+ Clarissa Josgrilberg Pereira Virgínia Salomão Jornalismo Interpretativo 1 José Marques. Jornalismo Opinativo, + MELO, gêneros opinativos no jornalismo brasileiro. 3ª ed, rev. e ampliada. Campos de Jordão: Mantiqueira, 2003. CLASSIFICAÇÕES ESTRANGGEIRAS 20 EUA Fraser Bond Noticiário Notícia Reportagem Entrevista História de interesse humano Página Editorial Editorial Caricatura Coluna Crítica Alemanha Dovifat Espanha Martínez Alberto Peru Juan Gargurevich, Argentia Eugenio Castelli Bolívia Rivandeneira Prada Informativo Notícia Report Entrevista Informativo Notícia Reportagem nota informativa entrevista crônica testemunho gêneros gráficos campanha folhetim coluna resenha editorial reportagem Informativo Notícia Crônica Reportagem Informação Gazetinha Suelto Nota e artigo Crônica Nota da redação Entrevista De opinião Editorial Artigos Glosa Amenos Folhetim Crítica Recreio e Espelho Cultural Interpretativo Editorial Comentário Glosa, Crítica Ensaio Artigo 21 Opinião Editorial Comentário Nota Crítica Ameno Notas pitorescas Opinião Editorial Campanha Crítica Entretenimento MELO, José Marques. Jornalismo Opinativo, gêneros opinativos no jornalismo brasileiro. 3ª ed, rev. e ampliada. Campos de Jordão: Mantiqueira, 2003. + CLASSIFICAÇÕES BRASILEIRAS Na revisão que MM fez, poucas inovações – no JI a grande mudança foi o “desenvolvimento da reportagem, com o esforço analítico e documental que procurou situar mais precisamente o cidadão diante dos acontecimentos.” ( p.47) 22 Luiz Beltrão Jornalismo Informativo Notícia Reportagem História de interesse humano Informação pela imagem Jornalismo Interpretativo Reportagem em profundidade Jornalismo opinativo Editorial Artigo Crônica Opinião ilustrada Opinião do leitor José Marques de Melo Jornalismo informativo Nota Notícia Reportagem Entrevista Jornalismo opinativo Editorial Comentário Artigo Resenha Coluna Crônica caricatura Carta 23 Classificação José Marques de Melo JMM (2003, p.65) JMM (2006 - power point) Jornalismo informativo Nota Notícia Reportagem Entrevista Jornalismo Informativo Nota Notícia Reportagem Entrevista Jornalismo opinativo Editorial Comentário Artigo Resenha Coluna Crônica Caricatura Carta Jornalismo opinativo Editoria Comentário Artigo Resenha Coluna Crônica Caricatura Carta Jornalismo Interpretativo Dossiê Perfil Enquete Cronologia 28 Classificação – José Marques de Melo (2006) Categoria periodística: Jornalismo Gêneros e Formatos Informativo Nota Notícia Reportagem Entrevista Interpretativo Dossiê Perfil Enquete Cronologia Opinativo Editorial Comentário Artigo Resenha Coluna Crônica Caricatura Carta 29 Diversional História de interesse humano História colorida Utilitário Indicador Cotação Roteiro Serviço DOSSIÊ - Definição Mosaico destinado a facilitar a compreensão •dos fatos noticiosos. Condensação de dados sob a forma de “boxes”, ilustrados com gráficos, mapas ou tabelas. • Trata-se de matéria destinada a complementar •as narrativas principais de uma edição •ou para celebrar efemérides. • + •Mini-dossiê (saiba •Dossiê temático 30 mais) PERFIL - Definição + •Relato biográfico sintético, • identificando os “agentes” noticiosos. • os protagonistas •mais freqüentes da cena jornalístico, •incluindo figuras que adquirem notoriedade ocasional. •Focaliza 31 ENQUETE - Definição Relato das narrativas ou pontos de vista de • cidadãos aleatoriamente escolhidos. •Tanto pode ser restrita aos “olimpianos” •quanto abrangente, incluindo os “cidadãos comuns” • Destina-se a acionar os mecanismos psicológicos de •“projeção” ou “identificação”. •Tanto pode ser “quantitativa” (ibope) •quanto “qualitativa” (mini-depoimento) •ou combinar as duas formas. • + 32 CRONOLOGIA – Definição •Reconstituição + do acontecimento de acordo com variáveis temporais (secular, anual, semanal, horária). Destina-se a reconstituir o fluxo das ocorrências, permitindo sua melhor compreensão pelo receptor. Trata-se de ilustração que complementa a cobertura de fatos extraordinários •ou cuja dinâmica tem como •alavanca o fator “tempo”. 33 + BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 A interpretação jornalística consiste no ato de submeter os dados recolhidos a uma seleção crítica, a fim de proporcionar ao público os que são realmente significativos. ( p.12) Essa aptidão de tirar o essencial do acidental, o permanente do corrente (...) exige lastro cultural e ético, além de vocação, e se desenvolve pela experiência. (p.13) O jornalismo não se dirige a um indivíduo ou a um grupo determinado, mas a toda sociedade. (p.13) 36 + BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 A massa, inclui também homens cultos. A estes (...) é que se deve o surgimento do jornalismo interpretativo, um jornalismo em profundidade, à base de investigação, que começa a representar a nova posição da imemorial atividade social da informação de atualidade. Um jornalismo que oferece todos os elementos da realidade, a fim de que a massa, ela própria, a interprete. 40 + BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 Para evitar o melancólico fim de tantas revistas e jornais é que os editores partiram para o que se denominou jornalismo em profundidade ou jornalismo investigativo. (p.44) Esse jornalismo se propunha a completar a informação audiovisual, ampliar a informação superficial que apenas dizia o que havia ocorrido.” ( p.44) 42 + BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 Ele cita Dines sobre o jornalismo investigativo no Brasil (1963, JB): Jornalismo investigativo não é jornalismo de sensações nem de escândalos. Ele relaciona-se com o jornalismo interpretativo ou analítico, pois, ai inquirir sobre as causas e suas origens dos fatos, busca também a ligação entre eles e oferece a explicação de sua ocorrência’. ( p.45) 43 + BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 A interpretação de que se trata é a do jornalista. O que se oferece a esse público é aquilo que julgamos nós que necessita saber e o material informativo deve ser por nós analisado, como parte de uma opinião jornalística. (p.46) O jornalismo interpretativo é o objetivismo multiangular da atualidade apresentada pelos agentes da informação pública para que nós próprios, os receptores, o analisemos, julguemos e possamos agir com acerto. (p.46) 44 + BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 Jornalismo e Interpretação (ele cita Clemente Santamarina - Manual de Periodismo. Buenos Aires, 1947) A análise preliminar de submeter os dados recolhidos a uma seleção crítica, e transformá-la em matéria para a divulgação é a interpretação jornalística. Interpretação que é um exercício da inteligência e do discernimento de um agente qualificado, com excepcional aptidão para apreender toda a significação do fato para a comunidade”. (p.46) 45 + BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 2º) A dinâmica da cultura alterou a percepção da massa, capacitando-a a receber e interpretar a mensagem, desde que não lhes sejam escamoteados os dados essenciais. A falta de compreensão ou aceitação desse estágio da cultura popular constitui um dos fatores que mais pesam contra a implantação do jornalismo interpretativo – entendido como a informação que, sem opinar, coloca diante da massa o quadro completo da situação de atualidade. (p.49-50) 48 + BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 O que o jornalismo contemporâneo reclama de seus agentes, seja ele investigativo (que inquire sobre as causas e origens dos fatos), seja interpretativo ou analítico (que busca a ligação entre eles e oferece a explicação de sua ocorrência) é uma atitude grave , estudiosa e sobretudo responsável. (p.54) 49 + BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 JI – Técnica - Etapas: A) A identificação do objeto (fato, idéia, situação que constitui o núcleo da informação, portanto a fonte é o jornalismo informativo); tem critérios de valoração: 1) Valor absoluto – valor da notícia em si mesma Proximidade no tempo (capaz de afetar a vida do leitor) Proximidade no espaço (localização da ocorrência) Número e qualidade das pessoas envolvidas (nº pessoas afetadas, celebridades) Valor material e/ou ideológico (afetar o equilíbrio econômico e cultural) 50 + BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 JI – Técnica - Etapas: 2. Valor intrinsecamente relativo – proporcionado por um detalhe que dá um relevo inesperado (ave/mar) 3. Valor extrinsecamente relativo – depende das circunstâncias (banco) 51 + documentação da ocorrência (identificado o fato, aprofundar essa realidade) A BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 JI – Técnica - Etapas: A decomposição da ocorrência em seus elementos básicos – através do conhecimento e da análise das fontes de informação (distinguir os propósitos das fontes) e dos elementos que apresentam lacunas de significação 3 Q – quem, que e quando C - como O – onde Pq – por que Ef – com que efeitos 52 + BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 investigação dos valores e aspectos opacos da ocorrência e a sua coleta para estruturação do corpo da informação. (não é ma simples pesquisa em arquivos que complementam a notícia e sim os dados “que se combinam e a cuja resultante podemos chamar informação”) A O Pq e o Ef - quase simultaneamente ao fato Cada testemunho, cada documento recolhido é uma mescla de dados e de pontos de vista – exige esforço, experiência e frieza para separar uns dos outros até formar uma imagem nítida. 53 + BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 JI deve ser entendido como a informação que, sem opinar, coloca diante da massa o quadro completo de atualidade. [...] a interpretação jornalística é atributo do exercício profissional consciente. Se o jornalista ultrapassa os limites da busca do sentido dos diferentes forças que atual em uma situação, configurada em suas origens e em suas possíveis projeções, se submete os dados colhidos e o sentido encontrado a uma escala de valores própria, pessoal, estará em pleno domínio de opinião. (BELTRÃO, 2002, p. 57) 54 + fim 55