ± 12.6
S
MBP - IOP
72.6 ± 10.5
87.0 ± 12.9
S
Representação gráfica da análise estatística para cada uma das variáveis calculadas no
período de repouso (basal) e durante o teste do gelo (CPT)
(data expressed as mean as mean ± SD, n=7, *-significant)
Graphic I – Variation of IOP
Graphic III – Variation of SPP *
Graphic II- Variation of Mean BP *
Graphic III – Variation of DPP *
Graphic IV– Variation of MPP *
Discussão / Conclusão
O teste pressor ao frio induz um aumento da actividade simpática.
Há um aumento da pressão arterial.
De acordo com os resultados obtidos, a pressão intra-ocular
não aumentou significativamente.
Sugerem que a circulação do olho é independente da
circulação sistémica.
Bibliografia
• Tortora,
Gerard J.; Grabowski, Sandra Reynolds.
Introduction to the Human Body, Wiley, 2004
• Autonomic Failure, Ed Mathias and Bannister, 1999
Agradecimentos
• Prof. Isabel Rocha¹
•Prof. Carlos Neves¹
•Dr Sérgio Laranjo¹
¹Instituto de Fisiologia da Faculdade de Medicina de Lisboa
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