Seres Vivos

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Seres Vivos
Classificação dos seres vivos
OS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
As primeiras classificações do universo biológico eram artificiais, pois utilizavam
critérios arbitrários que não refletiam possíveis relações de parentesco entre os
seres vivos.
As classificações atuais procuram analisar um grande conjunto de
caracteres, tentando estabelecer relações de parentesco evolutivo entre
os seres vivos.
Aristóteles (384 – 322 a.C.) = “1ª tentativa” – animais: com sangue
– sem sangue/úteis – nocivos.
Teofrasto – Vegetais: úteis – nocivos/tamanho: árvores – arbustos
– subarbustos – ervas.
O grande marco na classificação dos seres vivos deveu-se a Lineu, em 1758
(século XVIII). Esse naturalista sueco, apesar de acreditar no princípio da
imutabilidade das espécies (fixismo) e de não ter dado ênfase às relações de
parentesco evolutivo entre os seres vivos, desenvolveu um sistema de
classificação utilizando categorias hierárquicas, que é adotado até hoje,
embora com algumas modificações.
O conceito biológico de espécie passou a ser considerado em termos
populacionais: agrupamento de populações naturais, real ou
potencialmente intercruzantes, produzindo descendentes férteis e
reprodutivamente isolados de outros grupos de organismos.
Observação:
Asno (burro)
(2n = 66 cromossomos)
X
égua
(2n = 66 cromossomos)
MULA
(vigorosa; “estéril”, pois as células sexuais
degeneram!)
Portanto, asno e égua = espécies diferentes!
Uma espécie pode dar origem a outras e esse conjunto de espécies é agrupado
em um mesmo gênero. Gêneros semelhantes são agrupados em uma mesma
família; famílias semelhantes são agrupadas em uma mesma ordem; ordens
semelhantes são agrupadas em uma mesma classe; classes semelhantes são
agrupadas em um mesmo filo ou divisão; filos ou divisões semelhantes são
agrupados em um mesmo reino.
Espécies de um mesmo gênero são mais aparentadas entre si do que
espécies de outro gênero; gêneros diferentes, mas pertencentes a uma
mesma família, são mais aparentados entre si do que gêneros de outras famílias,
e assim por diante.
A espécie é a unidade de classificação. A hierarquia das diferentes
categorias taxonômicas ou taxa (taxa = plural de táxon) é:
Espécie Gênero Família Ordem Classe Filo ou divisão
Reino
Desse modo, o sistema de classificação de Lineu, utilizando categorias
hierárquicas, é a base do atual sistema de classificação. Com a mudança de
interpretação do significado das categorias taxonômicas, esse sistema passou a
ser chamado sistema natural de classificação.
Como exercício dos critérios usados no atual sistema de classificação, vamos
analisar a classificação do cão doméstico desde a categoria taxonômica mais
ampla que é o reino até a mais específica, que é a espécie:
a) na passagem do nível taxonômico reino para o filo dos Cordados foram
excluídas a minhoca e a estrela-do-mar, pois estes dois animais são os únicos
que não apresentam notocorda (“bastão” de sustentação) durante o
desenvolvimento embrionário.
b) no subfilo dos vertebrados foram excluídos o anfioxo e a ascídia, por serem
os únicos que não substituirão a notocorda por uma coluna vertebral,
durante o desenvolvimento embrionário. Essa “incapacidade” de “produção
anatômica” reflete o menor grau evolutivo, devido à inexistência de genes
para a sua diferenciação.
c) na passagem seguinte estão excluídos o peixe (classe dos peixes) e a cobra
(classe dos répteis), por não apresentarem as características de
semelhanças encontradas na classe dos mamíferos: desenvolvimento
embrionário no útero da mãe, que dará a luz (vivípara) ao filhote; placenta no
útero materno para alimentar e garantir as trocas gasosas do embrião com a
mãe; glândulas mamárias (mãe); pêlos no corpo; músculo diafragma
(respiração); hemácias anucleadas; etc.
d) considerando, assim, as características semelhantes e comparadas em
morfologia, anatomia, fisiologia, embriologia, etc, chegaremos à unidade de
classificação biológica que é a espécie Canis familiaris, identificando o cão
doméstico entre todos os outros do reino animal.
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