Capitulo 17: Ciclo de divisão celular (aula 7 - 2º semestre) - forma fundamental de reprodução dos seres vivos - substituição de células danificadas ou perdidas por morte celular programada - produz um par de células geneticamente idênticas, após replicação fiel do DNA e segregação de duas células filhas Sistema de controlo do ciclo celular Antigamente: estudado pela observação de eventos de segregação cromossómica por microscopia óptica e replicação do DNA medindo-se a incorporação de precursores radioactivos. Recentemente: pensa-se que o sistema coordena um ciclo como um todo através da activação/desactivação de proteínas. O ciclo celular é dividido em interfase e mitose seguido de citocinese. Interfase Periodo mais longo, de duração variável, no qual ocorre aumento celular e replicação do DNA G1- intervalo entre o término da mitose e a síntese de DNA, no qual a células monitoriza o seu crescimento e tamanho. Fase S – momento de replicação do DNA e génese dos centriolos. G2- intervalo entre a síntese e o inicio da mitose seguinte, fornecendo um intervalo que assegura uma completa replicação. G1 e G2 proporcionam o tempo necessário ao crescimento celular. Células em G1 podem interromper o seu crescimento e permanecer num estado de repouso chamado G0. Os ciclos de células embrionárias nos estágios iniciais são os ciclos mais curtos que se conhecem, pois ocorrem sem crescimento – G1 e G2 são drasticamente encurtados – sendo metade do tempo gasto com a fase S e metade com a fase M. Como podemos saber em que parte do ciclo celular se encontra uma célula? Células em fase S podem ser reconhecidas pela incorporação de moléculas marcadas de timidina – composto utilizado pelas células exclusivamente para síntese de DNA. O marcador pode ser radioactivo ou químico (3H- timidina ou bromodesoxiuridina – BrdU). Os núcleos das células são reconhecidos por auto-radiografia (aparecem grânulos de prata – manchas pretas) ou por coloração com anticorpo anti-BrdU) Normalmente, numa população de células em crescimento cerca de 30% estarão em fase S (são marcadas pelo precursor de DNA): Esta técnica permite também calcular o tempo que uma célula demora a passar da fase S para G2→fase M→fase G1→novamente fase S. Podemos também saber em que fase do ciclo se encontra a célula pela medição do seu conteúdo de DNA, o qual duplica na fase S, usando um aparelho que mede a fluorescência das células activadas (directamente proporcional à quantidade de DNA) → técnica que permite a análise de um elevado número de células e saber a duração das fases G1, S e G2+M seguindo-se um conjunto de células em dada fase, usando as medidas de DNA para monitorizar o progresso destas. Mitose A mitose começa com a profase, que é marcada por um aumento da fosforilação da proteínas especificas, disparado pela actividade da MPF (proteinoquinase mitose-induzida). Uma consequência dessa fosforilação é uma distribuição anormalmente dinâmica dos microtubulos, agregados nos centrossomas duplicados que formam os pólos do fuso. Um subgrupo dos microtubulos de cada centrossoma torna-se estável aparentemente por ligações cruzadas a microtubulos do centrossoma oposto, formando os microtubulos polares, que parecem agastar os pólos. Após o desmantelamento do envelope nuclear na pró-metafase os cinetocoros nos cromossomas condensados capturam e estabilizam outros subgrupos de microtbulos dos tantos que crescem continuamente em cada pólo do fuso. Os microtubulos com cinetocoros de pólos opostos empurram os cinetocoros de cada cromossoma duplicado em direcções opostas, criando uma tensão que estabiliza a ligação com o cinetocoro. Forças em equilíbrio nos cinetocoros também conduzem os cromossomas para o equador do fuso, formando a placa metafásica. As subunidades de tubulina nos microtubulos do fuso na metáfase sofrem uma transferência continua do equador para os pólos do fuso. Na anafase, as cromatides-irmãs afastam-se repentinamente e são puxadas para pólos opostos (movimento da anafase A). Neste meio tempo, os dois pólos afastamse (movimento da anafase B). na telofase, o estágio final da mitose, o envelope nuclear é reconstruído na superfície de cada grupo de cromossomas separado, à medida que proteínas foram fosforiladas no inicio da fase M vão sendo desfosforiladas. Ambiente e crescimento O crescimento é um processo contínuo, no qual ocorre síntese de RNA a velocidade constante, interrompido brevemente pela mitose, em que os cromossomas se condensam para permitir a transcrição, e citocinese, quando a células se divide. A maioria das proteínas são sintetizadas aleatoriamente durante as várias fases do ciclo, havendo, no entanto, proteínas-chave que são activadas a alta velocidade em estágios específicos: histonas na fase S (formação de nova cromatina) Sistema controle geral Dispositivo bioquímico que opera ciclicamente seguindo uma sequencia especifica, constituindo por uma série de proteínas em interacção que induzem e coordenam os processos dependentes → regulado por processos de retroalimentação para que em caso de atraso/interrupção de uma fase a células não fique comprometida. Pontos de controlo: pontos estratégicos de interrupção por sinais de retroalimentação → previnem que seja accionado um processo sem que o anterior esteja concluído. → permitem que o ciclo celular também seja regulado por factores ambientais (normalmente no final de G1 e G2) Ponto de inicio/START: é o ponto de controlo de G!, determinado essencialmente por sinais externos (nutrientes disponíveis). - depois de passar este ponto é activada a fase S, seguindo-se a divisão celular - se as circunstancias impedem a divisão celular é neste ponto que as células repousam - supõe um ponto de decisão em que a célula supervisiona os sinais ambientais e coordena o crescimento para que seja viável na divisão celular. O sistema de controlo baseia-se em proteínas que são: Proteinoquinases. Há duas famílias - proteinoquiases ciclino-dependentes (Cdk) – induzem processos dependentes pela fosforilação de proteínas seleccionadas ao nível dos seus resíduos de serina e treonina. Cada passo de activação/inactivação inicia reacções que desencadeiam o processo seguinte, marcando uma transição no ciclo celular. - ciclinas – proteínas activadoras especializadas que se ligam CdK e controlam a sua capacidade de fosforilar proteínas-alvo. As ciclinas são assim chamadas por sofrerem um ciclo de síntese e degradação em cada ciclo celular. Há ciclinas mitóticas – ligam-se às Cdk durante G2 para iniciar a mitose – e ciclinas G1 – unem-se às Cdk durante G1 para iniciar a fase S. A formação, activação e separação dos complexos de ciclina-Cdk. Uma acumulação de cilcinas fá-las formar complexos com as Cdk (MPF). À medida que estes complexos se formam as Cdk’s são fosforiladas em 2 posições importantes: ao nível da treonina 161, que torna as Cdk’s activas e duplamente ao nível de treonina 14 e treonina 15. Esta fosforilação ao nível da tirosina 15 vai levar à inactivação das Cdk’s, o que leva à acumulação dos complexos inactivos. Cdk-ciclina. A transição G1-M é feita pela desfosforilação da tirosina 15 e treonina 14 pela fosfatase cdc 25. Uma vez activadas as cdk’s vão fosforilar diversas proteínas que induzem os acontecimentos da fase M. por ouro lado, estando as cdk’s activas, então elas vão despoletar a degradação de ciclinas. Em leveduras, a mesma Cdk fornece a actividade quinásica em ambos os pontos de controlo (G1 e G2) enquanto que em mamíferos há pelo menos duas proteínas, um em cada ponto de controlo. Quais os eventos que levam a célula a entrar em mitose? Processo de entrada em mitose: - acumulação de ciclinas mitoticas durante a fase G2 - ligação destas com as Cdk - formação do complexo MPF (factor promotor da fase M) ↓ Convertido à forma activa pela sua fosforilação e desfosforilação efectuadas por enzimas. A activação final é quase explosiva devido a um mecanismo de retroalimentação positivo, em que o MPF activo aumenta a actividade das enzimas que activam a MPF. A [MPF] activo eleva-se rapidamente até atingir um ponto onde o fluxo deste desencadeia os eventos que levam a célula à mitose. É inactivado pela degradação da ciclina mitótica, permitindo sair da mitose. Processo de entrada na fase S: - formação de um complexo compreendendo a Cdk e as ciclinas G1, que faz a célula atingir o ponto G1 havendo activação dos eventos que induzem a replicação do DNA. Em resumo… Em cada ciclo de divisão celular uma célula precisa de replicar o seu DNA. A maioria das células pode crescer e duplicar o seu conteúdo. Durante a fase M, os cromossomas replicados são segregados em núcleos separados (por mitose) e a célula divide-se em duas (por citocinese). A outra parte muito mais longa da ciclo é conhecida como interfase. Este período de continuo crescimento celular inclui a fase S, quando ocorre a duplicação do DNA e duas fases intercalares entre a fase S e a fase M, que são G1 e G2. A sequencia dos eventos do ciclo celular é governada por um sistema controlo, o qual ciclicamente desencadeia os processos essenciais da reprodução celular , tais como replicação de DNA e segregação cromossomica no coração deste sistema está uma série de complexos de proteínas formados por dois tipos básicos de componentes: subunidades de proteinoquinase (chamadas proteínas Cdk) e proteínas activantes (chamadas ciclinas). No mínimo dois destes complexos proteicos regulam o ciclo celular normal, um no ponto de controlo G1, que se situa antes do inicio da fase S, e o outro em G2 antes do inicio da fase M. estes complexos de proteínas exercem o seu controlo através da actividade quinásica, pela activação e desactivação das quinases em pontos estratégicos do ciclo. Estudo do Oócito de Xenopus Célula esférica gigante: o citoplasma ocupa um grande volume por possuir os nutrientes requeridos para a formação do girino. O oócito prepara-se para a fecundação, reduzindo o número de cromossomas a metade através da mitose ↓ O crescimento do oócito ocorre durante um longo período de tempo controlado pela fase G2 da primeira divisão mitótica. (correspondente ao ponto de controlo G2 de um ciclo celular padrão) ↓ Neste ponto há hormonas que agem sobre o oócito fazendo-o prosseguir até um segundo ponto de controlo incomum, a fase M da segunda divisão meiótica, formando o ovo maduro. Este atravessa o oviduto e corre a fecundação. ↓ Liberta o ovo da metáfase, completando o segundo ciclo meiótico, e desencadeia uma sequência muito rápida de divisões celulares, na qual a célula é clivada, sem crescimento, para gerar um embrião que consiste em milhares de células menores. Importância biológica: tanto o oócito como o ovo fornecem uma grande quantidade de citoplasma, e também é fácil injectar substâncias devido ao seu tamanho. Experiências (foram feitas experiencias para perceber qual o factor que promove a maturação de oócitos a ovo) - injecta-se o citoplasma de um ovo maduro não fertilizado na fase M num oócito em fase G2 →o oócito é direccionado para a fase M completando a maturação. A actividade vista no citoplasma foi chamada de factor de promoção de maturação por induzir a passagem do oócio a ovo maduro. - feita em células de mamíferos – visto não serem suficientemente grandes para injecções citoplasmáticas faz-se a fusão de uma célula mitótica com outra em interfase, expondo a última aos componentes activos da primeira → a célula em inetrfase é dirigida para a mitose, tendo ou não o seu DNA replicado: 1. Célula mitótica + célula G1 → mitose feita com cromatides (com n DNA) 2. Célula mitótica + célula S → mitose com cromatia (aspecto pulverizado) permanece imaturo. 3. Célula mitótica + célula G2 → mitose com cromátides longas (com 2n de DNA) Posteriormente demonstrou-se que os princípios que induziram aos resultados das experiencias são os mesmos, ou seja: factor promotor de maturação = factor promotor da fase M = MPF Actividade do MPF Os ovos e oócitos fornecem um grande suprimento de material para a purificação e ensaio de MPF. Depois de purificado verificou-se que o MPF é uma proteinoquinase que fosforila proteínas em resíduos de serina e treonina, e que consiste de duas subunidades: uma Cdk chamada Cdc2 e uma ciclina mitótica Experiencias com oócitos e ovos Xenopus mostram que a actividade de MPF é máxima na mitose e mínima na interfase. Com um pico em cada mnutos no ovo em processo de clivagem. Observou-se que a acção de MPF é universal do ciclo celular eucariótico, razão pela qual um oócito ertilizado com citoplasma de uma célula em fase M, entra em fase M e um oócito fertilizado com citoplasma de uma célula em fase S, permanece imaturo (nessa mesma fase). Estabeleceu-se que o pico de actividade de MPF, que ocorre a cada 30 minutos no embrião de Xenopus, em processo de clivagem é ocasionado por oscilações citoplasmáticas que operam mesmo na ausência de núcleo → comprimiu-se um ovo activado, antes da primeira divisão, separando-o numa parte com o núcleo e outra anucleada → a parte nucleada continua normalmente com as clivagens rápidas, e a anucleada continua com uma série de oscilações (ciclos repetidos de contracção e endurecimento do citoplasma cortical), que ocorrem em sincronia com as clivagens da parte nucleada. Se forem injectadas, em intervalos de tempo, amostras de citoplasma de células anucleadas de Xenopus em oócitos demonstra-se que as oscilações visíveis reflectem oscilações da actividade de MPF. Conclui-se que as oscilações que conduzem à divisão ocorrem independentemente de quaisquer quantidade de DNA: Controlo de MPF Os ciclos de divisão podem ocorrer na ausência de DNA mas não de síntese proteicas. A síntese de proteínas foi examinada pela fertilização de ovos em água do mar contendo um a.a. radioactivo (35S-metionina), removendo amostras periodicamente e separando-as em gel → as proteínas recém formadas eram visualizadas pela sua radioactividade → observou-se que a maioria das proteínas se acumulam continuamente após a fertilização, enquanto que as ciclinas revelam um padrão periódico: acumulam-se na interfase até à transição metáfase-anafase, sendo subitamente destruídas (por proteólise) → levou à hipótese de que estas eram produzidas até um limiar para activar o MPF, e que eram depois destruídas para o inactivar e terminar a mitose. Outra forma de estudo foi a obtenção de ciclos celulares in vitro, reparados por centrifugação de ovos, para que se rompam e se possa recolher os seus citoplasmas. Adicionam-se espermatozóides e ATP para que as células repliquem o DNA e entrem em mitoses sucessivas. 1. Destruindo todo o mRNA o ciclo celular interrompe-se na interfase. 2. A adição isolada de mRNA de ciclina purificado restabelece a capacidade de adicionar o MPF e induz a mitose. Conclui-se que é somente a ausência de síntese de ciclina que interrompe o ciclo. Mas o tempo de activação de MPF depende também da regulação da subunidade de Cdk por outras proteínas. Por injecção de uma pequena quantidade de MPF a oócitos de rã reprimidos notou-se que as células eram induzidas a gerar mais MPF activo – processo autocatalitico. Resumindo: acumulação de ciclnas leva a uma explosão autocatalitica da actividade de MPF → desencadeia eventos de mitose, iniciando a destruição da ciclina → cessa a actividade de MPF e começa a acumulação de ciclina Degradação da ciclina Normalmente a ciclina é destruída rapidamente por proteolise na transição metáfase-anafase. Este processo requer um sinal na cadeia polipeptidica da ciclina (fornecimento de um sitio de ligação para a ubquitina) e é dependente da activação do MPF. Tesou-se uma forma “mutilada” de ciclina que acciona o MOF mas não possui a sequencia sinal para ser degradada → o mRNA de ciclina é adicionado, e o extracto entra em mitose mas não consegue sair. A principal ciclina mitótica é a ciclina 8, mas ciclinas como a G1 têm um papel importante na activação da proteinoquinase que leva as células a saírem de G1 e iniciar a replicação do DNA. MPF induz eventos da Mitose O MPF induz processos como a condensação dos cromossomas, a ruptura do invólucro nuclear e formação de fuso mitótico, através da sua actividade quinásica: ou directamente por fosforilação dos componentes-chave, ou indirectamente por fosforilação que activam proteinoquinases. A desestruturação da lâmina nuclear é catalisada pela fosforilação de resíduos de serina. O MPF pode fosforilar a histona H1 induzindo a condensação dos cromossomas, nos nuceossomas. Os nucleossomas podem então justapor-se uns aos outros sob a acção de H1 e tornar as fibras de 30nm A adição e MPF a um sistema livre de células que contenham centrossomas, tubulina e outros componentes de citoplasma em interfase faz com que estes se disponham adequadamente para a mitose. Mutações que inactivem a proteínas Fosfatase I retardam os eventos que se seguem à inactivação do MPF. Para sair da mitose as células tem de reverter todas as fosforilações. Tempo de segurança A replicação do DNA e dos processos que necessita de tempo suficiente para se completar e possa haver uma mitose viável. Nos estágios iniciais do embrião não existem não existem mecanismos de retroalimentação, sendo o tempo pré-calculado e invariável graças aos factores externos. O DNA e todos os componentes requeridos estão permanentemente disponíveis. Se a replicação for interrompida a célula é levada para uma mitose desastro. Caso o DNA não esteja totalmente replicado é enviado 1 sinal de retroalimentação que evita que a célula entre em mitose sem estar devidamente preparada. Assim o sistema de controlo garante maior segurança, evitando que não haja cromossomas por replicar. Bloqueio de Re-Replicação É importante que o DNA não seja replicado mais que uma vez. Isto é evitado por m dispositivo autolimitante: cada segmento de cromatina replicado altera-se de forma a impedir que seja replicado novamente. Quando se funde uma célula em G1 com uma célula e fase S, o núcleo de G1 é induzido a começar a síntese de DNA. A célula em fase S possu indutores de síntese de DNA no seu citoplasma e as células em G1 são susceptíveis a eles. Quando se funde uma célula em G2 com uma em fase S, o núcleo G2 não retoma a síntese de DNA, pois possui componentes refractários à acção do da fase S. O bloqueio de re-replicação tem de ser removido entre G2 e a fase S para que possa haver um novo ciclo de replicação. Nos embriões a remoção do bloqueio de re-replicação parece depender da ruptura do invólucro nuclear. O controlo no embrião inicial descreve-se por: desencadeia-se a mitose em intervalos fixos de tempo, e em cada um o DNA recebe licença para se replicar → completada a replicação e inibida para prosseguir além de um ciclo pelo bloqueio re-replicação → inicia-se a fase M e a segregação dos cromossomas em células separadas. Em ciclos de divisão celular padrão o sistema de controlo é mais complexo, mas o bloqueio de re-replicação tem um papel similar (apresenta algumas excepções por exemplo nas moscas) Em resumo… O embrião inicial de muitas espécies animais passa por ciclos celulares excepcionalmente rápidos através dos quais uma célula grade, o ovo, é subdividida em diversas células menores, sem necessidade de crescimento. Estas células embrionárias inicias, nas quais as fases S e M se alternam em sucessões rápidas sem ocorrência das fases G1 e G2, demonstram o funcionamento do sistema-controle do ciclo celular na sua forma mais simples. O componente-chave do sistema-controle é uma proteinoquinase, MPF, cuja activação por um processo explosivo autocatalitico leva a célula à mitose; a inactivação do MPF é ciclicamente activado e inactivado nos ciclos embrionários iniciais independentes do núcleo. Ele consiste de duas subunidades principais: uma quinase dependente da ciclina chamada de Cdc2 e ciclina. A Cdc2 precisa estar associada à ciclina para se tornar activa, na forma de MPF. A destruição da ciclina inactiva o MPF no final da mitose e o acumulo de ciclina recém-sintetizada permite a reactivação do MPF no próximo ciclo. Neste embriões iniciais, o tempo necessário para a reactivação do MPF após o término da mitose é o suficiente para permitir um ciclo de replicação de DNA. Um bloqueio de replicação é imposto em cada segmento do DNA assim que ele é replicado e este bloqueio é removido somente durante a mitose. Desta maneira, o sistema-controle do ciclo celular alterna ciclos de replicação de DNA e segregação dos cromossomas. Capitulo 18: A mecânica da divisão celular (aula 8 - 2º semestre) A fase M (ou fase de divisão celular) inclui a divisão nuclear (nucleocinese), mais divisão citoplasmática (citocinese), em que o conteúdo da célula mãe, duplicado na interfase, é seprado em duas células filhas. Começa com a activação da proteína quinase indutora da quinase (MPF), através de uma cascata de fosforilações (induzidas pela acumulação de ciclinas, e termina com a inactivação do MPF, como consequência de uma proteolise das ciclinas B, na via da ubiquitina. Ocorre nesta fase: fase M Os cromossomas são condensados (H1) O envelope nuclear é desmantelado; O reticulo endoplasmático e o complexo de Golgi são fragmentados; A célula perde a adesão a outras células e à matriz extracecular; Transformação do citoesqueleto para separar os cromossomas e dividir a célula. Fase M Separar os cromossomas duplicados e dividir o citoplasma em duas metades. Condensação, fuso mitótico e anel contráctil A condensação cromossomica é necessária para a separação dos cromossomas em células-filhas, e é acompanhada pela fosforilação (por MPF) das moléculas de Histona H1. É a activação do MPF, que vai provocar a fosforilação das H1 e assim cromossomica, contribuir para a condensação. A mitose e a citocinese são executadas por duas estruturas do citoesqueleto – fuso mitótico e anel contráctil (formado por actina e miosina II). Fuso mitótico – composto de microtubulos e proteinas associadas, serve para alinhar os cromossomas replicados num plano que divide a célula em duas partes iguais, cada cromossoma é separado em 2 cromatideos que são movidos para pólos opostos. Anel contráctil – composto por filamentos de actina e de miosina II. Quando o anel se contrai, puxa a membrana para dentro, de modo a dividir a célula em duas. Cada célula com um conjunto completo de cromossomas com metade do citoplasma Nas plantas como a parede celular é mais rígida, há um mecanismo diferente de citocinese. Nas bactérias a separação dos cromossomas é feita por um mecanismo que envolve a ligação do cromossoma à membrana plasmática (pois não há nem actina, nem microtubulos). Divisão celular e duplicação do centrossoma Centrossoma – uma nuvel de material pericêntrico, pobremente definido, associado a um par de centriolos. É o principal centro organizador de microtubulos. Ocorre a duplicação dos centrossomas para criar as células filhas responsáveis pela formação dos dois pólos opostos. Ciclo do centrossoma – duplicação e separação do centrossoma. A duplicação ocorre na inetrfase, mas a separação deste complexo ocorre na mitose. Áster (?) – um aglomerado radial de microtubulos. Os 2 ásteres movem-se para lados opostos do núcleo para formar os dois pólos do fuso mitótico. Cada célla filha fica com um centrossoma. O ciclo do centrossoa é um processo autónomo. O ciclo de divisão celular depende, e é em parte organizado, pelo áster de microtúbulos, este último é organizado pelo centrossoma Divisão da fase M Mitose (profase + pró-metafase + metáfase + anafase + telofase) + citocinese Mitose e classificação dos microtubulos Fuso é formado fora do núcleo e os cromossomas condensados durante a profase. Quando o envelope nuclear se rompe na pró-metafase, os microtúbulos do fuso capturam os cromossomas, estes são alinhados e formam a placa metafásica. Na anafase, o centrómero que une as cromatides irmãs quebra-se as cromatides irmãs são separadas e levadas para pólos opostos. Quando os microtubulos chegam aos pólos são libertados e o envelope nuclear é regenerado (na telofase) Três grupos de microtubulos: Microtubulos polares – que se sobrepõem na linha média do fuso e são responsáveis pelo afastamento dos pólos (alongamento das células). Microtubulos com cinetocoros – quando se ligam ao cinetocoro (que se situa no centrómero de cada cromossoma duplicado) e manobram os cromossomas pelo fuso. Microtubulos astrais ou axiais – são os radiais (isto é, em todas as direcções). Contribuem para o afastamento dos pólos e seu posicionamento em relação ao resto da célula. Formação do fuso mitótico Na fase M há uma rápida transição de microtubulos longos e em baixo número, que se estendem do centrossoma para a periferia celular (distribuição na interfase), para um grande número de microtubulos curtos que envolvem cada centrossoma (microtubulos astrais). Durante a interfase, ocorre o desarranjo dos microtubos longos, neste processo está envolvida a fosforilação de uma ou mais proteínas que interagem com os microtubulos, pela SMPF. Durante a profase, enquanto o envelope nuclear ainda está intacto, alguns microtubulos longos que emanam de cada cromossoma parecem unir-se com microtubulos de polaridade oposta crescendo do outro centrossoma. Na região de sobreposição, no ponto mediano entre os dois cromossomas, formam-se ligações cruzadas, que estabilizam as pontas destes microtubulos polares. Forma-se então um fuso bipolar. Os microtubulos são unidos por proteínas, que tem 2 funções: esabilizar o fuso e empurra a porção de cada um dos microtubulos antiparalelos, na direcção que tende a forçar o distanciamento dos pólos. Ligação dos cromossomas aos microtubulos pelos cinetocoros No inicio da fase M, cada cromossoma foi replicado e consiste em dois cromatideos unidos ao comprido com uma constrição numa única região chamada centrómero onde a cromatina parece estar especialmente condensado. Durante a profase forma-se em casa lado do centrómero um cinetocoro (complexo de proteínas especializadas). O microtubulo liga-se a cada cromatide do cromossoma pelo cinetocoro. Estes microtubulos com cinetocoros servirão mais tarde na anafase para separar as cromátides-irmãs para pólos opostos. A extremidade mais dos microtubulo com o cinetocoro Durante a metase é incorporada tubulina nos microtubulos nas regiões próximas ao ponto de ligação com o cinetocoro. Durante a anafase ocorre a reacção inversa, ou seja, a libertação de tubulina na mesma região. Durante a adição ou remoção de tubulina, o cinetocoro mantém uma ligação mecânica firme com os microtubulos. É a adição e a libertação de subunidades de tubulina que fazem com que o cinetocoro deslize para trás e para a frente (respectivamente) no microtubulo. Os pólos do fuso repelem os cromossomas Enquanto os microtubulos com cinetocoros tendem a puxar os cromossmas na direcção dos pólos, outra força actua na força oposta, repelindo qualquer objecto grande que se aproxime demais dos pólos. Enquanto o cinetocoro é atraído para o pólo, os braços do cromossoma tendem a distanciar-se. A origem desta força de repulsão não é conhecida, mas pode ser a responsável pelo alinhamento dos cromossomas na placa metafásica. As cromátides-irmãs cinetocoros. ligam-se aos pólos opostos do fuso pelo A consequência final da interacção entre os cinetocoros e os microtubulos é a separação fiel das duas cromátides-irmãs de cada par cromossómico para lados opostos da célula. Isto requer que os cinetocoros-irmãos se liguem a microtubulos vindos de direcções opostas. Um erro mitótico comum é que as 2 cromatides irmãs terminem juntas numa das células filhas. Este erro pode acontecer se não houver separação do cromossoma na anafase ou se na prómetafase, os 2 cinetocoros-irmãos de um cromossoma se ligar ao mesmo pólo. Forças bipolares equilibradas mantém os cromossomas na placa metafásica Os cromossomas na pró-metafase movem-se até ao ponto em que ficam equidistantes dos dois pólos, começando a metáfase. O que traz os cromossomas a esta posição precisa? Uma hipótese propõe que o “empurrão” exercido por um microtubulo com cinetocoro aumenta à medida que o microtubulo fica maior; a força resultante no cromossoma então será na direcção do pólo que está mais distante, com uma resultante zero quando o cromossoma está equidistante dos pólos. Um mecanismo plausível para gerar um força proporcional ao comprimento do microtubulo seria ter microtubulos motores direccionado na ponta mais. Assim quanto maior o microtubulo com o cinetocoro, mais destes motores estariam anexados, movendo o microtubulo de volta ao pólo do fuso. Outra hipótese propor que a força de oclusão astral é responsável pela centralização de cada cromossoma no fuso. Empurrando mais fortemente para longe do pólo, quanto mais perto dele se aproximar. Durante a anafase os cromossomas podem ser vistos com pequenas oscilações para trás e para a frente. Dinamismo dos microtubulos no fuso metafasico Todos os microtubulos do fuso, apesar da sua aparente estabilidade, estão continuamente a trocar subunidades de tubulna, com a pool de tubulina livres em solução. Tanto o cinetocoro como os microtubulos polares e as subunidades de tubulina se movem em direcção aos pólos num processo chamado transferência continua. Ma vez que os microtubulos com cinetocoros no uso metafasico permanecem com um tamanho constante, deve existir um equilíbrio entre a edição de subunidades de tubulna na extremidade + (no equador do fuso) e a remoção dessas subunidades na extremidade menos ligadas ao pólo -. As cromátides irmãs separam-se repentinamente na anafase. A anafase é activada pela degradação da ciclina e consequente inactivação do MPF, que leva à separação do cromossoma em 2 cromatides irmãs, cada uma com um cinetocoro. Assim os cinetocoros começam o movimento em direcção aos pólos do fuso. Acredita-se que as cromátides são mantidas unidas ao longo do seu comprimento por proteínas cromossomais, que se alteram no inicio da anafase (por processos ainda desconhecidos) permitindo a separação dos cromatides) A anafase é retardada até que todos os cromossomas estejam na placa metafasica A metáfase ocupa uma porção substancial do período mitótico devido à pausa das células neste estágio até que todos os cromossomas estejam alinhados na placa metafásica. A inactivação do MPF, que sinaliza a transição da metáfase para a anafase é bloqueada se o fuso estiver desmontado. Dois processos separam as cromatides irmãs na anafase Anafase A- consiste no movimento das cromatides em direcção ao pólo, acompanhado do encurtamento dos microtubulos com cinetocoros. Anafase B – cnsiste na separação dos próprios pólos, acompanhado do alongamento dos microtubulos polares (alongamento da célula). Os microtubulos com cinetocoros são desmontados durante a Anafase A À medida que cada cromossoma se move para os pólos, os mocrotubulos com cinetocoros são despolimerizaos, até que quase desaparecem na telofase. A informação de que o cinetocoro é o principal sitio de despolimerização na anafase sugere que ele também seja o principal sitio onde a força de movimento dos cromossomas é produzido. Há dois modelos para tentar explicar a razãopela qual o cinetocor se move para o pólo durante a anafase A: 1 modelo – existe uma proteína motora na extremidade menos (-) do cinetocor, que hidroliza ATP para se mover ao longo do seu microtubulo, estando associada à extremidade + do microtubulo, e simultaneamente vai-se despolimerizando – á medida que se torna exposta 2 modelo – afirma que é a despolimerização do próprio microtubulo que provoca o movimento passivo do cinetocoro porque o cinetocoro pemanece ligado ao microtubulo à medida que a despolimerização ocorre. O movimento dos cromossomas é conduzido para a desmontagem dos microtubulos: à medida que as subunidades de tubulina são dissociadas, o cinetocoro é obrigado a deslizar em direcção do pólo para se manter ligado às paredes dos microtubulos. Duas forças separadas podem contribuir para a Anafase B A anafase B aumenta a distância entre os dois pólos do fuso e é acompanhada pelo alongamento dos microtubulos. À medida que os dois pólos se afastam, os microtubulos polares entre eles alongam-se aparentemente pela polimerização das extremidades “mais” distais. Movimentos de anafase em células de “datamáceos” lisadas → modelo em que o movimento dos diatomáceos da anafase B é bloqueada por um anticorpo que reconhece as proteínas motoras dos microtubulos da família das cenisinas, sugerindo que o movimento é executado por uma proteína motora desta família. A proteína motora parece estar localizada na zona de sobreposição, onde actua afastando os 2 meios-fusos. (ver figura pag 932 18-30A) Tanto em fusos de animais como de fungos, o rompimentodo fuso central não bloqueia a separação dos pólos do fuso, na verdade acelera o movimento. Isto sugere que os microtubulos astrais apontando para fora do fuso produzem uma força neste sentido, auxiliando na separação dos pólos, possivelmente pela interacção com as proteínas motoras direccionadas na extremidade “menos” ligadas ao córtex celular ou a outras estruturas citoplasmáticas. (ver figura 1830B) . O envelope nuclear durante a telofase. Na telofase é formado o envelope nuclear em redor de cada grupo de cromossomas, formando 2 núcleos filhos. Três partes do complexo do envelope nuclear devem ser consideradas durante o rompimento e regeneração da mitose: - As membranas interna e externa – que são continuas com a membrana do reticulo endoplasmático; - A lâmina nuclear adjacente (uma fina camada de filamentos intermediários formada a partir das lâminas nucleares), que interagem com a membrana interna, com a cromatina e com os poros nucleares. - Os poros nucleares, que são formados por grandes complexos proteicos, formados por nucleopurinas. Na telofase as vesículas da membrana nuclear associam-se com a superfície de cromossomas individuais e fundem-se formando novamente a membrana nuclear, a qual parcialmente reúne conjuntos de cromossomas antes de se condensar, e regenerar o envelope nuclear completo. Os poros nucleares são reconstituídos e as lâminas desfosforiladas são reassociadas formando a lamina nuclear. Tanto o desmantelamento como a regeneração nuclear ocorrem em extractos de ovos de Xenopes. Nesses substractos, o processo inteiro, envolvendo a lâmina, os poros nucleares e a membrana nuclear, progridem em resposta aos ciclos de fosforilação e desfoforilação. A actina e a miosina na citocinese A clivagem do citoplasma é conseguida pela contracção do anel contráctil que é composto por uma rede de filamentos de actina sobrepostos e de filamentos bipolares de miosina II. O anel está ligado à face citoplasmática da membrana plasmática por proteína de ligação não caracterizadas. O anel forma-se no inicio da anafase. Uma vez formado ele adquire uma grande força sendo que esta resulta do deslizar. Durante a divisão celular normal, o anel não se torna mais espesso devido à invaginação do sulco. O anel contráctil é dissolvido no final da clivagem, à medida que a membrana plasmática do sulco de clivagem se estreita formando um corpo mediano, que permanece como uma conexão entre as duas célulasfilhas. (imagem 18-34 pag p37) O processo de citocinese envolve uma reorganização total dos filamentos de actina, de miosina para a formação do anel contráctil. Capitulo 20: células germinativas e fertilização (aula 9 (?) Meiose: 2º semestre) - compreende duas divisões celulares consecutivas e uma só replicação (obtém-se assim apartir de uma célula diplóide , 4 células haplóides). - ocorre nas células germinativas. 1ª divisão heterotipoca - divisão reducional – numero de cromossomas torna-se metade - cromatides irmãs formam uma unidade que emparelha com o seu homólogo formando um bicalente ou tetrada cromatidica - origina-se uma célula com n crmossomas. 2ª divisão homotipica - divisão equacional – não ocorre replicação ficando as células filhas com com n cromossomas simples. Meiose – permite por meio de uma redução do número de cromossomas inicial juntamente com a fecundação a manutenção do numero de cromossomas de uma espécie; contribui para a variabilidade genética (crossing over no paquiteno e disjunção dos homólogos na anafase I) 1ª divisão Profase – leptóteno, zigóteno, paquiteno, diplóteno, diacinese Na profase I ocorre nos cromossomas: condensação, emparelhamento, recombinação síntese e descondensação. Léptoteno - cromatina diferencia-se em cromossoms muito longos e finos em numero diploide (cromómeros: zonas de espirilização variável de cromatina que e dispõe ao longo dos cromossomas) - os cromossomas estão unidos pelos telómeros à lâmina nuclear (o que irá contribuir para o alinhamento e emparelhamento dos homólogos) - não se distinguem ao MO dois cromatideos - período tempo curto Zigóteno - emparelhamento dos homólogos inicialmente nos telómeros e depois ao longo dos cromossomas (sinapse) – diades cromossómicas/tetradas cromatideas - formação complexo sinaponémico - tempo de duração curto Paquiteno - fim de emparelhamento dos homólogos (mais curtos e espessos) - ocorre troca de genes alelos entre cromatides não irmãs por cruzamento dos homólogos nos pontos de quiasma – crossing over Diplóteno - os dois cromatideos do homólogo ficam mais evidentes - despiralização parcial dos cromossomas – activos na transcrição de RNA - em determinados locais formam-se pontos de quiasma e noutros locais estão afastados. - pode demorar um longo período de tempo Diacinese - grande actividade metabólica - desintegração do invólucro nuclear e dos nucléolos - inicio da diferenciação do fuso acromático - espiralização acentuada cromossomas – terminalização do desaparecimento dos quiasma ficando o ponto de contacto quase nos telómeros. Metáfase I Os cromossomas ligam-se pelos cinetocoros ao fuso acromático dispondo-se na placa equatorial pelos centrómeros. Anafase I disfunção aleatória/independente dos cromossomas homólogos (variabilidade) - no final da anafase cada pólo do fuso recebe n cromossomas com 2n DNA – redução cromática Telofase I - terminação da migração bivalentes para os pólos. - reconstituição dos núcleos filhos Citocinese: alongamento celular divisão citoplasmática desigual. (intercinese) 2ª divisão Profase II: - desintegração do invólucro nuclear - desintegração dos nucléolos - condensação dos cromossomas - inicio da formação do fuso acromático - inicio da migração dos cromossomas par ao plano equatorial unidos com os microtubulos pelos cinetocoros Metáfase II máximo encurtamento) - os n cromossomas ligados ao fuso acromático dispõe-se na placa equatorial – os cinetocoros colocam-se em frente aos pólos apostos do fuso - os dois cromatideos unem-se pelos telómeros, centrómero e pelas partes proximais dos braços dos cromossomas. Anafase II - divisão do centrómero havendo migração de cada cromatideo para seu pólo Telofase II - terminação da migração de cada cromatideo para pólos opostos - reconstituição dos núcleos filhos - formação de 4 células filhas haplóides geneticamente diferentes entre si e da célula mãe. Citocinese: reaparecimentos dos nucléolos, alongamento celular, divisão citoplasmática desigual. Gametogénese Óvulos – célula totipotente, aquando da fecundação são activadas e podem originar um novo ser. - esféricas, ovóides, imóveis - citoplasma com reservas nutritivas (lipidos, proteínas e polissacarideos) - involucro composto por glicoproteinas - vesículas secretoras especializadas abaixo da membrana plasmática na região externa citoplasma. - um óvulo em desenvolvimento designa-se por: oócito Células germinativas → oogónicas → (mitoses sucessivas) → oócitos primários → (primeira divisão meiótica) → 1º corpo polar → oócito secundário → (segunda divisão meiótica) →2º corpo polar + óvulo Sequencia da oogénese. 1 – As células germinativas migram para as gónadas tornando.se oogénicas 2 – oogénicas proliferam no feto difereciando-se em oócitos primários 3 – oócitos primários iniciam a primeira divisão meiótica onde: - DNA replicado, cromossomas homólogos emparelham (zigóteno), crossing over (paquiteno) - permenecem emprofase I (diplóteno) durante muito tempo sntetizando invólucro e grânulos corticais (necessários depois para o crescimento inicial do embrião) - a partir puberdade estimulado por hormonas o oócito recomeça o seu desenvolvimento; cromossomas recondensam (diacinese); invólucro nuclear quebrado; ocorre anafase I, telofase I e citocinese. Θ divisão 1: formam-se 2 células: 1º corpo polar e oócito secundário 4 – o oócito secundário matura até metáfase II e ai fica à espera de ser fertilizado; 5- na ovulação o oócito secundário é libertado e caso ocorra fertilização é estimulado o fim da meiose originando óvulo e 2º corpo polar. Espermatozoides: - só se inicia apartir da puberdade a espermatogenese e meiose. - as espermatogónias (nos tubos seminiferos proximais lamina basal) proliferam mitoticamente - algumas cessam proliferação e diferenciam-se em espermatócitos primários. - os espermatócitos primários sofrem meiose e produzem os espermatócitos secundários (22 autossomas + x/y) que sofrem a divisão II originando espermátides que se diferenciam nos espermatozóides (vão para o tubos seminiferos e depois para o epidididmo onde são guardados e maturados) Senicio: descendentes da citoplasmáticas mesma espermatozónia ligado por pontes Os espermatozóides são células sem organelos com RE, Complexo de Golgi, … equipadas com um flagelo - são fromados po as regiões contidas numa só membrana citoplasmática: - cauda – impulsiona o espermatozóide e ajuda a penetrar o óvulo - cabeça – um núcleo haplóide condensado (protaminas – empacotar DNA) Na cabeça junto à extremidade anterior do envelope nuclear existe a vesícula acrossomal com enzimas hidroliticas que lhe permitem penetrar e fixarem-se ao óvulo. A cauda é um flagelo com axonema central (que tem origem no corpo basal na parte posterior do núcleo). O axonema consiste em 2 microtubulos centrais simples com 9 microtubulos duplos em volta. Possui ainda 9 fibras externas densas, rígidas e contrácteis de queratina (filamento intermediário) O movimento das fibras deve-se à hidrolise de ATP feita por proteínas motoras – ameinas (?) – protinas motoras da extremidade (-) Fertilização – fusão dos núcleos de 2 gâmetas Após entrarem na cavidade uterina os espermatozóides sofrem capacitação, que consiste na alteração da composição lipídica e glicoproteica da membrana plasmática aumentando o seu metabolismo e mobilidade, por secreções do tracto reprodutor feminino Trajecto dos espermatozóides para fecundar o óvulo: 1- Penetra nas células foliculares 2- Liga-se à zona pelúcida. Esta tem três glicoproteinas (zp2 e sp2 que se agrupam em filamentos e zp1 que faz as ligações cruzadas dos ligamentos). As enzimas da cabeça do espermatozóide ligam-se a glicoproteinas zp3. 3- Reacção acrossómica: o espermatozóide lança proteases e hialuronidase que permitem a penetração na zona pelucida (outras ligam-se à zp2 e permitem que o espermatozóide se mantenha ligado) PH-30 – proteína da superfície do espermatozóide que medeia a ligação à membrana do óculo e a fusão de ambas as membranas; em duas subunidades transmembranares glicosiladas (a e b) unidas não covalentemente; a subunidade b liga-se à integrina no óvulo. 4- Fusão depois da fusão (?) – o espermatozóide é sugado pelo óvulo. Pode acontecer: poli-espermia – mais que um espermatozóide funde o óvulo Contudo para que tal não aconteça há: - bloqueio primário da poliespermia – a fusão conduz á despolarização da membrana do óvulo impedindo nova fusão - bloqueio secundário da poliespermia – reacção cortical em que os grânulos libertam enzimas que alteram a zona plúcida ficando mais endurecidos, impedindo a ligação dos espermatozóides, produzindo uma resposta lenta. Entre as alterações na zona pelúcida estão a clivagem proteolitica da ZP2 e a hidrolise dos grupos açúcar na ZP3. Os espermatozóides contribuem não só com DNA mas também com o centriolo que auxilia a organização do 1º fuso mitótico