Contato indireto - Setor de Virologia UFSM

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Prof. Eduardo Furtado Flores
Prof. Carlos Augusto Mallmann
A CADEIA DO PROCESSO INFECCIOSO
Penetração
Excreção
Fonte de
infecção
Novo hospedeiro
Transmissão
Figura 10.1. A cadeia do processo infeccioso.
TRANSMISSÃO (definição e importãncia)
- ETAPA CRÍTICA NA SOBREVIVÊNCIA DO AGENTE
- PODE SER IMEDIATA OU DEMORAR MESES/ANOS
- RESISTÊNCIA DO AGENTE É MUITO IMPORTANTE
- ETAPA DE ELEIÇÃO PARA INTERROMPER A CADEIA
Contato direto
Direta
Contato indireto
Veículos
Horizontal
Indireta
Vetores
Transmissão
Aérea
Transovariana
Vertical
Transplacentária
Perinatal
Colostro/leite
Biológicos
Mecânicos
TRANSMISSÃO HORIZONTAL
Contato direto
- Focinho-focinho (FMDV, brucelose, BHV-1)
- Boca-boca (HBV, HepA)
- Pele-pele (sarna, micoses, papiloma,poxvírus)
- Mucosa-mucosa (HIV, HBV, brucelose)
Transmissão
Direta
Contato indireto
- Gotículas (tosse, espirro)
- Focinho-fezes, focinho-feto abortado (placenta)
- Boca (nariz)-mão (Flu, HepA, resfriados)
- Ex: infecções respiratórias, brucelose, TB
A RESISTÊNCIA DO AGENTE É POUCO IMPORTANTE
Veículos (fômites)
Transmissão
Indireta
- Água, leite, sêmen, sangue, tecidos
- Alimentos
- Material cirúrgico, instrumentos
- Vestimentas, calçados
- Luvas, espéculos,
- Cama, instalações, equipamentos
Vetores (definição)
-Vetores Biológicos (exemplos)
- Vetores mecânicos (exemplos)
A RESISTÊNCIA DO AGENTE É MUITO IMPORTANTE
Triatoma
infestans
(Chagas)
Málaria
Aedes aegypty
(Dengue, Febre
Amarela)
Boophilus microplus
(babesia,
anaplasma)
Amblyoma
(Lyme)
3. TRANSMISSÃO AÉREA
- Aerossóis/poeiras
- Gotículas de Pflügge
- Núcleos infecciosos de Wells
Exemplos: varíola, streptococcus, FMDV,
hantavírus, poxvírus.
A RESISTÊNCIA DO AGENTE É CRÍTICA!!!!!!!!!
Mecanismos de transmissão
Contato direto
Direta
Contato indireto
Veículos
Horizontal
Biológicos
Indireta
Vetores
Mecânicos
Aérea
Transmissão
Transovariana
Transplacentária
Vertical
Perinatal
Colostro/leite
Figura 10.7. Formas de transmissão dos vírus de animais.
TRANSMISSÃO VERTICAL
- TRANSPLACENTÁRIA (INTRAUTERINA)
- TRANSOVARIANA
- PERINATAL
- COLOSTRAL
TRANSMISSÃO TRANSPLACENTÁRIA
Vários vírus
- BVDV, BHV-1, BLV
- Parvovírus suíno, PRRSV
- Herpesvírus eqüino
- HIV, rubéola
Protozoários, bactérias
- Neóspora
- Brucella
- Trichomona
- Campilobacter
CONSEQÜÊNCIAS EPIDEMIOLÓGICAS VARIÁVEIS
TRANSMISSÃO PERINATAL
Vários vírus
- Herpesvírus canino
- HIV, HBV, herpes humano
- CAEV
- FeLV
Outros patógenos
- BSE, scrapie
- Cândida
- Amebíase
TRANSMISSÃO TRANSOVARIANA
Alguns vírus
- Retrovírus murinos
- Leucose aviária
Comum em artrópodes
- Vírus da Dengue,
- Vírus da Febre Amarela
- WNV, togavírus
- Anaplasma, babesia
O GAMETA JÁ ESTÁ INFECTADO
TRANSMISSÃO PELO COLOSTRO E LEITE
Alguns vírus
- VLB
- CAEV, maedi-visna
- HIV
- WNV, dengue (raro)
Outros patógenos
- Brucella
- Micobacterium
Formas de transmissão (resumo)
Contato direto
Direta
Contato indireto
Veículos
Horizontal
Biológicos
Indireta
Vetores
Mecânicos
Aérea
Transmissão
Transovariana
Transplacentária
Vertical
Perinatal
Colostro/leite
Figura 10.7. Formas de transmissão dos vírus de animais.
Porque é importante saber a forma de Transmissão?
É A ETAPA DE ELEIÇÃO PARA INTERROMPER
A CADEIA DO PROCESSO INFECCIOSO
VIAS DE PENETRAÇÃO
Mucosa
conjuntival
Pele
Mucosa
respiratória
Mucosa
orofaríngea
Mucosa
urogenital
Mucosa
intestinal
Figura 8.2. Vias de penetração de vírus em seus hospedeiros (adaptada do site:www.bakerinstitute.ve
t.cornell.edu).
Mucosa respiratória (importância)
-Agentes em gotículas, aerossóis, partículas
Mucosa
conjuntival
Pele
em suspensão
Mucosa
respiratória
- Infecções respiratórias ou localizadas
- Vírus e bact. respiratórios
Mucosa
orofaríngea
Mucosa
urogenital
Mucosa
intestinal
- Brucella, micobacterium
Também agentes sistêmicos
- Cinomose, rubéola, sarampo
Transmissão por:
t.cornell.edu).
- contato direto (focinho-focinho)
- contato indireto (focinho-restos
fetais,
nariz-secreções)
- Transmissão indireta
Vias de penetração de vírus em seus hospedeiros (adaptada do site:www.bakerinstitute.ve
Mucosa digestiva
- Agentes veiculados por água
e alimentos contaminados
- Penetração orofaríngea ou
intestinal.
- Infecções localizadas ou sistêmicas
Transmissão por:
- Contato direto (focinho-focinho)
- Contato indireto (boca-restos fetais,
boca-veículos contaminados)
- Transmissão indireta (água, leite, alimentos)
Mucosa ocular
-Infecções respiratórias/localizadas ou
sistêmicas
- Agentes veiculados em secreções/
aerossóis/poeira
-Transmissão indireta por veículos ou vetores
- Local propício para infecção
Mucosa gênito-urinária
- Infecções localizadas (brucelose,
tricomonose, vibriose, sífilis)
- Infecções generalizadas (HIV, HBV,
BHV-1, BVDV, BLV)
Transmissão
- Transmissão direta (coito)
- Transmissão indireta por veículos
(IA, mãos, luvas de palpação,
espéculos) ou insetos.
Pele (cutânea)
- Infecções sistêmicas transmitidas
por vetores; agulhas, transfusão, etc...
- HIV, dengue, FA, HBV, Anemia infecciosa,
- Infecções cutâneas transmitidas
por contato direto ou indireto
- papilomavírus
- Poxvírus
- Sarna
- Micoses
O NOVO HOSPEDEIRO
O NOVO HOSPEDEIRO – conceitos e atributos
- Susceptibilidade x- Resistência
- Susceptibilidade natural x experimental
- Resistência Natural x adquirida
- Refratariedade
- Infecção x Infestação
- Relação Infecção-Doença
PATOGENIA
RELAÇÃO INFECÇÃO-DOENÇA
Doença grave/morte
Doença Clínica
suave/moderada
Infecção
Subclínica
Tipos de infecção
1. Quanto às manifestações clínicas
- Subclínicas/clínicas (doença) – doença típica/atípica
2. Quanto à duração/magnitude
- Agudas/crônicas (persistentes)
3. Quanto a localização
- Localizadas/disseminadas/sistêmicas
3.1. Vias de disseminação
4. Infecções latentes
INFECÇÃO AGUDA
Multiplicação
do agente
Sinais clínicos
Dias
Infecção
INFECÇÃO PERSISTENTE/CRÔNICA
Multiplicação
do agente
Sinais
clínicos
Dias
Infecção
INFECÇÕES LOCALIZADAS
- Respiratórias (Flu, rinovírus, pasteurela)
- GI (rota, corona, protozoários, helmintos
salmonela, coli)
- Derme (papiloma, sarna, micoses)
- Conjuntiva (moraxela, adeno)
- Genitais (vibriose, tricomonose)
Figura 8.9. Patogenia da coronavirose canina. O
coronavírus canino (CCoV) penetra pela via oral pela
ingestão de água ou alimentos contaminados. O vírus
atinge o intestino pela passagem direta pelo trato
digestivo, pois resiste ao pH ácido do estômago. No
intestino, o vírus infecta inicialmente as células das
vilosidades do duodeno e posteriormente se dissemina
até o íleo. A replicação nas células absortivas das
vilosidades provoca uma enterite, que resulta em
redução da absorção de nutrientes, diarréia e
desidratação. O vírus é excretado nas fezes um a dois
dias após a infecção. O CCoV pode ainda se
disseminar aos linfonodos mesentéricos, e
ocasionalmente replicar no baço e fígado. Adaptada
do site: www.bakerinstitute.vet.cornell.edu.
Figura 8.8. Patogenia da parvovirose canina. O CPV
penetra pela via oronasal e replica inicialmente na
orofaringe e nas tonsilas. Após a replicação primária, o
vírus atinge a corrente sangüínea e é transportado
sistemicamente pelo sangue. Os sítios de predileção
para a replicação secundária são as células das
criptas do intestino delgado, que expressam o receptor
para o vírus e estão em multiplicação ativa. A
replicação viral é acompanhada de destruição destas
células e reposição deficiente das células absortivas
das vilosidades intestinais. Os cães com gastrenterite
pelo CPV apresentam dificuldade de absorção de
nutrientes, diarréia hemorrágica e desidratação. A
infecção pelo CPV em filhotes caninos com menos de
seis semanas de idade pode ser caracterizada por
miocardite, pois nessa fase as células do miocárdio
estão em constante mitose. Adaptada do site:
www.bakerinstitute.vet.cornell.edu.
INFECÇÕES SISTÊMICAS ou DISSEMINADAS
- HIV
- Retrovírus em geral (BLV, EIAV, CAEV)
- BVDV (infecção persistente)
- Cinomose (pode ser disseminada)
- Dengue, Febre Amarela
- Malária
- Babesiose, anaplasmose
Figura 8.10. Patogenia da hepatite infecciosa canina. A
infecção pelo adenovírus canino tipo 1 (CAdV-1) pode
ocorrer pela via oral, nasofaringeal e/ou conjuntival,
seguida de replicação primária nas tonsilas e placas
de Peyer. Durante a viremia primária, o vírus se
dissemina no organismo e infecta as células
endoteliais dos vasos e as células parenquimais de
vários tecidos. A replicação no parênquima hepático
resulta em hepatite, com a ocorrência de hemorragia e
necrose no órgão. Também são enco ntradas lesões na
córnea e glomerulonefrite, resultantes da deposição de
imunocomplexos. O epitélio tubular renal é um sítio de
acesso limitado do sistema imune, permitindo a
persistência do CAdV-1 nesse local por vários meses.
Adaptada do site: www.bakerinstitute.vet.cornell.edu.
Figura 8.12. Patogenia da cinomose canina. O CDV
penetra geralmente pela via oronasal e replica
inicialmente nos epitélios e em macrófagos das vias
aéreas superiores, faringe e tonsilas. A replicação
primária é seguida de viremia que permite a
disseminação sistêmica do vírus e infecção de uma
variedade de linfonodos e acúmulos linfóides, levando
a um quadro de imunossupressão. Em cães que não
conseguem montar uma resposta imune eficiente, o
vírus produz uma viremia secundária, se dissemina e
replica em uma variedade de tecidos incluindo células
epiteliais da pele, dos tratos digestivo, respiratório e
urinário, no sistema nervoso central e no sistema
retículo-endotelial. Esses animais podem apresentar
uma variedade de manifestações clínicas, que
possuem correlação com os órgãos/ tecidos afetados.
A incapacidade de erradicar o vírus pode resultar em
persistência viral no SNC. Adaptada do site:
www.bakerinstitute.vet.cornell.edu.
FASES DO PROCESSO INFECCIOSO-DOENÇA
- Período de incubação
- Período pré-patente
- Período de transmissibilidade
- Período prodrômico
- Fase de convalescença
Fases do processo infeccioso-doença
Multiplicação
do agente
Período de incubação
Período
prodrômico
Sinais
Clínicos
Período clínico
(doença)
Período
Pré-patente
Período patente (transmissibilidade
ou comunicabilidade)
Dias
Infecção
Período de
convalescença
INTERAÇÕES AGENTE - HOSPEDEIRO
1. PATOGENIA
2. RESPOSTA IMUNOLÓGICA
Prof. Eduardo Furtado Flores
Prof. Carlos Augusto Mallmann
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