A gloriosíssima Virgem, pela qual grandes coisas realizou aquele que é onipotente, resplandeceu de tal abundância celestes, com tal plenitude de graça e tal inocência, que se tornou como um milagre de Deus por excelência, antes o àpice de todos seus milagres, a digna Mãe de Deus. Posta, no que é possível a uma criatura, o mais próximo de Deus, tornou-se superior a todos os louvores dos homens e dos anjos. Conseqüentemente, para demonstrar a inocência e a justiça original da Mãe de Deus, não só a comparam com Eva ainda virgem, ainda inocente, ainda incorrupta e não ainda enganada pelas mortais insídias da serpente mentirosa. Eva, afinal, desastradamente deu ouvidos à serpente e decaiu da inocência original, tornando-se sua escrava. A beatíssima Virgem, ao invés, aumentou continuamente o dom recebido na sua origem, e longe de prestar ouvidos à serpente, com a divina ajuda, esvaziou-lhe radicalmente a violência e o poder. Por isso jamais cessaram de atribuir à Mãe de Deus os mais belos nomes: lírio entre os espinhos; terra completamente intacta; sempre bendita; imaculada, livre de todo pecado ao qual formou o novo Adão; potência do Espírito Santo; renovo não da ira mas da graça...