Ciclo celular Os citologistas dividem o ciclo celular em duas etapas: divisão celular e intérfase. Divisão celular – Compreende a mitose (divisão do núcleo) e a citocinese (divisão do citoplasma). Intérfase – período em que a célula não está em divisão. Intérfase A intérfase, período em que a célula não está se dividindo, foi impropriamente chamada de período de “repouso” celular. Na realidade, a maioria das reações químicas da célula ocorrem durante a intérfase, incluindo a duplicação do DNA e o crescimento da célula. Na intérfase, os cromossomos estão descondensados e são tão finos que não podem ser visualizados individualmente, mesmo com os mais potentes microscópios ópticos. Foi exatamente por isso que se empregou originalmente, o termo cromatina para designar o conjunto filamentoso do núcleo interfásico; não se sabia, na época, que a cromatina correspondia a um conjunto de filamentos individualizados, os cromossomos. Divisão celular Divisão celular é o processo pelo qual uma célula se transforma em duas células filhas. Nesse caso, dividir significa duplicar, pois as novas células são capazes de crescer e de se transformar em células idênticas à original. A divisão celular é a maneira pela qual organismos unicelulares se reproduzem e as células dos organismos multicelulares se multiplicam, possibilitando o crescimento. Cada um de nós já foi uma única célula, a partir da qual surgiram, por divisões celulares sucessivas, as dezenas de trilhões de células que formam nosso corpo. Os dois tipos de divisão Há dois tipos fundamentais de divisão celular: a mitose e a meiose. Mitose – uma célula se divide, originando duas células-filhas exatamente iguais à célula inicial. Permite que os organismos pluricelulares cresçam por aumento do número de células e substituam células mortas. Ou seja, nos seres eucariontes é o processo de divisão responsável pelo crescimento, desenvolvimento e reposição de células envelhecidas. Meiose – ocorrem duas divisões, obtendo-se como resultado final quatro células com exatamente a metade dos cromossomos existentes na célulamãe. Ou seja, tem por função a produção de células germinativas. Óvulos e espermatozóides, nos animais, e esporos, nos vegetais, são produzidos por meiose. Fases da Mitose Ao longo da 1) Prófase mitose ocorrem 2) Metáfase eventos marcantes, 3) Anáfase escolhidos pelos 4) Telófase cientistas para identificar quatro fases no processo. 1) Prófase (Intérfase) Os cromossomos se condensam; Os nucléolos desaparecem; A cariotéca se desfaz; Formação do fuso mitótico (ou fuso acromático). O fuso é um conjunto de fibras orientados de um pólo a outro da célula, cuja função é conduzir os cromossomos para os pólos celulares durante a anáfase. 2)Metáfase Cromossomos atingem o máximo de condensação; Cromossomos migram para a região equatorial da célula; Cada cromossomo se une aos dois pólos da célula por meio das fibras do fuso mitótico. 3) Anáfase Cromátides-irmãs se separam, puxadas para pólos opostos pelo encurtamento das fibras do fuso mitótico 4) Telófase Os cromossomos se descondensam, os nucléolos reaparecem, e as fibras do fuso mitótico desaparecem; Ocorre a cariocinese: divisão do núcleo; Ocorre a citocinese: divisão do citoplasma; A carioteca se reorganiza ao redor de cada núcleo filho. As células filhas se separam. Prófase I Metáfase I Divisão I (Reducional) Anáfase I Telófase I Meiose Prófase II Divisão II (Equacional) Metáfase II Anáfase II Telófase II Fases da Meiose A meiose sempre parte de uma célula diplóide e dá origem a quatro células haplóides. A importância da redução dos cromossomos fica evidente quando lembramos que, na fecundação, os gametas se fundem, restabelecendo o número dipóide da espécie. Alterações cromossômicas na espécie humana O tamanho, a forma e o número de cromossomos são constantes entre os indivíduos de mesma espécie. Os desvios em relação ao cariótipo normal, conhecidos como aberrações cromossômicas, geralmente causam grandes transtornos ao funcionamento celular, produzindo doenças graves ou mesmo a morte das pessoas portadoras. As alterações cromossômicas podem ser numéricas, quando afetam o número de cromossomos da célula, ou estruturais, quando afetam a estrutura de um ou mais cromossomos do cariótipo. Síndrome de Down Os indivíduos portadores dessa síndrome apresentam trissomia do par de cromossomos “21”. Os portadores podem ser do sexo masculino ou feminino, apresentando o cariótipo “45+XY” e “45+XX” respectivamente. Sintomas: retardamento mental, frequentemente nascem com defeitos cardíacos, entre outros. Síndrome de Klinefelter Os indivíduos portadores dessa síndrome, apresentam trissomia do cromossomo sexual, ou seja, apresentam um cromossomo sexual a mais, apresentando cariótipo “44+XXY” Principais características: sexo masculino, pênis e testículos reduzidos, estatura geralmente anormal, seios desenvolvidos, o corpo ganha contornos femininos, escassez de pêlos pubianos, deficiência mental. Síndrome de Turner Os indivíduos dessa síndrome apresentam monossomia do cromossomo “X”, ou seja, não tem um dos cromossomos “X”, apresentando cariótipo “44+X” Principais características: sexo feminino, ovários rudimentares, estatura baixa, pescoço alado e tórax largo, seios pouco desenvolvidos, vagina estreita, anomalias cardíacas e esqueléticas, retardamento mental.