segundo reinado - Nao me venha com história

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SEGUNDO REINADO
Alunos:
Gusttav Lang
Lucas Hachmann
Mateus Rockenbach
Rauan Dulaba
•
O Segundo Reinado iniciou-se com a declaração de maioridade de
Dom Pedro II, realizada no dia 23 de julho de 1840. Na época, o
jovem imperador tinha apenas quinze anos de idade e só conseguiu
ocupar o posto máximo do poder executivo nacional graças a um
bem arquitetado golpe promovido pelos grupos políticos liberais
Antes do novo regime monárquico, o período regencial foi
caracterizado por uma política conservadora e autoritária que
fomentou diversas revoltas no Brasil. As disputas políticas do
período e o desfavor promovido em torno do autoritarismo vigente
permitiram que a manobra em favor de Dom Pedro de Alcântara
tivesse sustentabilidade política. Nos quarenta e nove anos
subseqüentes o Brasil esteve na mão de seu último e mais longevo
monarca.
Para contornar as rixas políticas, Dom Pedro II contou com a
criação de dispositivos capazes de agraciar os dois grupos políticos
da época. Liberais e conservadores, tendo origem em uma mesma
classe sócio-econômica, barganharam a partilha de um poder
repleto de mecanismos onde a figura do imperador aparecia como
um “intermediário imparcial” às disputas políticas. Ao mesmo tempo
em que se distribuíam ministérios, o rei era blindado pelos amplos
direitos do irrevogável Poder Moderador.
Economia do café e imigração
• O café foi introduzido no Brasil no ano de 1717, porém a sua
produção só veio adquirir importância no início do século XIX tendo
como causa principal a decadência da produção do ouro, para onde
estavam voltadas as atenções da economia da colônia. O café foi o
fator de recuperação econômico-financeira do país: ele reintegrou a
economia brasileira, essencialmente agrícola, nos setores em
expansão do mercado mundial.
• Além dos mercados europeus, o café brasileiro começa a invadir o
mercado norte-americano, tornado, ainda neste século, o principal
consumidor do Brasil. Por volta de 1870, o café representa 56% da
pauta de exportações, atingindo 61% na década de 1880.
• A organização das fazendas de café no vale da Paraíba e em Minas
Gerais defrontou-se com a falta de mão-de-obra. A ampliação dos
cafezais aumentou a necessidade de trabalhadores de tal forma,
que foi preciso comprar escravos do exterior, embora os ingleses,
de quem dependíamos economicamente, fizessem pressões para
eliminar o tráfico negreiro.
• Diante de tantas promessas não cumpridas em relação
a extinção do tráfico, os ingleses decretaram o Bill
Aberdeen, decreto através do qual a Inglaterra tinha o
direito de aprisionar qualquer navio negreiro e julgar os
traficantes. Esse decreto, além de não diminuí o
comércio escravo, aumentou sensivelmente seu preço.
• Finalmente, em 1850, cedeu-se às pressões inglesas e
promulgou-se a Lei Eusébio de Queiroz, extinguindo-se
definitivamente o tráfico. A solução para falta de mãode-obra na lavoura cafeeira apoiou-se no incentivo à
imigração.
• As divisas provenientes do café, principal produto da
economia, possibilitaram o pagamento dos
financiamentos das obras do governo e posteriormente
no setor industrial. A partir de 1850, alcança o Império, o
equilíbrio orçamentário e a estabilidade cambial.
Acumula-se capitais, efetuando-se obras administrativas
de grande porte.
• Em pouco tempo as dívidas forçavam o imigrante a sujeitar-se a um
regime de semi-escravidão. Em 1857, os colonos de Ibicaba se
revoltaram levando as autoridades germânicas a proibir a imigração
para o Brasil. Fracassando o sistema de parceria, os fazendeiros
passaram a pagar ou um preço fixo por alqueire trabalhado, ou uma
remuneração fixa mensal: introduzia-se no país o trabalho
assalariado.
• Com a implantação da economia cafeeira em bases capitalistas,
surge uma nova classe dominante: a burguesia cafeeira. O
proprietários ligados ao café comandavam todos os setores da
economia, coisa que não acontecia no engenhos de açúcar, onde
os proprietários apenas cuidava da produção, ficando a
comercialização e o setor financeiro a cargo de outros setores.
Guerra do Paraguai
•
A guerra do Paraguai se estendeu de 1865 a 1870.
Nessa época, sob o governo de Francisco Solano
López, o Paraguai era um país praticamente autosuficiente – produzia tudo aquilo que precisava – mas
não tinha saída para o mar; para chegar ao mar passava
pelo rio da Prata, nas fronteiras com o Brasil, a
Argentina e o Uruguai, e tinha, por isso mesmo,
interesse em aumentar seu território. O Brasil tinha
interesse em controlar a navegação por esses rios, que
era o caminho mais fácil para o Mato Grosso. A
Argentina pretendia que o Paraguai voltasse a fazer
parte do seu território. A Inglaterra via na Guerra uma
oportunidade de abrir o mercado paraguaio aos seus
produtos. Juntando-se aos interesses, a Inglaterra
emprestou dinheiro, a juros altos, e o Brasil, a Argentina
e Uruguai entraram com soldados.
• No fim de 5 anos de combates, a Inglaterra só ganhou –
com o retorno do dinheiro emprestado e dos juros e com
a abertura do mercado paraguaio ao seus produtos; o
Brasil e a Argentina ganharam – terras paraguaias – e
perderam – milhares de mortos e a destruição de suas
economias; o Paraguai só perdeu – com a sua
destruição, forma mortos três em cada quatro
paraguaios, sua população passou de 800 000 para 194
000 pessoa.
• Terminada a Guerra, o Império brasileiro estava com
sua economia fortemente abalada e o exército passou a
assumir posições contrárias à sociedade escravista.
Declínio do Segundo reinado
• A crise do Império foi resultado das
transformações processadas na economia e na
sociedade, a partir do século XIX., somando-se
conduziram importantes setores da sociedade a
uma conclusão: a Monarquia precisava ser
superada para dar lugar a um outro regime
político mais adaptado aos problemas da época.
• A crise do Império foi marcada por uma série de
questões que desembocaram na Proclamação
da República.
QUESTÃO ABOLICIONISTA:
• Os senhores de escravos não se conformaram com a
abolição da escravidão e com o fato de não terem sidos
indenizados. Sentindo-se abandonados pela Monarquia
passaram a apoiar a causa republicana, surgindo os
chamados Republicanos de 13 de Maio (chamada assim
por causa da data em que a Lei Áurea foi assinada). As
principais leis que contribuíram para o fim da escravidão
no Brasil foram: 1850, Lei Eusébio de Queiroz (extinguia
o tráfico negreiro); 1871, Lei do Ventre Livre (os filhos de
escravos seriam considerados livres, devendo aos
proprietários criá-los até os oito anos); 1885, Lei dos
Sexagenários (quando o escravo completasse 65 anos
eles estariam libertos); e 13 de Maio de 1888, Lei Áurea
(abolição total da escravidão, assinada pela princesa
Isabel, que substituía provisoriamente o Imperador).
QUESTÃO RELIGIOSA:
• A questão religiosa consistiu num conflito
entre dois bispos, D. Vital e D. Macedo
Costa, que insistiram em aplicar no país
determinações papais que não haviam
obtido a aprovação (placet) do Imperador,
como determinava a constituição. Esse
poder de veto imperial chamava-se
beneplácito. Processados e condenados,
o assunto serviu para afastar a igreja do
trono.
QUESTÃO MILITAR:
• Durante o Império havia sido aprovado o projeto Motepio, pelo qual
as famílias dos militares mortos ou mutilados na Guerra do
Paraguai recebiam um pensão. A guerra terminara em 1870 e, em
1883 o montepio ainda não estava pago. Os militares encarregaram
então o tenente-coronel Sena Madureira de defender os seus
direitos. Este, depois de se pronunciar pela imprensa, atacando o
projeto Montepio, foi punido. A partir de então, os militares ficaram
proibidos de dar declarações à imprensa sem prévia autorização
imperial.
• O descaso que alguns políticos e ministros conservadores tinham
pelo Exército levava-os a punir elevados oficiais, por motivos
qualificados como indisciplina militar. As punições disciplinares
conferidas ao tenente-coronel Sena Madureira e ao coronel Ernesto
Augusto da Cunha Matos, provocou revolta em importantes chefes
de Exército, como o Marechal Deodoro da Fonseca.
Proclamação da República
•
•
•
O Governo Imperial, percebendo, embora tardiamente, a difícil situação em
que se encontrava com o isolamento da Monarquia, apresentou à Câmara
dos Deputados um programa de reformas políticas, do qual constavam:
liberdade de fé religiosa; liberdade de ensino e seu aperfeiçoamento;
autonomia das Províncias; mandato temporário dos senadores.
Entretanto, as reformas chegaram tarde demais. No dia 15 de novembro de
18889, o Marechal Deodoro da Fonseca assumiu o comando das tropas
revoltadas, ocupando o Quartel General do Rio de Janeiro. Na noite de do
dia 15, constituiu-se o Governo Provisório da República dos Estados
Unidos do Brasil. D. Pedro II, que estava em Petrópolis durante esses
acontecimentos, recebeu, no dia seguinte, um respeitoso documento do
novo Governo, solicitando que ele se retirasse do País, juntamente com
sua família.
Proclamada a República, no mesmo dia 15 de novembro de 1889, forma-se
um governo provisório, sendo o chefe do governo Marechal Deodoro da
Fonseca.
UTFPR
FIM
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