20 de Novembro DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Vieram de terras distantes Arrancados à força do lar Muitos aqui nem chegaram Aos mortos, o fundo do mar Aportaram em terra estranha E agora, como seria? Tratados pior que animais Vendidos qual mercadoria Começava na história do Brasil Nódoa de grande proporção Mancha que nos envergonha Os horrores da escravidão Meu Deus, que do alto nos olha Que perfídia há no coração De um ser humano racional Que escraviza o próprio irmão? Nas fazendas de café, de cana, nos garimpos Foi o negro escravizado Padeceu os martírios no tronco Feito rês, foi marcado Sem direito nem mesmo à vida Sem ilusões, sem liberdade Seria a cor de sua pele Sinônimo de inferioridade? A fuga era a única esperança Os quilombos era a salvação O capitão do mato, sinistra figura Melhor morrer que cair em suas mãos Meu Deus, que do alto nos olha Que perfídia há no coração De um ser humano racional Que escraviza o próprio irmão? As noites eram intermináveis No sofrimento anônimo das senzalas Vozes clamando justiça E a voz da justiça que cala Tanto tempo durou a ignomínia Depois veio a abolição Mas será que ela acabou Com o fantasma da escravidão? Não, com certeza não acabou Satisfez apenas a teoria A verdade é que nós temos Escravidão ainda hoje, em nossos dias Meu Deus, que do alto nos olha Que perfídia há no coração De um ser humano racional Que escraviza o próprio irmão? Os filhos nascendo escravos Os pais morrendo escravos Meu Deus, a que reduziram Um povo tão forte, tão bravo Se até hoje há preconceito Como pode haver liberdade Será que a cor da pele É sinônimo de inferioridade? Nós somos todos irmãos Somos filhos de um mesmo pai Brancos, negros, vermelhos, amarelos Nós somos todos iguais Nós somos todos irmãos Somos filhos de um mesmo pai Brancos, negros, vermelhos, amarelos Nós somos todos iguais Meu Deus, que do alto nos olha Que perfídia há no coração De um ser humano racional Que escraviza o próprio irmão? O brasileiro é um povo mestiço É a mistura de várias nações E o sangue negro pulsa, pujante Em milhares de corações Quanta contribuição o negro Legou-nos como herança Na construção do Brasil Na arte, na culinária, na dança Muito deve a nossa cultura Muito deve o nosso país A esse povo oprimido Os descendentes de Zumbi Meu Deus, que do alto nos olha Que perfídia há no coração De um ser humano racional Que escraviza o próprio irmão? A liberdade é preciosa E o preconceito racial É um sentimento odioso É atitude irracional Ninguém é melhor que ninguém Morreremos do mesmo jeito Você é inteligente Diga não ao preconceito. (Antonio Luiz de Souza ) PAZ!!! Imagens e texto: Internet Música Heal The World(Michael Jackson) Edição: Profª : Rolangela