Resumo de Química Inês Barreiros A origem dos materiais: De acordo com as suas origens os materiais podem ser: Sintéticos – resultam de transformações de outros materiais. (exemplo: plástico) Naturais -são utilizados tal como surgem na natureza. Substâncias e misturas de substâncias: (página 12 e 13) As substâncias são constituídas por um único componente. (exemplo: ouro) As misturas de substâncias são constituídas por substâncias combinadas em proporções que podem variar. Classificação de misturas: (página 14 e 15) Mistura de substâncias Homogéneas Heterogéneas Coloidais Misturas coloidais – misturas que a olho nu nos parecem homogéneas, mas a microscópio se vê que são na verdade heterogéneas. Concentração mássica: A concentração mássica de um soluto é a massa de soluto existente por unidade de volume de solução. Unidade SI: kg/m3. Cm m Cm – concentração m – massa do soluto V – volume da solução Classificação de substâncias: (página 18 e 19) Substâncias simples ou elementares – substâncias constituídas por átomos de um elemento químico, não podendo ser decompostos em substâncias mais simples. Substâncias compostas – são substâncias constituídas por átomos de mais que um elemento químico, podendo ser decompostas em substâncias mais simples, e eventualmente, nos elementos que as constituem. Diferentes estados físicos das substâncias: (página 20 e 21) Estado líquido: Estado sólido: Estado gasoso: 1 Resumo de Química Inês Barreiros Estrutura do átomo: Átomo: Protões – p+ Neutrões – nº Electrões – e – Unidade de massa atómica: (páginas 29 e 30) 1u=1,66x10-27kg A massa de um átomo está praticamente toda concentrada no núcleo. Massa atómica relativa de um elemento químico e isótopos: (páginas 34 e 35) Isótopos – são átomos do mesmo elemento que diferem no número de massa (número de neutrões). Massa isotópica relativa – média dos valores obtidos multiplicando as massas relativas dos isótopos pelas respectivas abundâncias. Organização dos elementos químicos na tabela periódica: (páginas 36 e 37) Período – mesmo número de níveis de energia. Grupo – mesmo número de electrões de valência. Grupos: 1-metais alcalinos 2-metais alcalino-terrosos 3 Ao 12-metais de transição 13 Ao 15-alguns são semi-metais e outros são não metais 16-calcogéneos 17-halogéneos 18-gases nobres Iões e substâncias iónicas: (página 41) Na+: - 11 Protões - 12 Neutrões - 10 Electrões Na: - 11 Protões - 12 Neutrões - 11 Electrões Fórmulas químicas: (páginas 44 a 46) Definição – é uma forma de representar um electrão químico. Ay x x=nº de unidades estruturais 2 Resumo de Química Inês Barreiros Y = Número de partículas que constituem unidade estrutural Exemplo: sulfato de amónio SO422NH4+ NH4+ + SO42- = (NH4)2SO4 2ºTeste: Unidade astronómica – corresponde à distância média da Terra ao Sol. 1UA=15x107 Ano-luz – corresponde à distância percorrida pela luz num ano. 1a.l.=946x1010 Parsec – distancia a um astro com paralaxe de um segundo. 1pc=309x1011 Estrelas mais quentes – azuis. Estrelas mais frias – vermelhas. A evolução das estrelas depende da sua massa. Lei da atracção universal – no universo, todos os corpos se atraem. A forca de atracção entre dois corpos designasse forca gravitacional e é tanto mais intensa quanto maiores forem as suas massas e menor a distância que os separa. Universo – é constituído por todos os astros e pelo o espaço vazio entre eles, ou seja, é tudo o que existe. Estrelas – são corpos celestes que têm luz própria, são corpos luminosos. São os corpos mais abundantes no universo. Enxames de galáxias – aglomerados de galáxias. Super -enxames – agrupamentos de enxames de galáxias. A nossa galáxia situa se no enxame chamado Grupo Central. Origem da luz das estrelas – vem de transformações que ocorrem no seu interior. Estas transformações fazem com que as estrelas se vaiam modificando durante a sua longa vida. As estrelas têm um período de vida estável durante o qual mantêm a sal luminosidade e o seu brilho. Mais tarde as estrelas sofrem uma expansão e também uma contracção. A fase final de uma estrela depende muito da quantidade de matéria que possui. 3 Resumo de Química Inês Barreiros Nebulosa – formações pouco densas constituídas por gases e poeiras resultantes da desintegração de estrelas, e que podem vir a ser a matéria-prima para a formação de novas estrelas. Buracos negros – regiões do espaço com uma densidade muito elevada, originando uma forca gravitacional tão grande que não permite que quer matéria, quer energia consigam escapar. Quasares – astros de extrema luminosidade, que foram observados através de potentes telescópios nos confins do universo conhecido. Cosmos <aglomerados (enxames) <Via Láctea <Sistema Solar Via láctea – galáxia em que se encontra o nosso sistema solar. Localização do sistema solar – localiza se na Via Láctea, num dos seus braços de espiral. Teoria do Big Bang – o universo ter se à formado há 13,7 milhões de anos, a partir de uma explosão de um núcleo inicial, pequeno, denso e sujeito a temperaturas elevadíssimas. A partir da explosão inicial, o universo tem vindo a expandir se, arrefecendo progressivamente. Provas a favor da existência do Big Bang: A expansão do Universo; A radiação cósmica de micro-ondas; A abundância relativa dos elementos no universo. Limitações da teoria do Big Bang – não sabe dar respostas a muitas perguntas, como por exemplo: Como ocorreu o Big Bang? Qual o destino do universo? Irá haver um Big Crunch ou o Universo expandir se á definitivamente? A origem dos elementos químicos: (páginas 66 a 72) Processos de formação dos elementos químicos: Nucleossíntese durante o Big Bang; Nucleossíntese durante a evolução estelar; Nucleossíntese interestelar. Nuvem de gás protoestrela estrela Estrela gigante supernova: - pulsar ou estrela de neutrões (se massa <25 massa do sol) -buraco negro (se massa> 25 massa do sol) O hidrogénio e o hélio são os elementos mais abundantes no universo. 4 Resumo de Química Inês Barreiros Reacções nucleares e reacções químicas: (páginas 74 a 79) Nucleossíntese – síntese dos núcleos de dois elementos químicos. Reacções nucleares: Fusão – corresponde à formação de núcleos mais pesados, mas mais estáveis, a partir de núcleos mais leves, com libertação de energia; só ocorre a temperaturas muito elevadas. Fissão ou cisão – corresponde à formação de núcleos mais leves e também de neutrões, a partir de núcleos mais pesados e instáveis. A formação dos elementos químicos nas estrelas envolve reacções nucleares que põem em jogo energias muito elevadas e inúmeras partículas. Exemplo de uma reacção de fusão nuclear: 12H + 13H 24H + 01n Exemplo de uma reacção de fusão nuclear: 42335U + 01n 36190Be + 3693Kr + ∂ Reacções nucleares: Lei da conservação da massa Lei da conservação do numero atómico Reacções químicas: Lei da conservação da massa Lei da conservação de carga eléctrica A radioactividade é um fenómeno que consiste na emissão espontânea de partículas alfa (núcleos de hélio), partículas beta (electrões) ou raios gama (radiação electromagnética). Diferenças entre: Reacções nucleares Reacções químicas Os núcleos atómicos são modificados; Os núcleos atómicos permanecem inalterados; Os átomos de um mesmo elemento não são destruídos nem criados; Os núcleos não são destruídos não são destruídos nem criados, são apenas reorganizados levando à formação de átomos novos; Os isótopos reagem de modo diferente; Há variação significativa de massa; Envolvem valores de energia da ordem dos 108KJ; Os isótopos reagem do mesmo modo; A variação de massa não é detectável; Envolvem energias entre os 10 e os 103KJ; 5 Resumo de Química Inês Barreiros A velocidade destas reacções não é normalmente influenciada pela pressão, temperatura ou catalizadores. A velocidade destas reacções é normalmente influenciada pela pressão, temperatura ou catalizadores. Neutrão – 01n Protão – 11p Espectros radiações e energia: (a partir da página 84) nm (manómetro) – unidade de comprimento igual a 10-9 metros. Espectro electromagnético: Espectrosocópio – é um equipamento que electromagnéticos, incluindo o espectro visível. permite analisar os espectros Espectro de emissão contínuo – as radiações que formam o espectro têm valores de energia muito próximos constituindo uma gama variada e contínua de cores. Por ser formada por varias radiações monocromáticas sobrepostas, a luz branca diz-se policromática. Espectro contínuo – espectro com intensidades não nulas numa gama praticamente contínua de energias. Espectro de absorção – as riscas escuras que se sobrepõem ao espectro contínuo correspondem às radiações que foram absorvidas. O espectro electromagnético: (páginas 92 a 95) 6 Resumo de Química Inês Barreiros C – a velocidade de propagação da luz no vazio. C = 3x108m/s A análise da luz de uma estrela permite nos saber a sua temperatura e a sua composição química. Efeito fotoeléctrico: (páginas 97 a 98) No efeito fotoeléctrico libertam se fotões. Cada fotão, caso tenha energia suficiente, consegue provocar a ejecção de um e apenas um electrão. Se E. radiação> E. remoção há efeito fotoeléctrico; Se E. radiação = E. remoção não há efeito fotoeléctrico; os átomos são ionizados e os electrões ficam à superfície; Se E. radiação <E. remoção não ocorre qualquer efeito. E. Radiação = E. remoção + E. cinética Energia cinética – associada ao movimento. Para um dado metal, se a radiação incidente não provocar efeito fotoeléctrico, um aumento de intensidade, isto é do número de fotões, também não o fará. O aumento da intensidade da radiação incidente faz aumentar o número de electrões que são ejectados e não a sua energia. Átomo de hidrogénio e estrutura atómica: (a partir da página 102) O espectro de emissão do átomo de hidrogénio pode ser obtido recorrendo a um tubo de descarga. Por convenção, um electrão livre é um electrão infinitamente afastado do núcleo, com energia igual a zero. En = -2,18 x 10-18 x (1/n2) J – permite determinar os valores de energia possíveis para o electrão do átomo de hidrogénio. O estado fundamental é o estado de menor energia. A excitação electrónica ocorre se o átomo absorver uma quantidade adequada de energia. A excitação electrónica ocorre se o átomo absorver uma quantidade adequada de energia. Constante de Plank – 6,626 x 10-34J/S Podemos estabelecer uma analogia entre os níveis de energia e subir escadas. 7 Resumo de Química Inês Barreiros Algumas séries espectrais do átomo de hidrogénio: Lyman – 2,3,4,5, …infinito 1 – ultravioleta Balmer – 3,4,5, …infinito 2 – visível Paschen – 4,5,6…infinito 3 – infravermelho Números quânticos: Número quântico principal – n, relacionado com a energia. n = 1,2,3… Número quântico secundário ou azimutal – (subníveis). l = 0 a n-1 - l = 0 (s) l = 1 (p) l = 2 (d) l = 3 (f) l = 4 (g) l = 5 (h) Número quântico magnético – l, relacionado com a forma da orbital ml, relacionado com a orientação da orbital. ml = -l, 0, + l (n, l, ml) – caracterizam uma orbital. Numero quântico de spin – ms, relacionado com a rotação do electrão. ms = ½; - ½ (n, l, ml, ms) – caracterizam um electrão. 2n2 – número máximo de electrões no nível. A configuração de uma orbital depende do subnível a que pertence. São necessários quatro números quânticos para caracterizar um electrão. Princípio da energia mínima – os electrões distribuem se pelas orbitais por ordem crescente de energia. 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 Principio da exclusão de Pauli – de acordo com o qual não pode haver dois electrões num átomo com os quatro números quânticos iguais (isto é, numa orbital não pode haver dois electrões com o mesmo ms). Regra de Hund – a distribuição mais favorável dos electrões por orbitais degeneradas (orbitais com a mesma energia) é a aquela que conduz à obtenção do número máximo de spins paralelos. 8 Resumo de Química Inês Barreiros Tabela periódica: organização dos elementos químicos: (a partir da página 125) Períodos – linhas horizontais (7 linhas). Grupos – colunas verticais (18 grupos). Mendelev enunciou a lei periódica – as propriedades variam periodicamente à medida que aumenta a massa atómica. A maior parte dos elementos da tabela periódica são metais. O período em que se situa cada um dos elementos é dado pelo número quântico n das suas orbitais de valência. Os electrões de valência são os electrões do último nível de energia. Os elementos de um mesmo grupo têm o mesmo número de electrões de valência. Blocos: Bloco d – o grupo é igual à soma dos electrões das duas ultimas orbitais. Bloco s – o grupo é igual ao número de electrões de valência. Bloco p – o grupo. É importante não confundir as propriedades dos elementos com as propriedades periódicas das respectivas substâncias elementares. Carga nuclear – carga do núcleo, positiva e de valor igual ao numero de protões que o constituem. Ao longo de um grupo (mesma configuração dos electrões de valência): Aumento de z: - Aumento da carga nuclear; Maior força atractiva sobre os electrões mas a carga nuclear efectiva é constante. Menor forca atractiva do núcleo sobre os electrões de valência; Maior afastamento do nível de valência do núcleo; Aumento de n – aumenta o número de grupo. Ao longo de um período: Aumento de z: - Carga do núcleo aumenta; - Maior força atractiva sobre os electrões; - Aumenta a carga nuclear efectiva; Mantém se o n – não interfere na variação das propriedades periódicas. Raio atómico: (página 139) Raio atómico aumenta diminui a energia de ionização. Raio atómico diminui aumenta a energia de ionização. 9 Resumo de Química Inês Barreiros Para partículas isolectrónicas, quanto maior o numero atómico (maior carga nuclear) menor o raio. As camadas da atmosfera terrestre Troposfera: É a camada da atmosfera que está em contacto com a superfície terrestre e que contém o ar que respiramos; Tem altitude entre 8Km a 16Km; É a camada menos espessa, mas é a mais densa; O ar junto ao solo é mais quente, diminuindo de temperatura com a altitude até atingir -60ºC; A zona limite chama-se tropopausa. Aqui a temperatura mantém-se constante. Estratosfera Situa-se entre os 12Km a 50Km; É aqui que está a camada de ozono; Nesta camada a temperatura aumenta de -60ºC a 0ºC. Este aumento deve-se à interacção química e térmica entre a radiação solar e os gases aí existentes; As radiações absorvidas são as ultravioletas (6,6 a 9,9 x10-19 J); A zona limite chama-se estratopausa. Aqui a temperatura mantém-se constante. Mesosfera Situa-se entre os 50Km a 80Km; Trata-se da camada mais fria da atmosfera; A temperatura volta a diminuir com a altitude, chegando aos -100ºC aos 80Km; A absorção da radiação solar é fraca; A zona limite chama-se mesopausa. Aqui a temperatura mantém-se constante. Termosfera É a camada mais extensa; Começa nos 80Km e vai para além dos 1000Km; Trata-se da camada mais quente da atmosfera; A temperatura pode atingir os 2000ºC; Absorvem-se as radiações solares mais energéticas (energia superior a 9,9 x10-19 J); Subdivide-se em duas partes a ionosfera (entre 80 e 550Km) e a exosfera (parte exterior da atmosfera que se dilui no espaço a partir dos 1000Km de altitude). Formação de radicais livres na atmosfera As dissociações de moléculas que ocorrem por acção da luz chamam-se fotólises ou reacções fotoquímicas. Este tipo de reacções acontece, principalmente, na parte de cima da troposfera e na estratosfera. Dissociação de uma molécula é o mesmo que quebrar as suas ligações. É como um chocolate que partimos a metade: seria a dissociação de um chocolate. Destas dissociações saem partículas muito reactivas chamadas radicais. 10 Resumo de Química Inês Barreiros Dissociação e ionização de partículas Energia de dissociação: É a energia necessária para quebrar as ligações de uma molécula. Exemplo: A energia de dissociação da molécula de oxigénio (O2) é 8,3x10-19J. Se a radiação incidente tiver energia igual a 8,3x10-19J. Se a radiação incidente tiver energia inferior a 8,3x10-19J. Se a radiação incidente tiver energia superior a 8,3x10-19J. A molécula separa-se em radicais livres (O˙), que não têm energia cinética. Há apenas efeito térmico. A energia cinética da partícula aumenta. A molécula separa-se em radicais livres (O˙), que possuem energia cinética. Formação de iões na atmosfera: A energia solar é absorvida para extrair um electrão. Se a radiação tiver energia superior à energia de primeira ionização consegue retirar um ião à partícula e ionizá-la. Como as energias de ionização são relativamente elevadas, as ionizações são mais frequentes na termosfera (ionosfera). Também podem ocorrer dissociações seguidas de ionizações. Energia de primeira ionização: É a energia necessária para tirar um electrão a uma molécula ou átomo. Exemplo: A energia de primeira ionização da molécula de oxigénio (O2) é 1,9x1018J. Se a radiação incidente tiver Se a radiação incidente Se a radiação incidente tiver energia igual a 1,9x10-18J. tiver energia inferior a energia superior a 1,9x10-18J. 1,9x10-18J. A molécula é ionizada e torna-se O2+. Há apenas efeito térmico. 11 A molécula é ionizada e torna-se O2+ e fica com energia cinética. Resumo de Química Inês Barreiros 12