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H33-VL
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4
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Boa prova!
TEXTO
“As ‘libertações’ custam sempre caro. Roma pagou com o Império a sua libertação do rei.
Levava dois séculos e meio para conquistar a hegemonia sobre a Itália central, e alcançara-a
sob o comando de sete soberanos. A república, para continuar a sê-lo, teve de renunciar a
todo esse patrimônio.
Então, o que é que não funcionara durante a monarquia, para levar os Romanos, embora
tendo-se visto livres dela, a uma tal renúncia?
Não funcionara o cadinho, ou seja, a fusão entre raças e as classes de que era constituído
o seu povo. Os primeiros quatro reis tinham humilhado o elemento etrusco que constituía a
Burguesia, a Riqueza, o Progresso, a Técnica, a Indústria e o Comércio. Os últimos três
humilharam o elemento latino e Sabino que constituía a Aristocracia, a Agricultura, a
Tradição e o Exército, que encontravam no Senado a sua expressão política. E agora, o
Senado vingava-se. Vingava-se com a República, que foi exclusivamente obra sua.
Daí em diante, tudo em Roma foi republicano, até, e principalmente, a história, que
começou a ser narrada de modo a desacreditar cada vez mais o período monárquico e os
êxitos grandiosos que Roma alcançara sob esse regime. É preciso não esquecer isso ao ler
os livros da grandeza da Urbe com o momento em que o último Tarquínio foi corrido. (...)
Desde aquele ano de 508 a.C. em que foi fundada a república, todos os monumentos que
os romanos ergueram um pouco por toda a parte ostentaram sempre a sigla SPQR, quer
dizer: Senatus Populus-Que Romanus, ou seja ‘o Senado e o povo romano’.
O que era o Senado já nós dissemos. Pelo contrário, não dissemos ainda o que era o
povo, que não correspondia, de modo algum, àquilo que entendemos por esta palavra.
Naqueles dias longínquos de Roma, essa designação não incluía ‘todos’ os cidadãos, como
hoje acontece, mas apenas duas ‘ordens’, ou duas classes sociais: a dos patrícios e a dos
equites, ou cavaleiros.
Os patrícios eram os que descendiam dos patres, os fundadores da cidade. (...) Com o
Tarquínio Prisco, começara a chover em Roma um dilúvio de outras gentes, em especial da
Etrúria. E os descendentes dos patres mantinham as distâncias, com grande desconfiança,
em relação a estes recém-vindos, refugiando-se na fortaleza do Senado, acessível somente
aos membros das suas famílias.
Foi a partir do momento em que estas duas populações diferentes – os descendentes dos
antigos pioneiros e os recém-vindos- começaram a conviver dentro das muralhas da cidade,
que as classes se começaram a diferenciar: de um lado os patrícios, do outro os plebeus.
(...) O povo era, pois, formado somente por estas duas ordens: patrícios e cavaleiros (que
eram ricaços, originários do comércio e da indústria, e o seu grande sonho era serem
senadores. Mas depois, no dia em que o cavaleiro conseguia, finalmente, tornar-se senador,
não era acolhido como pater, isto é patrício. (...) Tudo o mais era a plebe, e não contava.
Esta, incluía um pouco de tudo: artesãos, pequenos comerciantes, empregados, escravos
alforriados. E, como é natural, não estavam satisfeitos com a sua condição.” (in História de
Roma, Indro Montanelli, Ed. 70, Ltda. , Lisboa, Portugal – 2006)
1. A partir do texto, responder:
O autor afirma que os historiadores valorizam mais o período monárquico de Roma e
que o Senado era um instrumento político, haja vista o nome “o Senado e o povo
romano”, para a plebe para conquistar a democracia? Justifique.
2. a. (FUVEST – adaptada) Um historiador afirmou que “os persas substituíram a
dominação assíria, fundada no terror por um regime de ordem, de paz e de
administração regular.” Explique. (valor: 1,0)
b. (FUVEST – adaptada) A civilização ocidental contemporânea apresenta traços
marcantes que revelam o legado cultural da civilização romana. Explique. (valor: 1,5)
3. (PUC – RS – adaptada) Explique a democracia ateniense, destacando: a importância
do ostracismo e quem o criou?
(valor: 2,5)
4.
(FUVEST – adaptada) Explique as guerras entre Roma e Cartago no contexto da
República de Roma.
(valor: 2,5)
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