História da Cultura e das Artes A arquitetura romântica em Portugal Os exotismos apareceram em Portugal na segunda metade do século XIX onde tiveram maior incidência na encomenda privada (moradias e palacetes) ao gosto neoárabe. Praça de Touros do Campo Pequeno (1892) António José Dias da Silva, Praça de Touros do Campo Pequeno, 1892 (vista área na atualidade) Praça de Touros do Campo Pequeno A Praça de Touros do Campo Pequeno foi projetada por António José Dias da Silva em 1892; Está inserida na arquitetura romântica pelo exotismo da sua arquitetura. Todo o edifício é coberto com tijolo. O edifício contém características do estilo neoárabe: Uso de arcos em ferradura nas diferentes fachadas; Cúpulas bolbosas, de influência oriental, que encimavam os torreões circulares. Cúpulas bolbosas Arco em ferradura Palácio de Monserrate (c. 1863-1887) James Knowles, Palácio de Monserrate, c. 1863-1887 Arcos usados na arquitectura islâmica 2. Arco em ferradura apontada 1. Arco em ferradura 3. Arco em ferradura peraltada 5 e 6. Arcos polilobados Espaço comprado por Francis Cook, um comerciante inglês de têxteis, em 1856, que mandou reconstruir o edifício neogótico, agora ao gosto neoárabe; A obra ficou ao cargo do arquiteto James Knowles; O nome Monserrate deriva de um monge que, após uma peregrinação a um eremitério beneditino em Montserrat, mandou construir uma capela junto a uma sepultura de um cavaleiro moçárabe (designação dada aos cristãos que mantiveram a sua religião durante a presença muçulmana na Península Ibérica) que tinha morrido num duelo com o alcaide do Castelo dos Mouros. O seu edifício é construído de acordo com o gosto neoárabe: Pelo uso de diferentes tipos de arco (em ferradura, ferradura apontada ou ferradura peraltada); Uso da pedra rendilhada nas janelas e pórticos; Emprego de cúpulas bolbosas (em forma de bolbo). Nos jardins em volta do edifício foram cuidadosamente plantadas espécies de plantas raras provenientes da Austrália, Nova-Zelândia e do México. fachada lateral do Palácio de Monserrate