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Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
à Docência – PIBID/UEPB – GEOGRAFIA
Oficina sobre correntes teórico-metodológicas da
Geografia e seus reflexos no ensino de Geografia
Escola Estadual de Ensino Médio Inovador e Profissionalizante
Hortênsio de Sousa Ribeiro (PREMEN)
Josandra Araújo Barreto de Melo (Coordenadora)
Luiz Arthur Pereira Saraiva (Supervisor)
João Manoel Bezerra (Tutor)
Edilson dos Santos Silva (Bolsista)
Rosane Leite de Moura (Bolsista)
Zenis Bezerra Freire (Bolsista)
OBJETIVOS
• Caracterizar cada uma das correntes teórico-metodológicas da
Geografia;
• Discutir de que forma as mesmas se manifestam na forma como o
professor aborda os conteúdos da disciplina (e como isso reflete nas
competências do ensino);
• Obter informações sobre o grupo de supervisores, bolsistas e tutores
do PIBID/UEPB – Geografia, a partir de seus conhecimentos prévios
sobre a temática e apreensão de conhecimentos pós-oficina.
ATIVIDADE DECORRENTE
Realização de revisão teórico-metodológica sobre a temática,
procurando elaborar uma reflexão a ser utilizada nos artigos e demais
produções que serão construídas posteriormente, dotando-as de
método científico-didático e formação profissional político-filosófica.
QUESTIONÁRIOS
• Obtenção de informações sobre membros do PIBID/UEPB –
Geografia;
• Questões enquanto instrumentos de apreensão e banco/fonte de
dados para publicações futuras do grupo PREMEN;
• Respostas pessoais e qualitativas a respeito de conhecimentos
prévios e obtidos depois da oficina.
MÉTODO E GEOGRAFIA: a necessidade de um
diálogo constante na produção e ensino científicos
Refletir sobre a contemporaneidade e as ciências que buscam compreender e
explicar a realidade é um exercício constantemente necessário. O mundo gira, as ciências
mudam, os pensamentos se transformam (ou são revividos pelos prefixos de “neo” ou
“pós”), e as lógicas entram em conflitos ou crises na busca de uma hegemonia que dizem
como tudo deve ser.
A geografia apresenta um corpo epistemológico variado de conceitos, métodos,
aplicações e diálogo com outros saberes. Contudo, tais variações que deveriam ser uma
grande riqueza, foram muitas vezes interpretadas equivocadamente, desde a nomenclatura de
ciência de síntese até o enciclopedismo que caracteriza a “tortura geográfica” e ainda se faz
presente nos currículos escolares.
A confusão entre método e procedimentos metodológicos ainda se apresenta em
dados meios acadêmicos. Maior ainda a confusão quando determinados procedimentos são
rotulados ou classificados como únicos de um dado método e, por isso, não são “adequáveis”
às pesquisas de métodos diferentes. O método aqui apontado vincula-se ao método de
interpretação, em outras palavras, “à concepção de mundo do pesquisador, sua visão da
realidade, da ciência, do movimento etc. É a sistematização das formas de ver o real, a
representação lógica e racional do entendimento que se tem do mundo e da vida” (MORAES;
COSTA, 1999, p. 27).
A CORRENTE TEORÉTICA-QUANTITATIVISTA
• O que é?
• Onde surgiu?
• Os métodos da Geografia Teorética;
• Principais ideias e propostas da Nova Geografia;
• A Geografia quantitativista no Brasil.
• A Nova Geografia = Neopositivismo
• Na Nova Geografia podemos especificar algumas de suas metas
básicas:
 Rigor maior na aplicação da metodologia cientifica;
 Desenvolvimento de Teorias;
 Uso de técnicas estatísticas e matemáticas;
 Uso de modelos.
GEOGRAFIA CRÍTICA: pensando mudanças e espaços
• O que é isso? origem e contexto da geografia crítica:
 Uma geografia alternativa e de mudanças;
 Dimensões social e política privilegiadas;
 Contexto de contestação (décadas de 1960 e 1970);
 Marxismo(s) e criticidade(s): entre o diálogo e o dogmatismo;
 Variações entre os contextos.
• Método
Método materialista crítico-dialético. Não há soberania entre
sujeito e objeto, antes uma relação de reciprocidade e condicionamento
mútuo. Questões como transformações, contradições (tese, antítese, síntese),
movimentos, processos, dinâmicas e inserção no sistema capitalista permeiam
discussões. O questionamento e a crítica são instrumentos de transformação
social, buscando diálogo entre teoria e prática ou tentativas nesse sentido
(SPOSITO, 2004).
• Apreensão de alguns conceitos-chave pela geografia crítica:
Espaço – Enquanto produto da
sociedade capitalista (HARVEY, 2006;
SANTOS, 2008 e 2009) e redescoberta
na teoria social crítica (SOJA, 1993).
Região – O DGD tem seu aporte nas
regiões em sua contextualização
capitalista (SOJA, 1983 e 1993;
HARVEY, 2004 e 2006).
Território – Produto das desiguais relações
sociais e seus respectivos usos, incluindo aqui os
exercícios do poder e a institucionalização de
uma dada ordem (RAFFESTIN, 1993; SANTOS
& SILVEIRA, 2005).
Paisagem – Além da forma espacial, um
acúmulo dos tempos (SANTOS, 2009).
• Algumas ideias principais
 Pós-marxismo, diversidade e negação do dogmatismo (SILVA, 1990);
 A geografia dos Estados-maiores e a dos professores – em torno de um saber
estratégico em mãos de alguns (LACOSTE, 2010);
 Ciência e espaço enquanto produtos sociais (GOMES, 2007);
 Formação socioespacial e MPC (SANTOS, 2008);
 Dialética espacial e relação entre espaço, tempo e ser social (SOJA, 1993);
 Acessibilidade e distanciamento, apropriação e uso, domínio e controle,
produção do espaço (LEFEBVRE APUD HARVEY, 2010);
 Importância da geografia e do espaço para o capitalismo (HARVEY, 2006).
FENOMENOLOGIA
• Conceito
“[...] Descrição de todos os fenômenos ou essências que aparecem
à consciência e que são constituídas pela própria consciência, isto
é, são as significações de todas as realidades, sejam elas naturais,
materiais, ideias ou culturais.” (SUERTEGARAY, 2005, p. 30)
• Surgimento
 Ideias de Edmund Husserl (1859-1939);
 Contribuição para as Ciências Humanas;
 Contribuição para a Geografia;
 Geografia Humanista;
 Geografia Cultural.
GEOGRAFIA HUMANISTA
•
•
•
•
•
Contexto de discussão inicial;
Humanismo;
Perspectiva Humanista;
Temas da Geografia Humanista;
Principais Autores.
GEOGRAFIA CULTURAL
• Discussões iniciais;
• Perspectiva da Geografia Cultural;
• Principais Autores.
AS GEOGRAFIAS E SUAS PRÁTICAS DE ENSINO
• A Geografia atual vive um embate teórico-metodológico e prático
em quatro frentes:
 Geografia Tradicional (descritiva e determinista) e a chamada
Nova Geografia (construída sobre o neopositivismo);
 Embate entre a Geografia Tradicional e a Geografia Critica
(fundamentada no materialismo histórico);
 Relação entre a Nova Geografia e a Geografia Critica;
 Coexistência entre as correntes (“tendência” ao pluralismo).
A GEOGRAFIA NEOPOSITIVISTA E O ENSINO
• Questiona o empirismo e a pouca cientificidade do Positivismo;
• Valorização das abordagens quantitativas;
• No ensino destaca-se o uso de esquemas e tabelas para explicar
fenômenos geográficos;
• Uso de mapas e imagens apenas com o caráter descritivo e
informativo;
• Distanciamento do ensino e a realidade do aluno.
A GEOGRAFIA CRÍTICA E SUA RELAÇÃO COM O
ENSINO
• Geografia Tradicional x Geografia Crítica
• Influências no ensino:
 Proposta de uma análise mais profunda e concreta do espaço, o
verdadeiro objeto da Geografia;
 Realidades sociais e espaciais postas em discussão.
• Quanto aos livros didáticos:
 Perdem o caráter essencialmente informativo, buscando analisar as
conjunturas sociais presentes na época;
 Carvalho (2004), considera que o primeiro livro de Geografia Critica do
Brasil foi, Estudos de Geografia, Melhem Adas.
• A geografia crítica e as propostas dos PCNs
 Didática voltada para as práticas sociais;
 Análise das relações produtivas, econômicas e suas influências na
sociedade.
• Quanto as práticas adotadas pelos professores:
 Discurso critico e questionador das realidades sociais impostas;
 A ciência geográfica passa a ser questionada, adquirindo um viés
ideológico.
GEOGRAFIA HUMANISTA
• Tendências fenomenológicas e, por vezes, cultural;
• Ênfase nos sujeitos do processo ensino-aprendizagem;
• Cotidiano e experiência;
• Percepção e vivência;
• Formação social do conteúdo e aplicação de conceitos visando
compreensão e interpretação dos assuntos na prática diária.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Cada corrente da geografia experimentou seus dogmatismos e rupturas!
Expostas tais correntes/abordagens/tendências, às vezes “prisões” do
pensamento geográfico e científico, é importante duvidar dos rótulos e se
perguntar se classificar um autor em neopositivista, marxista, fenomenológico,
estruturalista, liberal ou conservador ainda contribui para a análise da realidade
espacial.
Não é útil ao desenvolvimento da geografia (e científico, em geral) apontar
qual o método adequado ou mesmo qual é o melhor método, caindo no risco de,
ao propor uma ruptura cair em um dogmatismo e consenso cego e acrítico, que
não reconhece a pluralidade do mundo atual.
É importante que cada professor-pesquisador da geografia escolha e
decida pelo(s) método(s) que julgar mais significante(s) para sua prática
profissional e posicionamento sobre a realidade socioespacial, mas são falaciosos o
isolamento e a negação da contribuição alheia. Surge daí uma necessidade de
diálogo entre geógrafos e seus métodos. Se não reconhecimento, pelo menos o
respeito.
REFERÊNCIAS
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em 01 set. 2012.
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ANPEGE. n. 1. 2011.
CLAVAL, Paul. Campo e perspectiva da geografia cultural. In: CORRÊA, Roberto Lobato; ROSENDAHL, Zeny (Org.). Geografia Cultural: um século
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CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática. 2008.
CHRISTOFOLETTI, Antonio (Org.). Perspectivas da geografia. 2. ed. São Paulo: DIFEL, 1985.
GOMES, Paulo César da Costa. Geografia e modernidade. 6. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
HARVEY, David. A produção capitalista do espaço. 2. ed. São Paulo: Annablume, 2006.
______. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. 19. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2010.
______. Espaços da esperança. São Paulo: Edições Loyola, 2004.
LACOSTE, Yves. A geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. 17. ed. Campinas: Papirus, 2010.
PONTUSCHKA, Nidia Nacib; PAGANELLI, Tomoko Iyda; CACETE, Núria Hanglei. Para ensinar e aprender geografia. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2009.
RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2009.
______. Da totalidade ao lugar. São Paulo: Edusp, 2008.
______. Por uma geografia nova: da crítica da geografia a uma geografia crítica. 6. ed. São Paulo: Edusp, 2008.
______. Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico-científico-informacional. 5. ed. São Paulo: Edusp, 2008.
SANTOS, Milton; SILVEIRA, María Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. 7. ed. Rio de Janeiro: Record, 2005.
SILVA, Armando Corrêa da. Ponto de vista – o pós-marxismo e o espaço cotidiano. Geografia: pesquisa e prática social. Revista Terra Livre. n. 7, São
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SOJA, Edward W. Geografias pós-modernas: a reafirmação do espaço na teoria social crítica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1993.
______. Uma concepção materialista da espacialidade. In: BECKER, Bertha Koiffman; COSTA, Rogério Haesbaert; SILVEIRA, Carmen B. (Org.).
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SUERTEGARAY, Dirce Maria Antunes. Notas sobre Epistemologia da Geografia. Cadernos Geográficos, Florianópolis, n. 12, mai. 2005.
TUAN, Yi-Fu, Geografia Humanística. In CHRISTOFOLETTI, Antonio (Org.). Perspectivas da geografia. 2. ed. São Paulo: Difel, 1985.
OBRIGADO!!!!!
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